sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cronologia da historicidade da doutrina bíblica da Trindade - 6ª parte

Século 4
Teólogos desafiaram Basílio quanto ao uso que ele fazia das preposições “com” e “junto com” na bênção: “Glória ao Pai com o Filho juntamente com o Espírito Santo”. Eles defendiam que essa oração utilizada no final dos cultos deveria ser: “Glória ao Pai através do Filho no Espírito Santo”. Basílio contra-argumentou que as Escrituras não fazem uma distinção tão clara quanto ao uso de preposições relativas às Três Pessoas da Divindade. Teólogos argumentaram que o uso de preposições específicas manteria a subordinação do Filho e do Espírito ao Pai. Basílio demonstrou a Partir das Escrituras que tal subordinação do Filho envolve apenas a Sua encarnação! E ele contra-argumentou ainda que, embora o uso tão preciso de preposições fosse comum na filosofia, ele era estranho às Escrituras. Destacou que a Bíblia utiliza praticamente todas as combinações de preposições comuns para descrever o Pai, o Filho e o Espírito Santo! Basílio repassou literalmente dezenas de passagens escriturísticas demonstrando o amplo uso de preposições aplicadas a todas as Três Pessoas divinas, anulando a aparente subordinação existente na Divindade! (Para uma pequena amostra, cf. Rm 11:36; Mt 1:20 e Gl 6:8).

Basílio venceu intelectualmente o argumento a partir das Escrituras, mas pragmaticamente foi através da prática da adoração cristã que ele persuadiu os bispos cristãos a reconhecerem o Espírito Santo como plenamente Deus! Ele demonstrou como no batismo e na oração os cristãos haviam adorado igualmente o Pai, o Filho e o Espírito Santo através dos séculos, a despeito de todos os argumentos teológicos do quarto século. Todos os grupos, com a possível exceção do partido defensor de heteroousios de Eunômio, haviam continuado a adorar o Pai e o Filho, a despeito de sua teologia. Basílio provou isso poderosamente nos últimos capítulos de seu livro Sobre o Espírito Santo, e as reflexões que ele provocou estabeleceram as bases para que o Concílio de Constantinopla reconhecesse plenamente o Filho e o Espírito Santo como pessoas da Divindade, ao lado do Pai!

É verdade que ambos os Concílios, de Nicéia e o de Constantinopla, fizeram algumas declarações que, comparadas com a Bíblia, são rejeitáveis. Mesmo alguns aspectos da compreensão que Atanásio teve do Filho, como sua descrição dEle como “eternamente gerado”, mais criam problemas do que os resolvem! Embora os Concílios e os teólogos cristãos não sejam autoridades proféticas, como seguidores da Palavra de Deus, temos a oportunidade de reconhecer a validade de argumentos como os de Basílio, por exemplo, a partir da Bíblia! Como cristãos bíblicos, não aceitaremos a fórmula trinitariana baseados na autoridade dos dogmas do Catolicismo ou na autoridade dos dogmas de nossa denominação cristã, mas a aceitaremos pelo fato de que ela melhor representa o que as Escrituras dizem a respeito do Pai, do Filho e do Espírito Santo como sendo Deus!
Pesquisa baseada no livro "A Trindade" de Woodrow Whidden, Jerry Moon e John W. Reeve. Ela está em construção. Aguardem sua conclusão! 

As demais partes da pesquisa: Primeira aqui. Segunda parte desta Cronologia aqui! A terceira parte aqui e a quarta, aqui! Quinta parte aqui. (Hendrickson Rogers) 

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