Os adventistas do sétimo dia estão excepcionalmente bem posicionados para levar o evangelho aos muçulmanos. [Eles] têm as seguintes vantagens sobre outros cristãos para levar as boas novas aos muçulmanos:
O lugar das Escrituras. Baseamos nossas práticas e crenças na Bíblia e na Bíblia somente. Essa devoção e lealdade à Palavra revelada impressionam os muçulmanos, que creem que o Corão é a revelação de Deus.
Estilo de Vida. Nossa abstinência de carne de porco e álcool é uma boa surpresa para os muçulmanos que não estão acostumados a associar os cristãos a essas práticas. Isso significa que cristãos e muçulmanos podem participar de uma refeição juntos, sem apreensões – fator importante para se estabelecer as bases de um relacionamento. Além dessas práticas, a ênfase adventista na simplicidade e modéstia soa sincera aos muçulmanos, cuja religião é praticada nas 24 horas dos 7 dias da semana.
Preocupação com os últimos dias. O assunto do juízo final, a segunda vinda de Jesus e a ressurreição desempenham um papel importante no pensamento islâmico. Para muçulmanos sérios, toda
a vida é vivida em função do julgamento final. Seus ensinos diferem
dos nossos em importantes aspectos, mas o pensamento Central é comum e apresenta-se como oportunidade para que os adventistas ofereçam uma instrução esclarecedora de sua compreensão.
O sábado. O Corão menciona o sábado e sob um aspecto positivo; ele não menciona o primeiro dia da semana como o dia de culto. Nossa observância do sábado, estampada em nosso próprio nome, nos distingue como obedientes à revelação divina.
Conflito cósmico. Os muçulmanos compreendem que os acontecimentos na Terra têm como pano de fundo uma luta cósmica entre o bem e o mal, em que Lúcifer, Satanás e os seres caídos desempenham papel importante.Esse quadro geral tem paralelos óbvios, associado a diferenças importantes, como a compreensão adventista do grande conflito entre Cristo e Satanás.
A Criação. Tanto muçulmanos como adventistas creem na doutrina da criação e rejeitam a teoria da evolução.
Saúde. Os muçulmanos têm muito interesse na saúde e no estilo de vida saudável. Os adventistas e muçulmanos facilmente fazem parceria para melhorar a qualidade de vida. No Oriente Médio, os adventistas administram uma série de hospitais e clínicas em países muçulmanos, e o Centro Médico da Universidade de Loma Linda tem parceria contínua com o Reino da Arábia Saudita e com o Afeganistão.
Relação com Israel. O fato de que, como igreja, os adventistas se recusam a se identificar com qualquer lobby geopolítico é uma enorme vantagem para o mundo muçulmano. Não fazemos parte do lobby pró-Israel: cremos na justiça para todos os povos, inclusive para israelitas e palestinos.
Um movimento de reforma. Compreendemos que nossa mensagem não é nova, mas um retorno aos ensinos da Bíblia. Estamos completando a reforma parcial iniciada por Lutero, Calvino e muitos fiéis do passado. Os muçulmanos também se consideram parte de uma obra de reforma.
Essas novas características adventistas nos colocam em uma posição única para estabelecer contato com os muçulmanos em todos os níveis e para avançar a divina missão a nós confiada. Não somos, porém, muito conhecidos no mundo muçulmano; na verdade, não somos nada conhecidos. Quando muçulmanos ouvem sobre os cristãos, pensam imediatamente em homens e mulheres consumidores de carne de porco, de álcool, de vida sem princípios e que são a favor de Israel. Talvez nosso maior desafio em relação aos muçulmanos é ensiná-los sobre quem somos e o que defendemos. Quando isso for feito, a atitude mudará de descrença para admiração, apreciação e aceitação calorosa. Quando me encontro com líderes muçulmanos, enfatizo o fato de que prefiro ser identificado como adventista em vez de cristão. Para os muçulmanos, o nome “cristão” leva em si associações negativas, associações que não caracterizam um adventista do sétimo dia. Por isso, prefiro evitá-las. E “adventista” sintetiza bem a identidade de quem somos, de nossa esperança no retorno de Jesus e a consciência do divino chamado para levar essa mensagem ao mundo.
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