Nomes riscados do Livro e a
retirada do Espírito Santo Certamente você
já pensou ou ouviu um cristão que pensou: “E se Jesus riscar meu nome hoje? Estarei
perdido dentro da igreja, mesmo fazendo Sua obra e sendo um cristão ativo?” De
acordo com o que já estudamos até aqui, as Escrituras nos afirmam que:
a) Deus é fiel e justo (I Jo 1:9).
b) Deus não decide pelo pecador (Jr 29:11).
c) A onisciência divina não altera o futuro do pecador (Jo
6:64).
d) O destino de um pecador não é definido por uma queda
ou por um acerto isolados, mas pela tendência de suas escolhas (Lc 6:43-45),
por seu esforço e dedicação para o mal (Is 43:24) ou para o bem (I Co 9:25-27) e
por seu tratamento ao próximo (Mt 7:12 e Lc 10:25-37). Tudo isso reflete a
vitória ou a derrota dos esforços divinos para a transformação do caráter do
pecador (Gl 5:16-25 e Ap 3:15-20); tais esforços da graça de Deus são os
verdadeiros responsáveis pela salvação!
Por isso que ela é somente pela graça (Ef 2:8) e nunca pelas obras do pecador,
pois todo traço de caráter saudável é herança do Criador; nem mesmo o pecador
penitente pode produzi-lo à parte de Jesus! Como então merecer a salvação? Quem
a merece (mas, sem precisar dela obviamente) é Jesus, e não é por coincidência
que Ele acumula as funções de Juiz e Salvador dos pecadores!
Os frutos do caráter humano e o
veredito divino O tempo é um
aliado de Deus! A vida de uma pessoa contém tempo suficiente para a produção
dos frutos da salvação (não frutos para a salvação) ou dos frutos da
perdição. Parece-me que até os anjos maus sabem disso. Caso Deus permita que
esses cruéis tirem precocemente a vida de um ser humano, por certo que eles não
poderão reivindicar com justiça essa alma uma vez que arrancaram a árvore (Lc 6:45) ainda nova, sem os frutos, de modo que Deus será
declarado justo pelo universo inteiro ao salvá-la! Satanás não devora a todos,
mas procura os que são devoráveis, ou
seja, condenáveis por Deus (cf. I Pe 5:8) e, mesmo assim, sob a permissão e o
querer divinos (Rm 9:14-18). É por isso que um cristão esforçado não deve ter
medo do juízo pré-advento. Deus não erra e é misericordioso! Não faz sentido
pensar que meu nome pode estar sendo riscado do Livro da Vida se minha comunhão
com o Salvador é legítima e diária. Se, embora pecador (Sl 51:5), eu esteja
sendo transformado pelos esforços da graça divina com o apoio de minhas
escolhas pela obediência à Palavra, pelo amor ao próximo a começar pelos de
casa (I Tm 5:8) e por continuar ligado a Videira (Jo 15:1-8)! Paulo não temia o
julgamento divino mesmo havendo sido Saulo; antes, ele conhecia o caráter do
“reto juiz”, bem como suas próprias obrigações, sua “carreira” (II Tm 4:6-8). João incentivou a humilde segurança dos que
creem (operosamente) “em o nome do Filho de Deus” (I Jo 5:13). Ou seja, o
“mordomo fiel e prudente” (Lc 12:42-44) não deve pensar que Jesus Cristo não
será capaz de completar a “boa obra” (Fp 1:6) de transformação em seu caráter
pecador.
Natureza carnal versus pecado
acariciado, Fé viva versus ausência das obras O pecador
que está no processo de salvação não
deve se desanimar ao perceber a insistência de sua natureza pecaminosa, pois
ela sobreviverá até o fim do julgamento e o retorno libertador do Senhor (I Co
15:50-58). É claro que o filho de Deus não confunde essa sobrevivência teimosa
da carne com mornidão espiritual (Ap 3:16) ou secularização (Rm 13:12-14 e I Jo
2:15-17)! A permanência da natureza caída em alguém que é “nova criatura” (II
Co 5:17) não impede a produção do fruto
do Senhor Espírito no caráter (Gl 5:16, 22-25). Não quero dizer com isto que as
boas obras de uma pessoa são sua garantia de salvação; a Bíblia afirma que Lúcifer foi perfeito (suas obras eram perfeitas) até escolher
ser imperfeito (Ez 28:15). O acerto de hoje não é tudo, portanto. Só o amor de
Deus é garantia de salvação, mais
especificamente a presença do Espírito Santo na alma (Ef 1:13 e 14). Contudo,
crer nisto, somente, não vale de nada! A fé não existe sem as boas obras. O bom
caráter não existe sem o reto estilo de vida. “Meus irmãos, qual é o proveito,
se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé
salvá-lo? Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé
somente. Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem
obras é morta” (Tg 2:14, 24 e 26). “Portanto, os meus estatutos e os meus
juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou JAVÉ” (Lv
18:5). Fé na Bíblia é sinônimo de obediência a Deus; não tem nada que ver com o
assentimento intelectual improdutivo, como se percebe nas práticas religiosas
hodiernas, seja aqui no ocidente ou lá no outro lado do mundo! Esse costume se
manifesta, por exemplo, em ir à igreja (inclusive às quartas-feiras) e só. Em
datar para o futuro mudanças que já deveriam ter ocorrido, pois Deus não é
fraco! Em colocar na mente que aqueles que advertem e apelam para reformas no
estilo de vida estão querendo obrigar os outros a pensar e agir como eles
mesmos. Em falar mais sobre o amor (pseudo-amor) ao próximo ignorando-se outros
mandamentos de Deus! Enfim, o tempo não é um aliado dos religiosos acomodados
com anos e anos de igreja, mas que produziram pouca ou nenhuma mudança duradoura e visível!
Lembremo-nos do fracasso do povo judeu: “Portanto eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado
de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino” (Mt
21:43, NVI). Os salvos são inimigos
da serpente e nunca simpatizantes dela e das suas obras (Gn 3:15 e I Jo
2:15-17) e o comportamento deles evidencia isto! Portanto, ter medo do
julgamento deve ser um alerta para uma mudança imediata e radical no
descompromisso ou hipocrisia para com Deus e uma enorme oportunidade para a
investigação das Escrituras (Ap 18:4 e II Tm 2:15). O Espírito não abandonará
nenhuma alma que luta contra o pecado (Sl 51:11 e 17). Se o meu nome foi (ou
for) riscado do Livro da Vida em algum momento entre 22 de outubro de 1844 até
a volta de Jesus, biblicamente este não será o motivo para a retirada do Senhor
Espírito de minha alma. Porém, a recíproca é verdadeira – o Espírito irá
retirar-se de alguém por causa de sua teimosia. Logo, esse alguém será riscado
do Livro pra sempre (confira a história do riscado
rei Saul em I Sm 16:14-23 e 31:1-6 e compare-a com a do salvo Sansão descrita anteriormente!). Nunca ocorre a situação em
que Jesus pede para o divino Espírito sair de alguém por Ele riscar o nome
desse indivíduo. (Hendrickson Rogers)
Lista de todos os capítulos desta odisseia soterio-escatológica:
D) O Juízo Final.
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