sexta-feira, 19 de abril de 2013

Crendices e superstições cristãs. A existência de uma parte folclórica na teologia popular em todas as denominações cristãs (Parte V)


“Um profeta verdadeiro só está presente numa única denominação e esta é necessariamente cristã e esta é necessariamente a descendência da mulher de Apocalipse 12 (‘os restantes’)” Para desmistificarmos esse folclore presente em algumas denominações cristãs, o qual é fruto principalmente do preconceito que a ignorância bíblica traz, é necessário sabermos o que é o dom profético, ou seja, o que é ser um profeta verdadeiro de Deus e para quê Deus levanta um profeta. “Então JAVÉ Deus disse a Moisés: — Vou fazer com que você seja como Deus para o rei; e Arão, o seu irmão, falará por você como profeta. Você dirá a Arão tudo o que eu mandar, e ele falará com o rei, pedindo que deixe os israelitas saírem da terra dele” (Êx 7:1,2, NTLH). Esse conhecido episódio na história dos descendentes de Abraão nos ensina que o profeta é aquele pecador que recebe de Deus uma mensagem e a repassa. Não conheço nenhum caso na Bíblia onde o ser humano escolheu ser profeta e Deus o tornou profeta. Deus é quem escolhe o profeta: “Porém é um só e o mesmo Espírito quem faz tudo isso. Ele dá um dom diferente para cada pessoa, conforme ele quer” (I Co 12:11, NTLH). “Do meio de vocês Deus escolherá para vocês um profeta que será parecido comigo [com Moisés, a quem JAVÉ também escolheu], e vocês vão lhe obedecer” (Dt 18:15, NTLH). Enfatizo o fato de Deus escolher o possuidor do dom de profecia, pois as Escrituras o fazem! Abrão foi profeta (cf. Gn 20:7) eleito por Deus (Ne 9:7), mesmo vindo de “Ur dos caldeus”. Abrão não descendeu dos judeus, só pra lembrar. Ele os gerou. Logo, é possível Deus suscitar um profeta de onde menos os homens religiosos esperam (cf. Lc 19:40)! Outras: embora o dom de profecia esteja sujeito ao profeta (I Co 14:32), ou seja, não tem essa de “possessão divina” sobre os profetas, Deus não está sujeito a eles. Deus já ficou em silêncio para com Seus próprios profetas (cf. I Sm 28:6,15) e Deus já colocou, literalmente, Sua Palavra na boca de um profeta – Balaão (Nm 22:20,38; 23:5), aliás, outro exemplo de profeta não descendente de alguma denominação judaica (cf. Nm 22:5-12,18). Um profeta pode ser verdadeiro, ter o dom dado por JAVÉ, mas escolher mentir (cf. I Rs 13:18 e 22:15,16); um profeta de Deus é um pecador como qualquer outro pecador – salvo pela graça ou perdido pela desobediência, e o dom profético é só um dentre muitos que o Senhor Espírito tem e dá de acordo com os Seus planos para o corpo de Cristo (I Co 12:7-14). Novamente, não quero diminuir a importância do dom profético nem o trabalho precioso de um profeta verdadeiro; mas, eu gostaria de calibrar o olhar eclesiástico sobre esse assunto! Deificar um profeta verdadeiro, não é bíblico. Demonizar o profeta da outra denominação cristã, só porque ele não é membro da sua igreja, não é bíblico. Crer que existe uma denominação cristã que cumpre Apocalipse 12:17 pelo fato de ela possuir um profeta verdadeiro, também não é bíblico!

Ter o “testemunho de Jesus” da passagem supracitada claramente é o dom da profecia (no grego: “echonton tem marturian Iesou” = “têm”, “possuem” ou “sustentam o testemunho de Jesus”, Ap 12:17), segundo o profeta escritor do Apocalipse e o profeta Paulo: “Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia” (Ap 19:10). “Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo. Então, ele me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Ap 22:8,9). “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João, o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu” (Ap 1:1,2).

Esta pesquisa está em construção! Confira as primeiras quatro partes dela (é só clicar): Parte 1, Parte 2, Parte 3 e Parte 4.  

Um pouco de Raciocínio Lógico e o Darwinismo se revela como um absurdo matemático e ético!

1. Se o darwinismo for uma descrição adequada da biosfera, então os seres humanos não têm nenhuma natureza essencial, uma vez que eles evoluíram sem design intencional até suas formas atuais.

2. Se (1), então as várias raças de humanos podem ser mais evoluídas (isto é, adaptavelmente mais bem-sucedidas) do que as outras raças. Darwin mesmo afirmou isso em seu livro The Descent of Man.

3. Se (2), não existe nada intrinsecamente valioso sobre a raça humana como um todo. Isto é, algumas raças podem prevalecer sobre outras raças devido às suas vantagens seletivas, devido à sua trajetória evolucionária exclusiva.

4. Se (3), então não existe nenhuma base filosófica para a afirmação de que os seres humanosqua seres humanos têm direitos humanos objetivos e universais.

5. Mas (4) é falso. Nossas intuições morais e a história da lei ocidental tratam cada ser humano, sem distinção de raça, como possuindo dignidade humana intrínseca, devendo ser tratado como tal. A Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas afirma isso, por exemplo, como faz a Declaração de Independência dos Estados Unidos: “Todos os homens são criados iguais.”

6. Além disso, se (4) for verdadeiro, então nós não temos nenhuma base objetiva para condenar moralmente a escravidão ou até mesmo a eliminação das “raças menos favorecidas” (termo usado por Darwin).

7. Mas (4) é falso, por causa de (5).

8. Portanto, (6) é falso por causa de (5).

9. Portanto, (1) – o darwinismo – é falso. Isso por meio do modus tollens que, neste caso, é um reductio ad absurdum (reduzir a afirmação ao absurdo).

Nota: modus tollens (ou negar o consequente):

a. Se P, então Q.

b. Não Q.

c. Portanto, não P.

O ônus da prova dos evolucionistas não têm sido pago. Suas inferências são sempre de goela abaixo!



O ônus da prova. Quem afirma, prova. E quanto maior a alegação, maiores devem ser as provas. Esses são princípios básicos em qualquer lugar, ainda mais em ciência. Mas na evolução temos o maior exemplo de inversão de ônus da prova que conheço, feita pelo seu “mestre”. Pois Darwin uma vez disse: “Se se pudesse demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse de maneira alguma ser formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra” (Charles Darwin, Origem das Espécies, p.161). Ou seja, Darwin propõe uma teoria, faz uma tremenda alegação – talvez a maior de todos os tempos –, usa exemplos morfológicos simplistas (leia o capitulo sobre os tentilhões de galápagos em meu web-book) “a la bico de passarinho”, e depois diz o quê? Eu não preciso apresentar provas, quem quiser derrubar minha teoria demonstre que não existem esses caminhos “ligeiros, sucessivos e numerosos” para os órgãos da Vida! Mas caminhos como esses podem ser propostos aos milhares, infinitas alternativas, portanto, uma inversão de ônus tremenda, bem marota, que para os leigos o fez de bonzinho. E cada vez que alguém refuta uma proposta evolucionista, aparecem três diferentes. Por isso que eu concordo com a afirmação de que a única coisa que evolui mesmo é a teoria da evolução. As outras coisas se diversificam. A teoria da diversificação, pré-programada, essa eu aceito, pois se baseia em fatos. Por isso que você lê os reviews sobre a homoquiralidade e encontra lá propostas as mais diferentes; você refuta uma, aparecem duas...

Por isso que Michael Behe foi genial. Com a complexidade irredutível e com o flagelo bacteriano, o “mascote da TDI”, Behe reestabeleceu a verdade quanto ao ônus da prova, devolvendo-o a quem de direito: aos proponentes da TSE!

Se querem fazer a maior alegação de todos os tempos em ciência, que forças (eletromagnéticas) geraram e moldaram a Vida, aumentando sua complexidade, que provem devidamente, e com uma teoria só, um só caminho, por favor! Pois o órgão que Darwin pediu está agora aqui, diante de nossos olhos, o flagelo!

É interessante ver o total desespero (o desespero aqui é a minha avaliação como químico analisando as explicações naturalistas para a evolução do flagelo) que se abateu sobre os naturalistas com o [estudo do] flagelo. Pois tiveram que abandonar o blá blá blá retórico das explicações “a la bico de passarinho”, a la letras mitológicas A que formou B que formou C (Behe na Caixa Preta de Darwin) para se debruçar em explicar molecularmente, bioquimicamente, ao nível molecular, com Química e Bioquímica, o nanomotor mais espetacular e mais high tech do Universo, o “mascote da TDI”. E aí deu no que deu, coisas como a cooptação de partes “a la Macgyver” de K. Miller, como se com um alfinete e uma tábua de bater carne, ou coisas assim, se pudesse formar uma ratoeira, ou pior, um motor híper mega high tech sincronizado e exigente como o flagelo. Como a que sugere o sistema T3SS, ordens de grandeza menos complexo, como se ao encontrar um astro entre a Terra e a Lua facilitasse a minha tarefa de lá chegar, pulando...

O Flagelo bacteriano e a ratoeira de Behe entraram para a história do debate, e se mantêm firmes e fortes como mais um golpe mortal na cabeça da serpente. Behe tem respondido e desmascarado todas as falácias das refutações do flagelo bacteriano como irredutivelmente complexo, e proposto a la Darwin uma formula de refutá-lo experimentalmente e cientificamente: “Sobre a reivindicação de falseabilidade, um cientista pode colocar uma espécie bacteriana faltando um flagelo sob pressão seletiva, e alimenta-o por dez mil gerações, se o flagelo, ou qualquer material complexo for produzido, minhas reivindicações evidentemente seriam desmentidas.” (Leia aqui uma resposta de Behe sobre sua tese.)

Se quem afirma prova e tem o ônus da prova, quero então perguntar aos “experts” em homoquiralidade que usaram o Evolution Academy para me chamar de tolo – quero me ater a um único ponto e então perguntar – uma única pergunta – a quem afirmou o seguinte: “Pois bem, esta argumentação é falha porque não é necessário que o meio contivesse 100% de L-aminoácidos, já que se tivesse uma quantidade maior que 50% já seria suficiente para que a seleção natural fizesse o restante.”

A pergunta é simples: A seleção natural, ela, fizesse o restante, mas COMO? E na resposta deste COMO, que deve ser uma resposta grande, muito convincente, pois a alegação foi grande por demais (seleção natural fazendo o restante), será que somente 51% e a “super seleção natural” faria o restante? sugiro que se discutam os seguintes tópicos, que vou procurar resumir em “top 10” (eu teria dezenas):

1. Se a seleção natural é a que está agindo, pré-supomos que a Vida já está em operação, capturando ou produzindo energia, nutrientes e se reproduzindo, em um meio racêmico. Qual seria então em um meio racêmico o mecanismo de codificação para especificar os AA L ou D nas cadeias peptídicas, em cada uma das diversas posições ao longo da cadeia, e em cada síntese repetida e necessária para a Vida e sua reprodução?

2. Se o meio era racêmico, qual foi o fator que causou o desvio do meio dessa
situação, no planeta Terra, e como a Vida pode perceber isso? Qual o mecanismo e o ímpeto de uma Vida que opera já em meio racêmico perceber o pequeno excesso enantiomérico, e reagir a ele?

3. Qual a vantagem evolutiva de uma Vida que opera já em meio racêmico migrar para um ambiente homoquiral? Quem mudou primeiro, os aminoácidos que migraram de L/D para L ou a ribose (via nucleotídeos, eu suponho) que migrou para D?

4. Para a síntese de proteínas, os ribossomos já operavam provavelmente nesse meio racêmico, codificados de alguma forma no DNA desse bicho racêmico, ou a síntese de proteínas ainda era dirigida por fitas de RNA autorreplicantes? Não se esqueça aqui da seleção natural, que faria o restante.

5. Sabemos hoje que o código universal da Vida, que todos os seres vivos usam, com raríssimas degenerações, depende irremediavelmente de todo um sistema funcional interdependente de moléculas altamente sofisticadas e específicas onde suas formas 3D têm papel fundamental, primordial, e não podem de forma alguma ser corrompidas: o DNA com sua dupla hélice, os RNA mensageiros (m-RNA), um conjunto especifico de t-RNA que ajuda a coordenar a síntese proteica nos ribossomos, e vinte enzimas chamadas de aaRS que conectam cada um dos t-RNA a cada um dos L-aminoácidos específicos, e um ribossomo formado, por sua vez, de RNA homoquiral com ribose D e de proteínas homoquirais com AA do tipo L. Algum problema aqui na funcionalidade desse sistema em se mudar a quiralidade da Vida? Se tudo funciona bem em racêmico, por que migrar para homo? Algum problema em se incorporar, sem regras pré-definidas, um único AA D ou uma única ribose D nesse sistema, ou os dois?

6. Se os ribossomos não estavam ainda presentes e atuantes, as proteínas se formavam como? A la nylon, como tem sido proposto no modelo naturalista? Então como se evitar o caos completo que a entrada aleatória de AA L ou D causaria? Como se coordenar a formação exclusiva e repetitiva da mesma proteína, com os AA na sequência certa, e com a presença da quiralidade certa L ou D em cada uma das posições ao longo da cadeia? Com evitar as reações laterais, mortais às vidas, que, lógico, no nylon não são possíveis, mas para os AA, com seus grupos laterias, sim? Como evitar a hidrólise, meio anidro?

7. Como em um meio racêmico ou não enantiomericamente puro pode se garantir a formação da dupla hélice do DNA, essencial para a Vida, a única que conhecemos?

8. Sem Vida não há homoquiralidade e sem homoquiralidade não há vida, isto eu afirmo em meu web-book. Então, se estou errado, quem veio primeiro? A homoquiralidade ou a Vida? Não bastaria separar, teríamos que selecionar.

9. Por que, então, a Vida escolheu L para AA e D para a ribose, e como ela fez isso para dar a partida?

10. Em 2001, durante meu período de transição entre um evolucionista teísta para um inteligentistas, publiquei este artigo: “Chiroselective self-directed octamerization of serine: Implications for homochirogenesis” (R. G. Cooks, D. Zhang, K. J. Koch, F. C. Gozzo, and M. N. Eberlin, Anal. Chem. 2001, 73, 3646-3655), que alcançou amplo destaque na academia e na mídia. O artigo foi citado também para me criticar. Pergunto, então, se esse artigo, científico, amplamente aceito e muitas vezes citado em reviews de hipóteses naturalistas para a homoquiralidade, pode ser mesmo levado a sério?

Meu respeito a todos aí à procura despreconceituosa da Verdade!

Quase tudo sobre o Dilúvio bíblico-histórico - 4ª parte


Madeira usada na construção da arca A arca foi construída com a madeira "Gofer". O termo hebraico “Gofer” é mencionado apenas uma única vez na Bíblia (Gênesis 6:14) e, embora seja traduzida em várias versões como “cipreste”, seu significado é obscuro, não se sabe exatamente o seu significado. A tradução de ‘gofer’ por cipreste, se baseia nas semelhanças das raízes destas duas palavras, que são semelhantes no hebraico.
O cipreste era uma madeira utilizada antigamente em alguns lugares da Europa para construir caixas d'águas, por ser um tipo de madeira que não estraga com a água. Não sabemos se o cipreste existente na época de Noé seria exatamente igual ao que conhecemos atualmente.
Entre os pais da Igreja, Agostinho e Ambrósio sugeriram que ‘gofer’ deveria ser o pinho ou o cipreste. Há também quem tenha sugerido que o hebraico ‘gofer’ não designa nenhum tipo de madeira específica usada na construção da arca. Quando lançada, no século XVI, a Versão da Bíblia de Genebra traduziu o hebraico 'gofer' como a árvore pinheiro. Para não correrem o risco de errarem na tradução, a versão do Rei James (1611) manteve a palavra original, e a maioria das versões seguintes conservaram o original gofer. Já a 'New International Version' (Nova Versão Internacional), publicada em 1978, e algumas outras (como a Almeida Atualizada) substituíram por cipreste. A "Enciclopédia Judaica" diz que a tradição cristã de sugerir que o hebraico gofer seja traduzido por ‘cipreste’, é uma interpretação arbitrária e insatisfatória, porque se baseia apenas nas semelhanças das raízes destas palavras. Há estudiosos que sugerem que “gofer”, a madeira utilizada na construção da arca, tenha sido algum tipo de árvore antediluviana. A madeira usada foi semelhante à de cipreste e não a das gigantes sequóias. As toras poderiam ser carregadas de muitas maneiras, provavelmente de modo muito mais fácil que as pedras das pirâmides e as imensas pedras dos obeliscos egípcios. www.users.bigpond.com/rdoolan/gopher_wood.html

Arca, e algumas questões durante a inundação Diante da violência da crosta terrestre e dos gêiseres jorrando a água subterrânea, isto ofereceria o risco de a arca tombar? O termo hebraico “Teváth”, traduzido nas escrituras por arca, significa literalmente uma arca ou caixa. Não era uma embarcação com a finalidade de navegar, mas somente flutuar. A arca não era um barco navegável, mas ela foi feita para flutuar, por isso, tinha o formato de um caixote. Tem sido experimentado através de réplicas em miniatura da arca que o seu formato de caixote forneceria estabilidade e era próprio para flutuar; sua inclinação poderia atingir no máximo de 70 a 80 graus. Lateralmente, ela poderia virar até 60 graus, no máximo, e quase dois terços dela estaria abaixo do limite da água. Isso tudo facilitaria sua navegação em meio à violência das águas. É claro que, a arca só poderia ser preservada de modo sobrenatural, pois um evento que foi capaz de erguer a cordilheira do Himalaia seria capaz de reduzir a arca a fumaças, sem uma proteção sobrenatural. É óbvio que o mesmo Deus que disse que mandaria um dilúvio, que trouxe os animais até Noé também pouparia a arca no auge do evento, de ser destruída em meio à fúria da natureza... Um fato curioso é que, uma das áreas mais bem protegidas do planeta das rachaduras das placas continentais, está situada num diâmetro (círculo) de 500 metros ao redor do Ararate, onde a arca repousara. Longe das rachaduras das placas, a arca estaria longe dos gêiseres que jorraram do subterrâneo, numa posição privilegiada, onde teria mais condições de resistir ao dilúvio. Tendo a arca não sido feita propriamente para navegar, durante o dilúvio ela não se locomoveria para muito distante dessa região. Também, sendo a arca um barco feito apenas para flutuar, é preciso entender a não necessidade de aço ou qualquer metal na estrutura da Arca para construí-la. As pirâmides egípcias têm uma engenharia muito complexa, e não precisaram de aço ou qualquer outro metal, enquanto muitos prédios hoje com alguma estrutura metálica não resistiriam tanto e são muito mais simples. A tecnologia dos navios não servia para aumentar o tamanho, mas sim a navegabilidade, capacidade de carga e armamentos. A arca não precisou de tecnologia de navegação alguma, pois só flutuou. Embora já houvesse conhecimento de metal na época de Tubalcaim (Gen.4:22), a arca poderia ser construída apenas com madeira, como foram muitos dos navios antigos. Por exemplo, temos as barcaças egípcias de mais de 2000 a.C., usadas para transportar enormes pilares de pedras, mediam mais de 60m e carregavam quase 700 toneladas, e eram feitas apenas de madeira, com um formato levemente abaulado no casco e não a típica forma de navio (Enciclopédia Delta Universal, 1985, termo “Navio”, seção “História”). Não precisa parecer um navio pra boiar, pois icebergs, bóias, toras de madeira, e muitos outros materiais e estruturas flutuam sem possuírem nenhuma semelhança com um navio. A forma típica de navios pode até não ser a melhor para manter uma embarcação na água, mas sim a melhor para permitir seu deslocamento. 



• A chuva forneceria água potável suficiente para todos os tripulantes da arca: para a família de Noé e para os animais a bordo.

• No livro “O Dilúvio, Local ou Global?”, o Dr. Arthur Custance diz que o ar nas regiões acima das montanhas teria sido rarefeito demais para alguns animais. Os doutores Henry Morris e John C. Whitcomb rejeitam esta objeção dizendo que a pressão atmosférica depende do nível dos oceanos: e a arca encontrava-se ao nível do mar, (visto que as águas diluviais ergueram-se acima das montanhas). Também, não havia montanhas tão altas quanto hoje, para que o ar se tornasse tão rarefeito. Como a água subiu de nível em todos os lugares do planeta, o ar seria forçado a subir por causa do nível do mar.

• Sobre o número de pessoas envolvidas na construção da arca, provavelmente não foram apenas Noé e sua família. Eles podem ter contratado outras pessoas para auxiliar, que mesmo achando aquilo uma loucura, trabalhariam pela remuneração. Noé também pode (e por que não?) ter contado com a ajuda e o trabalho dos homens de alta estatura, os "gigantes e valentes da antiguidade". Isso sem considerar os 120 anos para a construção, que foi tempo mais do que necessário.



Temperatura Algumas pessoas pensam que o dilúvio faria com que a temperatura na superfície baixasse muito. De maneira geral, a temperatura diminui com a altitude, pelo menos, até por volta dos 40 km de altitude. Essa diminuição atinge uma média de 0,6 °C a cada 100 metros. Não sabemos nem fazemos idéia de qual seria a temperatura no período antediluviano, ou de suas variações. A idéia de que haveria um clima uniforme antes do dilúvio, surgiu com a teoria da camada de vapor, mas não há bases para se sustentá-la, desconsiderando a possibilidade desta teoria. É bastante IMPROVÁVEL que tenha havido um clima uniforme em todo o planeta antes do dilúvio. A radiação solar (os raios emitidos pelo Sol) é responsável pelas temperaturas na superfície da Terra, e quanto mais perto uma área estiver da linha do equador, maior será a temperatura; e quanto mais distante estiver desta linha, menor será a temperatura, por causa da forma esférica do nosso planeta e das diferenças de inclinação dos raios solares, que atingem as regiões próximas dos pólos de maneira muito inclinada. Nas regiões próximas da linha do equador, os raios incidem verticalmente, (em linha reta). Daí o motivo de as temperaturas serem mais elevadas nestas. Assim, a superfície terrestre não recebe a mesma quantidade de raios solares em toda parte, e isto explica os diferentes climas existentes na Terra.



• Poderíamos dizer que talvez houvesse um clima semi-uniforme no período antediluviano, se neste houvesse a Pangéia, um único continente de terra seca, que receberia quase a mesma quantidade de raios solares em suas regiões. Já vimos que existem árvores tropicais debaixo do gelo no pólo sul, o que evidência que o clima nas regiões polares já foi capaz de abrigar plantas e seres de clima quente tropical. Mas é claro que um único continente não teria o mesmo clima, pois não receberia a mesma intensidade de calor em todas as áreas. Considerando que o nível das águas no planeta não poderia ter atingido mais que 3 quilômetros, a temperatura média não teria baixado muito durante o dilúvio. Para o pensamento crítico, durante o dilúvio, a temperatura cairia cerca de 18 graus Celsius - uma região que antes do dilúvio tivesse uma temperatura média de 25 a 30 °C durante o dilúvio, teria atingido uma média de 7 a 12 graus Celsius. Mas deve-se lembrar que a queda da temperatura depende do nível do continente ou do nível das águas oceânicas. Como o nível das águas subiu durante o dilúvio em todo o planeta, e isto impediria que a temperatura baixasse muito. Também, devemos considerar que as águas são capazes de conservar o calor por mais tempo que a superfície: a água se aquece mais lentamente, porém, conserva o calor por mais tempo. Por isso, os oceanos não são muito quentes durante o dia, e nem muito frios durante a noite (enquanto no continente o dia é mais quente e a noite é mais fria, em relação ao oceano). Isto elevaria a temperatura durante o dilúvio, mantendo uma temperatura estável e não muito reduzida sobre o planeta. 



1. Fontes: * Parte deste estudo, são de autoria do amigo Criacionista Rafael Pavani, que explicou muito bem algumas questões sobre o dilúvio em: 

2. Vídeos: 
Arca de Noé Palestra 01, Dr. Adauto Lourenço: 

Arca de Noé Palestra 02, Dr. Adauto Lourenço: 

3.Referências literárias 
• “Gênesis e Arqueologia", Howard F. Vos (sobre relatos do dilúvio no mundo); 
• “O Dilúvio de Gênesis", Dr. Henry Morris e Dr. John C.Whitcomb; 
• "O Dilúvio de Noé", de Richard Teachout; 
• "Cosmologia Bíblica e Ciência Moderna", Dr. Henry Morris; 
• "Origens, Relacionando a Ciência com as Escrituras" (Origins, linking Science and Scripture), de Ariel A. Roth, 1998. (Um comentário sobre o livro em: www.scb.org.br/livros/OrigensRelCienRelig.htm





Estude toda esta extensa pesquisa: 1ª parte, 2ª parte e 3ª parte. É só clicar!

Quase tudo sobre o dilúvio bíblico-histórico - 3ª parte


Variação após o dilúvio Deus dotou os seres vivos com um potencial genético que permite grande variedade de raças de aves, de cães, etc. Sabemos que as espécies estão em constante processo de microvariações. Um exemplo disso são os cães. A Genética sabe hoje que com apenas um único casal de cães, é possível gerar todos os tipos de cães existentes (dálmatas, pastor alemão, boxer, etc). Basta que os animais selecionados tenham os genes para tal. Os animais que entraram na arca possivelmente eram multigenes. Exemplo é que não caberiam na arca todas as espécies de cães, mas caberia um casal multigenes com a capacidade de gerar todas as espécies de cães. [Veja explicações emhttp://designinteligente.blogspot.com/2007/09/de-onde-vm-tantas-raas-de-ces.html e emhttp://designinteligente.blogspot.com/2008/09/ces-de-raa-pura-ou-monstros-mutantes.html ]. A ciência sabe hoje que apenas um casal de cães, lobos e hienas seria capaz de gerar todos os tipos de cães, lobos e hienas existentes. Isto confirma a baraminologia, e é evidência do processo de diversificação das espécies após o dilúvio. Diante das microvariações (diversificações) que ocorrem nas espécies, não sabemos nem mesmo se os cães existiram antes do dilúvio, ou se desenvolveram-se a partir de um ancestral que foi preservado na arca, e teria gerado o grupo. É sempre importante salientar que, neste caso, não se trata de um processo evolutivo, não se ocorre uma evolução: neste caso, há uma diversificação das espécies que foram criadas por Deus originalmente. Mais discussões abordando este assunto, no tópico sobre “Baraminologia”. Muitos criacionistas acreditam que as mudanças dentro de uma população são realizadas através da degradação do genoma criado. É de acordo, geralmente, que a seleção natural, isolamento reprodutivo (especiação) e deriva genética são eficazes, nos levando à formação de populações que são altamente adaptadas ao seu ambiente. Crê-se que especiação e deriva genética tenham ocorrido em altas freqüências durante a dispersão, imediatamente após o dilúvio. O dilúvio e as condições originadas após seu término teriam fornecido condições muito favoráveis para um rápido isolamento reprodutivo (especiação). A maioria dos organismos foi destruída por esta catástrofe, deixando pequenas populações de sobreviventes. Os vertebrados terrestres foram preservados na arca em pequenos números. Após eles serem liberados da arca, eles teriam encontrado recursos quase ilimitados disponíveis, tornando possíveis rápidos aumentos no tamanho das populações, juntamente com níveis reduzidos de competição. Haveria um grande número de nichos ecológicos desocupados, aos quais os organismos poderiam se adaptar. As condições ambientais da Terra estariam instáveis, e processos geológicos como os vulcões, terremotos, e mudanças no nível do mar afetariam o clima, criariam e removeriam barreiras para a dispersão e produziriam muitas catástrofes localizadas que tenderiam a isolar populações de espécies em dispersão. Aquelas espécies que foram preservadas fora da arca também estariam sujeitas a condições favoráveis para especiação. Organismos aquáticos poderiam ser transportados por correntes, possivelmente resultando na dispersão de pequenos grupos de sobreviventes para muitos lugares isolados com diferentes condições ambientais. O mesmo poderia acontecer com grupos terrestres tais como insetos, vermes e outros invertebrados. Plantas e sementes poderiam também ser levadas pelas águas e dispersas por correntes. Estas condições provavelmente resultariam em especiação rápida em muitos grupos de organismos. As diversas adaptações dos seres vivos ao meio ambiente dependem muito do tipo de vegetação e do clima. É bem conhecido o instinto de migração de várias espécies, principalmente as aves. Determinadas espécies, com o tempo, se isolaram em determinadas regiões, e se adaptaram a novos tipos de habitats, por diversos fatores ambientais como destruições ecológicas, melhor adaptação a outro tipo de ambiente, migração, etc.

Poderia ter havido apenas um único continente no mundo antediluviano? Cientistas e geólogos acreditam que no passado, a Terra era um único continente chamado “Pangéia”. A principal evidência que leva a crer que havia um único continente, é a possibilidade de se encaixar os continentes num único e gigante continente, e o encaixe quase perfeito entre o litoral da África e da América do Sul. Os cientistas encontraram semelhanças entre a parte oriental da América do Sul e a parte ocidental da África:

• semelhanças geológicas – mesmos tipos de rochas, de terrenos;
• semelhanças no clima – o mesmo clima;
• semelhanças entre restos de animais e vegetais (os mesmos tipos de fósseis e plantas).

No pólo sul existem árvores de floresta tropical embaixo do gelo, uma verdadeira floresta abaixo da camada de gelo; a ciência diz que a Antártida no passado, foi uma floresta. Hoje, só gelo. Calcula-se que no verão, a temperatura no Pólo Sul chegava a 5º C. A prova disso foram os fósseis da planta denominada Nothofagus. Ainda hoje existem exemplares dessa planta nas regiões frias da América do Sul. Essas descobertas mostram que o continente Antártico já abrigou uma floresta. Isto também evidencia que houve uma alteração climática na região, hoje situada no pólo sul, que já foi capaz de abrigar vegetação de clima tropical. Entre os mamutes e rinocerontes congelados encontrados na Sibéria e no Alaska, um mamute [animal semelhante aos elefantes e peludo] foi encontrado com vegetação tropical na boca, antes de sequer ser digerida ou engolida; nos estômagos de alguns desses animais foram encontradas vegetações tropicais, que haviam sido digeridas poucos instantes antes do congelamento. Estas são evidências de que o clima nos pólos já fora quente. Para a ciência, isto ocorreu na Pangéia, e a única diferença de opinião entre criacionistas e evolucionistas, é em relação a quando ocorreu esta separação dos continentes. Para os evolucionistas, isto teria se dado a milhões de anos atrás; para o criacionismo, os continentes se separaram durante o Dilúvio. Teologicamente, isto não entra em conflito com as escrituras, pois elas também parecem indicar a existência de um único continente inicial, chamado de “porção seca” (singular), quando Deus fez aparecer a “porção seca” em meio às águas – veja Gênesis 1:9,10. Todo ano, os continentes se deslocam alguns centímetros em sentidos opostos, e não param de se deslocar. A velocidade de separação, varia de placa para placa: a cada ano, calcula-se que a América do Sul afasta-se 3 cm do continente africano, enquanto há placas que, afastam-se cerca de meio centímetro por ano. A ciência diz que a velocidade de separação pode atingir no máximo, um movimento de 15 centímetros por ano, em algumas. Como se sabe hoje que elas se movem, acredita-se que no passado todas essas placas eram juntas e formavam um único continente. Mas, como se explica os fatos dessas placas se movimentarem? Para a interpretação uniformitarista do evolucionismo, este movimento da crosta terrestre tem velocidade contínua, e teria levado milhões de anos para que os continentes se separassem. O criacionismo porém, não aceita que a velocidade tenha sido a mesma por tanto tempo. Só o fato de as placas terem um movimento de distanciamento variado, é uma evidência de que a velocidade de separação não é constante. Por que motivo, a velocidade do deslocamento (deriva) continental seria constante por 200 milhões de anos? O que faria com que esta velocidade não se alterasse, nem diminuísse, mas permanecesse com a mesma velocidade por tantos milhões de anos? Tem se observado que o movimento dessas placas tem diminuído, que elas estão em processo de desaceleração, a velocidade vem decrescendo lentamente, o que contraria a explicação uniformitarista evolucionista. Para a interpretação catastrófica criacionista, a velocidade da separação destas placas teria sido muito maior no passado, vindo a diminuir com o tempo, como se pode observar. O que teria dado o movimento inicial a estas placas, para a separação continental, senão uma catástrofe? O fato destas placas ainda estarem em movimento, indica que a catástrofe que deu origem a este movimento e à separação continental foi recente. Quando as águas subterrâneas começaram a jorrar, a pressão das águas teria rachado a crosta e a partido em várias placas continentais, que começaram a se separar.

Teoria das Hidroplacas A teoria das hidroplacas tenta explicar de onde teria vindo a força que deu origem ao movimento de separação das placas continentais, e, consequentemente, a formação dos continentes e das cadeias de montanhas. 
Durante o Dilúvio a crosta se abriu em fendas que fizeram jorrar a água subterrânea. Por causa da pressão, a água jorrou a quilômetros de altura, por todo o planeta. Nas áreas polares, a água caiu em forma de gelo juntamente com gás carbônico nessa forma, capazes de congelar instantaneamente. A lama foi responsável pelo soterramento e fossilização da maioria das criaturas que hoje encontramos nos fósseis. Com a água subterrânea jorrando, ocorreu o deslocamento das massas de Terra sobre essa água, separando os continentes. A deriva continental deve ter se iniciado no momento da abertura das fontes, e durou cerca de 150 dias. Como a chuva parou no dia 40, é fácil compreender que a água encobriu todos os montes, enquanto ainda ocorria a formação das maiores montanhas. Também ocorreu uma acomodação do fundo dos oceanos, com seu rebaixamento e a formação dos abismos oceânicos, e evaporação da água. Esses fenômenos contribuíram para que todos os montes pré-diluvianos fossem encobertos pelas águas, e depois foi que as novas montanhas, mais altas que as anteriores, se formaram, enquanto a água se evaporava e se acomodava no fundo do oceano. A acomodação dos continentes ocorre até hoje com os terremotos e vulcanismo. Logo após o Dilúvio deve ter ocorrido o que hoje chamamos de Era Glacial, durando cerca de 300 anos, por evaporação da água e conseqüente perda do calor ambiental, dentre outros motivos. As evidências geológicas são interpretadas atualmente através de uma pré-concepção de uma Terra antiga e não catastrófica, enquanto antigamente elas eram interpretadas através de uma idéia de Terra jovem e catastrófica. A própria Teoria das Hidroplacas explica grande parte de tais evidências, que apóiam um processo rápido, não necessariamente dirigido diretamente por alguma inteligência. A aparência das camadas pode ser explicada pelo processo de liquefação, na qual o movimento contínuo e turbulento das águas causa a deposição ordenada dos sedimentos em alguns dias. Algumas evidências que apóiam um processo rápido são a formação oblíqua de certas camadas, a sobreposição (em que camadas mais “velhas” estão sobre as mais “jovens”) e a aparente ondulação em alguns extratos, impossíveis de se conseguir através de uma deposição lenta. Duas evidências paleontológicas são a presença de espículas de esponja marinha em sedimentos de 14 milhões de anos no interior dos EUA, e fósseis de árvores que atravessam várias camadas de milhões de anos. Talvez a diminuição do volume das águas subterrâneas tenha feito o movimento das placas diminuírem, e causado a desaceleração quando as fontes subterrâneas pararam de jorrar. Os continentes, ao se moverem, geraram oceanos mais profundos. Com a separação da Pangéia, dera a formação dos continentes e das grandes cadeias de montanhas. Os continentes são menores que a área da Pangéia inicial (porém são mais altos que a área da Pangéia). Quando os topos das montanhas começaram a aparecer, eram os continentes sendo formados: devido à diminuição da quantidade de água nas fontes subterrâneas, a velocidade também foi diminuindo, e conforme houve a desaceleração, o litoral dos continentes se encavalou, formando as altas montanhas.  MAIS DETALHES SOBRE A TEORIA DAS HIDROPLACAS (nos vídeos, uma excelente explicação do Dr. Adauto Lourenço): http://br.youtube.com/watch?v=7lJ7B1EBmjA http://br.youtube.com/watch?v=v6dM4l8UgiY&feature=related 

O que seriam as “Águas Acima do Firmamento” no período antediluviano? Entre os criacionistas, foi muito defendida, pelo menos no passado, a idéia de que as águas do dilúvio foram causadas por uma enorme quantidade de água colocada acima do firmamento, uma espécie de abóbada ou cobertura de água em estado de vapor, que teria sido responsável por causar uma uniformidade no clima do planeta e contribuiria para os períodos de vida mais longos, a longevidade antediluviana. 
Esta ficou conhecida como “Teoria do dossel ou da camada de vapor”. Por mais de trinta anos, o Institute Research For Creation foi o maior defensor desta teoria. Apesar de uma boa e excelente tentativa de defesa a favor desta teoria recentemente, de Dillow Morris no livro “As águas Acima”, a teoria foi abandonada por praticamente todos os criacionistas acadêmicos e não-acadêmicos, pois sabemos hoje que tanto biblicamente, quanto cientificamente, ela enfrenta problemas que a impossibilitam. Até mesmo os que acreditam em sua possibilidade, estão cientes de seus problemas. Entre as camadas da atmosfera (troposfera, estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera) este vapor estaria situado na troposfera, a camada onde vivemos e que abrange até cerca de 15 km acima da superfície. Acima da troposfera, na estratosfera e camadas superiores, a quantidade de oxigênio é bem pequena e praticamente não existe umidade. Justamente por isso não há nuvens na estratosfera, e a camada de vapor teria de estar localizada abaixo dela, um pouco acima das nuvens. A teoria se baseia na afirmação bíblica de que Deus separou águas SOBRE o firmamento (a expansão atmosférica) e as águas ABAIXO do firmamento (águas na superfície terrestre): Gênesis 1:6, 7. — “Fez Deus o firmamento, e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas (hebr.Mayim) sobre o firmamento (hebr. Raqiya). E Deus chamou ao firmamento Céus (hebr. Shamayim)”...

• Entretanto, estas águas SOBRE o firmamento seriam apenas as águas acumuladas nas nuvens, não uma referência a alguma camada de água específica que haveria antes do dilúvio. 
O que levou muitos a simpatizarem esta teoria, foi a idéia de que ela pudesse fornecer explicações para a longevidade (longa vida) antediluviana e para a origem das águas do dilúvio. Mas esta teoria não explica a longevidade antediluviana, nem explica de onde veio a água do dilúvio, porque a maior parte da água veio do subterrâneo. Como se não bastasse, esta teoria enfrenta problemas científicos e também bíblicos (com as próprias escrituras), como veremos. Vamos tratar primeiramente dos problemas teológicos, e depois científicos, da teoria do dossel ou camada de vapor. 

Problemas teológicos com a teoria do dossel 
• A palavra usada para águas é o termo hebraico “Mayim”. Esta é uma palavra que descreve água líquida, e não em estado de vapor. Se a água em Gênesis 1:6-8 fosse água em estado de vapor, névoa ou gelo (como alguns propõem), outras palavras hebraicas teriam sido mais apropriadas. Embora o hebraico antigo tenha outras palavras usadas para nuvens, é preciso lembrar que o termo nuvem é apenas a expressão para designar aquilo que seriam estas águas sob o firmamento. Na passagem em questão, o hebraico “mayim” apenas descreve as águas na expansão atmosférica, sem usar o termo nuvens (assim como descreve no mesmo verso, as águas abaixo do firmamento, - sem usar os termos específicos, “rios” e “mares”). Isto tem servido para que se sustente a idéia de que seria uma camada de vapor. No hebraico existem outros termos hebraicos para descrever um teto, uma cobertura ou algo sólido, como “sukkah” (Sl 18:11/ 2º Sm 22:12); “chuppah” (Is 4:5) e “shapur” (Jr 43:10). Se as águas SOBRE o firmamento se referissem a um dossel, por que nenhuma das palavras hebraicas que significam literalmente cobertura ou teto não foram usadas? 

• A palavra usada para Céu (ou Céus) em Gênesis é "Shamayim" (Shamaim), e é usada para descrever o céu (espaço sideral), algumas vezes, a atmosfera, e o lugar onde Deus mora. Decomposta, forma a expressão sha + mayim (lá tem + águas), sendo uma referência às águas na expansão atmosférica, sob o firmamento.

• Para firmamento, é usado o hebraico "Raqyia". Raqiya é usada 9 vezes no primeiro capítulo de Gênesis. Normalmente significa "extensão" ou "firmamento". O sentido original é desconhecido. A palavra "Raqiya" vem da raiz hebraica "raqa", que significa "espalhar". Daí vem o sentido de 'expansão'. 
Nas quatro últimas vezes em que ocorre (Gen. 1:14-20), Raqiya é acompanhada pela expressão "dos céus", significando NO CONTEXTO, 'vastidão dos céus', atmosfera, espaço ou céu. (Isto se observa claramente numa breve leitura da passagem). Mas nas quatro primeiras vezes em que é usada (Gen. 1: 6,7) Raqiya NÃO aparece acompanhada pela expressão “dos céus”. Por isso alguns sugerem que em Gen.1:6, 7 Raqiya seria a crosta terrestre, - uma separação entre águas subterrâneas e águas da superfície. Mas vários argumentos são apresentados como refutação a esta interpretação:

• Deus deu o nome de ‘céus’ (Shamayim) ao firmamento. Se o firmamento raqia, em Gênesis 1:7, fosse a crosta terrestre, como se explica o fato de Deus ter chamado ao firmamento de ‘Céus’ no verso seguinte? – Seria mais óbvio que o chamasse de ‘terra’, superfície, ou qualquer outra expressão que indicasse a crosta terrestre, mas não chamá-lo de céus...

• Como o firmamento seria a crosta terrestre, se no verso nove a Terra continuou coberta de águas, e Deus ordena que as águas se ajuntem debaixo dos céus (Shamayim - nome dado ao firmamento) dando-lhes o nome de ‘mares’, sendo que só no dia seguinte aparecera a porção seca (crosta)?

• Outra observação feita em Gênesis 1:20, é que AS AVES VOARIAM NO FIRMAMENTO. Isto mostra que raqiya é a expansão, onde as aves voariam, não a superfície.
• Veja o Salmo 150.2 – "Louvai-o no firmamento (raqiya) do seu poder". OU seja: Louvai o Senhor NA EXTENSÃO do seu poder.

• Outro detalhe citado por estudiosos que favorece a interpretação de que as águas sob o firmamento fossem as nuvens, é que, após o dilúvio, quando Deus fez o pacto com Noé, o Senhor declarou que colocaria o arco nas nuvens, e as águas não mais se tornariam em dilúvio (Gen.9:15). O que isto quer dizer? - Que se Deus quisesse destruir novamente o mundo, ele não precisaria de nenhuma camada ou dossel de vapor, mas o faria apenas com as águas das nuvens e do subterrâneo. Mas não o faria por aquele pacto.

Isto contraria a teoria, que explica as águas do dossel como a razão do dilúvio.

• Na tradução latina da Vulgata, Jerônimo substituiu o hebraico raqia pelo latim “firmamentum”. Já na Septuaginta, foi traduzido pelo grego "Stereoma", em 19 de 20 passagens onde aparece no Antigo Testamento,] – inclusive, Gênesis 1:8. 
“Stereoma” significa suporte, estrutura firme e sólida. Mas tanto “firmamentum” como “stereoma” possuem sentido de expansão ou céus.


Problemas científicos com a teoria do dossel Muitos dos problemas mostrados aqui, são abordados no site criacionista inglês, “CreationScience”. Se houvesse uma camada de vapor sobre a troposfera, esta, ao invés de proporcionar solução para algumas questões, geraria problemas científicos tão graves, que impossibilitariam a vida sobre o planeta. E não há como defender cientificamente uma teoria que impossibilitaria a vida. 
Costuma-se dizer que a radiação do espaço exterior, provoca a diminuição da estimativa de vida. Mas isto não é algo cientificamente comprovado. Um teste realizado que poderia ter demonstrado que “a radiação solar reduz a longevidade” falhou. Ratos foram colocados em grutas blindadas, protegidas contra todo tipo de radiação; mas nem os ratos ou os seus descendentes viveram mais do que o comum.Estes ratos foram testados em ambientes que seriam uma reprodução do dossel, mas isto não fez com que estes ratos vivessem mais que os outros.

• Se a longevidade antediluviana fosse provocada pela suposta camada de vapor, ela deveria ter diminuído logo após Noé e seus filhos terem saído da arca, pois já não mais haveria tal camada para fazê-los viver tanto quanto antes. Mas vemos que a longevidade veio a decrescer lentamente após o dilúvio, e não imediatamente. 
Pensa-se que um dossel teria protegido as pessoas do processo de envelhecimento. Mas cientificamente falando, a diminuição da longevidade decresceu devido à deteriorização do material genético humano ao longo de gerações. Mesmo que ele desse à Terra um clima quente e uniforme, isto não seria a causa da longevidade antediluviana.

• Problema com a pressão atmosférica (o peso do ar). A atmosfera exerce pressão, isto é, força ou peso sobre uma superfície. Se houvesse uma cobertura de vapor ou de gelo, que tivesse pelo menos 12 metros de espessura, o peso desta camada teria o dobro da pressão atmosférica, isto é, o dobro do peso do ar; (por isso, os que defendem o dossel limitam a espessura desta camada para 12 metros - ou 40 pés); mas uma camada com apenas doze metros de espessura seria uma quantidade insuficiente de água para inundar o planeta; justamente por isso, é dito que esta teoria não explica de onde veio a água que inundou o planeta.

• Outro problema que também a torna impossível, é que um dossel na forma de vapor acima das nuvens, faria irradiar muito calor no planeta. A Terra atingiria uma temperatura de 122 graus Celsius; as pessoas, plantas e animais iriam absorver tanto calor que morreriam. Também, esta cobertura faria com que a luz do Sol e das estrelas fosse menor. Então pergunta-se como seria possível que muitas plantas tropicais, que necessitam de muita luz solar terem sobrevivido por séculos sobre um dossel? 
A cobertura de vapor (dossel) também causaria um outro problema muito conhecido: o problema do Efeito Estufa. A Terra seria como um vidro pelo qual o calor atravessa com facilidade, mas encontra dificuldade para sair, aumentando a temperatura em seu interior. Isto seria semelhante ao Aquecimento Global, e conforme a temperatura fosse aumentando, as águas dos oceanos, rios e mares iriam evaporar. Sem falar que, com elas evaporando, teríamos mais vapor na atmosfera (e quanto mais vapor, mais aumentaria o calor). Isto traria ainda outros problemas, pois o vapor com o tempo, certamente se misturaria com os gases da atmosfera, e com essa mistura, se desmancharia a camada de vapor, que na ocasião do dilúvio não mais existiria.

• Com a cobertura exposta à camada ultravioleta de Ozônio, a água do dossel iria absorver hidrogênio com o ozônio, e tornaria o oxigênio e o nitrogênio tóxico para animais e seres humanos. 
Outro problema científico com esta teoria, é que no momento do dilúvio, quando estas águas mudassem do estado de vapor para líquido, considerando se tivéssemos uma camada de 12 centímetros de espessura (uma quantidade insuficiente para chover 40 dias) isto levaria a temperatura de aprox. 450 °C, e todos morreriam queimados. 
— Mais detalhes, no site CreationScience (traduzido):
www.creationscience.com/onlinebook/FAQ33
www.creationscience.com/onlinebook/FAQ34
www.creationscience.com/onlinebook/FAQ36

→ Portanto, os argumentos para a teoria do dossel não sobrevivem quando analisados de perto, pois ela, além de conter problemas bíblicos, também contém problemas científicos associados à pressão atmosférica, calor, luz solar, suporte, condensação, efeito estufa e luz ultravioleta. 
Além de tudo isso, ela não explica a inundação, a longevidade antediluviana e nem as mudanças geológicas. Povos como os egípcios, gregos, romanos e outras culturas antigas possuem mitos sobre a existência de um dossel, mas não os judeus; logo, eles não entendiam “raqyia” como uma abóbada celeste. Como foi dito de início, não é possível sustentar uma teoria como “científica”, se ela estiver entrando em conflito com a própria ciência (como exemplo disso, já temos a evolução). 

Baraminologia é um modelo de classificação dos seres vivos, proposto pelo Dr. Frank L. Marsh. Ele propôs que deveríamos classificar os seres vivos de acordo com a sua capacidade de combinação genética, ou seja, os grupos que tem capacidade genética de cruzarem entre si pertenceriam à mesma espécie básica criada – ou baramin. Este princípio foi aceito por muitos criacionistas, pois acredita-se que as espécies originalmente criadas por Deus se diversificaram, e abrangem estes grupos (capazes de, geneticamente cruzarem entre-si). A baraminologia trabalha para classificar a vida de acordo com seus respectivos “tipos básicos”, as “Espécies originalmente Criadas” por Deus. O nome vem da junção dos termos hebraicos "bara" (que significa criar) + "miyn" (que significa tipos ou formas básicas). Na área da biologia, os tipos básicos também são chamados de Espécies Criadas, ou 'Espécies Ancestrais', no sentido de terem dado origem à diversidade atual. Na Biologia, são organismos que compartilham uma ascendência comum. A expressão foi tirada do Gênesis, que relata que na semana da criação, Deus criou muitos “tipos” de organismos. Eles também são referidos como "tipos", "espécies originais", "espécies do Gênesis", e mais formalmente por cientistas, como "tipos básicos das espécies" – ou "baramin". Em contraste com o princípio evolucionário de ascendência totalmente comum (todas as espécies e seres teriam vindo de um mesmo ancestral), biólogos criacionistas defendem que toda a vida na Terra não está relacionada com uma única célula, - mas que a vida foi criada em um número finito de diversas formas, que posteriormente sofreram especiação (isolamento reprodutivo) e maciça mudança genética ao longo de milhares de gerações. Apesar de diversos organismos compartilharem de ascendência comum na biologia criacionista, não trata-se de evolução das espécies, mas dum processo de diversificação dos tipos ou formas básicas criados originalmente. Enquanto na biologia evolucionista os seres vivos compartilham duma ascendência completamente comum (todos os seres vivos descendem de um mesmo microorganismo que teria surgido por geração espontânea), na biologia criacionista, diversas formas diferentes, criadas originalmente, compartilham de uma ascendência comum (isto é, apenas algumas formas específicas de vida, geralmente equivalente a famílias ou gêneros, compartilham de um mesmo ancestral comum). Devido a isto, é importante não se confundir as espécies criadas (baramin) com o que hoje se classifica como espécie. A espécie básica criada (baramin) é considerada freqüentemente comparável ao nível de “famílias”, na hierarquia taxonômica, pelo menos em mamíferos - com a notável exceção da humanidade. Em alguns casos, como a humanidade, as espécies criadas (baramins) coincidem com espécies ou gênero (o gênero homo). Em outros casos, tais como os Felídeos, podem ser equivalentes ao nível Famílias de classificação.
Embora animais como a raposa e o coiote podem ser considerados como espécies diferentes (taxonômicas) na biologia, eles ainda são a mesma "espécie" (tipo básico ou baramin) de animal. A maioria das controvérsias quanto aos “Tipos básicos” (baramin) gira em torno do limites entre espécies - a posição em que as espécies não são associadas. Determinar com precisão o perímetro entre as espécies originais não é tarefa fácil, porque ele é, na sua essência, um projeto histórico, em que a prova é estritamente limitada pela evidência disponível hoje. Na ausência da capacidade de observar diretamente a vida na sua forma original, a classificação das espécies geralmente gira em torno da compatibilidade reprodutiva – isto é, espécies ancestrais são geralmente vistas como tendo ascendência comum se forem reprodutivamente compatíveis. A classificação é mais difícil quando a compatibilidade reprodutiva é parcial, como no caso da mula, um híbrido do cavalo e do burro, que, embora seja viável, não é fértil. Para compreender "a verdadeira" história biomodificacional (microevolutiva) da vida na Terra, seria importante identificar quais foram os organismos criados no início por Deus. Deus criou toda a vida, entretanto, não sabemos o quanto os animais podem ter mudado após a criação. Não podemos identificar nenhum fóssil como sendo uma forma individual criada originalmente. Os únicos fósseis que temos são de animais que viveram mais de mil anos após a criação. Não sabemos como eram as formas originalmente criadas. — Mais informações sobre BARAMINOLOGIA, veja no PORTAL BIOLOGIA.

Estude a primeira parte AQUI, a segunda, AQUI  e a quarta parte deste estudo AQUI!

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