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domingo, 3 de janeiro de 2016

Cristã relata como foi ser sequestrada pelo Boko Haram!

Quando os terroristas do Boko Haram invadiram a cidade de Gwoza, no estado de Borno – isso em junho de 2014 – uma jovem de 22 anos foi separada de seu pai e foi sequestrada, sendo forçada a se casar com um dos soldados.
Pela primeira vez a Mercy, nome fictício da jovem, falou sobre o que aconteceu no dia que os extremistas a levaram para o cativeiro.
“Todo mundo na cidade correu para se salvar. Meu pai e eu fomos separados. Eu não sei o que aconteceu com ele. Eu acho que ele morreu da mesma maneira que muitos outros morreram, porque eles se recusaram a negar a Cristo. Eu e outras quatro mulheres fomos levadas sob ameaças de espancamento, caso não obedecêssemos às ordens”, relata.
Mercy ficou cinco semanas sob domínio dos extremistas, sendo obrigada a assistir vários assassinatos e sendo submetida às exigências dos seus captores para seguir ao Islã.
Muitas mulheres, com medo, aceitaram se tornar muçulmanas. “Meu primeiro dia foi um inferno, eu chorava muito, mas também orava pedindo a Deus para me dar coragem. Fomos interrogadas, eles nos convidaram a nos tornar muçulmanas. As mulheres aceitaram imediatamente e se casaram com membros do Boko Haram”, disse Mercy.
Mas ela não queria negar a Cristo e por isso foi espancada. “Eu implorei dizendo ser cristã, então apanhei muito e me forçaram a casar com um deles. Participei de ensinamentos islâmicos e orações. Também fui torturada. Vi muitos cristãos sendo mortos, mas não negaram a sua fé.”
Apesar de todo o sofrimento, Mercy permaneceu firme em sua fé e pode ver o cumprimento de diversas mensagens bíblicas. “Graças a Deus fui resgatada após uma campanha do governo e mesmo vivendo entre ruínas agora, sou grata a Jesus porque estar viva e livre”, completa.
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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Protesto contra restrição à minissaia

Servidoras da Câmara dos Deputados cobriram a cabeça e o rosto com lenços que simbolizavam burcas para protestar contra uma medida em discussão na Casa que proíbe que mulheres transitem pelo local vestindo minissaias, transparências, blusas decotadas e até sandálias. O ato, organizado por movimentos sociais, reuniu dezenas de servidoras, no final da manhã desta quarta-feira, 9. Com cartazes nos quais que se lia “#MaisÉtica #MenosEstética”, elas gritavam: “Cuide do seu decoro, eu cuido do meu decote.” “Isso é um absurdo. É inconstitucional. É conservadorismo, atraso social e cultural”, disse Vanda Trigueiro, assessora da liderança do PT e servidora da Casa há 20 anos. Para uma das organizadoras da manifestação, a assistente social Yvone Duarte, do Movimento pelo Estado Laico, as restrições ferem a autonomia das mulheres. “Tem coisas muito mais importantes para andar no Congresso Nacional. Este assunto é secundário”, disse Yvone.

Fonte: Isto É.

Nota: Deveria ser preservado todo tipo de decoro, na Câmara e em qualquer lugar. O lema deveria ser “Mais ética, menos indecência e exposição indevida”. É uma falsa lógica a apresentada pelas manifestantes: há coisas mais importantes para serem tratadas no Congresso, por isso o assunto das minissaias e dos decotes não deve ser tratado. Uma coisa não exclui a outra. Homens devem respeitar ali certo protocolo no que diz respeito ao vestuário, e isso é correto, em se tranado de uma casa de leis. Por que, então, as mulheres que transitam por ali não deveriam também se submeter a regras? E isso que a questão nem diz respeito à diversidade, mas, sim, ao decoro mesmo. Qual o objetivo de exibir seios e pernas naquele ambiente? Isso é conquista? Isso é liberdade feminina? Outra coisa: creio que pegou muito mal utilizar elementos da cultura islâmica para protestar contra a medida em discussão na Câmara. Aliás, a mulher ocidental poderia aprender alguma coisa com a mulher islâmica (sem levar em conta, evidentemente, aspectos machistas relacionados com aquela cultura). Certa vez, li um artigo de uma jornalista brasileira admirada com o aumento das vendas de lingerie do Brasil para países islâmicos. E ela foi investigar a situação. Conversou com algumas mulheres muçulmanas e ficou impressionada com a explicação. “Por que vocês, mulheres muçulmanas que se vestem com tanto decoro, estão comprando lingeries do Brasil, conhecidas pela sensualidade?” “Simples”, disseram as muçulmanas, “nós compramos esse tipo de lingerie para mostrar aos nossos maridos. E os outros homens não têm nada a ver com isso.” Nossa democracia realmente tem muito o que aprender... (Michelson Borges)

sábado, 28 de março de 2015

#ProjetoFrases no Facebook (Fevereiro e Março)

12/2/2015 "Na tua cidade o que conta é a tua reputação; nas outras, as tuas roupas." (Pensamento judaico)

13/2/2015 "Assim como a OBEDIÊNCIA é o compêndio e união de todas as virtudes, assim a DESOBEDIÊNCIA é o dispêndio e destruição de todas." (Padre Antônio Vieira)

16/2/2015 ‪#‎Carnaval‬: "A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento." (Bíblia, Oséias 4.11)

21/3/2015 "Quem dera que os homens entendessem a paciência e a longanimidade de Deus! [...] Ah! se os homens entendessem que Deus Se recusa a cansar-Se com a perversidade do mundo, estendendo ainda a esperança do perdão, mesmo aos menos merecedores! Sua paciência, porém, não continuará para sempre. Quem está preparado para a súbita mudança que se operará no trato de Deus com os pecadores? Quem estará preparado para escapar ao castigo que sobrevirá por certo aos transgressores?" (Ellen G. White)

23/2/2015 "A alegria e o amor são as duas grandes asas para os grandes feitos." (Johann Wolfgang von Goethe)

25/2/2015 "Creio para compreender, e compreendo para crer melhor." (Santo Agostinho)

28/2/2015 "As pessoas podem recusar nosso amor ou rejeitar nossas palavras, mas não têm defesas contra nossas orações." (Rick Warren)

14/3/2015 "O dinheiro é de grande valor, porque pode realizar grande bem. Nas mãos dos filhos de Deus é alimento para o faminto, água para o sedento, vestido para o nu. É proteção para o opresso, e meio para socorrer o enfermo. Mas o dinheiro não é de mais valor que a areia, a não ser que o empreguemos para prover às necessidades da vida, para bênção de outros, e para o desenvolvimento da obra de Cristo." (Ellen G. White)

16/3/2015 "Nunca encontrei uma pessoa tão ignorante que não pudesse ter aprendido algo com sua ignorância." (Galileu Galilei)

19/3/2015 "Odeiem o mal e amem o bem e ponham isso em prática, À VISTA DE TODOS. Talvez o Eterno, o Senhor dos Exércitos de Anjos, olhe para esse remanescente e tenha misericórdia dele." (Bíblia "A mensagem", Amós 5.15, ênfase minha)

"Se você faz o que sempre fez, você obterá o que você sempre obteve." (Anthony Robbins)

21/3/2015 "A experiência nas coisas espirituais amplia a visão dos santos e dos anjos, e ambos crescem na capacidade e no conhecimento à medida que trabalham em suas respectivas esferas." (Ellen G. White)

28/3/2015 "Não tenha medo de crescer lentamente. Tenha medo apenas de ficar parado." (Provérbio Chinês)

sábado, 31 de janeiro de 2015

A vida de muitos brasileiros numa frase: "Pode até faltar água, mas não nos tirem o pão, a cerveja e o circo!"

Nos anos 1980, Renato Russo vociferava nas rádios, nos toca-discos e nos toca-fitas (lembra deles?): “Que país é esse?”, em sua música na qual atacava os desmandos políticos da nação. “Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado. Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação. Que país é esse?” Três décadas se passaram (e como passaram rápido!), mas muito pouca coisa mudou no aspecto político. Houve, sim, um rodízio de cadeiras, mas a roubalheira continuou. Nosso dinheiro apenas passou a rechear outros bolsos. Mas, para quem acha que as coisas não podem piorar e que o fundo do poço não pode ser ainda mais escavado, convido-o a pensar no aspecto moral deste país. Aí bate o desânimo de vez. Vem outro carnaval aí, e o Ministério da Saúde volta a espalhar seus conselhos: transe à vontade, tudo é festa, só não se esqueça de usar a camisinha. Na TV, mais uma das não sei quantas edições do Big Brother Brasil ganha espaço na mídia, com matérias como esta, no site da maior revista semanal do País: “São apenas oito dias de confinamento, mas a carência afetiva já sobe pelas paredes da casa do Big Brother Brasil 15. Que o digam Rafael e Talita, que decidiram parar de se segurar e deram início, nesta madrugada, ao rali sexual da edição 2015 doreality show, logo após a Festa Árabe preparada pela produção. Com respiração ofegante, juras de amor e peças de roupas íntimas perdidas, ficou bastante claro: já rolando de um tudo embaixo dos edredons. Mesmo sem o devido preparo: a aeromoça teve de solicitar à produção do programa uma pílula do dia seguinte, para garantir que não venha um rebento com cara de Pedro Bial por aí.”

Bastante instrutivo, não? Mesmo quem não assiste fica sabendo do que acontece debaixo dos tais edredons. E, para a moçada desta pátria amada, fica o ensinamento: faça o que você quiser, só não deixe de se prevenir com preservativo e pílula abortiva, como se houvesse preservativo para os sentimentos e as consequências inevitáveis de uma vida desregrada. “Que país é este?”

Nas redes sociais, em lugar de debaterem seriamente a triste situação da Petrobrás, o risco iminente de que milhões de pessoas acabem sem água e no caos urbano, a perseguição e a morte de cristãos em países dominados por radicais islâmicos (imagine que alguém vai dar bola para eles... Pra que estragar nossa festa, não é mesmo?), o assunto que ganhou destaque, ficando no topo dos Trend Topics do Twitter e na boca do povo, foi uma parte anatômica da atriz Paolla Oliveira, que, fiquei sabendo depois, faz o papel de uma prostituta numa série intitulada “Felizes Para Sempre”, veiculada na maior emissora de TV do Brasil – a mesma que usa sua concessão pública para exibir o educativo BBB.

Como levar este país a sério? O carnaval está chegando. Pode até faltar água, mas não nos tirem o pão, a cerveja e o circo. Podem até roubar nosso suado dinheirinho, só não nos deixem sem a diversão garantida pelos BBBs e as Paollas da vida. Queremos distração. Queremos perversão. O maior problema não será a sede e a sujeira ocasionadas pela falta d’água. O maior problema é a sujeira moral, do coração, e a fome da alma, que estão ali, mas todos tentam ignorar, fazendo de conta que não existem.

Que país é este? O pedaço de um mundo à beira do precipício, a poucos centímetros de cair nele.

Fonte: Criacionismo.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Vencedor do Nobel de Medicina acusa revistas "científicas" como Nature e Science de corrupção!

Segundo um cientista laureado recentemente (e que apelou também a um boicote às publicações), as revistas académicas de topo estão a distorcer o processo científico e a promover uma “tirania” que tem que ser desfeita.
Randy_SchekmanRandy Schekman, biólogo Americano que recebeu o seu Prémio Nobel em Fisiologia/Medicina este ano, não só afirmou que o seu laboratório não enviará mais artigos às revistas científicas de topo - Nature, Cell and Science – como disse que a pressão para publicar em revistas de “luxo” encorajava os pesquisadores a buscar atalhos e a investir mais em áreas científicas que estejam na moda em vez de de levarem a cabo trabalho mais importante.
Segundo Schekman, o problema foi exacerbado pelos editores que não eram cientistas activos mas profissionais que favoreciam os estudos que eram mais susceptíveis de causar mais impacto.
O prestígio de aparecer numa revista científica de topo levou a que a Academia de Ciência da China pagasse aos autores bem sucedidos o equivalente a $30,000 (£18,000). Numa entrevista, Shekman afirmou que alguns cientistas obtinham metade do seu rendimento através destes “subornos”.
Escrevendo para o Guardian, Schekman levanta sérias dúvidas em torno das prácticas das revistas e apela a outros dentro da comunidade científica que façam qualquer coisa.
Já publiquei em revistas de nome, incluindo artigos que obtiveram um prémio Nobel. Mas não vou voltar a fazer isso. Tal como Wall Street tem que quebrar o domínio da cultura bónus, a ciência tem também que quebrar a tirania das revistas de luxo.
Schekman é o editor da eLife, uma revista online estabelecida pela Wellcome Trust. Os artigos submetidos à revista – concorrente da NatureCell e Science – são discutidos pelos revisores (que são cientistas profissionais) e aceites, se todos concordarem. Os artigos podem ser lidos gratuitamente online.
Schekman lança críticas à Nature, Cell e Science por artificialmente restringirem o número de artigos que eles aceitam, política que, segundo Schekman, alimenta a procura “tal como costureiros que criam uma edição limitada de bolsas.”
Ele critica também a métrica amplamente propagada com o nome de “factor de impacto”, usado por muitos jornais de topo nas suas actividades de marketing.
(…)
* * * * * * *
Isto só confirma o que os cientistas criacionistas afirmam há várias décadas: longe de serem centros de livre expressão onde as ideias e as teorias são analisadas segundo o seu próprio mérito (e não segundo o seu alcance mediático ou ideológico) as instituições científicas mundiais são lugares sob controle de várias agendas pseudo-cientificas que se tentam promover co-optando o prestígio da ciência.
Para nós Cristãos a evidência óbvia da falta de rigor científico nas instituições científicas mundiais é a sua aderência ao paradigma naturalista - um paradigma auto-refutante.
Fonte: Darwinismo.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Você pai e você mãe; você constrói o caráter de seu filhinho diariamente com dedicação?

Ensinai desde o berço vossos filhos a exercer a abnegação, o domínio de si mesmos. Ensinai-os a desfrutar as belezas da Natureza e a exercitar sistematicamente as faculdades da mente e do corpo em ocupações úteis. Criai-os de modo a terem constituição sã e boa moral, disposição alegre e índole branda. Impressionai-lhes a tenra mente com a verdade de que não é o desígnio divino que vivamos meramente para satisfazer nossas inclinações atuais, mas para nosso bem final. Ensinai-lhes que ceder à tentação é fraqueza e impiedade; resistir-lhe, nobreza e varonilidade. Essas lições serão como sementes lançadas em boa terra, e produzirão frutos que farão a alegria de vosso coração.

As crianças gostam de ter companhia, e raramente se podem divertir sozinhas. Anseiam simpatia e ternura. O que lhes dá prazer, elas crêem que também o dá à mãe; e é natural que a ela se dirijam com suas pequeninas alegrias e pesares. A mãe não deve ferir-lhes o coraçãozinho tratando com indiferença essas coisas que, embora insignificantes para ela, são de grande importância para as crianças. A simpatia e aprovação que ela lhes dispensa são preciosas. Um olhar de aprovação e uma palavra de ânimo ou louvor, serão como um raio de sol em seu coraçãozinho tornando-as às vezes felizes em todo o dia. Em vez de mandar que os filhos se afastem dela, a fim de não ser molestada pelo barulho que fazem, ou perturbada por suas pequeninas necessidades, imagine a mãe algum divertimento ou trabalho leve, para entreter a mente e suas ativas mãozinhas. A Responsabilidade do Pai O marido e pai é a cabeça da família. A esposa espera dele amor e interesse, bem como auxílio na educação dos filhos, e isso é justo. Os filhos pertencem-lhe, da mesma maneira que a ela, e sua felicidade igualmente o interessa. Os filhos esperam do pai apoio e guia; cumpre-lhe ter justa concepção da vida, e das influências e associações que devem rodear sua família; ele deve ser regido, acima de tudo, pelo amor e temor de Deus, e pelos ensinos de Sua Palavra, a fim de lhe ser possível guiar os pés dos filhos no caminho reto. 

O pai é o legislador da família; e, como Abraão, deve fazer da Lei de Deus o governo de sua casa. Deus disse de Abraão: "Porque Eu tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus "E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor." Efés. 6:4. - 390 - Estudem, o marido e a esposa, a felicidade mútua, nunca faltando as pequeninas cortesias e pequenos atos de bondade que alegram e iluminam a vida. Entre o marido e a esposa deve existir perfeita confiança. Juntos, devem considerar suas responsabilidades. Operar juntos pelo mais alto benefício de seus filhos. Jamais devem, em presença dos filhos, criticar-se mutuamente os planos, ou discutir a maneira de julgar um do outro. Tenha a mulher o cuidado de não tornar mais difícil a obra do marido pelos filhos. Apóie o marido as mãos da esposa, dando-lhe sábios conselhos, e afetuosa animação. Não se deve permitir que se erga entre pais e filhos barreira alguma de frieza e reserva. Relacionem-se os pais com eles, buscando compreender-lhes os gostos e disposições, penetrando em seus sentimentos e discernindo o que lhes vai no coração. Pais, deixai que vossos filhos vejam que os amais, e fareis tudo que estiver ao vosso alcance para torná-los felizes. Se assim fizerdes, as necessárias restrições que lhes impuserdes terão incomparavelmente mais peso em seu espírito. Governai vossos filhos com ternura e compaixão, lembrando que "os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai que está nos Céus". Mat. 18:10. Se quereis que os anjos façam por vossos filhos a obra de que Deus os incumbiu, cooperai com eles, fazendo a vossa parte. Criadas sob a sábia e amorosa guia de um lar verdadeiro, as crianças não terão desejo de ausentar-se em busca de prazer e camaradagem. O espírito que prevalece no lar moldará seu caráter; formarão hábitos e princípios que serão uma forte defesa contra a tentação, quando deixarem o abrigo do lar e assumirem sua posição no mundo. Tanto as crianças como os pais têm importantes deveres a cumprir no lar. Deve-se-lhes ensinar que constituem uma parte da organização do lar. São alimentados, vestidos, amados e cuidados; e devem corresponder a esses muitos favores, assumindo a parte que lhes cabe nas responsabilidades do lar, e trazendo toda a felicidade possível à família da qual são membros. As crianças são às vezes tentadas a zangar-se quando lhes são feitas restrições; mas, mais tarde na vida, elas bendirão os pais pelo fiel cuidado e estrita vigilância que as guardou e guiou na idade da inexperiência. CIÊNCIA DO BOM VIVER, 386 - 394.

sábado, 26 de outubro de 2013

Depressão pós-parto e a perspectiva evolucionista

TÍTULO: 
Depressão pós-parto, histórico reprodutivo materno e apoio social.

OBJETIVO: 
Verificar prevalência e fatores de risco associados à Depressão Pós-Parto (DPP) em mães de periferia da Zona Oeste de São Paulo/SP.

MÉTODO: 
Foram recrutadas, inicialmente, cerca de 400 gestantes que realizaram consultas de pré-natal em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Bairro do Butantã e cujo parto estava previsto para ocorrer no Hospital Universitário (HU-USP) entre setembro e dezembro de 2006. Destas, 273 deram à luz no HU e foram incluídas no estudo.

A perspectiva evolucionista orientou a formulação das várias hipóteses investigadas, como a relação entre a notável dependência do bebê humano, sua predisposição natural para a formação de vínculos (apego e intersubjetividade primária) e a necessidade de imersão em um grupo familiar e cultural para o desenvolvimento cognitivo. Também foi investigada a influência das dificuldades do ambiente social e afetivo sobre as estratégias de investimento parental e de desenvolvimento infantil.

RESULTADOS: 
Mostraram forte correlação com o risco de depressão pós-parto: 
  • Frequência e a gravidade dos conflitos com o parceiro (maior na amostra do hospital público);
  • Ocorrência de episódios anteriores de depressão.


Outros fatores de risco para depressão pós-parto identificados na pesquisa, porém com menor peso, foram:
  • Maior número de filhos;
  • Existência de filhos de relacionamentos anteriores;
  • Maior número de crianças morando na mesma casa;
  • Gravidez não desejada;
  • Rejeição na infância;
  • Menarca (primeira menstruação) precoce;
  • Menor idade materna.


A pesquisa mostrou que as mães com depressão pós-parto lidam com os sintomas de tal forma que conseguem preservar o desenvolvimento adequado do filho. As crianças também têm mecanismos protetores, de resiliência.


REFERÊNCIA: 
VIEGAS, LM; SILVA, GA; CECCHINI, M; FELIPE, R; OTTA, E; BUSSAB, VSR. Depressão pós-parto, histórico reprodutivo materno e apoio social. Boletim do Instituto de Saúde (Instituto de Psicologia - USP). Disponível em: <http://www.ip.usp.br/portal/images/stories/Viegas_Silva_Cecchini_Felipe_Otta_depressao_ps-parto_2008.pdf> Acesso em 08 out. 2013.

TOLEDO, Karina. Taxa de depressão pós-parto é maior em hospital público da capital. Agência FAPESP, 08 out. 2013. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/18012> Acesso em 08 out. 2013.

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NOTA: O Projeto Original de Deus para o casal tem sido abandonado e os meios de comunicação, principalmente filmes, programas de TV e revistas de entretenimento feminino tem banalizado a relação sexual. Hoje, mesmo entre os jovens cristãos, a epidemia do pensamento que o sexo antes do casamento é "normal" também é presente. Jovens instruídos pela mídia secularizada crescem, se casam e formam famílias desestruturadas. Grande parte desta culpa é dos pais que não tem mais tempo para instruir e conversar com os filhos. Sabiamente, Ellen G. White comenta:
"Não há maior desgraça para os lares do que permitir que os jovens sigam o seu próprio caminho. Quando os pais tomam em consideração todo desejo dos filhos, e com estes condescendem no que sabem não ser para o seu bem, os filhos logo perdem todo o respeito para com os pais, toda a consideração pela autoridade de Deus e do homem e são levados cativos à vontade de Satanás. A influência de uma família mal dirigida é dilatada, e desastrosa a toda a sociedade. Acumula uma onda de males que afeta famílias, comunidades e governos." (Patriarcas e Profetas, p. 426)
 Fonte: Biologia Teísta.

sábado, 28 de setembro de 2013

"Quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?"



A pergunta de Jesus em Lucas 18:8, "quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?" me parece cada vez menos retórica. Na Europa, a fé parece quase que definitivamente coisa de museu. Foi nisso que as igrejas lá se tornaram, centros de visitação turística que falam de uma era passada, com arquitetura e crenças curiosas. Agora os EUA caminham na mesma direção, como mostram os estudos de David Kinnaman. "Nossa pesquisa mostra que muitos dos não cristãos, especialmente jovens adultos, têm pouca confiança na fé cristã, e a estima pelo estilo de vida cristão está rapidamente desaparecendo entre eles. Eles admitem que suas barreiras intelectuais e morais são erguidas quando estão perto de cristãos, e rejeitam Jesus porque se sentem rejeitados pelos cristãos" (Unchristian, Baker Books). 


Mas vivemos no Brasil, onde a fé vai muito bem, obrigado, não é? Bem, a verdade é que existem dois Brasis e um deles se parece muito mais com a realidade apontada por Kinnaman e sentida por qualquer um quando visita a Europa, a ponto de a Conferência Geral da Igreja Adventista haver inserido bairros de classe média alta de São Paulo entre os grupos não alcançados. Tecnicamente, o Morumbi está na mesma situação que o  Chad islamita, ou quase. A profecia do Mestre é de que conforme a iniquidade fosse se alastrando (e aí eu penso que, seja por ela aumentar de fato ou simplesmente pelo fato de que todos agora ficam sabendo dela, graças aos meios de comunicação), o amor esfriaria (Mateus 24:12). Ainda assim, um mundo em que a fé é trocada por... - pelo que mesmo? nos assusta, e por isso nos perguntamos: o que pode ser feito para que a religião alcance relevância nesse contexto? Depois de pensar bastante nisso cheguei à conclusão de que deveríamos ter uma preocupação anterior a essa. Antes de pensar em como fazer o cristianismo relevante para o mundo, precisamos pensar em quão relevante ele de fato é para nós. Para mim e para você. 

Na pesquisa de Kinnaman, cristãos são vistos como anti homossexuais, críticos demais sobre as vidas dos

outros, hipócritas, maçantes, intolerantes e confusos. Alguma razão para pensar isso eles têm, com certeza, mas agora pensem na Pessoa a quem os cristãos dizem seguir. Jesus seria hoje alguém rotulado como anti homossexual ou como anti qualquer coisa? Quando penso nisso lembro da foto que circula pela Internet de um menino em meio a uma manifestação cheia de cartazes com os dizeres "Deus odeia os gays", que empunha um cartaz menor escrito "Deus não odeia ninguém". Estou com ele. Jesus seria hipócrita, se isso era o que mais o tirava do sério? Jesus não foi maçante, multidões adoravam estar na presença dEle, Ele foi tudo menos intolerante e certamente não era nada confuso e nem as pessoas sentiam que Ele estava julgando suas vidas constantemente. É porque muitos antes de nós seguiram uma imagem de Cristo e não o Cristo real que a religião se tornou irrelevante. Aos que seguem uma imagem de Cristo Ele vai dizer: não os conheço (Mateus 7:23). Não os conheço porque nitidamente vocês não me conhecem. Será que você encontrou relevância para sua vida em algo que não é a religião pura de Cristo, aquela que o cria à imagem e semelhança dEle? Aquela que o faz mais parecido com Aquele a quem você diz seguir? Uma religião que o faz hipócrita, julgador, intolerante e chato não pode ser relevante para ninguém.

Quando vier o Filho do Homem, achará porventura fé na terra? Vou cuidar para que aqui na minha casa, ao menos, Ele encontre.

O que suas fotos no Face mostram?

Depois de ver fotos de amigas de seus filhos na internet e ficar chocada com o fato de elas serem tão provocativas, uma mãe escreveu uma carta muito sábia para todas as garotas na internet. Leia o post original abaixo:

Carta de uma mãe preocupada para garotas adolescentes

Queridas garotas, tenho algumas informações que talvez interessem a vocês. Ontem à noite, como de costume, minha família se sentou na sala de jantar e deu uma olhada nas fotos de verão postadas nas redes sociais. Temos filhos adolescentes, então, naturalmente, havia uma boa quantidade de fotos de vocês, queridas moças, para observar. Uau, você com certeza tirou um monte de fotos com seu micro pijama [ou, como a gente chama em português, baby doll] neste verão! E seu quarto é tão bonito... Nossa filha de oito anos foi quem prestou atenção nisso, porque com três irmãos mais velhos cujos quartos cheiram a queijo velho, ela percebe detalhes femininos como esse. Acho que os garotos perceberam outras coisas. Por exemplo, parece que você não estava usando sutiã...


Eu entendo: você está no seu quarto, se aprontando para dormir, certo? Mas não posso deixar de notar a pose de modelo, as costas arqueadas e a boca fazendo biquinho sensual. O que aconteceu? Nenhuma dessas posturas é natural de quem está indo tirar um cochilo.


Então, aqui está algo que considero importante você saber: se você é amiga no Facebook, Instagram ou Twitter de algum filho da família Hall, então você é amiga da família Hall inteira. Por favor, saiba que nós gostamos muito de nos manter conectados com você dessa maneira. Amamos ver as coisas através de suas lentes únicas e coloridas – você é cheia de ideias, e com frequência muito, muito engraçada. E é isso que faz sua foto mais recente ser bastante infeliz.


Essa postagem não reflete quem você é de maneira nenhuma! Achamos você linda, interessante e muito inteligente. Mas tivemos que nos encolher e questionar o que você estava tentando fazer ao postar aquela foto... Quem você está tentando alcançar? O que você está tentando dizer? E agora – que decepção – teremos que bloquear suas postagens.


A razão pela qual temos essas (muitas vezes constrangedoras) conversas de família em volta da mesa é porque nos preocupamos com nossos filhos, assim como sabemos que seus pais se preocupam com você. Eu sei que sua família não ficaria encantada com a ideia de meus meninos adolescentes verem você com o corpo coberto apenas por uma toalha de banho. Você sabia que uma vez que um homem vê um corpo em estado de nudez ele não consegue deletar a imagem rapidamente? Você não quer que os nossos meninos pensem em você apenas de modo sexual, não é? Nós também não. Acredito que nós todos somos mais do que isso.


E assim, em nossa casa, não há segundas chances para fotos como essas, querida. Temos uma política de tolerância zero. Eu sei, pode parecer careta... Mas se você quiser permanecer como amiga de nossos filhos na internet, deve manter seu corpo coberto e suas postagens decentes. Se você postar uma foto pessoal sexy (você sabe do que estou falando) ou um vídeo inapropriado do YouTube – mesmo que apenas uma vez –, já era.

Eu sei que soa antiquado, mas queremos educar homens com um forte senso de moral, e homens de integridade não ficam olhando fotos de garotas do ensino médio seminuas.


Todo dia oro pelas mulheres a quem meus filhos vão amar. Espero que eles sejam atraídos por mulheres verdadeiramente belas; o tipo de mulher que os fará pessoas melhores, no fim das contas. Também oro para que meus filhos sejam dignos desse tipo de mulher; que eles sejam pacientes e ajam com honra enquanto esperam por ela.


Menina, ainda não é tarde demais! Se você acha que fez alguma besteira na internet (todos nós fazemos, não entre em crise... eu mesma ainda faço!), CORRA para a sua conta e delete aquelas fotos tiradas em seu quarto, que tornam tão fácil para seus amigos vê-la apenas em uma dimensão.


Pode confiar em mim! Existem rapazes lá fora esperando e ansiando por mulheres de caráter. Alguns homens estão lutando a batalha diária morro acima para manter a mente pura e os pensamentos dignos de louvor, bem assim como você.


Você está se tornando uma verdadeira beleza, por dentro e por fora. Então aja como ela, fale como ela, poste como ela.


Sra. Hall (tradução: Lindsei Lansky)

Fonte: Criacionismo.

sábado, 21 de setembro de 2013

Beijo de lésbicas, "cultos" gospel e liberdades de expressão!

Muito já se falou sobre as lésbicas que protagonizaram um beijo escandaloso durante culto em que o pregador foi o polêmico deputado e pastor Marco Feliciano. Até postei aqui um texto do Luciano Ayan analisando as ações nem um pouco inocentes dos chamados “gayzistas” (confira). Mas há ainda uma faceta em tudo isso que eu gostaria de destacar neste post. Antes, porém, leia alguns trechos da matéria publicada no site G1, da Globo, claramente favorável à atitude das moças: “Após acionar a segurança, Feliciano afirmou que elas ‘não têm respeito ao pai, à mãe e à mulher’. ‘A Polícia Militar que aqui está, dê um jeitinho naquelas duas garotas que estão se beijando. Aquelas duas meninas têm que sair daqui algemadas. Não adianta fugir, a guarda civil está indo até aí. Isso aqui não é a casa da mãe Joana, é a casa de Deus’, disse Feliciano para o fiéis presentes. [...]

“De acordo com a estudante Yunka Mihura, de 20 anos, também havia casais heterossexuais se beijando no local sem problema algum. [...] O advogado das jovens, Daniel Galani, disse que vai abrir uma ação para apurar os responsáveis pela agressão. ‘A gente vê que foi uma situação que fugiu completamente ao controle. A gente sabe que existiam dois direitos em conflito: um é a liberdade de expressão e o outro a liberdade do ato religioso. Os dois direitos são constitucionais e estão previstos para que as pessoas possam fazê-los’, disse.

“Marco Feliciano disse que a atitude das jovens é um desrespeito ao culto religioso, ministrado por ele. ‘Aquilo é desrespeito. Com isso eles me fortalecem e se enfraquecem, porque qualquer pessoa de bem sabe que em um ambiente religioso não é lugar de fazer o que aquelas pessoas fizeram. [...]”

Deixando de lado a polêmica dos dois direitos constitucionais em conflito (qual deles prevalecerá no futuro?), quero chamar atenção para um detalhe apenas: Aquilo era culto oushow? Assisti ao vídeo postado na internet e fiquei, como direi?, estarrecido com a “música” apresentada antes da entrada de Feliciano no palco. Um cantor (não o conheço) vociferava ao microfone (se quiser ver o vídeo, clique aqui. Note como o portal Terra também se posiciona ao chamar de "meninas" as mulheres de 18 e 20 anos). Com a voz estridente, o cantor animava a plateia a gritar, erguer as mãos e aplaudir. Exatamente como num culto pagão, as emoções sobrepujavam a razão. Era um clima de balada, de rave, de sei-lá-o-que. Tava mais para adoração ao bezerro de ouro do que para culto a Deus. Leia a Bíblia de capa a capa e você não vai encontrar entre o povo de Deus (quando estava com Ele) esse tipo de algazarra. Há, sim, menção de alegria, júbilo e música no louvor, mas não de gritaria e explosão descontrolada de emoções sem um pingo de reverência.

Uma das "meninas" é retirada do culto-show pela polícia

Aquilo podia não ser a casa da mãe Joana, mas que parecia um show de rock, parecia. As pessoas pulavam, erguiam os braços, gritavam e dançavam. Naquele contexto, sinceramente, beijos nem pareciam algo tão estranho... Fosse um culto ordeiro, racional e decente (como orienta o apóstolo Paulo em Romanos 12:1 e em 1 Coríntios 14:40), a atitude das moças (e de outros) ficaria em gritante contraste. Fosse outro o ambiente, talvez elas nem tivessem coragem de fazer o que fizeram. Talvez até fossem “tocadas” pela pregação da Palavra, pela música apropriada, com mensagem. Mas, com aquele barulho, a gritaria e a agitação toda, sem a solenidade que deve caracterizar o culto, as duas se sentiram motivadas – não a entregar a vida a Jesus. E deu no que deu.

Com todo o respeito aos irmãos sinceros que tomam parte nesse tipo de culto, não posso deixar de falar sobre essa incoerência que vem ganhando força nos últimos anos no mundogospel. As igrejas estão imitando estilos profanos de música com o intuito de “ganhar” os jovens, mas o que conseguem com isso? Perdem o respeito. São alvo de chacota e mantêm em seus rebanhos uma juventude que está ali mais pelo show, pelo entretenimento do que pelo comprometimento com a Palavra de Deus. Exatamente como os baladeiros, recebem doses de adrenalina e dopamina. Ficam viciados nesses cultos-show. E para por aí.

As duas consequências de acontecimentos como esse protagonizado pelo pastor, pela polícia e pelas "meninas" lésbicas, são, de qualquer modo, negativas: (1) os evangélicos são perseguidos, criticados e debochados pelo motivo errado (não pela fidelidade a Deus) e (2) os gayzistas ganham força ao demonizar e desumanizar o opositor e posar de vítimas dos “fundamentalistas” fanáticos. Basta notar como a Globo e o Terra, por exemplo, já escolheram seu lado na história.

E que Deus nos livre dos dois lados!

Fonte: Criacionismo.

sábado, 31 de agosto de 2013

Merchandising pró-aborto na novela “Amor à Vida”, da Globo, mente, mistifica, doutrina e demoniza a religião.

Merchandising pró-aborto na novela “Amor à Vida”, da Globo, mente, mistifica, doutrina e demoniza a religião. É um atentado ao bom senso, aos fatos e à educação dos telespectadores. Em uma palavra: vergonhoso!

Estava programada para esta quinta uma manifestação de militantes de esquerda no Congresso Nacional em defesa do controle da mídia. Nem sei se aconteceu. Acompanhei depois o julgamento do mensalão, fiquei estudando o caso da saúde, li sobre as barbaridades na Síria e deixei de lado os pterodáctilos. Escrevi no começo da tarde um post a respeito. Perguntei, então, por que as esquerdas querem tanto controlar essa tal mídia se controlada ela já está. E citei o caso da Globo. Indaguei se havia como a emissora ser mais de esquerda — em qualquer área que se escolha, incluindo as novelas. Vi há pouco uma cena chocante de “Amor à Vida”. Está inaugurado o merchandising militante pró-aborto. Nunca houve antes nada parecido. Como há no enredo um hospital, lugar preferencial paras as maldades de Félix, o vilão que caiu no gosto popular, eis que, do nada, chega uma paciente com hemorragia. Mobiliza-se o socorro de emergência. Um médico então diz: “Eu não posso atender!”. A equipe tenta salvar a moça, mas em vão. Ela morre. E começa a discurseira. O médico mais velho diz que ela fez um aborto ilegal, que o procedimento foi malfeito e que a mulher morreu por isso. Vai mais longe: “Infelizmente, essa é uma das principais causas da morte de mulheres no Brasil”. É mentira! É mentira escandalosa! Já chego lá. A enfermeira, com o cadáver ainda à sua frente, quentinho, dispara: “Morte de mulheres pobres, né? Porque as ricas fazem aborto em segurança” (se a fala não é exata, tratou-se de algo ainda mais primitivo). Foi mais longe, dizendo que essas mulheres também são vítimas da miséria e da ignorância. Ainda era pouco. O médico mais velho vai, então, procurar o outro, que havia dito que não poderia fazer o atendimento.

— Por que você não quis atender a paciente?
— Porque ela fez aborto. Isso é contra as leis divinas.
O chefe lhe dá uma carraspana. O rapaz, então, reproduzindo uma caricatura do discurso religioso, emenda:
— Me recuso a atender uma pecadora!
— Você está fora do corpo de residentes deste hospital!

Vergonha.
Fiquei com vergonha de assistir à cena.  As peças didáticas de Padre Anchieta para convencer os índios de que sua cultura original estava cheia de demônios eram mais complexas, mais sofisticadas, com  mais nuances. Estou lendo “Sussurros”, de Orlando Figes, sobre a vida cotidiana na URSS de Stálin. O didatismo brucutu dos comunas, nas escolas, contra os reacionários, era mais sutil e nuançado. Prometi a mim mesmo que não vejo a novela nunca mais, nem excepcionalmente, como hoje. Como vocês sabem, de hábito, estou trabalhando a essa hora. E nunca mais verei não porque ofenda as minhas convicções, mas porque ofende a minha inteligência. O merchandising social — a morte de fetos se insere nessa categoria? — tem um compromisso com a verdade.

Principal causa de mortes? 
Eu não sei, ou sei, por que os abortistas precisam mentir tanto. Qual é o problema dessa gente com os fatos e os fetos? Até outro dia, os mentirosos contumazes diziam que 200 mil mulheres morriam, por ano, vítimas de aborto. Eleonora Menicucci, a abortista e ex-aborteira que é ministra das Mulheres, chegou a levar esses números a uma reunião da ONU. Em fevereiro de 2012, fiz uma conta com os dados disponíveis, todos oficiais.

Acompanhem. 
Em 2010, o Censo do IBGE passou a investigar a ocorrência de óbitos de pessoas que haviam residido como moradoras no domicílio pesquisado. ATENÇÃO! Entre agosto de 2009 e julho de 2010, foram contabilizadas 1.034.418 mortes, sendo 591.252 homens (57,2%) e 443.166 mulheres (42,8%). Houve, pois, 133,4 mortes de homens para cada grupo de 100 óbitos de mulheres.

Vocês começam a se dar conta da estupidez fantasiosa daquele número? Segundo o Mapa da Violência, dos 49.932 homicídios havidos no país em 2010, 4.273 eram mulheres. Muito bem: dados oficiais demonstram que as doenças circulatórias respondem por 27,9% das mortes no Brasil — 123.643 mulheres. Em seguida, vem o câncer, com 13,7% (no caso das mulheres, 60.713). Adiante. Em 2009, morreram no trânsito 37.594 brasileiros — 6.496 eram mulheres. As doenças do aparelho respiratório matam 9,3% dos brasileiros — 41.214 mulheres. As infecciosas e parasitárias levam outros 4,7% (20.828). A lista seria extensa.

Agora eu os convido a um exercício aritmético elementar. Peguemos aquele grupo de 443.166 óbitos de mulheres e subtraiamos as que morreram assassinadas, de doenças circulatórias, câncer, acidentes de trânsito, doenças do aparelho respiratório, infecções (e olhem que não esgotei as causas). Chegamos a este número: 185.999!!!

Já começou a faltar mulher. Ora, para que pudessem morrer 200 mil mulheres vítimas de abortos de risco, é forçoso reconhecer, então, que essas mortes teriam se dado na chamada idade reprodutiva — entre 15 e 49 anos. É mesmo? Ocorre que, segundo o IBGE, 43,9% dos óbitos são de idosos, e 3,4% de crianças com menos de um ano. Então vejam que fabuloso:

Total de mortes de mulheres – 443.166
Idosas mortas – 194.549
Meninas mortas com menos de um ano – 15.067
Sobra – 233.550

Dessas, segundo os delirantes de então, 200 mil teriam morrido em decorrência do aborto — e necessariamente na faixa dos 15 aos 49 anos!!!

Cessou a mentira
Quando desmoralizei, COM NÚMEROS OFICIAIS, a mentira das 200 mil mortes, essa bobagem parou de ser veiculada no país. O doutor que disse aquela besteira na novela, fosse de verdade, seria um mentiroso, um mistificador, um vigarista. Vejam acima as principais causas da morte de mulheres no Brasil, ricas ou pobres. Se a enfermeira histérica faz seu trabalho tão bem quanto pensa, coitados dos pacientes!

Os números reais
O número de mortes maternas, no Brasil, está abaixo de 2.000 por ano! Atenção! Estou me referindo à morte de mulheres em decorrência da gravidez. O aborto, segundo dados do DataSUS, corresponde a 5% dessas mortes, entenderam? Ocorre que esse número inclui tanto o aborto espontâneo como o provocado. Assim:
a: o aborto não é a principal causa da morte de mulheres;
b: o aborto não é nem mesmo a principal causa de morte materna.

Não gosto de merchandising, de nenhuma natureza, comercial, social ou, como é o caso, ideológico. Repugna-me a ideia de que se deve pegar o telespectador distraído para, então, “pimba!”. Sabem por que jamais defenderia a sua proibição? Porque a engenharia legal para isso resultaria, com certeza, em algo ainda pior. Então que permaneça o mal menor — mas que chamo de “mal” ainda assim.

Demonização da religião
Aquele médico que se negou a atender a paciente que chegou morrendo, exibido na novela, não existe. Criou-se uma caricatura para, no fundo, demonizar o discurso religioso. Os índios caracterizados como diabos nas peças de Anchieta, no século XVI, eram personagens mais complexas e verossímeis. Imaginem se alguém formado em medicina se referiria a uma paciente terminal como “pecadora”; se diria a seu chefe que o aborto atenta “contra as leis divinas”. Usa-se, então, o discurso ridículo de um médico para ridicularizar os que se opõem ao aborto por motivos religiosos, o que é um direito num país em que há liberdade de crença.

Há um outro nível de falsificação nessa história. Existem médicos às pencas que são agnósticos, mas que se recusam a praticar o aborto mesmo nos casos em que ele é legalmente permitido. O Código de Ética Médica lhes assegura o direito de alegar objeção de consciência. Nesse caso, sua obrigação é informar a paciente dos seus direitos e encaminhá-la para um colega. “E no caso de não haver quem faça, num rincão do Brasil qualquer?” Assegurado um direito a ser conferido pelo poder público, o estado tem a obrigação de prover os meios. Que se crie, sei lá, uma central nacional, com um número de telefone, para ocorrências dessa natureza e garantia de atendimento. Uma coisa é certa: obrigar um médico a fazer um procedimento que viola a sua consciência seria um absurdo. Mas há uma pressão nesse sentido. Que eu saiba, nem os cubanos poderão se encarregar da tarefa…  A novela entrou de forma grosseira nessa questão. “Amor à Vida” faz proselitismo em favor da adoção de crianças por gays e levou ao ar, nesta quinta, essa cena patética, mentirosa e patrulheira, sobre aborto. No Globo Repórter, a gente aprendeu que só uma família deve ser chata: a que tem papai e mamãe. Dia desses, um programa discutia a descriminação das drogas na base de quatro (a favor) a um (contra). Certamente não reproduz os percentuais que estão na sociedade. E os pterodáctilos ainda querem fazer o controle social da mídia, muito especialmente da Globo, acusando-a, imaginem só!, de ser conservadora, reacionária. Pois é! Com todo o suposto conservadorismo e reacionarismo, um “médico” foi demitido. Deus nos livre da versão progressista. O coitado teria sido fuzilado em nome do povo e da vida. Pode não parecer, eu sei, mas o que se viu em “Amor à Vida” foi uma manifestação absurda de intolerância. Intolerância com a divergência (os que se opõem ao aborto — e que, curiosamente, são maioria absoluta no Brasil) e intolerância com a religião, reduzida a uma patética caricatura. Deus nos livre da intolerância dos tolerantes! Sabem ser obscurantistas em nome das luzes.

Finalmente
A militância pró-aborto não tente tomar de assalto a área de comentários. Será inútil. E não porque eu me oponha à descriminação, mas porque este texto não propõe um debate de mérito. Admito, sim, uma contestação: quero que provem que os dados com os quais trabalho são falsos. Mas têm de provar. Não basta apenas repudiá-los porque eles desmontam as teses pró-aborto. Eu estou é contestando uma mentira transmitida a milhões de brasileiros.

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