sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cronologia da historicidade da doutrina bíblica da Trindade - 6ª parte

Século 4
Teólogos desafiaram Basílio quanto ao uso que ele fazia das preposições “com” e “junto com” na bênção: “Glória ao Pai com o Filho juntamente com o Espírito Santo”. Eles defendiam que essa oração utilizada no final dos cultos deveria ser: “Glória ao Pai através do Filho no Espírito Santo”. Basílio contra-argumentou que as Escrituras não fazem uma distinção tão clara quanto ao uso de preposições relativas às Três Pessoas da Divindade. Teólogos argumentaram que o uso de preposições específicas manteria a subordinação do Filho e do Espírito ao Pai. Basílio demonstrou a Partir das Escrituras que tal subordinação do Filho envolve apenas a Sua encarnação! E ele contra-argumentou ainda que, embora o uso tão preciso de preposições fosse comum na filosofia, ele era estranho às Escrituras. Destacou que a Bíblia utiliza praticamente todas as combinações de preposições comuns para descrever o Pai, o Filho e o Espírito Santo! Basílio repassou literalmente dezenas de passagens escriturísticas demonstrando o amplo uso de preposições aplicadas a todas as Três Pessoas divinas, anulando a aparente subordinação existente na Divindade! (Para uma pequena amostra, cf. Rm 11:36; Mt 1:20 e Gl 6:8).

Basílio venceu intelectualmente o argumento a partir das Escrituras, mas pragmaticamente foi através da prática da adoração cristã que ele persuadiu os bispos cristãos a reconhecerem o Espírito Santo como plenamente Deus! Ele demonstrou como no batismo e na oração os cristãos haviam adorado igualmente o Pai, o Filho e o Espírito Santo através dos séculos, a despeito de todos os argumentos teológicos do quarto século. Todos os grupos, com a possível exceção do partido defensor de heteroousios de Eunômio, haviam continuado a adorar o Pai e o Filho, a despeito de sua teologia. Basílio provou isso poderosamente nos últimos capítulos de seu livro Sobre o Espírito Santo, e as reflexões que ele provocou estabeleceram as bases para que o Concílio de Constantinopla reconhecesse plenamente o Filho e o Espírito Santo como pessoas da Divindade, ao lado do Pai!

É verdade que ambos os Concílios, de Nicéia e o de Constantinopla, fizeram algumas declarações que, comparadas com a Bíblia, são rejeitáveis. Mesmo alguns aspectos da compreensão que Atanásio teve do Filho, como sua descrição dEle como “eternamente gerado”, mais criam problemas do que os resolvem! Embora os Concílios e os teólogos cristãos não sejam autoridades proféticas, como seguidores da Palavra de Deus, temos a oportunidade de reconhecer a validade de argumentos como os de Basílio, por exemplo, a partir da Bíblia! Como cristãos bíblicos, não aceitaremos a fórmula trinitariana baseados na autoridade dos dogmas do Catolicismo ou na autoridade dos dogmas de nossa denominação cristã, mas a aceitaremos pelo fato de que ela melhor representa o que as Escrituras dizem a respeito do Pai, do Filho e do Espírito Santo como sendo Deus!
Pesquisa baseada no livro "A Trindade" de Woodrow Whidden, Jerry Moon e John W. Reeve. Ela está em construção. Aguardem sua conclusão! 

As demais partes da pesquisa: Primeira aqui. Segunda parte desta Cronologia aqui! A terceira parte aqui e a quarta, aqui! Quinta parte aqui. (Hendrickson Rogers) 

Cronologia da historicidade da doutrina bíblica da Trindade - 5ª parte

Século 4 
Diversas circunstâncias na década que antecedeu o Concílio de Constantinopla, em 381, prepararam o caminho para esse encontro, no qual a fórmula trinitariana finalmente se tornou a teologia ortodoxa oficial da igreja cristã. Um dos eventos com repercussão extremamente importante sobre o concílio foi a coroação do imperador Teodósio, que se achava comprometido com a fórmula homoousios. Durante 50 anos, cada novo imperador havia assumido diferentes compromissos com os vários grupos teológicos. O imperador Juliano, por exemplo, durante um breve período até mesmo tentou levar o império de volta ao paganismo e afastá-lo do cristianismo. O imperador Valêncio, que morreu em 378, foi o último dos imperadores a abertamente favorecer o arianismo e dar apoio a teólogos arianos. É duvidoso afirmar se o apoio ou a oposição do imperador, por si só, haveria sido capaz de determinar o resultado final do Concílio de Constantinopla, pois apenas 75 anos antes outro imperador – Diocleciano – havia tentado manipular e destruir a igreja por meio da força e fracassara! O cristianismo se expandira por séculos, a despeito da censura ou da aprovação imperial!

Outro fator a preparar o caminho para o concílio foram os escritos teológicos e a liderança política de três teólogos da Capadócia: Basílio de Cesaréia, Gregório de Nazianzo (amigo de Basílio) e o irmão mais novo de Basílio chamado Gregório de Nissa. Eles se tornaram a força teológica e política por trás do trinitarianismo quando o velho Atanásio deixou o cenário. Basílio comparou a situação de bispos e imperadores mudando de ideia e trocando de lado com “uma batalha naval sendo travada em meio a uma furiosa tempestade, na qual as duas esquadras se encontram tão destruídas pela tormenta que as bandeiras não podem mais ser vistas, os sinais não mais são reconhecidos, e a pessoa não mais consegue distinguir entre seus aliados e seus inimigos” (de seu livro “On the Holy Spirit”)! Os três teólogos da Capadócia escreveram tratados e cartas, explorando e solidificando a teologia trinitariana e criando uma terminologia padronizada. Falaram do Pai, Filho e Espírito Santo como sendo simultaneamente três quanto à personalidade (hypostasis), mas apenas um em relação à natureza (ousia). Os capadócios estenderam a natureza compartilhada do Pai e do Filho ao Espírito Santo, clarificando assim este ponto vago do Credo de Nicéia. Em sua obra Sobre o Espírito Santo, Basílio argumentou em favor do reconhecimento da relação entre Pai, Filho e Espírito Santo como sendo de uma mesma substância e de igual status, portanto igualmente dignos de adoração!

Pesquisa baseada no livro "A Trindade" de Woodrow Whidden, Jerry Moon e John W. Reeve. Ela está em construção. Aguardem sua conclusão! 

As demais partes da pesquisa: Primeira aqui. Segunda parte desta Cronologia aqui! A terceira parte aqui e a quarta, aqui! (Hendrickson Rogers) 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Aos mestres, com carinho!


Compus esta hipercrônica com uma seleção das minhas citações preferidas sobre educação e sobre o transcendente papel do professor na preparação das gerações futuras. Mais que uma homenagem, é uma forma que encontrei para expressar minha gratidão.
A todos os meus professores,
“Se a Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” (Paulo Freire)
“Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra.”
(Anísio Teixeira)
“A sociedade e cada meio social particular determinam o ideal que a educação realiza.”
(Émile Durkheim)
“O indivíduo é social não como resultado de circunstâncias externas, mas em virtude de uma necessidade interna.”
(Henri Wallon)
“O principal objetivo da Educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram.”
(Jean Piaget)
“Nós nos tornamos nós mesmos através dos outros.”
(Lev Vygostky)
“A tarefa do professor é preparar motivações para atividades culturais, num ambiente previamente organizado, e depois se abster de interferir.”
(Maria Montessori)
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
(Paulo Freire)
“Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública.”
(Anísio Teixeira)
“Se você acha que educação é cara, experimente a ignorância.”
(Derek Bok)
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”
(Nelson Mandela)
“O essencial, com efeito, na educação, não é a doutrina ensinada, é o despertar.”
(Ernest Renan)
“A educação é um seguro para a vida e um passaporte para a eternidade.”
(Antonio Guijarro)
“Ensinar é um exercício de imortalidade, que de alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra, sendo que, desse modo, o professor não morre jamais, estando a cada dia no pensamento daqueles a quem ensinou.”
(Rubem Alves)
“Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.”
(Pitágoras)
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
(Cora Coralina)
“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.”
(Esopo)
“A educação é para a alma o que a escultura é para um bloco de mármore.”
(Joseph Addison)
“Educar não é encher um cântaro, mas sim, acender uma chama.”
(William Yeats)

Professores educadores - parabéns pelo vosso dia!


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Livro: "Mente e Cosmos: por que é que a concepção materialista neodarwinista da natureza é quase de certeza falsa"

por John G. West

Em setembro, a Oxford University Press lança oficialmente uma versão de um novo livro da autoria do filósofo de renome Thomas Nagel, da Universidade de Nova York. É uma bomba. Já disponível na versão Kindle, o livro de Nagel tem o título provocante de Mind and Cosmos: Why the Materialist Neo-Darwinian Conception of Nature Is Almost Certainly False (Mente e Cosmos: por que é que a concepção materialista neodarwinista da natureza é quase de certeza falsa). Você leu bem: o sub-título do livro declara que "a concepção materialista neodarwinista da natureza é quase de certeza falsa". Nagel é um ateu que não está a favor do argumento do Design Inteligente. Mas ele considera de uma forma clara que a evidência a favor da moderna teoria darwinista deixa muito a desejar.Para além disso, ele demonstra apreciar profundamente o fato dos "iconoclastas" do movimento do Design Inteligente levantarem um desafio significativo à atual ortodoxia científica. No capítulo 1, Nagel cita de forma favorável, em particular o trabalho de três membros do Discovery Institute:

"Ao pensar sobre essas questões, eu tenho sido estimulado pelas críticas à visão de mundo científica predominante... pelos defensores do Design Inteligente. Apesar de escritores como Michael Behe e Stephen Meyer serem, motivados, pelo menos em parte, por suas crenças religiosas, os argumentos empíricos que eles oferecem contra a probabilidade da origem da vida e da sua história evolucionária poderem ser plenamente explicadas pela física e pela química são por si só de grande interesse. Outro cético, David Berlinski, tem abordado estes problemas de uma forma activa sem fazer referência à inferência de design. Mesmo que uma pessoa não seja atraída pela explicação alternativa de ações de um designer, os problemas que esses iconoclastas apresentam ao consenso ortodoxo científico devem ser considerados seriamente. Eles não merecem o escárnio com que eles são confrontados habitualmente. Isso é manifestamente injusto".

De uma forma refrescante, Nagel não alinha com os esforços unilaterais de evitar os argumentos dos proponentes do Design Inteligente, esforços esses que estigmatizam as suas presumidas "crenças religiosas". Como Nagel realçou, "os argumentos empíricos" oferecidos pelos proponentes do DI "são por si só de grande interesse". É a evidência que interessa, e é a evidência que precisa de uma resposta. Nagel prossegue e diz algo que provavelmente vai mesmo irritar alguns defensores da ortodoxia darwinista:

"Eu creio que os defensores do Design Inteligente merecem a nossa gratidão por desafiarem uma visão do mundo científico pela qual alguns dos seus adeptos se apaixonaram em parte precisamente pelo fato de pensarem que ela nos libertaria da religião. Aquela visão do mundo está envelhecida, e está na altura de ser substituída...".

Uau! Quem ainda acredita que o peso das evidências apoia a visão darwinista, e que nenhuma pessoa racional pode duvidar do consenso darwinista, precisa ler o livro de Nagel. Nagel é Membro da Academia Americana de Artes e Ciências, e recebeu o prestigiado Prêmio Balzan pelo seu trabalho em Filosofia Moral. Ele recebeu bolsas de estudos da National Science Foundation e da National Endowment for the Humanities, entre outras instituições. Ele é um dos filósofos de topo dos Estados Unidos. Obviamente, ele também é um homem de grande coragem e de independência de pensamento. Prepare-se para as sessões de queima de livros por parte dos defensores da ortodoxia darwinista. Eu nem ficaria supreso se houver mesmo um esforço para convencer a Oxford University Press em repudiar o livro de Nagel. Então pode ser que você queira ler o livro enquanto pode.

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Violência indígena amazônica amenizada com a colonização?

(OBS.: As desnecessárias e cientificamente irrelevantes referências à teoria da evolução presentes no texto original não são partilhadas pelo editor do blog. E o idioma abaixo é o de Portugal!)

Segundo um estudo recente levado a cabo pelo antropólogo da Universidade do Missouri (MU)  Robert Walker, antes do contacto com os Europeus os conflitos violentos nas sociedades tribais da floresta Amazónica eram responsáveis por 30% de todas as mortes. Entender os motivos por trás dessas altercações na Amazónia incide alguma luz nas motivações instintivas que continuam a empurrar os grupos humanos para a violência, bem como as formas como a cultura influencia a intensidade e frequência da violência. Walker, autor principal e professor-assistente de antropologia na “College of Arts and Science” da MU, afirmou:
Os mesmos motivos – vingança, honra, território e inveja centrada nas mulheres – que motivaram conflitos mortais na Amazónia, continuam fomentar a violência do mundo actual. A história evolutiva  humana em torno de conflitos violentos entre grupos rivais teve origem nos nossos ancestrais primatas. São necessárias doses maciças de treinamento social e controle institucional para resistir os nossos instintos e resolver as disputas verbalmente – e não com armas.
Felizmente, as pessoas desenvolveram formas de canalizar e desviar esses instintos para longe de conflitos mortíferos. Por exemplo, o desporto e os jogos de computador normalmente envolvem os mesmos impulsos de derrotar um grupo rival. Walker examinou os registos de 1,145 mortes violentas em 44 sociedades . . . . da América do Sul revendo 11 estudos antropológicos prévios. Ele analisou as mortes numa base caso-a-caso como forma de determinar quais os factores culturais influenciaram a contagem dos corpos. Ataques internos entre tribos com linguagens e culturas similares foram os motivos mais frequentes, mas com menos casualidades, quando comparados com os menos frequentes mas mais mortíferos  ataques externos provenientes de tribos com linguagem distinta.
Walker afirma:
A língua e outras diferenças culturais desempenham um papel no “choque de civilizações” que resultaram em actos violentos recentes, tais como o ataque à embaixada dos EUA na Líbia e a contínua guerra no Afeganistão. Trabalhar para desenvolver um sentido de humanidade para todas as pessoas da Terra pode ajudar a reduzir os episódios de violência mais significativos ao encorajar as pessoas a olhar umas para as outras como um grupo unificado que trabalha para os objectivos globais comuns.
Os ataques às vezes envolviam o rapto de mulheres e em média, um similar número de mulheres foram raptadas tanto nos conflitos internos como nos conflitos externos. Outro aspecto da guerrilha amazónica era a traição – tal como o acto de convidar um grupo rival para uma celebração e prosseguir com a chacina do mesmo depois deles estarem embriagados. Estes ataques resultaram em níveis elevados de mortalidade.
Walker diz:
A vingança era histórica guerra intertribal, tal como os modernos conflitos entre gangues, porque demonstrar fraqueza poderia resultar em mais ataques. O ciclo de violência poderia resultar na erradicação mútua das tribos. Depois do contactos com os Europeus, a dinâmica da vida tribal amazónica mudou de forma dramática. Embora a disseminação do Cristianismo e a imposição de estruturas legais nacionais tenham resultado numa enorme perda da identidade cultural, ela também resultou na redução dos mortíferos ataques. Hoje em dia, tal tipo de violência é raro. A doença e o conflito com lenhadores ilegais e mineiros é a causa de morte mais comum.
Estudo: “Body counts in lowland South American violence,” publicado no jornal científico Evolution & Human Behavior. (Provided by University of Missouri-Columbia)
* * * * * * *
Aparentemente o Cristianismo, ao contrário do paganismo, é uma ideologia que motiva-nos a "resistir os nossos instintos e resolver as disputas verbalmente – e não com armas" para além de "canalizar e desviar esses instintos para longe de conflitos mortíferos". Para além disso, o Cristianismo fornece “um sentido de humanidade para todas as pessoas da Terra” e encoraja “as pessoas a olhar umas para as outras como um grupo unificado que trabalha para os objectivos globais comuns.” Por outro lado, como o Cristianismo não vê a mulher como propriedade mas como companheira e adjutora no plano de Deus, ataques (“raids”) que têm em vista o rapto de mulheres é algo condenado. Como a Bíblia proíbe o uso da mentira (Êxodo 20:16), “o acto de convidar um grupo rival para uma celebração e prosseguir com a chacina do mesmo” é uma práctica também proibida pela Palavra de Deus. Por fim, uma pergunta: a perda da “identidade cultural” duma cultura que era responsável pela morte de 30% dos seus próprios cidadãos é algo que deve ser lamentado?
Fonte: Darwinismo.

Faça uma criança sorrir!


Cerca de 2 mil crianças e adolescentes de comunidades carentes são atendidos diariamente nos núcleos da ADRA espalhados pelo país. Além de muito amor e carinho, elas recebem reforço escolar e nutricional, musicalização, inclusão digital, esportes, entre outras atividades. Tudo isto só é possível graças ao apoio de pessoas como você que quer fazer a diferença na vida das pessoas. Investir na criança é investir na esperança. Neste dia 12 de outubro, dê um presente especial para elas.

Clique aqui e doe agora!

Doe esperança para aqueles que trazem esperança – as crianças, por elas, agradecemos!
Feliz Dia das Crianças!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Livro: "Medicina, Religião e Saúde – O Encontro da Ciência e da Espiritualidade"


A revista Veja desta semana (5/10/2012) traz a ótima entrevista “Um poder invisível da fé”, com o psiquiatra americano Harold Koenig. Ele afirma que as pesquisas são claras ao relacionar as diversas formas de religiosidade com a prevenção de doenças cardiovasculares e da hipertensão. Quem o entrevistou foi a repórter Fernanda Allegretti. Koenig é professor da Universidade Duke, na Carolina do Norte, e há 28 anos se dedica a estudos que relacionam religião com saúde. Tem 40 livros publicados e mais de 300 artigos sobre o tema. Sua tese é que a fé religiosa ajuda as pessoas em diversos aspectos da vida cotidiana, reduzindo o stress, fazendo-as adquirir hábitos saudáveis e dando-lhes conforto nos momentos difíceis, entre outros benefícios. Koenig, de 60 anos, nasceu em uma família católica, mas hoje, por influência da mulher, frequenta a igreja protestante. Ele esteve recentemente no Brasil para dar uma palestra em Porto Alegre e lançar a edição brasileira de seu livro Medicina, Religião e Saúde – O Encontro da Ciência e da Espiritualidade. Leia a entrevista abaixo, republicada no site da Legrand:

Como o senhor chegou à conclusão de que a religiosidade aumenta a sobrevida das pessoas em até 29%?

Há uma relação significativa entre frequência da prática religiosa e longevidade. Acredito que o impacto na sobrevida seja até maior, algo em tomo de 35%. Três fatores influenciam a saúde de quem pratica uma religião. O primeiro são as crenças e o significado que essas crenças atribuem à vida. Elas orientam as decisões diárias e até as facilitam, o que contribui para reduzir o stress. O segundo fator está relacionado ao apoio social. As pessoas devotadas convivem em comunidades com indivíduos que acreditam nas mesmas coisas e oferecem suporte emocional e, às vezes, até financeiro. O terceiro fator é o impacto que a religião tem na adoção de hábitos saudáveis. Tanto os mandamentos religiosos quanto a vida em comunidade estimulam a boa saúde. Os religiosos tendem a ingerir menos álcool, porque circulam em um meio onde ele é mais escasso e com pessoas que bebem menos. Eles também têm inclinação a não fumar. É menos provável que adotem um comportamento sexual de risco, tendo múltiplos parceiros ou parceiros fora do casamento. Tudo isso influencia a saúde e faz com que vivam mais e sejam mais saudáveis.

Também se beneficiam da fé os adeptos de religiões que proíbem cuidados médicos, como é o caso das testemunhas de Jeová com a transfusão de sangue?

A maioria dos estudos comprova que os benefícios de ser adepto de urna religião são maiores que os malefícios. No caso das testemunhas de Jeová, há pesquisas que mostram que a longevidade deles não é diferente da dos católicos ou dos protestantes. Outro ponto importante é que não há tantas testemunhas de Jeová no mundo. Os grupos religiosos que se opõem a cuidados médicos são muito pequenos em comparação à grande maioria que se beneficia de suas crenças religiosas.

Quem se toma religioso tardiamente também se beneficia?

Quem se toma religioso numa idade mais madura também se beneficia, especialmente dos aspectos psicológicos e sociais. A vida passa a ter mais sentido, a pessoa ganha apoio da comunidade, esperança e interlocutores afinados com o seu jeito de ver o mundo. A consequência é a melhora da qualidade de vida. A saúde física, no entanto, não será tão influenciada porque não dá para apagar os anos de maus hábitos e os estragos feitos pelo excesso de stress.

Ter fé não é o mesmo que seguir uma religião. Do ponto de vista dos benefícios, isso também faz diferença?

Não adianta só dizer que é espiritualizado e não fazer nada. É preciso ser comprometido com a religião para gozar seus benefícios. É preciso acordar cedo para ir aos cultos, fazer parte de uma comunidade, expressar sua fé em casa, por meio de orações ou do estudo das escrituras. As crenças religiosas precisam influenciar sua vida para que elas influenciem também sua saúde.


Como as diferentes religiões se comparam nesse efeito positivo sobre a saúde e a longevidade que o senhor detectou?

Não há estudos confiáveis comparando as religiões. Até porque as mesmas religiões se desenvolvem em ambientes completamente diferentes e são influenciadas por esses ambientes. Um credo cujos benefícios são óbvios no Brasil pode não ter o mesmo efeito positivo sobre as pessoas nos países árabes.

Algumas enfermidades respondem melhor à prática religiosa do que outras?

As doenças relacionadas ao stress, como as disfunções cardiovasculares e a hipertensão, parecem ser mais reativas a uma disposição mental de cunho religioso. O stress influencia as funções fisiológicas de maneira já muito conhecida e tem impacto em três sistemas ligados à defesa do organismo: o imunológico, o endócrino e o cardiovascular. Se esses sistemas não funcionam bem. Ficamos doentes. A religiosidade põe o paciente em outro patamar de tratamento. Pacientes infartados que são religiosos, por exemplo, têm menos complicações após a cirurgia, ficam menos tempo internados e, claro, pagam contas hospitalares mais baixas.

O senhor diz que quem vê Deus como uma entidade distante e punitiva tem menos benefícios para a saúde do que quem o vê como um ser compreensivo e que perdoa. Por quê?

A religião pode virar uma fonte de stress se aumentar o sentimento de culpa ou gerar um mal-estar na pessoa por ela não conseguir cumprir com o que a doutrina considera que são suas obrigações religiosas. Não existem pesquisas que constatem isso, mas certamente um Deus punitivo, que vigia e condena seus erros, vai elevar esse stress. Por isso, acho que faz bastante diferença acreditar em um Deus amoroso e misericordioso.

Existem estudos que ligam a religiosidade profunda à ausência da depressão psicológica. O senhor também registrou esse efeito?


Os pacientes que lidam melhor com suas doenças, perdas e incapacidades ficam menos depressivos. Os religiosos suportam melhor suas limitações porque a religião dá significado a essas circunstâncias difíceis. O sofrimento adquire um propósito. O indivíduo não sofre sem razão nem se sente sozinho. As religiões têm inúmeros exemplos de sofrimento: Jesus torturado e crucificado; Jó, que perdeu bens, família, saúde; Maomé, que passou por momentos difíceis na infância. Todos sofreram, e a fé os fez seguir adiante. Um estudo recente da Universidade Colúmbia demonstrou que, quando são religiosos, filhos de pai ou mãe depressivos têm menor risco de desenvolver depressão. Provar que pessoas com fatores genéticos de risco podem ser protegidas pela religião é sensacional.


Muitos pacientes terminais desenvolvem a espiritualidade mesmo sem ter fé durante a vida. O que sua experiência revela sobre essas pessoas?


O que podemos afirmar com segurança é que pacientes religiosos toleram melhor o processo da morte. Eles acreditam que não é o fim e, por isso, não ficam tão ansiosos. Sabem que vão para um lugar melhor, no qual não sentirão mais dor ou mal-estar. Isso afeta a qualidade de vida da pessoa no período terminal e melhora a relação dela com a família.

Qual sua opinião sobre as chamadas cirurgias espirituais?


Os charlatões tendem a se aproveitar de pessoas doentes e desesperadas. Os pacientes que frequentam esses centros, em geral, não recebem benefício algum e se sentem desapontados. Alguns chegam a se revoltar contra a religião. O sofrimento acaba sendo maior porque, a partir do momento em que a pessoa perde a confiança na sua fé, perde também a habilidade de se adaptar à sua condição.

Um estudo da Santa Casa de Porto Alegre mostra que 70% dos pacientes gostariam que o médico falasse sobre religião com efes, mas apenas 15% dos médicos o fazem. Por que isso acontece?

Os médicos não recebem treinamento apropriado sobre como fazer a abordagem religiosa. Eles não sabem trazer o assunto à tona, nem como responder a perguntas do paciente sobre religião. Nos Estados Unidos e também no Brasil, ainda são poucas as faculdades de medicina que tratam do tema. A medicina é considerada uma ciência e, historicamente, há uma grande divisão entre religião e ciência. A religião é muito mais vaga e nebulosa do que a medicina e, por isso, continua não levando muito crédito. Médicos tendem a ser menos religiosos do que a população em geral, então eles não conhecem muito bem o potencial da religião.

Como o médico deve falar de religião com o paciente?

É mais simples do que parece. Só de perguntar ao paciente quanto a religião é importante na vida dele, o médico está abrindo caminho para atender às suas necessidades espirituais. O paciente deve sentir-se confortável falando sobre esse assunto com seu médico. O médico pode, naquele momento mais especial, tentar saber das decisões que um paciente terminal espera dele em situações-limite. Pode descobrir se o paciente terminal quer ser ressuscitado em caso de parada cardíaca, se deseja receber tratamento extenuante prolongado ou se prefere não estender o sofrimento. Ajuda muito o médico puxar assunto com o paciente sobre o que ele pensa da existência dos milagres ou se quer receber orações. O paciente tem de estar seguro de que o médico não vai ignorar ou fazer pouco-caso de suas carências espirituais.

Como deve ser a abordagem com um ateu?

Eu não incentivaria nenhum médico a tentar converter um ateu. Simplesmente porque essa abordagem não funciona. O médico deve apenas conversar com o paciente e tentar compreender as causas que o levaram a ser ateu. Médicos não são pastores ou padres. Nosso trabalho não é catequizar ninguém, é tentar entender o paciente e como sua crença religiosa ou a falta dela influencia sua recuperação e as decisões que vão ter consequências em seu tratamento.

O que o senhor pensa sobre os ateus e os agnósticos?

Acho que eles estão mais adiante no caminho religioso do que muita gente que nunca questionou sua religiosidade. Algumas pessoas são religiosas simplesmente porque os pais são e nunca pararam para pensar sobre isso. Para decidir ser ateu ou agnóstico, o indivíduo tem de questionar a si mesmo e a religião. Refletir sobre isso é um progresso. Mas sugiro a essas pessoas que mantenham sempre a mente aberta. Apenas uma fração do mundo pode ser explicada pela ciência. Há muitas coisas que não são claras na vida para afirmar categoricamente que Deus não existe. Noventa por cento da população mundial acredita em Deus e, se você faz parte dos 10% que não exercem ou não têm certeza, ao menos mantenha a mente aberta. [...]

Fonte 2: Criacionismo.

As células evoluíram?


Segundo o pesquisador, Alan Linton: “Através de 150 anos da ciência da bacteriologia, não há nenhuma evidência de que uma espécie de bactéria mudou em outra... Uma vez que não existe nenhuma evidência para as mudanças de espécies entre as formas mais simples de vida unicelular, não é surpreendente que não haja nenhuma evidência a favor da evolução a partir de células procarióticas [i.e., bacteriana] para células eucarióticas [i.e., planta e animal], sem falar em todo o vasto conjunto de organismos multicelulares mais superiores.”


― Alan H. Linton, professor emérito de Bacteriologia, Universidade de Bristol.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Hermenêutica da conveniência!


Dar por interesse = perder!



Pesquisa revela: fast food atrofia a inteligência!



Crianças que comem muito fast food desenvolvem QI menor, diz estudo. Pesquisa avaliou refeições de 4 mil crianças escocesas entre 3 e 5 anos.Nível sócio-econômico dos pais influencia qualidade dos alimentos servidos.Crianças que comem muito fast food têm mais risco de desenvolver um QI (quoeficiente de inteligência) menor até a vida adulta do que aquelas que consomem alimentos frescos, aponta um novo estudo feito pelo Goldsmiths College, da Universidade de Londres.A pesquisa avaliou a principal refeição diária de 4 mil crianças escocesas entre 3 e 5 anos de idade, e o impacto do tipo de comida na capacidade cognitiva do cérebro – que envolve funções como raciocínio, memória, atenção e imaginação – e no crescimento desses participantes. "É senso comum que o tipo de alimento que ingerimos afeta o desenvolvimento do cérebro, mas pesquisas anteriores só olharam para os efeitos de grupos alimentares específicos sobre o QI das crianças, em vez de tipos genéricos de refeições", diz a autora Sophie von Stumm, do Departamento de Psicologia do Goldsmiths.A cientista destaca que a nutrição na infância tem efeitos permanentes sobre o QI. E o nível sócio-econômico dos voluntários também influencia nisso: pais com um nível de vida melhor disseram preparar refeições saudáveis para os filhos com maior frequência."Os resultados destacam que as diferenças nas refeições das crianças também são um problema social. Mães e pais de origem menos privilegiada geralmente têm menos tempo de preparar para os filhos uma refeição cozida a partir do zero. Essas crianças acabam apresentando um desempenho pior em testes de inteligência e frequentemente sofrem na escola", afirma Sophie. Na opinião da autora, colégios que ficam em áreas menos privilegiadas deveriam se esforçar ainda mais para equilibrar a dieta dos alunos, para que eles possam alcançar seu potencial de desenvolvimento cerebral. Isso porque, como Sophie destaca, o frescor e a qualidade dos alimentos importam muito mais do que simplesmente estar de barriga cheia.

Fonte: G1.

O celacanto também faz a filosofia da evolução naufragar no mar da razão!



Um peixe que vive a 200 metros de profundidade cuja descoberta abalou a estrutura da teoria da evolução - o celacanto. Até cerca de 70 anos atrás os evolucionistas não podiam supor que de fato essa criatura existisse hoje. Um peixe fóssil - o Celacanto - que se estimava ter vivido até há cerca de 140 milhões de anos, outros estudiosos afirmavam que ele teria sido extinto juntamente com os dinossauros há 65 milhões de anos. Esse peixe, através do registro fóssil, era apresentado, na época de sua descoberta, como uma forma de transição, com pulmão em formação, cérebro desenvolvido, sistema circulatório e digestivo prontos para funcionar em terra, e mesmo um mecanismo primordial para deslocamento no solo. O celacanto foi considerado como uma forma de transição genuína, que comprovaria a transição da água para a terra. Entretanto, em 22 de dezembro de 1938, foi feita uma interessante descoberta no Oceano Índico. Um espécime da família dos celacantos foi apanhado vivo! A descoberta de um protótipo vivo de celacanto indubitavelmente causou um severo choque aos evolucionistas. O peixe foi pescado pelo Capitão Hendrick Goosen que informou que o havia pescado perto de Chalumna River, no Oceano Índico. O paleontologista J. L. B. Smith, do Rhodes University, Grahamstown, ficou surpreendido ao reconhecer no desenho o celacanto, porque era sabido que o celacanto havia sido extinto e apenas um fóssil, ele afirmou que não poderia ficar mais surpreso se tivesse se deparado com um dinossauro vivo. No decorrer dos anos que se seguiam, foram apanhados 200 celacantos em diferentes partes do mundo.
Fóssil do celacanto






 Foto de um celacanto fêmea em Moçambique, 1991.





Celacanto de 1,78m e 98kg






Os celacantos vivos revelaram quão longe puderam ir os evolucionistas na montagem de seus cenários imaginários. Contrariamente às alegações, os celacantos não tinham nem pulmão incipiente, nem cérebro mais desenvolvido. O que os pesquisadores evolucionistas designavam como pulmão incipiente nada mais era do que uma bolsa de gordura. Além do mais, o celacanto, que havia sido apresentado como "um candidato a réptil sendo preparado para a passagem do mar para a terra", na realidade era um peixe que vivia nas profundezas dos oceanos, e nunca havia chegado a menos de 180 metros de profundidade.

CONCLUSÃO


Concluindo o texto, algumas perguntas ficam no ar,  poderíamos perguntar: [por que] os celacantos, mesmo com 410 milhões de anos, continuam iguais hoje? deveriam ter evoluído com o passar tempo, não era?

Referências:

AZEVEDO M.A; VIEIRA B.M. Celacanto - o fóssil vivo, De Olho nas Origens, ano 3, número 5, 2º semestre - 2004.

Fonte: Teological.

Espiritismo e Evolucionismo - filosofias nocivas ligadas deliberadamente!


- Existe algum tipo de afinidade entre o Espiritismo de Allan Kardec e o Evolucionismo de Charles Darwin?

Para tentarmos encontrar respostas a esta pergunta, primeiramente, buscaremos conceitos que formam a estrutura do pensamento filosófico tanto do Kardecismo, quanto do Darwinismo. E, em um segundo momento, analisaremos um artigo espírita sobre criacionismo.

ALLAN KARDEC E O ESPIRITISMO De acordo com Eurípedes Kühl, o surgimento do Espiritismo: 
"É a mesma da de Allan Kardec: 18 de abril de 1857. Tal certidão de ambos inexiste em termos cartorários. Com efeito, ninguém jamais encontrará nos registros cíveis da França o nome de Allan Kardec, entretanto esse personagem francês é bem conhecido pela história mundial... Explica-se: em 3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon (França), nasceu Hippolyte Léon Denizard Rivail, descendente de uma antiga família lionesa, católica, de nobres e dignas tradições. Ele se tornaria famoso pelos seus invulgares dotes morais e intelectuais, inteiramente voltados para a educação, como professor e tradutor, além de autor de inúmeras obras pedagógicas, destinadas à instrução primária, secundária e até mesmo superior, algumas com aplicação até hoje na frança." (150 anos de Allan Kardec. Editora Petit, 2006, p. 17-18). 
Mais adiante, no mesmo livro, o autor continua descrevendo a vida e obra de Allan Kardec até que, aos 50 anos de idade ele teve contato com "mesas que se erguiam nos ares, desenhavam movimentos e respondiam, por pancadas, às perguntas" (p. 18) das pessoas que estavam em volta. Ao presenciar o fenômeno, Allan Kardec começou a investigá-lo e chegou a conclusão que haviam forças pensantes por trás daqueles fatos, logo, afirmou serem espíritos de pessoas mortas que davam vida e inteligência ao fenômeno. A esta descoberta, o autor do livro supracitado refere como "brilhante dedução" (p. 18). O espiritismo chegou ao Brasil em 1865, mas foi popularizado através de Bezerra de Menezes e Chico Xavier e, atualmente, o Brasil é país que reúne o maior número de espíritas em todo o mundo. Estima-se que existam 15 milhões de espíritas ao redor do mundo, destes, 3,8 milhões são brasileiros, de acordo com  IBGE Censo 2010.

CHARLES DARWIN E O EVOLUCIONISMO Adrian Desmond e James Morre, comentam o seguinte:
"Darwin adotou um materialismo assustador. Poucos meses antes [de viajar à bordo do HMS Beagle], havia concluído em seus cadernos secretos que a mente humana, a moralidade, e até mesmo a crença em Deus, eram simples artefatos do cérebro. [...] Darwin sentou-se sobre sua teoria da evolução por vinte anos, mal discutindo consigo mesmo seus pensamentos mais íntimos sobre 'homens-macacos' e símios que desenvolviam moralidade, criticando-se severamente como um 'capelão do demônio'. Mesmo em 1859, ele teve de ser incitado com firmeza a publicar Origin of Species [A origem das Espécies]. Darwin finalmente liberou o livro, mas praticamente sem nenhum palpite sobre as origens do homem." (Darwin: A vida de um evolucionista atormentado. Geração Editorial, 2001, p. 18).
A Teoria da Evolução de Darwin tem sido claramente debatida por este blog e demonstrada sua imparcialidade no trato das evidências científicas, por isso, iremos direto para a análise crítica do artigo. 

QUEM INFLUENCIOU QUEM? Antes de qualquer coisa, vale ressaltar que nossa busca por respostas do questionamento inicial tem progredido. O livro A origem das espécies foi publicado em 1859, mesma década que os espíritas comemoram o surgimento do Kardecismo. Todos nós somos influenciados de alguma forma ou por algum tempo. Existem influências boas e outras ruins, isso depende muito do rumo que você deseja seguir em sua vida ou se você não quer rumo nenhum. Sendo assim, me pergunto: Darwin influenciou Kardec ou Kardec influenciou Darwin? Isso claro, partindo da premissa que temos 50% de chance de que haja pontos de afinidade entre ambos. Darwin só publicou A origem das espécies em 1859, enquanto Kardec começou a publicar suas conclusões em 1857, logo, se alguém foi influenciado, este foi Darwin, porque Kardec começou a publicar seus trabalhos dois anos antes, certo? Ao que tudo indica, não! Rebecca Stefoff, afirma o seguinte:
"Em 1842 Darwin escreveu um resumo em 35 páginas de suas concepções acerca da evolução e da seleção natural. Dois anos depois [ou seja, em 1844], elaborou uma versão mais detalhada, com 231 páginas. O texto de 1844 continha duas partes. Na primeira, Darwin discorria sobre as variações entre os organismos, tanto nos criados ou cultivados pelo homem quanto nos encontrados na natureza, e descrevia o modo de atuação da seleção natural. Darwin ainda não estava pronto para publicar sua teoria [a de 1859], mas sabia que seu trabalho representava o que chamou de 'um passo considerável na ciência' e não queria que fosse perdido." (Charles Darwin: A revolução da evolução. Companhia das Letras, 2007, p. 71). 
Logo, podemos concluir que é possível que Allan Kardec tivesse conhecimento da filosofia materialista do evolucionismo. Este fato é corroborado tanto pela proximidade geográfica (Darwin na Inglaterra e Kardec na França), quanto pelos primeiros escritos de Darwin terem sido publicados antes dos primeiros escritos de Kardec. Analisaremos abaixo um artigo sobre criacionismo publicado no site de um escritor espírita e tentaremos, através de uma análise científica e teológica, obter outros fundamentos para nos ajudar a responder o questionamento inicial.

O CRIACIONISMO NA VISÃO ESPÍRITA KARDECISTA O artigo que será analisado é de autoria de Paulo da Silva Neto Sobrinho, que é bacharel em Ciências Contábeis e Administração de Empresas pela Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-BH) e, de acordo com o seu site, é adepto ao espiritismo kardecista desde 1987 e também é articulista de alguns periódicos que tem como público-alvo pessoas da sua fé. O título do artigo é "Criacionismo e Evolucionismo", foi publicado em setembro de 2001 e está disponível no próprio site do autor (clique aqui para baixar o PDF). O artigo possui, como esperado, várias citações de Allan Kardec e é assim que ele se inicia. Não irei me prender linha por linha, mas utilizarei na íntegra algumas partes que considero um sofisma e explicarei adiante o motivo de assim eu pensar.

RELATO ALEGÓRICO DA CRIAÇÃO Falando sobre a ignorância de se considerar a Bíblia como um livro de ciência e sobre a revelação de Deus contida nas Escrituras o autor cita o seguinte texto de Allan Kardec:
"[...] A alegoria, nela, tem lugar considerável, e, sob esse véu, esconde verdades sublimes, que aparecem se se procura o fundo do pensamento, porque, então, o absurdo desaparece" (A Gênese. Araras, SP, 1993).
É evidente que a Bíblia apresente inúmeros estilos literários, embora uns sejam mais prevalentes que outros. Todavia, logo se percebe a ideia defendida pelo autor do artigo que, logo no início, utiliza esta citação com objetivo de deixar claro que a visão espírita do relato da criação de Gênesis (o primeiro livro da Bíblia) é alegórico e não literal e histórico, como o texto hebraico sugere. Interessante notar que acusar o relato da criação semanal da Bíblia de ser alegórico não uma atitude exclusiva dos kardecistas, mas também dos protestantes, pois, em sua maioria, ensinam que Deus não criou a terra e a vida nela em uma semana literal de sete dias de 24 horas. Para defender este posicionamento, utilizam um texto totalmente fora do contexto (2Pe 3:8). Seguindo adiante, o autor deixa claro que aqueles que aceitam a Bíblia tal como ela é querem segurar o avanço da ciência e sua atitude é considerada "uma infantilidade pueril, para não dizer ignorância sem tamanho" (p. 1). Como visto, o autor do artigo espírita abertamente defende o evolucionismo e rejeita o criacionismo, acusando os que aceitam a literalidade bíblica como pessoas que temem o progresso da ciência. Quanta desinformação! Mas é compreensível e não devemos condená-lo por este motivo, em especial porque sua formação acadêmica não proporcionou um forte embasamento na área das ciências biológicas. Mais adiante há a seguinte afirmação:
"Percebe-se, claramente, que na realidade os adeptos do criacionismo, garantido pela Bíblia, no Livro Gênesis [sic], estão a lançar anátema sobre a Teoria da Evolução, pelo menos por dois motivos:
1° - Por não querer (ou poder?) mudar a opinião sobre a Bíblia já que dizem ser ela infalível.
2° - Por repugnar a muitos a ideia de que possamos ter vindo do macaco." 
Respeito a idade e o conhecimento do autor, mesmo porque Jesus morreu por ele também. Todavia, estes não são os dois motivos pelos quais eu sou criacionista. Passou longe! O ser humano possui livre-arbítrio concedido por Deus e mudar de opinião não é algo ruim, é bom e a Bíblia mesmo sugere isso quando diz "transformai-vos pela renovação da vossa mente" (Rm 12:2). O que não posso fazer é mudar de uma ideia sólida para outra que está sobre terreno movediço. A Bíblia é infalível nas questões salvíficas. Nenhum cristão tem a Bíblia como um livro de ciências, tal afirmação é um absurdo, quase como que declarar que todos adeptos do criacionismo são pessoas sem formação acadêmica. A Bíblia não é um livro de ciência, apesar de conter alguns princípios científicos. A Bíblia não foi psicografada, as ideias foram sopradas aos escritores. Deus respeitou o conhecimento, o estilo literário e a educação de cada escritor, mas a fonte da informação é Deus, Ele é o autor primário. O segundo motivo não é aceito pelos criacionistas por dois outros motivos: Deus disse que nos criou e não há nem evidências científicas que comprovem o que Darwin [supostamente] disse: que viemos do macaco. Veja como a Bíblia não contradiz a ciência. A ausência de fósseis de transição é o maior problema para a teoria de Darwin que, mesmo assim, é aceita como a mais pura e bonita verdade, um avanço científico. Que tristeza! A biologia que eu tanto amo está atrasada no tempo quarenta anos porque deram mais crédito a Darwin do que a Mendel. Um dos textos acima diz que Darwin ficou apreensivo ao publicar seu estudo. Lhe digo que se ele vivesse em nossos dias, com o avanço da biologia molecular, ai sim que não publicaria mesmo. A biologia molecular demonstra contundentes evidências de um planejamento inteligente e não de acaso. Quero finalizar esta parte com o comentário da escritora cristã Ellen G. White:
"A ciência está sempre a descobrir novas maravilhas; mas nada traz de suas pesquisas que, corretamente compreendido, esteja em conflito com a revelação divina. [...] Inferências erroneamente tiradas dos fatos observados na Natureza têm, entretanto, dado lugar a supostas divergências entre a ciência e a revelação; e nos esforços para restabelecer a harmonia, tem-se adotado interpretações das Escrituras que solapam e destroem a força da Palavra de Deus. Tem-se pensado que a geologia contradiga a interpretação literal do relatório mosaico da criação. Pretende-se que milhões de anos fossem necessários para que a Terra evolvesse do caos; e com o fim de acomodar a Bíblia a esta suposta revelação da ciência, supõe-se que os dias da criação fossem períodos vastos, indefinidos, abrangendo milhares ou mesmo milhões de anos. Tal conclusão é absolutamente infundada. O relato bíblico está em harmonia consigo mesmo e com o ensino da Natureza. Relativamente ao primeiro dia empregado na obra da criação, há o seguinte registro: “E foi a tarde e a manhã o dia primeiro” (Gênesis 1:5). E substancialmente o mesmo é dito de cada um dos seis primeiros dias da semana da criação. Declara a Inspiração que cada um desses períodos foi um dia formado de tarde [isto é, noite] e manhã, como todos os dias desde aquele tempo. Em relação à obra da própria criação diz o testemunho divino: “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Salmos 33:9). Para Aquele que assim poderia evocar à existência inumeráveis mundos, quanto tempo seria necessário para fazer surgir a Terra do caos? Deveríamos, a fim de dar explicação às Suas obras, fazer violência à Sua palavra?" (Educação, p. 128-129).
A ESPOSA DE CAIM Depois de apresentar os dois "revolucionários" motivos pelos quais um criacionista não se torna um evolucionista, ele utiliza o velho e já conhecido "problema" da esposa de Caim para confirmar que a Bíblia apresenta o relato da criação de forma alegórica, pois, como o autor mesmo diz:
"Se, após matar Abel, Caim vai para outra região e lá encontra uma mulher, tendo um filho com ela, e pouco depois chega mesmo a fundar uma cidade, na qual põe o nome do seu filho. Ora, que mulher é essa, que povo é esse? Já que para se fundar uma cidade temos que pressupor que existam pessoas para habitá-la." (p. 1-2).
Adão e Eva tiveram muitos filhos, de ambos os sexos (Gênesis 5:4). A Bíblia não menciona com freqüência os nomes de filhas, mas elas estavam presentes. Sem dúvida, Caim casou-se com uma irmã. Isto não iria causar problemas genéticos entre pessoas criadas tão recentemente. O acúmulo de mutações deletérias desde aquela época tem tornado os casamentos entre parentes bastante inconvenientes, devido à probabilidade aumentada de nascerem descendentes geneticamente defeituosos. Abraão aparentemente casou-se com uma meia-irmã (Gênesis 20:12). Isto sugere que casamentos entre familiares eram socialmente aceitos naquela época. Adão viveu 930 anos. Sete, seu filho, viveu 912 anos. É provável que Caim deve ter vivido algo em torno de 900 anos. Logo, os filhos, sobrinhos, netos [etc.] de Caim tranquilamente podem ter fundado uma cidade pela quantidade de parentes. Para uma abordagem científica sobre o tempo de vida relatado no livro do Gênesis, clique aqui. Percebe-se que o autor utiliza a estratégia de levar o leitor, geralmente leigo no estudo profundo das Escrituras, até uma aparente contradição para apoiar seu ponto de vista e forçar o leitor a aceitar, assim como ele, o relato da criação como alegórico. Mas caro leitor, nunca esqueça o que irei lhe dizer: Sempre que houver uma aparente contradição nas Escrituras, tenha certeza que somos nós que carecemos de mais informação. A Bíblia não se contradiz. Sabe por que? Porque foi o mesmo Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, que inspirou cada um dos quarenta escritores da Bíblia. A Bíblia tem apenas um autor, é YHWH, nosso Deus. Não há contradição!

APELO À ABIOGÊNESE O autor cita outro texto de Kardec, no qual ele afirma:
"A lei que preside à formação dos minerais conduz, naturalmente, à formação dos corpos orgânicos. A análise química nos mostra todas as substâncias, vegetais e animais, compostas dos mesmos elementos que os corpos inorgânicos." (A Gênese. Araras, SP, 1993).
Encontramos nesta citação uma teoria evolucionista chamada de "evolucionismo químico", que afirma que os compostos orgânicos, aqueles que formam o DNA, a célula, etc., são, na verdade, compostos inorgânicos "evoluídos". Nitidamente aqui, Allan Kardec escreve de forma muito similar à ideologia evolucionista de Darwin, confirmando uma possível influência do naturalista inglês na formação da doutrina espírita. O problema desta afirmação é que vida só provém de vida e Louis Pasteur, o pai da microbiologia (que, por sinal, era criacionista) provou cientificamente que vida só provém de vida. Aliás, aqui também não temos nenhuma evidência científica que comprove que moléculas inorgânicas se transformaram em orgânicas. E para quem perguntar: Ah, mas e o experimento de Urey-Miller? Leia aqui e decepcione-se com esta "evidência"! Darwin, como vimos na citação de um livro, logo no início deste artigo, era fortemente influenciado pela filosofia materialista, logo, ele abolia qualquer explicação que envolvesse a necessidade de um Planejador Inteligente. Sendo assim, o único escape é apelar para a abiogênese (vida não vem de vida) e isso prevalece até hoje. Os criacionistas não aceitam isso, primeiro porque a Bíblia diz que "No princípio, criou Deus os céus e a terra" (Gn 1:1) e, segundo, porque a ciência não comprova tal afirmação. Os evolucionistas que não aceitam que vida não vem de vida e os criacionistas é que são os desordeiros que tentam impedir o avanço da ciência. Por favor! No fundo, acredito que o autor concorde com o pensamento criacionista, veja o que ele escreveu: "Entretanto, é mais racional admitirmos ter vindo de um ser vivo que de uma matéria inorgânica, até mesmo por respeito às próprias Leis Divinas" [sic] (p. 2). A triste realidade do contexto deste escrito do autor é que o "ter vindo de um ser vivo" é uma referência ao macaco e não a Deus.

PURO E IMPURO "Ao que Deus purificou não consideres comum" (Atos 10:15). O autor do artigo utiliza este texto para provar que a Bíblia apoia a ideia que o ser humano originou evolutivamente "de uma espécie animal inferior" (p. 2). E conclui dizendo:

"Analogamente, poderíamos dizer que não existe nada que Deus tenha criado que poderíamos classificar de coisa repugnante, não é mesmo?"
O texto de Atos 10:15 serviu, na visão do autor, para demonstrar que o macaco, ao qual o ser humano teve origem, não é impuro e nem repugnante, pois foi criado por Deus. Neste argumento verifico tantas falhas que confesso ao caro leitor, nem sei por onde começar. Primeiramente, está claro aqui uma contradição, pois o autor afirma que o ser humano não foi criado, pois evoluiu do macaco, mas o macaco não é impuro ou repugnante porque foi criado. Além disso, o contexto de Atos 10 é frequentemente distorcido, inclusive por protestantes, para afirmar que Deus permitiu-nos comer qualquer alimento, pois foi Deus que criou e se Ele criou, então é puro. Todavia, o contexto da visão de Pedro (leia todo o capítulo) não é alimentação, mas a quebra de paradigma que este apóstolo tinha em pregar o evangelho aos gentios que, na visão, foram comparados aos animais impuros, pois os judeus assim os consideravam. Deus disse que o evangelho da salvação de Cristo Jesus não é apenas para os judeus, porque todos os seres humanos foram criados por Deus e eleitos para serem salvos pela fé em nosso Salvador. Utilizar este texto tanto para dizer que o macaco do qual "evoluímos" ou afirmar que podemos incluir em nossa dieta qualquer tipo de animal é usar de má fé com o texto bíblico, pois não é isso que está escrito. No livro de Levíticos, capítulo 11, há a clara distinção entre animais puros e impuros. Deus, o Criador de todas as coisas, sabe muito bem o que nos faz bem e o que nos faz mal e, então, só Ele pode dizer o que podemos comer ou não e lá há a clara proibição de se alimentar de alguns animais (ex: porco, peixe sem escama, etc.) Estas regras são leis de saúde e foram dadas aos hebreus, mas não somente aos hebreus. Se valia para ajudar a manter saúde deles, certamente ajudará a nossa.

CRIACIONISTA: UM ENTRAVE AO AVANÇO DA CIÊNCIA?

"Mas veja como o homem se comporta. Muitos medicamentos somente puderam ser úteis ao homem, porque foram antes testados em animais, tais como: macacos e ratos; deveria, por coerência, se repugnar, quando forem utilizar tais remédios" (p. 2). 
De acordo com o contexto das palavras do referido autor, o sujeito "homem" do início da citação é especificamente aquele que rejeita a ciência que "comprova" que viemos do macaco. A visão expressa pelo autor é tipicamente a mesma que a mídia manipulada e manipuladora utiliza quando se refere ao grupo de pessoas que rejeitam as interpretações parciais da ciência com objetivo de defender um dogma chamado Darwinismo. A ordem de Deus ao primeiro casal foi: "[...] enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra" (Gn 1:28). O SENHOR permitiu que o ser humano "dominasse" os animais. O ser humano não era um deles, mas alguém acima deles. Foi o único criado à imagem e semelhança de Deus. Não há este atributo em nenhuma outra criação. A pesquisa científica séria com animais trouxe inúmeros benefícios ao ser humano, desde que respeitado os padrões éticos de pesquisa com estes seres vivos criados por Deus. Muitos cientistas são criacionistas e contribuem para o avanço da ciência. Vários dos fundadores da ciência moderna eram criacionistas. O argumento de que aqueles que creem pela fé e pela razão em um Deus Criador são um entrave ao avanço da ciência é um absurdo sem tamanho!

EVOLUCIONISMO E KARDECISMO DE MÃOS DADAS

"Do ponto de vista corporal, e puramente anatômico, o homem pertence à classe dos mamíferos, dos quais não difere senão por nuanças na forma exterior; de resto, a mesma composição química que todos os animais, os mesmos órgãos, as mesmas funções e os mesmos modos de nutrição, de respiração, de secreção, de reprodução." (A Gênese. Araras, SP, 1993).
Se o caro leitor tinha dúvida antes se seria possível que o Kardecismo havia recebido influência da pseudo-teoria científica do Darwinismo, creio eu que esta dúvida não existe mais após a análise da citação de Allan Kardec acima inserida do artigo (p.2-3) do autor até aqui analisado. Todo o texto do fundador do espiritismo, do qual citamos apenas uma parte suficiente para compreendermos seu raciocínio, tenta levar a mente do leitor à confirmação que o ser humano é realmente um animal como os outros e faz isso partindo da premissa da anatomia comparada (semelhanças morfológicas). Semelhança não é igualdade. Se o nosso intestino for semelhante ao do porco, nem de longe eu poderia afirmar que, no geral, somos semelhantes ao porco. Na verdade, as semelhanças morfológicas não são o problema para o evolucionismo e sim as diferenças. Para que exista as inúmeras e cruciais diferenças entre nós e os macacos houve a necessidade de um complexo sistema bioquímico funcionando totalmente sincronizado e isso não pode ter evoluído, pois a seleção natural (o acaso) não produz informação genética. Uma visão mais ampla e coerente sobre a semelhança genética entre humanos e macacos pode ser encontrada em outro artigo [clique aqui], lei-o e tire suas conclusões.

CONCLUSÕES O artigo prossegue por mais alguns parágrafos, utilizando até um documentário antigo sobre biologia comportamental e comunicação de macacos, com objetivo de mostrar o quanto eles são semelhantes a nós. Como apelo final, o autor afirma:

"Enfim, quem teve a oportunidade de assistir tal documentário não ficou com a menor dúvida que se não descendemos deles, a nossa origem é a mesma. Mas as evidências não param por ai, veja o que a Revista 'IstoÉ' 1679, dez/2001, publica a seguinte nota, na Coluna 'Século 21' (p. 91):
'Chimpanzés, bonobos e gorilas possuem uma função cerebral relacionada à fala que se pensava exclusiva do ser humano. Isso sugere que a evolução da estrutura cerebral da fala começou antes de primatas e humanos tomarem caminhos distintos na linha da evolução.'
Ora, isso vem justamente colocar mais forte ainda a origem comum entre nós e eles, os macacos. Quando o homem perceber que o que é mais importante é o nosso espírito, e com isso decida dar menos valor ao corpo físico, talvez passe a admitir que tenha vindo de animais inferiores. Mas, até que isso chegue, muitos ficarão irritados ao afirmarmos que viemos do macaco. Pobres macacos evoluídos." 
Sinceramente, ao ler principalmente esta parte final, senti-me que ser criacionista é viver na idade da pedra, enquanto ser espírita é ter mente aberta e ser evoluído mentalmente e espiritualmente. Uma classe superior. Caro leitor, por favor não confunda a crítica a este artigo como algo contrário aos espíritas. São duas coisas diferentes. Deus ama a todos e não há nada que possamos fazer para aumentar ou diminuir o amor dEle por nós, independente se você é budista, católico, protestante ou espírita. Jesus morreu por todos nós! O que não posso mais é me silenciar diante de ensinamentos incoerentes. Qualquer pessoa tem o direito de fazer uma análise crítica dos textos publicados aqui em seu blog. É assim, discutindo com respeito, debatendo com objetivo de aprender e revendo conceitos errôneos, que a ciência sempre avançou e continuará avançando. Sobre esta questão cerebral, utilizo aqui um texto de Phillip Johnson:"A verdadeira dualidade em todos os níveis da biologia é a dualidade da matéria e da informação. Os filósofos da ciência da mente deixam de entender o pleno caráter da informação, porque admitem que seja produzida por um processo material (isso é, darwiniano) e, assim, não é algo fundamentalmente distinto da matéria. Mas isso é apenas um preconceito que seria refutado pelo pensamento não-preconceituoso. Não existe evidência científica de que o cérebro, ou qualquer célula individual dentro dele, foi ou poderia ter sido criado pela matéria sem a assistência de uma inteligência pré-existente. Os cientistas que acreditam que a seleção natural tenha criado o cérebro o fazem, não por evidências, mas, apesar das evidências." (Ciência, intolerância e fé, p. 136, 2007).

QUESTIONAMENTO INICIAL Sobre nossa primeira indagação, não temos mais dúvidas que há mais afinidade entre o Espiritismo Kardecista e o Evolucionismo de Darwin do que imaginamos. Isso me faz questionar: Seria o Darwinismo, com seu conceito materialista evolutivo algo conveniente a doutrina espírita que ensina justamente a evolução espiritual? Fica evidente que sim! Caro leitor, não se deixe enganar. A Bíblia é a revelação de Deus aos seres humanos. É um carta de amor que nos ajuda a não errar o alvo. Está escrito:

"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hebreus 9:27).
Se você quiser saber mais sobre o que a Bíblia ensina sobre o estado dos mortos, clique aqui

Fonte: Biologia Teísta.

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