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domingo, 21 de agosto de 2011

E se Jesus tivesse pecado?


Essa pergunta, formulada de diferentes maneiras, é muito frequente. Sempre reluto em respondê-la, pois existe o risco de especular sobre fatos que desconhecemos. É surpreendente que alguns levam suas especulações tão a sério que se tornam dogmáticos sobre elas. A humildade deveria ser a característica fundamental de qualquer pessoa que estuda a Bíblia. Sobre essa pergunta, em particular, minha relutância se deve ao fato de que sabemos o que realmente aconteceu. Sabemos que Jesus não pecou (2Co 5:21; Hb 4:15; 7:26). Isso já deveria ser o suficiente. Mas os que estão interessados na questão insistem no assunto: Ele poderia ter pecado? Se tivesse pecado, quais seriam as consequências do Seu pecado? Para não termos que tratar desse assunto outra vez, deixe-me fazer alguns comentários que podem – ou não – ser úteis para você.

1. Jesus e o pecado. Jesus poderia ter pecado? Minha resposta bastante direta é: Sim! Existe base bíblica para isso. Jesus era verdadeiramente humano e estava sujeito às mesmas tentações que enfrentamos, como também a outras que jamais teremos que enfrentar (Hb 4:15). Jesus lutava diariamente contra o pecado e era vitorioso sobre ele. Esse era um conflito real, não porque Jesus tivesse a natureza corrompida pelo pecado (Ele não a tinha), mas porque, como cada um de nós, Ele possuía livre arbítrio. É isso que torna possível escolhermos estar do lado de Deus no conflito cósmico. Rebelar-se contra Deus significa rejeitar essa liberdade ou, mais especificamente, desprezá-la, escolhendo a morte. O exemplo típico da possibilidade de Jesus pecar é Sua experiência no jardim do Getsêmani. Nessa ocasião, Sua vontade O incitava a preservar Sua vida, ao mesmo tempo em que Seu compromisso com o Pai para a salvação da humanidade impulsionava Jesus para o autossacrifício e morte (Mt 26:39). O poder e a realidade dessa tentação é que ela implicava a possibilidade de Ele escolher não fazer a vontade de Deus. Não fosse assim, toda essa luta teria sido uma encenação teatral, um exercício de autoengano ou uma ilusão.

2. A singularidade de Jesus. O fato de Jesus ter vencido todas as tentações é incompreensível para nós porque somos todos pecadores. A impecabilidade de Jesus cria problemas teológicos para os que querem considerá-Lo muito semelhante a nós. É nesse ponto que Sua singularidade é manifestada com grande poder. Quer creiamos ou não – e eu, pessoalmente, creio –, Ele é diferente de todos nós! Ele nunca cometeu nenhuma forma de pecado, seja em atos ou pensamentos. Ele é o único e exclusivo ser humano que viveu sem pecado. É essa singularidade que leva as pessoas a perguntarem: E se Ele tivesse pecado? Parece que Sua impecabilidade provoca em nós algum desconforto. Mas não deveria ser assim, pois a vida sem pecado de Jesus é o pré-requisito para a expiação.

3. O futuro de Jesus. Podemos também afirmar que o futuro de Jesus e o nosso futuro são o mesmo, porque Ele venceu o mal e nos reconciliou com Seu Pai. Mas podemos afirmar que havia um futuro alternativo para Jesus, caso Ele houvesse pecado? É aqui que começam as especulações. Permita-me dizer isto da maneira mais franca possível: se Jesus houvesse falhado, o Deus que conhecemos não seria nosso Deus. Em outras palavras, do nosso ponto de vista, Ele deixaria de existir. A falha de Jesus significaria que Deus é incapaz de vencer as forças do mal e que Satanás tem poder suficiente para vencê-Lo e arruinar Seu plano de salvação. Consequentemente, Deus seria forçado a nos abandonar. Como você pode ver, o risco de cair em especulações é muito alto. A derrota de nosso Deus no momento de Sua maior manifestação de poder na cruz de Cristo é algo que dificilmente podemos sequer imaginar, quanto mais levar a sério. Uma vez que o Deus bíblico é, por definição, invencível, nossa pergunta permanece praticamente sem resposta. Se a natureza humana do Filho de Deus houvesse falhado, o próprio Deus teria falhado. Mas Ele não falhou. Amém!

Fonte: Dr. Ángel Manuel Rodríguez, Adventist World, setembro de 2010.

3 comentários:

  1. O Plano da Redenção era completamente de alto risco.
    Entendem agora, os leitores, o quanto Deus nos ama?
    Entendem que, com tanto amor, a ponto de correr tal risco por nós, é bobagem essa história de que Deus queria matar as pessoas no tempo de Noé?
    A Bíblia é a Palavra de Deus. Isso, porém, não siginifica que foi escrita por Deus. É a linguagem e a escrita humana. E, por isso, sujeita a expressões que não representam muito bem as intenções e ações de Deus.
    É certo que ocorrerá um acerto de contas. Mas também é certo que o pecado é quem gera morte. Deus é vida. Deus é o Criador. O Restaurador.
    Ele disse: "É certo que morrerás" - e não: "É certo que Eu matarei".
    Pelo risco à Jesus, compreendo Seu maravilhoso amor.

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  2. Jesus poderia ter pecado? Bom, primeiro é importante sabermos o que pecado, uma vez que isto fará uma grande diferença em nossa resposta. Um dia desse ao estudar uma lição bíblia o autor disse que Jesus jamais errou, neste momento eu fiquei perguntado, mas o que ele esta querendo disse com errar, será que é o mesmo sentido de pecado. Lógico que à muita diferença. Jesus pode ter errado quando estava aprendo algo, um exemplo, quando ele começou andar, é bem provável que ele tenha caído varia vezes até aprender, ou não, Jesus nasceu andando. Mas isso é normal, não é pecado. Pecado é a afrontar Deus, é fazer a nossa própria vontade. E isto ele nunca fez, pelo contrário foi sempre obediente ao nosso Deus. O Diabo não tinha natureza pecaminosa e no entanto pecou. A diferença entre entre Adão e Jesus, são as escolhas. Adão foi criado sem pecado e no entanto escolheu pecar. Cristo por sua vez escolher obedecer a Deus, ai reside a grande diferença. O que nós temos que entender é que Cristo teria que vencer como humano, e jamais poderia utilizar da prerrogativa de ser filho de Deus (Divino). Tente imaginar um imperador nos tempos antigo que resolvesse entrar na arena para lutar com algum gladiador, ele continuava imperador mas no momento que ele entrava na arena, ele estava sujeito as mesmas regras de todos os lutadores, jamais poderia ter algum tipo de privilegio, inclusive poderia ser morto por um deles. O que fez Jesus vencer foi a suas orações, seu desprezo pelo pecado. Enfim Cristo venceu o pecado por que tinha a plenitude de Deus em sua vida, ou seja, vivia na dependência de Deus.

    Simão Portela

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