sábado, 31 de agosto de 2013

Aumentam os casos de cânceres de cabeça e pescoço (HPV) em homens. Causa: sexo oral.

O enorme aumento no número de casos de cânceres de cabeça e pescoço ligados ao HPV ao longo de duas décadas está mostrando o risco dessa infecção sexualmente contraída por um novo grupo: os homens. Uma nova pesquisa mostra que entre 1988 e 2004, o câncer de cabeça, pescoço e garganta relacionados ao HPV aumentaram em 225%, um índice alarmante. Dentro da próxima década a incidência desses cânceres – quase sempre contraídos como resultado de sexo oral – irá superar o câncer do colo do útero, e a maior parte dos casos será em homens. Mesmo assim, o HPV é muitas vezes deixado de lado nas discussões públicas – assim como a vacina que pode preveni-lo. Quando a vacina contra o HPV entra em pauta, normalmente ela é focada em jovens mulheres e no câncer cervical. Mas o HPV também causa câncer orofaríngeo e anal, fato poucas vezes divulgado pelas organizações médicas, governos e acadêmicos, que preferem não entrar em qualquer debate sobre práticas sexuais. O fato é que também deveria haver campanhas para vacinação em homens. Os diagnósticos de câncer de cabeça e pescoço decorrentes de exposição sexual têm aparecido em pessoas cada vez mais jovens – até recentemente ele só atingia pessoas na faixa dos 60 anos associado ao fumo e bebida. Estatísticas dos EUA mostraram que cerca de 90% dos homens e mulheres entrevistados praticaram sexo oral com um parceiro do sexo oposto. 36% de mulheres e 44% dos homens fizeram sexo anal. Estatísticas como essa, aliadas as conclusões do novo estudo sobre as taxas de câncer de cabeça e pescoço, mostram que uma recomendação mais ampla de vacina contra o HPV é urgente.

Fonte: Hypescience.

Nota: Infelizmente, como admite o texto acima, “organizações médicas, governos e acadêmicos [...] preferem não entrar em qualquer debate sobre práticas sexuais”. É exatamente por isso que estamos sofrendo uma verdadeira epidemia de doenças sexualmente transmitidas (DSTs). Fala-se em “sexo seguro”, mas a verdade é que a promiscuidade joga as pessoas numa verdadeira roleta-russa – e elas acham que a fina proteção de látex (camisinha) as protegerá de tudo (o HPV, por exemplo, pode ser transmitido pelo contato da pele das partes íntimas, como a virilha, mesmo que não haja penetração). Curiosamente, a abstinência antes do casamento e a fidelidade conjugal nunca passam pela cabeça das autoridades como meio mais seguro de se evitar as DSTs e outras “dores de cabeça” decorrentes do sexo promíscuo. Para os que concordam com o sexo oral e se mantêm abstinentes, o HPV não será problema. Mas existem outros problemas, como os relatos a seguir deixam bem evidentes:

Menina sexualmente ativa durante o ensino médio. Não tinha sintomas de DST e nunca fez exames. Anos depois, encontrou o homem dos sonhos dela. Se casaram, mas não puderam ter filhos. Ela tinha Doença Inflamatória Pélvica (DIP) causada por clamídia.

Rapaz perdeu a virgindade aos 15 anos com uma garota a quem pensava amar. Dez anos mais tarde, ele aprendeu o que é o verdadeiro amor ao encontrar a mulher de sua vida e se casar com ela. Ela se casou virgem. Após vários anos de casados, a esposa descobriu que estava com câncer de colo do útero, provavelmente causado pelo HPV que o marido lhe havia transmitido sem saber. Embora ela tenha escolhido esperar, foi forçada a pagar um alto preço porque ele não esperou.

Mais uma vez fica evidente que o único sexo verdadeiramente seguro é aquele praticado na relação matrimonial monogâmica e heterossexual. (Michelson Borges)

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