Imagino Jesus, o Miguel, fazendo assim com um anjo contaminado por Lúcifer, mas arrependido pelo Espírito Santo! |
Por
que Jesus morreu pelos humanos caídos e não pelos anjos caídos? Por que estes
não tiveram uma segunda chance? Ou eles tiveram até a cruz? Lúcifer conheceu o
plano da Redenção antes da fundação do mundo? (Jammily Oliveira, Maceió-AL)
“Portanto, por meio do
Filho, Deus resolveu trazer o Universo
de volta para si mesmo. Ele trouxe a paz por meio da morte do seu Filho na
cruz e assim trouxe de volta para si mesmo todas
as coisas, tanto na terra como no céu.” (Cl 1:20, NTLH).
“E que, havendo feito a
paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer
nos céus” (ARA).
“Foi por meio do seu
Filho que Deus reconciliou consigo todas
as coisas, no céu e na terra, pois a morte de Cristo na cruz trouxe para
todos a paz com Deus através de seu
sangue” (NBV).
Esse texto paulino
talvez sugira que Jesus morreu também para solucionar problemas celestiais, não
somente terrenos, como a queda de anjos, por exemplo! Por outro lado, Paulo
pode querer se referir aos pecados humanos registrados no Santuário celestial,
como ele escreveu aos Hebreus (Hb 9:23).
No entanto, Paulo não
foi o único a escrever sobre “problemas celestiais”. Judas, possível irmão do
Homem Jesus, por parte do esposo de Sua mãe Maria (cf. Mt 13:55, Gl 1:19 e Jd
1), menciona em sua carta sobre anjos “que não guardaram o seu estado original”
(verso 6)! Seria o caso de, alguns dentre esses, terem se arrependido e
recebido o perdão de Deus sem haver a necessidade de serem expulsos do Céu com
Lúcifer? João escreveu: “o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se
manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (I Jo 38).
Poderíamos visualizar este princípio no contexto da sedição de Lúcifer no Céu? Claro
que sim, pois “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb
13:8)! Vamos organizar cronologicamente, então, as ideias e os eventos
pré-históricos (e históricos) para encontrarmos respostas:
a) Criação
de Lúcifer. “No dia em que foste criado, foram eles
preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no
monte santo de Deus” (Ez 28:13,14).
b) Origem
do pecado e do mal, ou seja, da transgressão da Lei de Deus (I Jo 3:4). “Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em
que foi criado até que se achou maldade em você” (Ez 28:15, NVI).
c) O
Filho de Deus Se manifesta para destruir as obras do diabo (I Jo 3:8).
“Onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Rm 5:20, ARC). Afirmar que isto
só vale para pecadores humanos contradiz a imparcialidade e a imutabilidade do
caráter de Deus!
d) Disseminação
das ideias de Lúcifer no Céu e contaminação de outros anjos.
“Pela abundância do teu tráfico, encheram de violência o teu interior, e
pecaste” (Ez 28:16, Tradução Brasileira). “Anjos... pecaram” (II Pe 2:4). “Com
a cauda ele [o dragão Satanás, cf. Ap 12:9] arrastou do céu a terça parte
[talvez um número não literal devido o contexto simbólico] das estrelas [ou
seja, dos anjos de Deus, cf. Jd 13 e Ap 1:20]” (Ap 12:4, NTLH).
e) O
Senhor Jesus consegue destruir as obras do diabo na vida de alguns dos anjos
contaminados. Evidências bíblicas:
i)
Apenas os anjos que “não ficaram dentro
dos limites da autoridade concedida a eles” (Jd 6, NBV) e “pecaram” (II Pe 2:4, ARC) que Deus não perdoou! Fazendo uma
comparação com os pecadores humanos: “Tornou Moisés a JAVÉ e disse: Ora, o povo
cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe
o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste. Então, disse JAVÉ
a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim” (Êx
32:31-33). Certamente JAVÉ agiu assim também para com os pecadores angélicos,
para com aqueles que pecaram contra o Senhor Espírito Santo (cf. Mc 3:29).
ii)
“Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos?” (I Co 6:3). Ora,
se os justos julgarão os próprios salvos e os perdidos, durante o milênio (I Co
6:2, Ap 20:4 e Mt 19:28), não é invenção dizer que os anjos a serem julgados
pelos mesmos justos durante os mil anos, são os anjos salvos e os anjos perdidos!
Afinal, os anjos que não precisaram da redenção de Jesus, necessitam do
julgamento?!
iii)
Paulo chama os anjos de “eleitos” (I Tm 5:21) ou “escolhidos”
(TB). O mesmo ele faz com pecadores humanos que aceitaram o convite da graça e
foram justificados por Jesus! “Quem intentará acusação contra os eleitos de
Deus? É Deus quem os justifica” (Rm 8:33). A mesma palavra εκλεκτός aparece em Mt 22:14, “muitos são chamados, mas, poucos, escolhidos”. O sentido de muitos é todos
os pecadores humanos, pois Jesus afirmou que veio salvar os perdidos (Lc
19:10); e Sua morte foi por “todos” (I Tm 2:6). Todos são muitas pessoas,
obviamente, de modo que, os “escolhidos” são aqueles que foram chamados dentre
todos e aceitaram o chamado! Aplique isto ao tráfico de informações mentirosas
sobre o caráter de Jesus que Lúcifer espalhou no Céu, a consequente
contaminação sobre uma quantidade de anjos não mencionada nas Escrituras, o
trabalho de Jesus para destruir as obras do diabo na mente dos anjos, Seu êxito em alguns dos afetados e infectados, ou
seja, Seu “chamado” a todos os anjos contaminados pelo veneno da serpente e a
aceitação deste convite da graça por parte dos anjos “escolhidos”! Infelizmente,
o autor do mal preferiu se tornar a serpente, em vez de aceitar o perdão
divino.
f) Pecado
eterno por parte dos anjos rebeldes que não aceitaram o “chamado” de Deus e a
eterna expulsão deles do Céu! “Houve peleja no céu.
Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e
seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E
foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás,”
(Ap 12:7-9). “Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado
no inferno [tártaro no grego], os
entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo” (II Pe 2:4,
ARC).
g) Diálogo semiaberto entre os anjos
não caídos e os caídos. (Hendrickson Rogers)
Prezado irmão. A maior evidência de que o a obra redentora de Cristo não é direcionada aos anjos está no fato da própria encarnação. Hebreus nos explica que "pois Ele, evidentemente, não socorre anjos, mas a descendência de Abraão" (2:16). E quanto aos anjos que não guardaram seu estado inicial o texto nos explica que estão reservados para juízo: "e aos anjos, que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, Ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande dia." (Jd.6). Aliás, o próprio Jesus afirma categoricamente que o inferno foi preparado para Satanás e seus anjos (Mt.25:41).
ResponderExcluirOi Herberti, obrigado por sua passagem aqui no blog!
ResponderExcluirAs Escrituras afirmam que Deus é imutável (Ml 3:6, Hb 13:8). Jesus é divino, logo de caráter imutável! Assim como Ele redime os pecadores humanos, certamente Ele o fez/faz com os pecadores angélicos e na mesma intensidade amorosa e abnegada com que salva a humanidade.
Um abraço e volte sempre!