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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O ciclo semanal na Terra após os Mil anos de Apocalipse 20 - um paralelo revelador!

O “lago de fogo” ocorrerá paralelamente às adorações sabáticas, por exemplo, de dentro da Cidade Santa “por muitos dias” (História da Redenção, 429)? Como harmonizar Ap 22 com Is 66: não haverá mais noite, nem sol, no entanto haverá o ciclo semanal e o sábado? Como será recriada a Terra? Em 7 dias? No caso em 6 dias, uma vez que o sábado já foi instituído desde o Éden?

Introdução
Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo [Gr. mikron cronon]” (Ap 20:3b, NVI). As Escrituras declaram que a duração entre o fim dos mil anos e o fim de Satanás (do mal como um todo) é de “um pouco de tempo” simbólica ou literalmente falando, já que existem elementos figurados e reais dentro do contexto do milênio (Ap 20:1-7).  João usou essa mesma expressão “mikron cronon” mais duas vezes após concluir o Apocalipse, no livro evangélico que leva o seu nome: “Disse-lhes Jesus: Ainda por um pouco de tempo estou convosco e depois irei para junto daquele que me enviou” (Jo 7:33). “Disse-lhes, pois, Jesus: A luz ainda está convosco por um pouco de tempo; andai enquanto tendes luz, para que as trevas vos não apanhem, pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai” (Jo 12:35, ARC). Talvez possamos entender com isto o seguinte: a luz do ministério terrestre de Jesus Cristo durou, exatamente, três anos, sete meses e dez dias; sendo 3,5 anos antes da cruz (Dn 9:25 e 27 – do “Ungido” até o cessar do “sacrifício”, “metade da semana”; ou seja, do batismo de Jesus até Sua morte sacrifical, 3,5 dias proféticos, isto é, três anos e meio! ) e 40 dias após a Sua ressurreição (At 1:3)! Sendo assim, o “pouco de tempo” entre a soltura de Satanás, no fim do milênio, e sua morte eterna, terá a duração de 3,5 anos mais 40 dias! Destaco o talvez. Avaliei as oito menções do período profético conhecido por “um tempo, tempos e metade de um tempo”, “três dias e meio”, “42 meses” ou ainda “1260 dias” (Dn 7:25; Ap 11:2,3,9,11; 12:6,14 e 13:5) e não consegui enxergar algum vínculo com o “mikron cronon”, nem mesmo algo que sugira o que escrevi acima.

Meu objetivo com esta pesquisa não é inventar algo inaudito ou obrigar a Palavra de nosso Deus a dizer algo que ela não afirmou. Procuro, sim, respostas para essas fabulosas indagações que naturalmente surgem durante o estudo atento e dedicado das Escrituras! 


Caso o raciocínio do “mikron cronon” esteja correto, podemos seguir em frente e organizar os eventos pós-milenários!



E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo [algo em torno de 3 anos, 7 meses e 10 dias]” (Ap 20:3, NVI). “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida” (Ap 20:7-9). Como o modelo “mikron cronon” é um paralelo com o tempo de ministério terrestre de Jesus e um outro possível exemplo de imitação do invejoso Satanás dos atos da Trindade, podemos supor que, assim como Cristo, logo após Seu batismo, passou 40 dias no deserto fortalecendo-Se com o Espírito e o Pai para a luta contra o mal em Seu ministério de três anos e meio, talvez, assim também Satanás gaste os primeiros 40 dias logo após a segunda ressurreição (a dos ímpios, Ap 20:5) buscando fortalecer-se arregimentando os perdidos no maior exército jamais visto em toda história da humanidade, cobrindo continentes inteiros (se é que ainda existirão após a 7ª praga e a vinda de Jesus)! Reconheça os termos militares usados por João para este conglomerado bélico super organizado: “Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida” (Ap 20:9). 

Certamente nesse mesmo período, os anjos rebeldes realizarão curas e capacitarão a muitos dos perdidos (ou a todos eles) que, embora recém-ressurretos, permanecem com o cheiro e a aparência da morte em seus corpos, pois, rejeitando a Cristo, o Autor da vida (At 3:15), não receberam o corpo glorificado, como os salvos (I Co 15:51-54), mas o mesmo “corpo de humilhação” (Fp 3:21) com o mesmo caráter perverso e não santificado que possuíam quando no instante de suas mortes (Ap 22:11)! “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt 24:24). Se isto vem acontecendo e deve se intensificar imediatamente antes da volta de Jesus, os anjos maus farão o mesmo sobre o mar dos perdidos sem que haja dificuldades com algum “eleito”, já que ninguém de seu público atual estará salvo! O “príncipe do mundo” (Jo 14:30) reivindicará seu reino perante seus seduzidos e os convencerá momentaneamente de que, por estarem em maior número do que os de dentro da Santa Cidade, poderão facilmente conquistá-la. Isto deverá fazer muito sentido para grandes guerreiros e conquistadores ante e pós-diluvianos, ao menos por alguns dias! (A Cidade Santa ocupa uma área de 302.500 km²; para fixarmos as ideias, saiba que a Itália possui 301.230 km² e mais de 60 milhões de habitantes já em 2009 segundo http://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia, acessado em 9 de fevereiro de 2012!).

Ao fim dos 40 dias de fortalecimento espiritual, mental e físico no deserto (sim, o jejum bíblico é uma fonte de saúde física!), João afirma que Jesus apareceu num casamento em Caná da Galiléia (Jo 2:1-12). É muito interessante notar que, o mesmo João viu “também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro” (Ap 21:2,9). “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19:7-9). Dentro de nossa correspondência biunívoca, portanto, ao fim dos 40 dias pós-milenários de marcha e sítio de Satanás com seu monstruoso exército, Jesus deveria aparecer; e João, novamente, registrou Sua aparição livrando os convidados da inigualável festa de dentro da Cidade Santa, dos intrusos rapineiros do lado de fora! “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Ap 20:11-13).


Depois dos 40 dias no deserto, Jesus, nos próximos dias de Seu ministério, até Sua morte substitutiva na cruz, julgou o mundo de Sua época: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3:19-21). De igual modo, Ele julgará os “mortos”, os perdidos sem a Vida, “um por um, segundo as suas obras”! Até o final dos primeiros 1260 dias ou três anos e meio após o milênio, o Eterno JAVÉ, o Deus encarnado, dará o veredito, a recompensa dos perdidos, individualmente, bem como, coletivamente! “De mim se dirá: Tão-somente em JAVÉ há justiça e força; até ele virão e serão envergonhados todos os que se irritarem contra ele”! Ao mesmo tempo, para os que não O impediram de salvar, os de dentro da Cidade, “em JAVÉ será justificada toda a descendência de Israel e nele se gloriará” (Is 45:24,25). (Hendrickson Rogers)


Prezados leitores do blog, esta pesquisa está em construção desde 1°/2/2012. Aguardem seu desfecho, se Deus permitir! Bom estudo, bons comentários e críticas. Abraço. (Hendrickson Rogers)


2ª parte da pesquisa AQUI.

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