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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Aprendendo a lidar com os perseguidores de Ellen G. White

Ellen Gould White - seu caráter e suas obras
refletem sua inspiração divina 
No capítulo 28 de Jeremias, Baruque, o escritor desse livro (36:32), registra um conflito entre o profeta de JAVÉ, Jeremias, e um falso profeta chamado Hananias. Ao você ler todo o capítulo perceberá que, mesmo sabendo por Deus que Hananias não era Seu mensageiro (v. 15), Baruque o chama de “profeta” várias vezes (vs. 1, 5, 10,12, 15 e 17)! Em contrapartida, em nenhum momento lemos Hananias chamando Jeremias de profeta. O exemplo de Baruque e Jeremias nos ensina a humildade que deve assinalar o comportamento dos servos de Deus que enfrentam a oposição de outros servos. “As pessoas corretas pensam antes de responder; as pessoas más respondem logo, porém as suas palavras causam problemas” (Pv 15:28, NTLH). A missão dos enviados, profetas ou portadores de outro dom do Senhor Espírito, não é desmascarar o mal pelo confronto e pela discussão; até porque as próprias palavras dos falsos servos já lhes “causam problemas” e no caso do antagonista de Jeremias, a morte: “Pelo que assim diz JAVÉ: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; morrerás este ano, porque pregaste rebeldia contra JAVÉ” (Jr 28:16). Certamente Hananias teve a chance de reconhecer sua mentira (v. 15) e se arrepender. Da mesma forma Jeremias teve a oportunidade de tentar provar em palavras que sua fé e denominação religiosa eram mais corretas. Mas a Bíblia informa que, em vez disso, após aparentemente ser derrotado pelos contra-argumentos de Hananias na frente de muitas pessoas, “Jeremias, o profeta, se foi, tomando o seu caminho” (v. 11). Trilhar o “caminho” escolhido por Deus, essa deve ser a preocupação diária daquele(a) que transmite a palavra de Deus! O Enviador é quem se encarrega de justificar os Seus enviados, defendê-los e a Sua mensagem também. Por outro lado, como ajudar alguém que crê piamente em sua própria mensagem, estando esta em desacordo com a Palavra divina? Certamente você já passou por isso e sabe como a experiência é difícil. Tentar ensina uma doutrina bíblica para alguém que não acredita ou acredita exatamente no oposto daquilo, é uma situação semelhante! Como devemos nos comportar? Já vimos acima que o debate não é a maneira bíblica. Mas, devemos abandonar aquele que contra-argumenta? Antes de qualquer coisa, devemos buscar nas Escrituras e na oração se o teimoso é ele ou se somos nós! Olhar os possíveis Hananias com desprezo pode inverter a situação: “O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano. Digo-vos que este [o publicano] desceu justificado para sua casa, e não aquele [o fariseu]; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lc 18:11 e 14). Parece-me que alguns adventistas do sétimo dia espalham uma imagem errada da Igreja através de seu tom presunçoso e de seu preconceito para com os que não guardam os Dez Mandamentos, o que os impede de enxergar a importância da Lei já que os pretensos guardadores dela exibem tal comportamento. Infelizmente a generalização aparece por culpa de alguns. O Senhor Espírito nos lembra que nem sempre Seu trabalho se evidencia imediatamente. Lembra-se dos teimosos sacerdotes judeus que rejeitavam o Senhor Jesus e Sua teologia? Deus tentou salvar cada um deles, mas o resultado de Sua perseverança só apareceu anos depois: “Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé” (At 6:7). O semeador deve ter visão correta. Seu trabalho deve continuar em todos os possíveis terrenos, pois esta é sua missão (Mt 28:19,20). “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás” (Ec 11:1). “Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Sl 126:5,6). Porém, não temos garantia de que aqueles por quem oramos, com quem estudamos e conversamos, reconhecerão a verdade e a aceitarão. “O que JAVÉ quer é fidelidade. Ele os castigou, mas vocês não se importaram. Ele os esmagou, mas vocês não aprenderam a lição; foram teimosos e não quiseram voltar para ele” (Jr 5:3, HTLH). Mesmo assim, a Palavra de Deus terá cumprido seu papel. “Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo. Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia” (Jo 12: 47,48). O mensageiro de Deus não está condicionado a aceitação de sua mensagem por parte de seus ouvintes. Ele não anuncia a verdade para salvar seus ouvintes, mas até salvá-los ou até que se cumpra: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mt 24:14). No tocante a mensageira Ellen, alguns que não fazem parte da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) demonstram grande dificuldade em ver nela uma profetiza verdadeira. Como reagir a isto? Creio que usando os mesmos princípios bíblicos apresentados na história de Jeremias, mencionados mais acima: humildade e mansidão, pensar ou raciocinar antes de falar, conhecimento bíblico e da missão.

Humildade e mansidão Falar sobre Ellen G. White para alguém que deposita bastante descrédito no dom profético dela exige calma no contra-argumentar e tolerância no ouvir. Não é certo ignorar os pontos de vista do antagonista, bem como rotulá-lo como falso cristão. Mas, é importante colocar diante do opositor a indagação: “Você discorda do dom profético de Ellen White ou é um perseguidor saulino da pessoa dela?” A resposta deve ser respaldada pelo comportamento de quem a pronuncia! “Povo de Israel, é Deus quem está falando. Sejam humildes e prestem atenção” (Jr 13:15). Lembremo-nos ainda de que, muito mais do que nós, o bom Pai deseja que Seus filhos reconheçam Seus profetas. “Quem dera que eles tivessem tal coração, que me temessem e guardassem em todo o tempo todos os meus mandamentos, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para sempre!” (Dt 5:29) Se Deus não Se irrita com os que desprezam a mensageira Ellen, quem sou eu para me impacientar com eles?   

Pensar ou raciocinar antes de falar Tente se colocar no lugar do profeta Jeremias, perseguido por um falso profeta rebelde (Jr 28:16), que não o reconhecia como legítimo e ainda rebatia a mensagem que JAVÉ trazia para o povo com mentiras e falsas predições! Certamente se Jeremias fosse como Pedro antes de sua conversão, ele teria pensado e raciocinado somente depois de o mau testemunho ter sido feito! Mas, o mensageiro de Deus não combateu Hananias sem raciocinar, tanto que soube o momento certo de ficar em silêncio e se afastar (28:11), independente do que as pessoas poderiam pensar. Afinal, o comportamento de alguém que persegue Ellen G. White é visivelmente desequilibrado, principalmente nos quesitos preconceito, difamação e ausência do amor cristão (se você já foi assim ou conversou com alguém assim ou visitou sites como o Ministério “Cristão” Apologético, entende muito bem o que estou dizendo); e se existem pessoas cristãs que preferem ficar do lado dos que se comportam desse jeito, por que deveríamos nos preocupar com o que elas vão pensar ao nos retirarmos como o fez Jeremias, se elas pensam semelhantemente ao perseguidor? (Pelo menos é o que demonstram aqueles que acham normal a conduta do acusador.) Geralmente quando tentamos fazer o perseguidor perceber seu espírito saulino ouvimos “você está com vitimismo”. Quando o raciocínio daquele que está pisando a imagem de seu próximo não o permite perceber isto, o nosso raciocínio deve nos fazer enxergar que chegou a hora de tomar “nosso caminho”! “Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos” (I Jo 2:11).


Conhecimento bíblico e da missão Os que rejeitam a mensagem de Ellen G. White podem ser classificados em dois grupos: (1) os que nunca leram nada dela ou muito pouco e (2) os que já leram o bastante catando combustível para suas acusações. O falso profeta Hananias manifestou um conhecimento de JAVÉ, seu suposto Deus. Quanto maior conhecimento de JAVÉ e de Sua palavra Jeremias deveria manifestar! E assim ele o fez. Ao tentarmos ajudar um irmão a reconhecer que o Espírito Santo dotou Ellen G. White com o “espírito da profecia” (Ap 19:10), devemos também manifestar um conhecimento de Sua palavra que deixe claro para o referido irmão que não seguimos cegamente a Bíblia, mas vemos por causa de sua luz! Isso mostrará ao ajudado que ele mesmo necessita conhecer mais da Palavra para poder avaliar Ellen. Caso o irmão pertença ao segundo grupo, se ele entender as lições contidas na transformação de Saulo para Paulo (At 9) e perceber o perigo de se seguir a Cristo sem amor ao próximo, então ele poderá passar de um perseguidor de Ellen G. White para um discordante! E com mais oração, mais estudo da Bíblia e testemunho exemplar daquele que crê na profetiza Ellen, talvez o discordante se torne em mais um privilegiado estudante de seus escritos inspirados por Deus! Contudo, a missão do adventista não é essa. Mas, anunciar as verdades bíblicas (ou a Verdade), que transformaram Saulo em Paulo, preparando o povo e o caminho para o Rei Jesus “até que Ele venha” (I Co 11:26). Hendrickson Rogers

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