Quando brilham em seu máximo, as cores dos besouros podem fazer com que os insetos pareçam ser compostos de algum metal precioso. Mas quando esses besouros morrem e se convertem em fósseis, quanto dessa beleza luminosa é preservado? Essa pergunta tem intrigado a professora Maria McNamara, da Universidade Yale (EUA). Seu estudo microscópico sobre besouros fossilizados, publicado na última quarta-feira na versão online de Proceedings of the Royal Society, mostra como as cores que se mantêm nos insetos acabam sendo sutilmente alteradas. O que em vida era azul se transforma em verde após a morte, segundo as descobertas da especialista. A observação é fascinante porque significa que os cientistas poderão identificar, com grande chance de acerto, qual era a aparência de criaturas que viveram milhares de anos atrás. E essa informação sobre as cores pode ser particularmente reveladora a respeito da forma como um besouro viveu sua vida. "Essas cores têm diversas funções visuais", disse McNamara, que também é afiliada com a Universidade College Dublin, na Irlanda. "Elas podem funcionar para comunicações, por exemplo, ou para regulação térmica. Assim, é importante conseguir reconstruí-las corretamente, para que possamos saber para que esses organismos usavam as cores", explicou à BBC News. [Se para falar sobre as cores do besourinho a cientista usa o verbo "reconstruir", imagine se toda a estrutura da criatura fosse mencionada! Deus se deixa achar mesmo numa Natureza afetada pelos anjos maus a milhares de anos. Os pesquisadores dela escolhem confessar isto ou não.]
Luz e esqueleto As cores espetaculares que vemos em muitos besouros são o resultado da forma como a luz interage com finíssimas camadas de materiais que compõem a cutícula - ou esqueleto - do animal. [E tais "finíssimas camadas" além da própria "luz", vieram de onde? A Bíblia e a Ciência o sabem! E os que manuseiam esses dois grandes compêndios divinos reconhecerão o Criador dos besouros e dos mundos?] Pequenas estruturas compostas da substância quitina se curvam e refletem a luz, destacando alguns comprimentos de onda específicos. McNamara e seus colegas examinaram os esqueletos de diversos fósseis de besouros, datados de 15 milhões a 47 milhões de anos [conforme a visão evolucionista dos cálculos de datação]. A equipe usou poderosos microscópios para entender como as propriedades de controle de luz desses fósseis haviam sido afetadas pelo processo de fossilização, em que átomos e moléculas de tecidos podem ser removidos ou substituídos. Os pesquisadores descobriram que as estruturas haviam permanecido, mas sua composição química havia sido alterada. A consequência disso é que as cores preservadas mudavam seu comprimento de onda. Um besouro que, quando vivo, era de cor violeta se tornaria azul quando fossilizado; um azul vivo ganharia tons de verde após ficar enterrado por milhões de anos [ibidem], e assim por diante. "O que acontece é que o índice refratário (de luz) do esqueleto muda", explicou McNamara. "Isso é uma medida de o quanto a luz se curva. E significa que a química deve ter sido alterada, porque o índice refratário em um material depende da composição desse animal." A pesquisadora ressalvou que as mudanças de comprimento de onda diferem levemente entre as espécies, e que os besouros estudados pela equipe de McNamara vieram todos de sedimentos similares de lagos. Outros tipos de sedimento podem provocar resultados diferentes, ela afirmou.
Fonte: Uol Ciência.
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