quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O pecado eterno e a procedência do Juiz durante o juízo pré-advento


Natureza carnal versus pecado acariciado, Fé viva versus ausência das obras O pecador que está no processo de salvação não deve se desanimar ao perceber a insistência de sua natureza pecaminosa, pois ela sobreviverá até o fim do julgamento e o retorno libertador do Senhor (I Co 15:50-58). É claro que o filho de Deus não confunde essa sobrevivência teimosa da carne com mornidão espiritual (Ap 3:16) ou secularização (Rm 13:12-14 e I Jo 2:15-17)! A permanência da natureza caída em alguém que é “nova criatura” (II Co 5:17)  não impede a produção do fruto do Senhor Espírito no caráter (Gl 5:16, 22-25). Não quero dizer com isto que as boas obras de uma pessoa são sua garantia de salvação; a Bíblia afirma que Lúcifer foi perfeito (suas obras eram perfeitas) até escolher ser imperfeito (Ez 28:15). O acerto de hoje não é tudo, portanto. Só o amor de Deus é garantia de salvação, mais especificamente a presença do Espírito Santo na alma (Ef 1:13 e 14). Contudo, crer nisto, somente, não vale de nada! A fé não existe sem as boas obras. O bom caráter não existe sem o reto estilo de vida. “Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente. Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2:14, 24 e 26). “Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou JAVÉ” (Lv 18:5). Fé na Bíblia é sinônimo de obediência a Deus; não tem nada que ver com o assentimento intelectual improdutivo, como se percebe nas práticas religiosas hodiernas, seja aqui no ocidente ou lá no outro lado do mundo! Esse costume se manifesta, por exemplo, em ir à igreja (inclusive às quartas-feiras) e só. Em datar para o futuro mudanças que já deveriam ter ocorrido, pois Deus não é fraco! Em colocar na mente que aqueles que advertem e apelam para reformas no estilo de vida estão querendo obrigar os outros a pensar e agir como eles mesmos. Em falar mais sobre o amor (pseudo-amor) ao próximo ignorando-se outros mandamentos de Deus! Enfim, o tempo não é um aliado dos religiosos acomodados com anos e anos de igreja, mas que produziram pouca ou nenhuma mudança duradoura e visível! 

Lembremo-nos do fracasso do povo judeu: “Portanto eu lhes digo que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino” (Mt 21:43, NVI). Os salvos são inimigos da serpente e nunca simpatizantes dela e das suas obras (Gn 3:15 e I Jo 2:15-17) e o comportamento deles evidencia isto! Portanto, ter medo do julgamento deve ser um alerta para uma mudança imediata e radical no descompromisso ou hipocrisia para com Deus e uma enorme oportunidade para a investigação das Escrituras (Ap 18:4 e II Tm 2:15). O Espírito não abandonará nenhuma alma que luta contra o pecado (Sl 51:11 e 17). Se o meu nome foi (ou for) riscado do Livro da Vida em algum momento entre 22 de outubro de 1844 até a volta de Jesus, biblicamente este não será o motivo para a retirada do Senhor Espírito de minha alma. Porém, a recíproca é verdadeira – o Espírito irá retirar-se de alguém por causa de sua teimosia. Logo, esse alguém será riscado do Livro para sempre (confira a história do riscado rei Saul em I Sm 16:14-23 e 31:1-6 e compare-a com a do salvo Sansão descrita anteriormente!), pois completou ou cometeu o “pecado eterno” (Mc 3:29). Nunca ocorre a situação em que Jesus pede para o divino Espírito sair de alguém por Ele riscar o nome desse indivíduo. Obviamente, por uma questão de organização e planejamento divinos (At 17:31) o apagar o nome (Ap 3:5) pode acontecer antes da saída do Espírito Santo da vida do pecador impenitente, e isto de 22 de outubro de 1844 pra cá; e isto só reforça a honestidade de Deus, pois Suas criaturas assistirão (em alguma(s) das 4 etapas do Juízo de Deus) o momento aterrador e irreversível quando a alma rejeita decididamente o penhor de sua salvação (Ef 1:14 e 15). O Juiz apenas antevê essa decisão, não a toma pelo réu! Já que mencionei a organização da Trindade também no assunto julgamento dos pecadores, permita-me fazer-lhe pensar sobre e enxergar na Bíblia dois raciocínios decorrentes desse planejamento divino no juízo:

   1)   Deus não divulga a ocorrência da saída do Espírito Santo da alma ou o momento do pecado contra o Espírito Santo, senão no ato do juízo, o qual começou a 167 anos atrás! Vou explicar: Saul completou este pecado logo após desobedecer à ordem divina em I Sm 15. Sim, uso o verbo completar para descrever a conduta ímpia do rei Saul com relação a voz de JAVÉ por meio do profeta Samuel. O pecado contra o Senhor Espírito não é um ato, mas um conjunto deles (por favor, leia “O que é o Pecado Contra o Espírito Santo” e “O Perigo de Retornar ao Pecado”). Como ilustração, comparo o processo desse pecado com o processo de enchimento da ira divina: “lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira” (Ap 16:19). “Na mão do Senhor está um cálice cheio de vinho espumante e misturado; ele o derrama, e todos os ímpios da terra o bebem até a última gota” (Sl 75:8, NVI); “também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira” (Ap 14:10). Inclusive Jesus bebeu deste terrível cálice que representa a ação divina contra o pecado e o mal (Jo 18:11)! Quando a última gota que faltava para completar a taça da ira divina pinga dentro dela, então o “cálice cheio” é derramado sobre o pecador responsável por insistir em enchê-lo com seus pecados desafiadores! O Senhor Jesus bebeu deste cálice, recebeu “a cólera de Deus” no lugar do pecador salvo, que está no processo de transformação do caráter. Bem assim é com o processo pecaminoso de rejeição ao Espírito de Deus. Jesus, como Homem, sofreu a saída do Seu Companheiro de Divindade (Mt 27:46) no lugar do pecador redimido! Porém, o pecador teimoso expulsa Deus de sua vida paulatina ou rapidamente até completar esse diabólico processo (veja que, além de o Diabo está envolvido diretamente no pecado contra o Deus Espírito, ele também não possui nada da Divindade dentro de si, cf. Jo 14:30). Com Saul, aparentemente, o cálice se encheu rapidamente. Já o de Sansão não chegou a última gota! Somos diferentes, temos oportunidades diferentes e, se fazemos escolhas distintas, por certo que nossas taças serão diferentemente preenchidas ou uma será completamente preenchida e a outra não! Não é o Senhor Espírito quem decide, mas cada um de nós! “E o Espírito de JAVÉ se retirou de Saul” (I Sm 16:14, Almeida Corrigida e Revisada Fiel).  Note, no entanto, que Deus não espalhou essa notícia, nem entregou o perdido Saul a Satanás; Ele nem mesmo o abandonou (cf. I Sm 16:15-23)! Antes, por meio de Davi, o protegia de “um espírito maligno” que o atormentava (para entender a expressão bíblica “um espírito maligno enviado de Deus”, por favor, leia “A Crise de Raiva do Rei Saul e a Profecia de Micaías”). Ou seja, mesmo o pecador perdido, sem chances de salvação ainda assim recebe de JAVÉ, os Três, assistência e certa proteção contra Satanás! Deus é misericordioso incondicionalmente. Ele não só ama os que O amam (Mt 5:23-28).

   2)  Alguns nomes riscados ao cometerem o “pecado eterno” e outros antes “Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno” (Mc 3:29). “Então, disse JAVÉ a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim” (Êx 32:33). Nestes dois importantes textos, Jesus é Aquele que está falando (Jo 8:58)! E Ele afirma sem dar margem para dúvidas que a alma perde eternamente a chance de salvação ao completar o pecado contra o Senhor Espírito e tem seu nome automaticamente riscado do Seu Livro, “o Livro da Vida do Cordeiro” (Ap 13:8). Com isto podemos afirmar que Saul, por exemplo, teve seu nome apagado do Livro da Vida em I Sm 16:14, pois naquele momento “o Espírito de JAVÉ se retirou de Saul”. A Bíblia não menciona em nenhum lugar (pelo menos até hoje não encontrei) a possibilidade de o Espírito de Deus se retirar de alguém antes do “pecado eterno”. Por outro lado, uma vez que o julgamento divino teve data para começar (Jó 24:1 e At 17:31) e terá data para terminar (At 1:7 e Ap 22:11), há uma implicação lógica singular aqui: alguns pecadores impenitentes terão seus nomes riscados antes mesmo de cometerem o pecado contra o Espírito Santo! Isto não é difícil de entender pelo seguinte: ao Jesus começar a julgar em 22/10/1844 A.D., Ele começou por um nome, possivelmente Adão, “porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada” (I Pe 4:17) e Adão foi o primeiro membro da “casa de Deus” no sentido de ter professado possuir “aliança” com Deus, cf. Os 6:7. De Adão Jesus passou a Eva depois a Caim (ele ofereceu sacrifícios, lembra-se?), Abel, Sete, etc. Não é difícil para os assistentes judiciários do Santuário celestial reconhecerem a justiça e a misericórdia divinas no trato com todos esses professos filhos de Deus. Alguns deles até já sabem o veredito de Jesus antes mesmo de ser pronunciado sobre esses pecadores mortos, pelo fato de terem acompanhado muito da vida deles (I Pe 1:12)! 

Alguns assistentes com sua poderosa memória angelical se lembram de quando o Senhor Espírito se retirou de alguns falsos filhos de Deus, como Saul, fazendo com que JAVÉ riscasse imediatamente seus nomes de Seu Livro! Contudo, outros assistentes divinos precisaram observar atentamente o julgamento efetuado por Cristo, em Seu tribunal, até o momento da sentença, para confirmarem (Sl 19:9) a honestidade do Juiz e Seu amor incondicional por cada alma. (Nota: o ato de Deus “retirar”, “riscar” ou “apagar” um nome de Seu Livro não implica que o pecador condenado em questão não será julgado novamente no juízo pré-advento! At 17:31 e Sl 75:2 Nova Bíblia Viva). Avançando na lista de nomes, naturalmente Jesus chegará naqueles cujos donos estarão vivos ainda! E agora? Se o Juiz esperasse até a saída do Espírito Santo desses pecadores vivos ou até a morte deles, nunca haveria o retorno de Jesus a Terra, você percebe? Sempre haverá bebês nascendo e a Bíblia não menciona nenhuma pandemia de esterilização no tempo do fim! 

Consequentemente, o Supremo Juiz decidirá o caso dos vivos assim: tanto os que serão salvos quanto os teimosos, possivelmente, Ele revelará aos assistentes do tribunal o futuro e os frutos antes incubados, mas agora manifestos pela onisciência divina (Jó 34:23 e Jo 6:64). Os salvos serão selados (Ez 9:4, Ef 4:30, Ap 7:3 e 22:11) e os ímpios não serão selados pelo Espírito, embora Ele ainda deva trabalhar neles e por eles até que confirmem a predição do Juiz, cometendo (ou completando) o “pecado eterno”! Isto não é predeterminação ou predestinação divina, mas organização e honestidade em Seu julgamento já que Sua onisciência não altera o futuro, embora o conheça perfeitamente e o revele para aqueles a quem Ele desejar (Am 3:7), e,  além de tudo isso, Ele deu tempo suficiente para todos os seres humanos escolherem seu destino, deu tempo para Satanás e seus anjos revelarem completamente seus caracteres e possui um “dia e hora” marcados para retornar a Terra e resgatar Seus servos fiéis! (Mt 24:36) Certamente os funcionários do Santuário assim louvam desde o início do Julgamento: “A sua justiça é firme como as montanhas, e as suas decisões são sábias e profundas como o grande mar. JAVÉ protege a vida tanto dos homens quanto dos animais” (Sl 36:6, Nova Bíblia Viva). Mas, em breve, quando tudo o que os olhos do Todo-poderoso Juiz anteciparam se cumprir exatamente como Ele revelara, creio que Seus assistentes seu unirão aos salvos e cantarão: “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos” (Ap 15:3,4). Hendrickson Rogers
    

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