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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Quantas vezes Jesus inscreve e risca o nome de alguém no Livro da Vida?

A questão incerta para as criaturas Quem vencerá ao lado de Jesus Cristo? Quem são os “salvos”? Na Bíblia encontro motivos para achar essas perguntas fáceis e difíceis, simultaneamente, de serem respondidas! É fácil no sentido de que os salvos existirão aconteça o que acontecer. O difícil é como entender a Ciência da graça de Deus, a Ciência da “Salvação”! Longe de mim dizer com isto que Deus é complicado ou obscuro em Seu julgamento. Não. Nós é que complicamos tudo, até o assunto “salvação”! Afirmar que a salvação pode ser perdida, bem como afirmar que alguém já está salvo são coisas semelhantemente simples e complexas, segundo a Bíblia, pelo seguinte:

A Salvação de Sansão Este cidadão israelita é um exemplo perfeito dos contrastes que existem dentro do assunto que estamos estudando. JAVÉ abençoou Sansão desde o seu nascimento (Jz 13:24), mas não esqueça do que vimos antes. Há um motivo divino honesto para isto descrito parcialmente na Bíblia. A outra parte certamente Deus explicará aos salvos durante os mil anos de julgamento (ou de revisão do julgamento) no Céu, entre a primeira ressurreição e a segunda morte (Ap 20:4-6). O fato é que Sansão viveu, aos olhos divinos e humanos, como perdido (é só ler sua biografia resumida no livro de Juízes!). Mas, segundo Paulo, além e apesar de caminhar na direção da perdição eterna, Sansão, “por meio da fé”, praticou “a justiça” (Hb 11:32,33) e aguarda a ressurreição dos salvos (:39,40)! Ou seja, existe algo sobre ele que não está na Bíblia ou está e não enxergamos. Além disso, embora eu tenha escrito acima “aos olhos divinos” pelo fato de a Lei de Deus nos informar o que Ele espera daqueles que nEle esperam a salvação, “JAVÉ não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém JAVÉ, o coração” (I Sm 16:7) e este princípio faz uma enorme diferença, embora ele não seja o único critério divino para dar o veredito a respeito do destino do pecador. As obras do pecador refletem (não garantem, mas refletem) seu destino (Tg 2:14-26)! Certamente em vários momentos da vida de Sansão, seu nome não estava na lista dos salvos. Será? A propósito, existe tal lista nas Escrituras? E caso exista, como ter o nome inscrito ali ou riscado desse importante registro? Esse registro é determinante?

O Livro da Vida do Cordeiro “E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Ap 20:15); “adorá-la-ão [a besta] todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (13:8). “Nela [na Cidade Santa], nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro” (21:27). Portanto, existe sim uma lista com os nomes dos salvos e não ter o nome ali significa perdição eterna. Para ter o nome inscrito nesse Livro deve-se seguir o “Cordeiro”, Jesus Cristo, o “Descendente da mulher”, o Salvador, Aquele que é o Dono da lista! E devido essa comunhão entre pecador e Salvador há transformação de caráter e de estilo de vida: “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz JAVÉ: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31:33). E mesmo o povo de Israel falhando em ser o disseminador da redenção divina e a aliança sendo substituída por outra (Mt 21:43), a aliança entre o próprio Cristo e o pecador arrependido e perdoado (Mt 26:28), o resultado permanece o mesmo da aliança anterior: “Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei, acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre” (Hb 10:16,17). E assim como Jesus inscreve o pecador em Seu Livro, da mesma forma Ele o risca! “Que o nome deles seja riscado do livro da vida e que não seja colocado na lista dos que te obedecem!” (Sl 69:28, NTLH). “Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste. Então, disse JAVÉ a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim” (Êx 32:33). Contudo, como vimos na história típica (verídica e representativa) de Sansão, resta-nos saber se JAVÉ ou o Cordeiro ficará “inscrevendo” e “riscando” o nome de um ser humano várias e várias vezes no decorrer de sua vida! Pois, se descobrirmos isto, saberemos responder completamente as perguntas-motivos desta pesquisa.  

“Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim” (Êx 32:33) Aqui chegamos num outro momento imprescindível deste estudo: a maneira como Deus julga o pecador! JAVÉ se fez carne na maravilhosa pessoa de Jesus Cristo também para aumentar ainda mais a credibilidade de Seu julgamento. E é o Senhor Jesus, dos Três, quem dará a sentença final sobre cada ser humano (Jo 5:22 e At 17:31). Ele viveu 33,5 anos como ser humano na Terra e de lá pra cá quase 2000 anos como ser humano no Céu! Além disso, Jesus é “Deus Eterno” e nunca deixou de existir (Gn 21:33). Logo, Ele tem credibilidade aumentada para dar Seu veredito! No entanto leia o que Ele mesmo disse a respeito de como exerceria Sua função de Juiz: “Quem me rejeita e não aceita a minha mensagem já tem quem vai julgá-lo. As palavras que eu tenho dito serão o juiz dessa pessoa no último dia” (Jo 12:48, NTLH), o que está em completa harmonia com o que Ele já havia dito ao povo israelita (no AT): Eu sou o Senhor que sonda o coração e examina a mente, para recompensar a cada um de acordo com a sua conduta, de acordo com as suas obras” (Jr 17:10, NVI. Leia também Jo 5:45). Em outras palavras isso quer dizer que, não é Jesus quem escolhe ou determina quem será salvo e, consequentemente, quem se perderá! Ele apenas separará uns dos outros em Sua vinda (Mt 13:41-43 e 25:31-33) dando-lhes o que escolheram e determinaram para si, conscientemente, enquanto viviam aqui no mundo! O “riscar” de Deus corresponde, portanto, a uma escolha por parte do individuo.

A predestinação bíblica e o Espírito Santo Todos os descendentes da mulher, no caso de Eva, receberiam do próprio Deus a capacidade (vamos chamar assim) de nascer inimigos de Satanás (Gn 3:15). Por meio do Cordeiro, todos, antes e depois dEle ter morrido sobre o altar da cruz, teriam a oportunidade da “salvação”; isto é, “em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade” (Ef 1:5, NVI). Independente da escolha humana, a “salvação” seria sempre uma opção divina real desde “antes da fundação do mundo” (:4) para um individuo, até que ela seja verificada em seu estilo de vida ou até que ele cometa o pecado contra o Espírito Santo (Mt 12:31,32) e perca eternamente essa opção da Graça (Ef 2:8,9). A Pessoa divina Espírito Santo garante esta opção na vida de todos os que nascem e é um equivoco pensar que só os cristãos possuem o Ajudador. “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador [ou Ajudador], a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós” (Jo 14:16,17). Ora, mesmo antes de pedir ao Pai que enviasse o Deus Espírito, Jesus afirmou que Ele já habitava nos discípulos e olha que, pelo menos Pedro, dentre aqueles homens, não era convertido (Lc 22:32) ainda!  Ou seja, mesmo os não cristãos e até os ateus são agraciados com a presença do Senhor Espírito no santuário de seus corpos, como garantia de que eles ainda têm a opção da salvação! “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (I Co 6:19,20). Ele impede Satanás de tomar conta da alma humana desde o ventre materno, de modo que a criança já nasce inimiga de Satanás pela presença de Deus em seu corpinho! Desse modo, enquanto o pecado contra o Espírito Santo não for cometido pelo individuo, há a esperança da salvação, pois o nome daquele pecador permanece no “Livro da Vida do Cordeiro”, de lá não foi riscado. Assim, como o Cordeiro morreu por “todos os homens” (I Tm 2:4, I Jo 2:2 e II Pe 3:9), Ele mesmo inscreveu “todos os homens” em Seu Livro! Se não atrapalharmos Seu trabalho em nosso favor e a transformação que o Espírito busca efetuar em nosso caráter, não teremos nossos nomes riscados e seremos salvos (Ap 3:5). Foi o que aconteceu com Sansão!

Inscrito uma só vez e riscado uma só vez! Não encontro um só versinho nas Escrituras que apóie a ideia de que, no curso de sua vida, o pecador possua várias vezes seu nome inserido no Livro, pelo Cordeiro, por ter sido várias vezes riscado. E isso faz sentido quando entendemos que o Juiz é onisciente! “Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair” (Jo 6:64). Apesar de os assistentes de Seu governo sobre o vasto universo serem criaturas, inclusive humanas (Ap 4); a despeito de o caráter do Deus trino ser honesto e preocupado em explicar Suas ações e decisões divinas para Seus súditos; embora anjos e homens sejam limitados em relação ao Criador e não possuam os atributos distintivos de Deus (vida original, onisciência, onipresença, onipotência, imortalidade, etc.), o Deus Eterno pede a confiança de Suas criaturas. Pela limitação de Seus assistentes Deus poderia trabalhar com a repetição dos verbos “inscrever” e “riscar” no Tribunal (ou Santuário celestial: Dn 7:10, Hb 8:2 e Ap 21:22). Mas, o assunto do destino de uma criatura construída por Suas próprias mãos, “a Sua imagem”, é tão solene para o Juiz que Ele inscreveu uma vez todos no livro da vida através de Sua morte substitutiva (I Jo 2:2) e só riscará uma única e determinante vez o nome dos que escolherem se perder, em Seu julgamento pré-advento. Nesse julgamento, embora o Senhor Jesus tenha recebido a incumbência do juízo, JAVÉ trino está envolvido:

   a)  Deus o Pai – “Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles, até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino” (Dn 7:21,22); “porque são estes que o Pai procura para seus adoradores” (Jo 4:23; cf. Jo 8:16).
   b)  Deus o Espírito – “Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir” (Mt 12:31,32); “convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16:7,8).

Os Três, na Terra e no Céu, a começar pela “casa de Deus” (I Pe 4:17), isto é, pelos que professaram seguir ao Cordeiro (Mt 7:21-23), ser santos (separados do mundo, cf. Lc 18:11) e pertencer ao povo de Deus (Ez 9:6, Mt 8:12), “selam” e “riscam” segundo a decisão de cada pessoa. E isto antes de Jesus voltar, pois como traria Ele o galardão “para retribuir a cada um segundo as suas obras” (Ap 22:12), como faria “justiça aos santos do Altíssimo” (Dn 7:22) se o Juiz não tivesse concluído os casos perante a nuvem de testemunhas e assistentes presentes no Santuário celestial (Ap 4 e 5)? Certamente Deus julgará também antes da segunda vinda de Jesus os que, aparentemente, não eram religiosos e não professaram seguir nenhuma denominação religiosa. Primeiro porque existirão salvos entre eles (Mt 8:10,11 e 21:31,32); depois porque, como Ele salvaria alguns (após julgá-los) e mesmo sem julgar condenaria outros? “Afinal de contas eu não tenho o direito de julgar os que não são cristãos. Deus os julgará” (I Co 5:13, NTLH). Pois estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça” (At 17:31; cf Ap 11:18).

Os Julgamentos A Bíblia apresenta quatro momentos de julgamento divino ou retribuição divina (Ap 22:11) definidores e imutáveis. O primeiro já começou há mais de um século e os outros três dependem deste e ocorrerão logo após. (Hendrickson Rogers)

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