quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sobre a Origem do Universo

“No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1). Que o Deus trino Pai, Jesus e Espírito são os Criadores, eu não tenho a menor dúvida. Porém, dizer que Eles criaram o universo implica em algo ilógico – Deus passou um tempo infinito sem céu para habitar, ou seja, Deus e o nada co-existiram infinitamente! Nesse período incontável de anos o Senhor Jesus não poderia afirmar: “Pai nosso que estás nos céus” (Mateus 6:9) e nem “na casa de meu Pai há muitos quartos” (João 14:2)!

A partir daí a investigação humana se torna ainda mais difícil: dizer que o Senhor e o nada existiram por um tempo infinito é o mesmo que dizer que Deus não era onipresente, pois não havia aonde ir nem estar! Ele não era onisciente, pois não existia nada para saber e perscrutar além dEles Três! Por fim, Deus não era onipotente posto que nada criava e nada fazia por infinitos anos!

É óbvio que o erro está nesta investigação. Eu não creio que meu Senhor Jesus, por exemplo, fosse equivalente ao nada, ao vazio em algum momento de Sua existência eterna!

O erro possivelmente está no fato de nossa Matemática não conseguir explicar o que havia antes de ela ser criada por Deus. Entendemos palidamente o universo até aproximadamente 13 bilhões de anos atrás (segundo os astrônomos)! Essa seria a idade dele. Mas, é impossível usarmos mossa Matemática no tempo anterior a esse, pois, como vimos, os resultados são contraditórios ou simplesmente não os conseguimos! Tudo fica truncado!

Outra hipótese seria Deus e o universo co-existem infinitamente. Essa parece melhor e menos difícil de ser entendida. Mas, só parece! Podemos não investigar o fato de Deus não ter origem (Ele é “Pai da eternidade”, Isaías 9:6; o grande e único “Eu Sou o Que Sou”, Êxodo 3:14). Entretanto, como um local poderia ter a mesma idade que Deus?

Tentando diminuir essa complexidade poderíamos aumentá-la se pensássemos “o universo é uma parte de Deus”!  Mas, como assim “uma parte”? Seria uma parte física ou uma parte da mente do Senhor? É bem verdade que esta tentativa de desvendar o passado resolve o problema da ausência da onipotência divina, porém gera outros problemas insolúveis para nossa Bíblia e nossa Matemática!!!

Se pudéssemos voltar no tempo por meio de uma máquina, certamente só poderíamos voltar até o dia da construção dela ou um pouco mais adiante, mas ainda assim, não poderíamos retroceder para antes da construção desta super-máquina, a despeito dos teóricos! Bem assim é com esse assunto sobre a origem do universo – não conseguimos entender porque Deus ainda não nos deu uma ferramenta que possamos usar para investigar todas as partes da infinita linha do tempo; na verdade Deus é o tempo.

E, ao que parece, Deus não tem em mente dar essa ferramenta aqui na Terra, antes de Seu retorno para buscar Seus filhinhos fiéis. Quando alguns perguntaram a Cristo sobre o tempo da restauração do reino de Israel, Sua resposta firme e que não deixou dúvidas até hoje foi: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade” (Atos 1:7)! O Pai decide sobre quando está na hora de Seus filhos saberem mais do passado e do futuro. O presente é-nos dado para o aproveitarmos. Se desperdiçarmos essa dádiva do Tempo, como almejar saber mais sobre outras épocas?! É incoerente.

Vou ficar, então, com o sábio conselho de Moisés, a despeito de minha precoce sede por esse assunto: “As coisas encobertas pertencem a JAVÉ, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei” (Deuteronômio 29:29).

Lhe aconselho, caro leitor, a fazer o mesmo. Vamos ter sede pelo que nos foi revelado para sermos achados dignos de novas descobertas fantásticas, possivelmente lá na própria habitação de Deus (nos “céus” que contêm a casa do Pai!) e aqui mesmo, no futuro período conhecido por “novo céu e nova terra” (Apocalipse 21:1)!

“Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hebreus 11:3). Ou seja, possivelmente o universo tem começo e sua idade pode ser medida em quantidade de dias: “e sejam tão numerosos como os dias do céu acima da terra” (Deuteronômio 11:21), caso esse texto se refira aos céus siderais em vez do céu atmosférico.
                                                                                                                               
                                                                                                                               por Hendrickson Rogers

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