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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Quase tudo sobre o Dilúvio bíblico-histórico - 4ª parte


Madeira usada na construção da arca A arca foi construída com a madeira "Gofer". O termo hebraico “Gofer” é mencionado apenas uma única vez na Bíblia (Gênesis 6:14) e, embora seja traduzida em várias versões como “cipreste”, seu significado é obscuro, não se sabe exatamente o seu significado. A tradução de ‘gofer’ por cipreste, se baseia nas semelhanças das raízes destas duas palavras, que são semelhantes no hebraico.
O cipreste era uma madeira utilizada antigamente em alguns lugares da Europa para construir caixas d'águas, por ser um tipo de madeira que não estraga com a água. Não sabemos se o cipreste existente na época de Noé seria exatamente igual ao que conhecemos atualmente.
Entre os pais da Igreja, Agostinho e Ambrósio sugeriram que ‘gofer’ deveria ser o pinho ou o cipreste. Há também quem tenha sugerido que o hebraico ‘gofer’ não designa nenhum tipo de madeira específica usada na construção da arca. Quando lançada, no século XVI, a Versão da Bíblia de Genebra traduziu o hebraico 'gofer' como a árvore pinheiro. Para não correrem o risco de errarem na tradução, a versão do Rei James (1611) manteve a palavra original, e a maioria das versões seguintes conservaram o original gofer. Já a 'New International Version' (Nova Versão Internacional), publicada em 1978, e algumas outras (como a Almeida Atualizada) substituíram por cipreste. A "Enciclopédia Judaica" diz que a tradição cristã de sugerir que o hebraico gofer seja traduzido por ‘cipreste’, é uma interpretação arbitrária e insatisfatória, porque se baseia apenas nas semelhanças das raízes destas palavras. Há estudiosos que sugerem que “gofer”, a madeira utilizada na construção da arca, tenha sido algum tipo de árvore antediluviana. A madeira usada foi semelhante à de cipreste e não a das gigantes sequóias. As toras poderiam ser carregadas de muitas maneiras, provavelmente de modo muito mais fácil que as pedras das pirâmides e as imensas pedras dos obeliscos egípcios. www.users.bigpond.com/rdoolan/gopher_wood.html

Arca, e algumas questões durante a inundação Diante da violência da crosta terrestre e dos gêiseres jorrando a água subterrânea, isto ofereceria o risco de a arca tombar? O termo hebraico “Teváth”, traduzido nas escrituras por arca, significa literalmente uma arca ou caixa. Não era uma embarcação com a finalidade de navegar, mas somente flutuar. A arca não era um barco navegável, mas ela foi feita para flutuar, por isso, tinha o formato de um caixote. Tem sido experimentado através de réplicas em miniatura da arca que o seu formato de caixote forneceria estabilidade e era próprio para flutuar; sua inclinação poderia atingir no máximo de 70 a 80 graus. Lateralmente, ela poderia virar até 60 graus, no máximo, e quase dois terços dela estaria abaixo do limite da água. Isso tudo facilitaria sua navegação em meio à violência das águas. É claro que, a arca só poderia ser preservada de modo sobrenatural, pois um evento que foi capaz de erguer a cordilheira do Himalaia seria capaz de reduzir a arca a fumaças, sem uma proteção sobrenatural. É óbvio que o mesmo Deus que disse que mandaria um dilúvio, que trouxe os animais até Noé também pouparia a arca no auge do evento, de ser destruída em meio à fúria da natureza... Um fato curioso é que, uma das áreas mais bem protegidas do planeta das rachaduras das placas continentais, está situada num diâmetro (círculo) de 500 metros ao redor do Ararate, onde a arca repousara. Longe das rachaduras das placas, a arca estaria longe dos gêiseres que jorraram do subterrâneo, numa posição privilegiada, onde teria mais condições de resistir ao dilúvio. Tendo a arca não sido feita propriamente para navegar, durante o dilúvio ela não se locomoveria para muito distante dessa região. Também, sendo a arca um barco feito apenas para flutuar, é preciso entender a não necessidade de aço ou qualquer metal na estrutura da Arca para construí-la. As pirâmides egípcias têm uma engenharia muito complexa, e não precisaram de aço ou qualquer outro metal, enquanto muitos prédios hoje com alguma estrutura metálica não resistiriam tanto e são muito mais simples. A tecnologia dos navios não servia para aumentar o tamanho, mas sim a navegabilidade, capacidade de carga e armamentos. A arca não precisou de tecnologia de navegação alguma, pois só flutuou. Embora já houvesse conhecimento de metal na época de Tubalcaim (Gen.4:22), a arca poderia ser construída apenas com madeira, como foram muitos dos navios antigos. Por exemplo, temos as barcaças egípcias de mais de 2000 a.C., usadas para transportar enormes pilares de pedras, mediam mais de 60m e carregavam quase 700 toneladas, e eram feitas apenas de madeira, com um formato levemente abaulado no casco e não a típica forma de navio (Enciclopédia Delta Universal, 1985, termo “Navio”, seção “História”). Não precisa parecer um navio pra boiar, pois icebergs, bóias, toras de madeira, e muitos outros materiais e estruturas flutuam sem possuírem nenhuma semelhança com um navio. A forma típica de navios pode até não ser a melhor para manter uma embarcação na água, mas sim a melhor para permitir seu deslocamento. 



• A chuva forneceria água potável suficiente para todos os tripulantes da arca: para a família de Noé e para os animais a bordo.

• No livro “O Dilúvio, Local ou Global?”, o Dr. Arthur Custance diz que o ar nas regiões acima das montanhas teria sido rarefeito demais para alguns animais. Os doutores Henry Morris e John C. Whitcomb rejeitam esta objeção dizendo que a pressão atmosférica depende do nível dos oceanos: e a arca encontrava-se ao nível do mar, (visto que as águas diluviais ergueram-se acima das montanhas). Também, não havia montanhas tão altas quanto hoje, para que o ar se tornasse tão rarefeito. Como a água subiu de nível em todos os lugares do planeta, o ar seria forçado a subir por causa do nível do mar.

• Sobre o número de pessoas envolvidas na construção da arca, provavelmente não foram apenas Noé e sua família. Eles podem ter contratado outras pessoas para auxiliar, que mesmo achando aquilo uma loucura, trabalhariam pela remuneração. Noé também pode (e por que não?) ter contado com a ajuda e o trabalho dos homens de alta estatura, os "gigantes e valentes da antiguidade". Isso sem considerar os 120 anos para a construção, que foi tempo mais do que necessário.



Temperatura Algumas pessoas pensam que o dilúvio faria com que a temperatura na superfície baixasse muito. De maneira geral, a temperatura diminui com a altitude, pelo menos, até por volta dos 40 km de altitude. Essa diminuição atinge uma média de 0,6 °C a cada 100 metros. Não sabemos nem fazemos idéia de qual seria a temperatura no período antediluviano, ou de suas variações. A idéia de que haveria um clima uniforme antes do dilúvio, surgiu com a teoria da camada de vapor, mas não há bases para se sustentá-la, desconsiderando a possibilidade desta teoria. É bastante IMPROVÁVEL que tenha havido um clima uniforme em todo o planeta antes do dilúvio. A radiação solar (os raios emitidos pelo Sol) é responsável pelas temperaturas na superfície da Terra, e quanto mais perto uma área estiver da linha do equador, maior será a temperatura; e quanto mais distante estiver desta linha, menor será a temperatura, por causa da forma esférica do nosso planeta e das diferenças de inclinação dos raios solares, que atingem as regiões próximas dos pólos de maneira muito inclinada. Nas regiões próximas da linha do equador, os raios incidem verticalmente, (em linha reta). Daí o motivo de as temperaturas serem mais elevadas nestas. Assim, a superfície terrestre não recebe a mesma quantidade de raios solares em toda parte, e isto explica os diferentes climas existentes na Terra.



• Poderíamos dizer que talvez houvesse um clima semi-uniforme no período antediluviano, se neste houvesse a Pangéia, um único continente de terra seca, que receberia quase a mesma quantidade de raios solares em suas regiões. Já vimos que existem árvores tropicais debaixo do gelo no pólo sul, o que evidência que o clima nas regiões polares já foi capaz de abrigar plantas e seres de clima quente tropical. Mas é claro que um único continente não teria o mesmo clima, pois não receberia a mesma intensidade de calor em todas as áreas. Considerando que o nível das águas no planeta não poderia ter atingido mais que 3 quilômetros, a temperatura média não teria baixado muito durante o dilúvio. Para o pensamento crítico, durante o dilúvio, a temperatura cairia cerca de 18 graus Celsius - uma região que antes do dilúvio tivesse uma temperatura média de 25 a 30 °C durante o dilúvio, teria atingido uma média de 7 a 12 graus Celsius. Mas deve-se lembrar que a queda da temperatura depende do nível do continente ou do nível das águas oceânicas. Como o nível das águas subiu durante o dilúvio em todo o planeta, e isto impediria que a temperatura baixasse muito. Também, devemos considerar que as águas são capazes de conservar o calor por mais tempo que a superfície: a água se aquece mais lentamente, porém, conserva o calor por mais tempo. Por isso, os oceanos não são muito quentes durante o dia, e nem muito frios durante a noite (enquanto no continente o dia é mais quente e a noite é mais fria, em relação ao oceano). Isto elevaria a temperatura durante o dilúvio, mantendo uma temperatura estável e não muito reduzida sobre o planeta. 



1. Fontes: * Parte deste estudo, são de autoria do amigo Criacionista Rafael Pavani, que explicou muito bem algumas questões sobre o dilúvio em: 

2. Vídeos: 
Arca de Noé Palestra 01, Dr. Adauto Lourenço: 

Arca de Noé Palestra 02, Dr. Adauto Lourenço: 

3.Referências literárias 
• “Gênesis e Arqueologia", Howard F. Vos (sobre relatos do dilúvio no mundo); 
• “O Dilúvio de Gênesis", Dr. Henry Morris e Dr. John C.Whitcomb; 
• "O Dilúvio de Noé", de Richard Teachout; 
• "Cosmologia Bíblica e Ciência Moderna", Dr. Henry Morris; 
• "Origens, Relacionando a Ciência com as Escrituras" (Origins, linking Science and Scripture), de Ariel A. Roth, 1998. (Um comentário sobre o livro em: www.scb.org.br/livros/OrigensRelCienRelig.htm





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