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domingo, 2 de agosto de 2015
sábado, 11 de julho de 2015
Como funcionará a memória dos salvos no Céu? (#Facebook)
sábado, 29 de junho de 2013
Palavras que alimentam o espírito e aumentam a Ciência!
A mente de um homem ou de uma mulher não desce num momento da pureza e santidade para a depravação, corrupção e crime. Leva tempo transformar o humano no divino, ou degradar os que foram formados à imagem de Deus em brutais ou satânicos. Pela contemplação somos mudados. Embora formado à imagem do seu Criador, o homem pode de tal modo educar sua mente que o pecado que uma vez lhe pareceu repulsivo, tornar-se-lhe-á aprazível. Ao cessar de vigiar e orar, cessa de guardar a cidadela, o coração. (...) É preciso manter guerra constante contra a mente carnal; e precisamos ser ajudados pela refinadora influência da graça de Deus, a qual atrairá a mente para o alto e habituá-la-á a meditar no que é puro e santo. (Testemonies, vol. 2, p. 478 e 479. MINHA PRIMEIRA HORA, p. 31)
Estamos agora em meio aos perigos dos últimos dias. As cenas do conflito se apressam, e o maior dos dias está precisamente sobre nós. Estamos preparados para isso? ... O Filho do homem concederá aos justos a coroa da vida eterna, e eles servirão 'de dia e de noite no seu santuário e Aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o Seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio dos trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima' (Ap 7:15-17). (Review and Herald, 5 de setembro de 1899. MD 23/12/2013)
Vosso último pensamento à noite, vosso primeiro pensamento pela manhã, devem ser para Aquele em quem se concentram vossas esperanças de vida eterna. (Ellen G. White. Carta 19, 1895). Há necessidade constante de íntima comunhão com Deus. Precisamos absorver o espírito de Cristo, se o quisermos comunicar aos outros. Não podemos enfrentar as aliadas forças satânicas e humanas a menos que passemos muito tempo em comunhão com a Fonte de toda força. Tempos há em que nos devemos afastar do ruído da labuta terrena e das vozes humanas e, em lugares retirados, escutar a voz de Jesus. Assim poderemos provar o Seu Amor e abeberar-nos de Seu Espírito. Assim aprenderemos a crucificar o próprio eu. Esse procedimento pode parecer impossível ao espírito humano. 'Não tenho tempo', podereis dizer. Mas ao considerar a questão como é em verdade, não perdeis nenhum tempo; pois ao obterdes o poder e a graça que vêm unicamente de Deus, não efetuais vós mesmos a obra. É Jesus que é em verdade o obreiro. 'Sem Mim" diz Cristo, 'nada podereis fazer' (João 15:5). (...) A reflexão e fervorosa prece inspirarão para santo empreendimento. (Ellen G. White. Manuscrito 25a, 1891)
Acima de tudo, tomai tempo para ler a Bíblia - o Livro dos livros - O estudo diário das Escrituras tem influência santificadora, enobrecedora, sobre o espírito. Ligai o volume sagrado ao vosso coração. Ele se vos mostrará amigo e guia na perplexidade. Tanto adultos como jovens negligenciam a Bíblia. Não fazem dela seu estudo, a regra de sua vida. Os jovens, especialmente, são culpados dessa negligência. A maioria deles encontra tempo para ler outros livros, mas aquele que indica o caminho da vida eterna não é diariamente estudado. Histórias ociosas são lidas atentamente, ao passo que a Bíblia é negligenciada. Esse Livro é nosso guia para uma vida mais elevada e santa. (CONSELHOS AOS PAIS, PROFESSORES E ESTUDANTES, p. 139)
Fonte: Ellen Gould White, escritora norte-americana, mensageira de Deus.
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segunda-feira, 6 de maio de 2013
(Vídeo Book) As etapas do Julgamento de Deus (3ª parte)
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sábado, 9 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - conclusão
Devido a essa comparação do profeta Isaías com Vênus, “filho da alva”, helel ben shajar no hebraico, Tertuliano, Jerônimo e outros chamados pais da igreja usaram helel do verbo halel, dar luz ou brilhar, lúcifer, em latim, para denominar o anjo rebelde que ambicionou assentar-se no “monte da congregação” (Is 14:13) ou “monte de Deus” (Ez 28:16). Não ignoro o fato de tanto o rei babilônico como o de Tiro serem pagãos e segundo seu folclore religioso os deuses se reuniam num monte alto, de onde decidiam os assuntos da Terra. Até porque essas culturas pagãs propagavam e muito a versão satânica do conflito entre o mal e Deus! Isso se repete com frequência nos achados arqueológicos – histórias semelhantes as da Bíblia sendo que exaltando o dragão em vez de Miguel. Para um estudioso das Escrituras, tal semelhança se explica assim, Satanás pregando seu evangelho, recontando a história de sua derrota na sua versão mentirosa de guerreiro vencedor! Se eu acreditasse no paganismo, então poderia concordar que as expressões bíblicas que envolvem o “monte de Deus” são simples referências as tradições pagãs. No entanto, as Escrituras me fazem enxergar que tais mitos são evidências da luta entre Satanás ou Lúcifer e Jesus também presente nas culturas pagãs, e o uso correto que o Espírito Santo e Seus profetas fizeram desses mitos, que foi exatamente corrigir a versão simplista e enganadora dos anjos maus ao apresentar a existência de um “monte da congregação” real, o “monte Sião” (Ap 14:1, Hb 12:22 e Sl 2:6) no Céu, de onde Lúcifer foi expulso juntamente com os outros rebeldes contaminados por ele e por suas heresias (comp. Ap 12:4 e Is 9:15).
Isso enfatiza a divindade de Miguel ou a de Jesus, pois, se Satanás estivesse guerreando com uma simples criatura de Deus, como entender Isaías, o qual afirmou que Lúcifer queria dominar o Céu e ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:14)? Se sua luta era e é contra o Altíssimo, como entender que Miguel é só mais um anjo do bem? Na verdade, Miguel é o Altíssimo na forma de anjo, assim como Jesus é o Altíssimo na forma humana. Vamos às evidências bíblicas para essas afirmações poderosas. Acompanhe mais uma sequência de raciocínios bíblicos maravilhosos (arrumação por assuntos de textos espalhados nas Escrituras):
“Então sonhou: estava posta sobre a terra uma escada, cujo topo chegava ao céu; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; por cima dela estava JAVÉ, que disse: Eu sou JAVÉ, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra em que estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência. Disse-me o anjo de Deus no sonho: Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui. Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto” (Gn 28:12, 13 e 31:11, 13, ARA).
Primeira conclusão: o Anjo de Deus ou de JAVÉ é o próprio JAVÉ, de modo que não é errado afirmar que em Gn 18 o Anjo de JAVÉ conversou com Abraão! Confira essa mesma verdade em Êx 3 e Zc 12:8. Deus não só criou os anjos, como assumiu essa posição. E como anjo, como Deus Se chama? “Anjo de JAVÉ” (Jz 13:19, 22), “Anjo de Deus” como lemos em Gênesis e em praticamente todo o Antigo Testamento, e também Miguel. Vamos para as evidências bíblicas desta última afirmação:
“Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis da Pérsia. Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro” (Dn 10:13 e 12:1). “Respondeu ele: Não; mas venho agora como príncipe do exército de JAVÉ. Então Josué, prostrando-se com o rosto em terra, o adorou e perguntou-lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo? Então respondeu o príncipe do exército de JAVÉ a Josué: Tira os sapatos dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E Josué assim fez” (Js 5:14, 15). “E apareceu-lhe o anjo de JAVÉ em uma chama de fogo do meio duma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia; pelo que disse: Agora me virarei para lá e verei esta maravilha, e por que a sarça não se queima. E vendo JAVÉ que ele se virara para ver, chamou-o do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés! Respondeu ele: Eis-me aqui. Prosseguiu Deus: Não te chegues para cá; tira os sapatos dos pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Êx 3:2-4).
A Bíblia nos oferece vislumbres fantásticos de Miguel como príncipe-anjo de Deus, mesmo sendo o próprio Deus, pois exigiu adoração de Josué assim como Ele fizera décadas atrás com Moisés! Se parássemos por aqui já teríamos motivos suficientes para crer na divindade de Miguel. As Escrituras não pregam o politeísmo, mas ensinam sobre as Pessoas divinas – Pai, Jesus e Espírito Santo, a unidade da Trindade, assim como a unidade no casamento entre macho e fêmea (Gn 2:24) e a unidade do corpo místico de Cristo aqui na Terra, Sua Igreja (Jo 17). Ora, se Miguel (cf. Dn 12:1) é “o defensor” (ARA) ou protetor (NVI) ou “que se levanta a favor” (TB) do povo de Deus especialmente no “tempo de angústia” escatológico (comp. Dn 12:1 e I Jo 2:1), é digno da adoração recebida só por JAVÉ e o Anjo de JAVÉ (Js 5:15 e Êx 3:4, ou você encontra outro príncipe digno de adoração na Bíblia além de Miguel?), expulsou Satanás do Céu (Ap 12:7), veio ressuscitar Moisés (comp. Jd 9 e Mt 17:3), tem os Seus anjos e é maior e mais forte do que eles (cf. Dn 10:13 e Ap 12:7), Miguel só pode ser a mesma Pessoa divina de Jesus, ou melhor – uma das três naturezas de Jesus! Jesus é o Anjo de Deus, pois Ele se identificou com o “Eu Sou” de Êxodo 3, cf. Jo 8:58, o qual era o Anjo de JAVÉ. Jesus é Homem, pois morreu. Jesus é Deus, pois antes de possuir as duas outras naturezas, Ele já existia (Jo 1:1-5). Como Homem Ele é menor do que o Pai (Jo 14:28) e do que os anjos (Hb 2:9). Como Anjo Ele trata os anjos como Seus semelhantes, inclusive Satanás (comp. Jd 6 e Dn 10:13). Porém, como Deus é superior a tudo, é Salvador da humanidade, vindicador do caráter da Trindade e destruidor do mal (II Ts 2:8)!
Conclusão Se Miguel não é divino, então por que Gabriel não venceu o “príncipe da Pérsia” sozinho? Se Miguel não é divino, então por quê Ele venceu Satanás no Céu? Quem é o “descendente” da mulher de Gn 3:15? Se é Jesus, então como afirmar que Jesus é criatura apenas, uma vez que esse texto é uma autoafirmação divina de que Deus se tornaria um descendente de Eva ou da humanidade para esmagar um anjo ou todo o mal?! Eva em Gn 4:1 pensou que Caim já era JAVÉ em forma de gente! Perceba que essas perguntas são problemas eternos para aqueles que interpretam Jesus observando apenas umas de Suas três naturezas, uma interpretação simplista e completamente equivocada. Se Jesus não fosse o Anjo de JAVÉ (ou ainda Anjo JAVÉ), por que Ele não enviaria o Anjo de JAVÉ ou o Miguel liderando os demais anjos em Sua vinda (cf. Mt 24:30, 31)? Descrer que Miguel é Jesus faz com que existam 5 Pessoas divinas – o Pai, Jesus, o Espírito, o Anjo de JAVÉ e Miguel. Lúcifer, ou melhor, o ex-Lúcifer, guerreou contra Jesus porque achava que ao assumir Sua natureza angelical, Deus Se tornaria vulnerável! Ledo engano, pois foi precisamente Miguel quem o expulsou do Céu! Outros hoje acham que Deus fica vulnerável em Sua natureza humana, o Cristo, daí criam um politeísmo onde o Pai é JAVÉ e Jesus é Seu primeiro filho, mas digno de adoração, além de negarem a divindade do Senhor Espírito! Logo, como afirmei antes neste artigo, permitir que nossa natureza carnal interprete as Escrituras em vez de observar as ambiguidades originais e os vários pontos de vistas dos próprios profetas bíblicos a respeito do tópico, é facilitar o trabalho daquele que existe para mentir sobre o caráter de Deus e o seu próprio. O resultado é a existência de várias denominações religiosas, contraditoriamente cristãs, que ensinam apenas pedaços do que a Palavra de Deus diz ou então algo que ela não diz! Daí o estilo de muitos professos cristãos não se diferencia muito daqueles que decididamente não estão se preparando para a volta de Jesus. A hermenêutica bíblica é algo muito sério. Só o Senhor Espírito deve ter o direito de presidi-la e a verificação disso se dá no caráter do estudante das Escrituras que vive no Espírito! “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2:29). Hendrickson Rogers
Todo o artigo aqui: "Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - introdução"
"Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - 2ª parte"
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Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - 2ª parte
Querido Alexandre, fico
feliz em me comunicar com alguém que demonstra ter o costume de estudar as
Escrituras, não somente lê-las ou ouvi-las! Parabéns e que o Senhor Espírito –
o Autor da inspiração (II Pe 1:20, 21) e Dono do dom profético (I Co 12:7-11) e
de sua interpretação – continue com sua mente e influenciando seu caráter!
Respondendo suas indagações e comentando suas colocações
“Por que Deus na sua infinita sabedoria faria um texto tão confuso que mistura em um momento uma lamentação contra a babilônia e em outro momento fala de um suposto anjo caído, como se Ele se importasse com a história de (com o perdão da palavra) idiotas como esses pra perder tempo falando algo para alguém que não tem mais volta, e depois voltar a falar da babilônia outra vez?” (Alexandre*)
Primeiramente sugiro a você que não chame Satanás ou qualquer um dos demais anjos caídos de “idiota”. Nem Deus, a maior autoridade do universo, faz isso. Fazer uso de armas carnais contra o autor delas é dar tiros no próprio pé, você me entende? Deus nos dá Suas próprias armas nesse grande conflito. “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo” (II Co 10:3-5, ARA). E o que está registrado na Bíblia não é para quem quer se perder ou já se perdeu, mas “essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos” (I Co 10:11, NVI).
Segundo: o fato de você achar alguns textos de Isaías 14 confusos (bem como Ez 28) significa que eles de fato o são?! Você pode achar confusa a dupla abordagem – local e profética – na interpretação destes textos bíblicos, mas isso não é um argumento válido para invalidar a interpretação. Vou lhe apresentar como essa ambiguidade bíblica se repete frequentemente em ambos os testamentos e como o próprio Deus é o responsável por ela, ou seja, não se trata de uma escolha do profeta escritor dos textos ou de uma conveniência religiosa, mas do significado original do texto a tal ponto que, de outo modo, sua interpretação fica incompleta ou completamente errada!
Exemplo 1 “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17). Se usarmos o método que você usou para entender Is 14 e Ez 28 aqui nesta passagem, chegaremos a conclusão absurda de que Deus mentiu, já que Adão comeu do fruto, foi expulso do jardim vivo e só veio a falecer com 930 anos (Gn 5:5)! Por outro lado, evitando essa interpretação simplista que faz Deus errar, temos que procurar o significado original do texto. Paulo e o próprio Moisés, autor do Pentateuco, entre outros profetas, entenderam o raciocínio divino de Gn 2:17: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo” (Ef 2:1, 2, NVI). “O salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). “Hoje invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês, de que coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. Agora escolham a vida, para que vocês e os seus filhos vivam, e para que vocês amem o Senhor, o seu Deus, ouçam a sua voz e se apeguem firmemente a ele. Pois o Senhor é a sua vida, e ele lhes dará muitos anos na terra que jurou dar aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó” (Dt 30:19, 20, NVI). Ou seja, a morte profetizada por JAVÉ em Gn 2:17 era tanto a física quanto a espiritual, com ênfase nesta última, já que o casal não morreu fisicamente no dia em que comeram, muito embora tenham começado a morrer, tanto eles quanto o restante da criação de Deus!
Exemplo 2 As profecias preditas pelo próprio JAVÉ Deus em carne, o Senhor Jesus, em Mateus 24, são outro excelente exemplo da ambiguidade deliberada por Deus nalgumas passagens bíblicas! Os versinhos 4 – 29 tanto já tiveram seu cumprimento no contexto judaico (destruição de Jerusalém, 70 d.C.), como nos séculos de predominância católica no contexto político-religioso, bem como têm se cumprido em nossos dias e ainda se cumprirão imediatamente antes da vinda do Filho do homem, o v. 30 nos assegura! Ignorar isto e interpretar Mt 24:4-29 como cumprido ou como a se cumprir ainda revela desconhecimento bíblico profundo e interfere até mesmo na compreensão do que é a verdade segundo as Escrituras e seu impacto na vida diária, me refiro ao estilo de vida Deus espera de Seus filhos!
“Em nenhum momento Isaías foi incitado a citar nome de anjo, ou se referir a alguém que não fosse o reino babilônico” (Alexandre).
Sério? Então, o referido homem “rei da babilônia” (Is 14:4) tinha poderes sobrenaturais e tinha ambições sobre-humanas, pois o profeta o descreveu assim: “Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à terra, você, que derrubava as nações! Você que dizia no seu coração: "Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembleia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo"” (Is 14:12-14, NVI). É bem verdade que Nabucodonosor, um dos reis babilônicos, passou por uma possível epifania como castigo por sua arrogância contra Deus (Dn 4), mas Isaías 13 e 14 e a cronologia bíblica-histórica deixam claro que a) o “rei da Babilônia” é uma referência ao reino babilônico em seu auge avassalador com suas várias sucessões reais e b) Nabucodonosor nem fraudas usava ainda quando a profecia de Isaías já existia e apontava para o passado de um ser que em sua arrogância caíra dos céus, embora almejasse ser maior do que JAVÉ!
Acompanhe a sequência de textos bíblicos numa ordem e contexto que realçam seu significado original, e apesar de fora de seus contextos bíblicos, não têm seu valor alterado e nos ajudam a entender Is 14 e Ez 28!
“Enquanto as estrelas matutinas juntas cantavam e todos os anjos se regozijavam” (Jó 38:7, NVI). “Sua cauda [do dragão] arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as na terra” (Ap 12:4). “Houve então uma guerra no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos revidaram. Mas estes não foram suficientemente fortes, e assim perderam o seu lugar no céu. O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançado à terra” (Ap 12:7-9). “Certamente, se Deus não se refreou de punir os anjos que pecaram, mas, lançando-os no Tártaro, entregou-os a covas de profunda escuridão, reservando-os para o julgamento” (II Pe 2:4, Tradução Novo Mundo).
(Não é errado trabalhar com sequências de textos bíblicos como a construída logo acima quando o significado de cada texto é mantido mesmo fora de seu contexto! A própria Bíblia é um conjunto de ensinamentos espalhados que podem ser organizados numa sequência razoável. Cf. Is 28:10, 13)
Isaías 14 e Ez 28 têm seus significados proféticos realçados pela sequência acima. Um certo anjo, brilhante como o Vênus, criado perfeito (algo que do rei de Tiro, por exemplo, nunca poderia se dizer já que nascemos em pecado, Sl 51:5; cf. Ez 28:15) e ocupando a posição de querubim como aqueles dois da tampa ou propiciatório da “arca do Testemunho” (Êx 25:16-22).
Aliás, vemos ali estátuas muito mais antigas do que a imagem que você me apresentou no link http://misteriosantigos.50webs.com/Ciro_o_Grande.jpg, as quais só evidenciam a existência desses seres angelicais majestosos! Sua própria figura no link não tem nada que ver com o rei de Tiro, mas nos ajuda a perceber como os antigos povos contemporâneos ao Antigo Testamento e até a ele anteriores já possuíam conhecimento sobre a existência dessa classe de anjos, uma vez que suas esculturas reflitem um ensinamento bíblico datado muito anterior a elas (Gn 3:24 cita querubins aqui na Terra na época do primeiro casal!); lembre-se que até Moisés nasceu, morreu, foi ressuscitado e trasladado (Jd 9 e Mt 17:3) muito antes das culturas dos povos mencionados, de modo que não se pode dizer que os querubins da arca sejam posteriores aos achados arqueológicos! (Hendrickson Rogers)
Estude todo o artigo: "Diálogo sobre Lúcifer e Miguel - introdução"
"Diálogo sobre Lúcifer e Miguel - conclusão"
* Alexandre é um leitor deste blog.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
O Juízo - livro para baixar!
Como calibrar biblicamente a frase: “numa hora salvo e na outra
perdido”? É um extremo tanto quanto “uma vez salvo, salvo para sempre” ou não?
O livro "O Juízo" pode lhe ajudar a entender o que as Escrituras dizem sobre como Deus destinará uns para a salvação eterna e outros para a perdição eterna sem cometer a menor injustiça, exceto a morte de Jesus no lugar do pecador culpado! Baixe o livro AQUI.
O livro "O Juízo" pode lhe ajudar a entender o que as Escrituras dizem sobre como Deus destinará uns para a salvação eterna e outros para a perdição eterna sem cometer a menor injustiça, exceto a morte de Jesus no lugar do pecador culpado! Baixe o livro AQUI.
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Hendrickson Rogers
às
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sexta-feira, 25 de maio de 2012
O Plano da Redenção para os anjos!
![]() |
Imagino Jesus, o Miguel, fazendo assim com um anjo contaminado por Lúcifer, mas arrependido pelo Espírito Santo! |
Por
que Jesus morreu pelos humanos caídos e não pelos anjos caídos? Por que estes
não tiveram uma segunda chance? Ou eles tiveram até a cruz? Lúcifer conheceu o
plano da Redenção antes da fundação do mundo? (Jammily Oliveira, Maceió-AL)
“Portanto, por meio do
Filho, Deus resolveu trazer o Universo
de volta para si mesmo. Ele trouxe a paz por meio da morte do seu Filho na
cruz e assim trouxe de volta para si mesmo todas
as coisas, tanto na terra como no céu.” (Cl 1:20, NTLH).
“E que, havendo feito a
paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer
nos céus” (ARA).
“Foi por meio do seu
Filho que Deus reconciliou consigo todas
as coisas, no céu e na terra, pois a morte de Cristo na cruz trouxe para
todos a paz com Deus através de seu
sangue” (NBV).
Esse texto paulino
talvez sugira que Jesus morreu também para solucionar problemas celestiais, não
somente terrenos, como a queda de anjos, por exemplo! Por outro lado, Paulo
pode querer se referir aos pecados humanos registrados no Santuário celestial,
como ele escreveu aos Hebreus (Hb 9:23).
No entanto, Paulo não
foi o único a escrever sobre “problemas celestiais”. Judas, possível irmão do
Homem Jesus, por parte do esposo de Sua mãe Maria (cf. Mt 13:55, Gl 1:19 e Jd
1), menciona em sua carta sobre anjos “que não guardaram o seu estado original”
(verso 6)! Seria o caso de, alguns dentre esses, terem se arrependido e
recebido o perdão de Deus sem haver a necessidade de serem expulsos do Céu com
Lúcifer? João escreveu: “o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se
manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (I Jo 38).
Poderíamos visualizar este princípio no contexto da sedição de Lúcifer no Céu? Claro
que sim, pois “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb
13:8)! Vamos organizar cronologicamente, então, as ideias e os eventos
pré-históricos (e históricos) para encontrarmos respostas:
a) Criação
de Lúcifer. “No dia em que foste criado, foram eles
preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no
monte santo de Deus” (Ez 28:13,14).
b) Origem
do pecado e do mal, ou seja, da transgressão da Lei de Deus (I Jo 3:4). “Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em
que foi criado até que se achou maldade em você” (Ez 28:15, NVI).
c) O
Filho de Deus Se manifesta para destruir as obras do diabo (I Jo 3:8).
“Onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Rm 5:20, ARC). Afirmar que isto
só vale para pecadores humanos contradiz a imparcialidade e a imutabilidade do
caráter de Deus!
d) Disseminação
das ideias de Lúcifer no Céu e contaminação de outros anjos.
“Pela abundância do teu tráfico, encheram de violência o teu interior, e
pecaste” (Ez 28:16, Tradução Brasileira). “Anjos... pecaram” (II Pe 2:4). “Com
a cauda ele [o dragão Satanás, cf. Ap 12:9] arrastou do céu a terça parte
[talvez um número não literal devido o contexto simbólico] das estrelas [ou
seja, dos anjos de Deus, cf. Jd 13 e Ap 1:20]” (Ap 12:4, NTLH).
e) O
Senhor Jesus consegue destruir as obras do diabo na vida de alguns dos anjos
contaminados. Evidências bíblicas:
i)
Apenas os anjos que “não ficaram dentro
dos limites da autoridade concedida a eles” (Jd 6, NBV) e “pecaram” (II Pe 2:4, ARC) que Deus não perdoou! Fazendo uma
comparação com os pecadores humanos: “Tornou Moisés a JAVÉ e disse: Ora, o povo
cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe
o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste. Então, disse JAVÉ
a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim” (Êx
32:31-33). Certamente JAVÉ agiu assim também para com os pecadores angélicos,
para com aqueles que pecaram contra o Senhor Espírito Santo (cf. Mc 3:29).
ii)
“Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos?” (I Co 6:3). Ora,
se os justos julgarão os próprios salvos e os perdidos, durante o milênio (I Co
6:2, Ap 20:4 e Mt 19:28), não é invenção dizer que os anjos a serem julgados
pelos mesmos justos durante os mil anos, são os anjos salvos e os anjos perdidos!
Afinal, os anjos que não precisaram da redenção de Jesus, necessitam do
julgamento?!
iii)
Paulo chama os anjos de “eleitos” (I Tm 5:21) ou “escolhidos”
(TB). O mesmo ele faz com pecadores humanos que aceitaram o convite da graça e
foram justificados por Jesus! “Quem intentará acusação contra os eleitos de
Deus? É Deus quem os justifica” (Rm 8:33). A mesma palavra εκλεκτός aparece em Mt 22:14, “muitos são chamados, mas, poucos, escolhidos”. O sentido de muitos é todos
os pecadores humanos, pois Jesus afirmou que veio salvar os perdidos (Lc
19:10); e Sua morte foi por “todos” (I Tm 2:6). Todos são muitas pessoas,
obviamente, de modo que, os “escolhidos” são aqueles que foram chamados dentre
todos e aceitaram o chamado! Aplique isto ao tráfico de informações mentirosas
sobre o caráter de Jesus que Lúcifer espalhou no Céu, a consequente
contaminação sobre uma quantidade de anjos não mencionada nas Escrituras, o
trabalho de Jesus para destruir as obras do diabo na mente dos anjos, Seu êxito em alguns dos afetados e infectados, ou
seja, Seu “chamado” a todos os anjos contaminados pelo veneno da serpente e a
aceitação deste convite da graça por parte dos anjos “escolhidos”! Infelizmente,
o autor do mal preferiu se tornar a serpente, em vez de aceitar o perdão
divino.
f) Pecado
eterno por parte dos anjos rebeldes que não aceitaram o “chamado” de Deus e a
eterna expulsão deles do Céu! “Houve peleja no céu.
Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e
seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E
foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás,”
(Ap 12:7-9). “Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado
no inferno [tártaro no grego], os
entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo” (II Pe 2:4,
ARC).
g) Diálogo semiaberto entre os anjos
não caídos e os caídos. (Hendrickson Rogers)
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Postado por
Hendrickson Rogers
às
08:17
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domingo, 8 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Quem são as "nações" de Apocalipse 20 verso 8?
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Postado por
Hendrickson Rogers
às
15:50
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terça-feira, 20 de março de 2012
Lúcifer, músico? E os músicos, lúciferes? - Buscando o equilíbrio bíblico
[Meus comentários (Hendrickson Rogers) estão entre colchetes!]
O uso incorreto dos
escritos de Ellen White tem dado origem a muitas lendas e mitos adventistas. A
maneira como isso ocorre é semelhante à brincadeira do telefone sem fio. Você
sabe como é o jogo, a simples frase “Maria foi nadar na piscina” torna-se no fim
da roda em “Azarias não jogou nada na latrina”. Quando trabalhei como Assistente
de Pesquisas no Centro White, Unasp-2, publiquei um artigo na Revista
Adventista (“Revisão de Arquivo” RA,
Abril de 1995) em que abordei algumas dessas citações “apócrifas” do Espírito
de Profecia, e mais recentemente no artigo “Órion e os Eventos Finais”.
Tenho aprendido que o problema não está com certas declarações de Ellen White e
sim com a maneira em que seus escritos são lidos, descontextualizados e
abusados. Uma das interpretações que tem se
tornado quase proverbial em nosso meio é a idéia de que Lúcifer era “regente do
coro celeste”. A idéia é baseada na seguinte citação de Ellen White:
“Satanás tinha dirigido o coro
celestial. Tinha ferido a primeira nota; então todo o exército angelical
havia-se unido a ele, e gloriosos acordes musicais haviam ressoado através do
Céu em honra a Deus e Seu amado Filho. Mas agora, em vez de suaves notas
musicais, palavras de discórdia e ira caíam aos ouvidos do grande líder
rebelde.” (História da
Redenção, 25).
Primeiramente, é importante
ressaltar que a revelação Bíblica, a luz maior, em nenhum momento retrata
Lúcifer como regente do coro celeste [embora ele e a música apareçam relacionados na Palavra! Cf. Is 14:11, "som da tua harpa"]. Isso já seria razão suficiente para
sermos cautelosos ao fazer afirmações categóricas sobre as atividades de
Lúcifer no céu antes de sua queda.
Mas alguns textos bíblicos são
usados para provar a idéia de que Satanás era músico; veja Ezequiel 28:13-15:
“Estiveste no Éden, jardim de
Deus; cobrias-te de toda pedra preciosa: a cornalina, o topázio, o ônix, a
crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti
se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram
preparados. Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo
de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas. Perfeito eras nos teus
caminhos, desde o dia em que foste criado, até que em ti se achou iniqüidade.”
A passagem acima faz parte de um
juízo proferido sobre o rei de Tiro, portanto, a intenção original de Ezequiel [ôps, a "palavra" era do profeta ou de "JAVÉ"? Ez 28:1. A intenção de JAVÉ é dupla claramente! Ou o "rei de Tiro" estava no "Éden"?] não é tratar de Lúcifer em seu estado não caído e por isso, precisamos
respeitar o contexto. Mesmo que haja certos paralelos entre a altivez do rei de
Tiro e Lúcifer, a linguagem não trata deles de forma literal. Por exemplo,
porque o texto trata de instrumentos musicais, alguns concluem que isso se
refere ao dom musical de Lúcifer no céu, enquanto outros até vêem aí uma prova
de que havia “tambores” no céu. Não é bem assim que se faz exegese, a linguagem
aqui é poética, simbólica e metafórica e o hebraico é de difícil tradução e
inconclusivo ao falar de instrumentos, é necessária cautela. Podemos, no entanto, aplicar os
princípios da queda do rei de Tiro como símbolo da queda de Lúcifer, já que há
alguns paralelos óbvios, tais como “eras o selo da perfeição, cheio de
sabedoria e perfeito em formosura” (v. 12). Mas ao mesmo tempo em que há
paralelos, há também disparidades entre os dois personagens que nos impedem de
criar um paralelo literal entre cada elemento do texto de Ezequiel com Lúcifer.
Assim, tentar literalizar a passagem de Ezequiel nos traz dificuldades já que
se Lúcifer era músico e tocava “tambores e pífaros” (v. 13) no céu, então ele
também era coberto de jóias preciosas literalmente, se engajou em “comércio” lá
(v. 16, 18), profanou os seus próprios “santuários” (v. 18) e Deus o expulsou
em direção à “terra” (que supostamente ainda não havia sido criada!) e o expôs
perante “reis” (v. 16, 17). O disparate exegético deveria ser óbvio.
Concluir, portanto, que Lúcifer
era regente do coro celestial ou até mesmo músico celeste com base nos
instrumentos citados na passagem de Ezequiel é forçar o texto bíblico. Isso não
quer dizer necessariamente que Lúcifer não era músico no céu, a Bíblia contém
muitas cenas de louvor oferecido pelos anjos a Deus. Mas querer precisar que
função Lúcifer tinha no céu é ir além da revelação.
O outro texto citado é Jó 38:4-7,
que mostra que fala do “coro celestial”:
“Onde estavas tu, quando eu
lançava os fundamentos da terra? ... quando juntas cantavam as estrelas da
manhã, e todos os filhos de Deus bradavam de júbilo?”
O texto pode estar se referindo a
um coro de anjos cantando nas eras sem fim da eternidade, mas não trata de
Lúcifer em específico. Acima de tudo, assim como Ezequiel, o texto de Jó é
poético e simbólico. É interessante notar que a idéia
de que Lúcifer tivera posição de líder dos anjos não é original de Ellen White.
Esse conceito parece ter se tornado parte da tradição cristã e era idéia comum
para alguns autores no tempo de Ellen White.[1] Ela estaria apenas refletindo
uma idéia periférica da sua época neste ponto (como fez em muitos outros[2])
para expressar um ponto mais importante sobre a atuação de Lúcifer. [Por outro lado, a própria Bíblia deixa claro a liderança exercida pelo Lúcifer mudado, o Diabo, ainda lá no Céu, cf. Ap 12:7.]
Com esse breve pano de fundo
bíblico e histórico, voltemos então à passagem de Ellen White. Uma leitura mais
cuidadosa da passagem indica que Ellen White não pretendeu fazer uma declaração
sobre a posição de regente musical de Lúcifer. Ela escreveu que “Satanás tinha
dirigido o coro celestial. Tinha ferido a primeira nota,” o que expressa uma
ação pontiliar [pontual, certo??] num passado distante e não uma ação constante necessariamente.
Note que a conclusão que Satanás tinha a posição estabelecida de “regente do
coro” não está no texto. Essa nuance é importante para o entendimento da
intenção de Ellen White.
Ela claramente não está
fazendo uma declaração sobre a função de músico de Lúcifer ou como a música é
executada nas cortes celestiais, mas está ressaltando sua posição em relação
aos anjos: ele era o anjo mais exaltado, tinha primazia em termos de criação e
função.
Lúcifer é retratado aqui como
aquele que, dentre os anjos, primeiro sentiu em seu coração o desejo de louvar
a Deus, ele iniciou o louvor, feriu a "primeira nota" e os anjos
seguiram. Assim, a metáfora da música celestial é usada por Ellen White para
criar um forte contraste entre a submissão de Lúcifer a Deus ao alçar louvores
a Ele e a rebelião que começava a surgir em seu coração através da discórida [discórdia...] e
desarmonia. Veja que ela continua dizendo “Mas agora, em vez de suaves
notas musicais, palavras de discórdia e ira caíam aos ouvidos do grande líder
rebelde.” Aqui Lúcifer abandonara o desejo de louvar a Deus. Dessa
forma, a metáfora musical é usada para fins primordialmente homiléticos, para
expressar um ponto mais importante, a saber, a exaltação de Lúcifer perante os
anjos e sua repentina queda.
Além da precariedade do argumento
do ponto de vista bíblico e o fato de que Ellen White não disse que Satanás era
"regente" do coro celeste, a idéia de que Lúcifer tinha esse função
específica também esbarra em problemas lógicos. O primeiro deles é o tamanho do
coro celeste; se houvesse mesmo a necessidade de um regente, deveria haver
milhares de sub-regentes para um coro de milhares, milhões ou bilhões de anjos,
como ocorre com grandes corais aqui. O problema é que a necessidade de um
regente nos moldes de um diretor de coral terrestre fere o conceito bíblico de
que os anjos são perfeitos em todos os sentidos e superiores ao homem (Salmo
8:5; Heb 2:7). Por quê? Anjos perfeitos em poder não devem
necessitar de um regente que indique o compasso, mudanças de dinâmica,
cadência, rallentandos, pianissimos ou mezzo fortes, se é que a música celeste
sequer pode ser descrita nos moldes terrestres! [Discordo. A Bíblia apresenta sim o conceito de funções e até ordens angélicas tanto quanto a ideia de perfeição desses majestosos seres superiores aos pecadores: "príncipes", Dn 10:13; "arcanjo" (anjo chefe) Jd 9. Perfeição não exige uniformidade! Deus ama a diversidade e Ele mesmo, JAVÉ trino, apresenta as Três Pessoas divinas com funções e até ordens distintas, obviamente devido as funções e não à natureza divina! Cf. Jo 14:28]
Nem mesmo deve ser necessário que
alguém lhes dê a “primeira nota” nos padrões de um regente terrestre, como se
os anjos precisassem disso para se manterem no tom. Existem seres humanos que
possuem o que chamamos de “ouvido absoluto”, ou seja, não precisam que ninguém
lhes toque ao piano ou sopre num diapasão um Dó ou Fá, eles ouvem a nota
automaticamente em seu ouvido e cantam no tom. Quanto mais os anjos que foram
criados de forma superior ao homem! E até mesmo em nossa esfera decaída, há
muito coral profissional por aí que não necessita de regente. Creio que deu
para entender os problemas com uma leitura rígida da passagem em questão. [Penso que aqui o autor confundiu perfeição com presença de todos os dons e talentos do Senhor Espírito! Um anjo não caído continua sendo perfeito mesmo alguns dons não se achando presentes em seu caráter. Esse sentido de perfeição=plenitude só é devido a Jesus (Deus)! Cf. Cl 1:19]
Se Lúcifer era ou não
"regente do coro celestial" é irrelevante, já que ele não caiu de sua
elevada posição por rebelião ao governo de Deus por questões
musicais. Assim, devemos ler a passagem sobre Lúcifer e o coro celeste
mais por sua força retórica sobre a exaltação e subsequente queda de Lúcifer, e
não como uma declaração de qual função musical ele exercia no céu ou como é
realizada a música celeste.
Cabe aqui também uma
palavra de exortação. Infelizmente a intenção de muitos que usam a passagem de
Satanás como suposto “regente do coro celeste” é quase sempre demonizar
(literalmente) a música sacra contemporânea. Ouvem-se afirmações do tipo
“Satanás é músico, temos que ter cuidado com avanços na música adventista.”
Assim, cria-se um espantalho ao redor da música adventista para coibir, oprimir
e ostracizar músicos. Nossos músicos não têm liberdade para trabalhar porque
sempre correm o risco de se tornar culpados por associação com Lúcifer, o
músico par excellence, o “regente do coro celeste”. [Mas também pelo fato de uma fatia dos ditos músicos só fazerem isso na Igreja e nada mais! Não demonstram intimidade com a Bíblia, com a missão, apresentam um conhecimento bíblico raquítico e até mal se sentam nas cadeiras que não estão na plataforma! Cantam e passeiam...]
Com certeza Satanás deve ter um vasto conhecimento da música celeste e bem como
da terrestre, mas ele não foi originador da música, Deus o é. Não entreguemos a
Satanás algo que pertence a Deus, o dom da música, e não façamos os músicos da
Igreja culpados por associação porque um suposto “regente do coro celeste” caiu
em rebelião. [Satanás não criou nada a não ser o mal! E dentro desse mal estão os pseudo-músicos adventistas e outros cuja vida não é um "sacrifício de louvor" a Deus! Cf. Hb 13:15 e Lv 22:29]
E, ironicamente, Satanás sempre
alcança seu objetivo de espalhar desarmonia na igreja quando, no afã de evitar
o complexo do “regente Lúcifer”, caímos em extremos na questão da música sacra,
julgando a intenção dos nossos irmãos, impondo nossas idéias pessoais do que
Deus aceita ou não ("Se eu não gosto, Deus não gosta também"),
criticando e condenando.
No fim das contas, o maior
problema dos músicos e adoradores adventistas não é tanto “musical” e sim
“relacional”, seja no relacionamento com Deus ou com nosso próximo, como foi
para Lúcifer. Cultive relacionamentos saudáveis na questão da música sacra para
não cair no mesmo problema daquele anjo caído.
______________________________
[1] Veja, por exemplo, John Milton, Paradise Lost
(Londres: 1674), Livro IV, 600-605; ibid., Livro VII, 130; Daniel Defoe, The
Political History of the Devil (1726), p. 49, ibid., The Life
and Adventures of Robinson Crusoe (1800), p. 119, Emily
Percival, The Token of Friendship(1852), que usa linguagem bem
semelhante à de Ellen White: “Lúcifer pode haver sido o líder daquele coro
celeste” (p. 26).
[2] Como por exemplo, 6.000 anos para a idade da terra, idéia comum no século
19 hoje questionada por cientistas criacionistas e arqueólogos Adventistas. A
história da civilização humana tem pouco mais de 6.000 anos, talvez 10.000.
Ellen White nunca procurou estabelecer a idade da terra, ela usou o cômputo
para ressaltar um ponto mais importante, a saber, a longa odisséia do pecado na
terra.
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Postado por
Hendrickson Rogers
às
09:26
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