Século 4
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Teólogos desafiaram Basílio
quanto ao uso que ele fazia das preposições “com” e “junto com” na bênção: “Glória
ao Pai com o Filho juntamente com o Espírito Santo”. Eles
defendiam que essa oração utilizada no final dos cultos deveria ser: “Glória ao Pai através do Filho no
Espírito Santo”. Basílio contra-argumentou que as Escrituras não fazem uma
distinção tão clara quanto ao uso de preposições relativas às Três Pessoas da
Divindade. Teólogos argumentaram que o uso de preposições específicas
manteria a subordinação do Filho e do Espírito ao Pai. Basílio
demonstrou a Partir das Escrituras que tal subordinação do Filho envolve
apenas a Sua encarnação! E ele contra-argumentou ainda que, embora o uso tão
preciso de preposições fosse comum na filosofia, ele era estranho às
Escrituras. Destacou que a Bíblia utiliza praticamente todas as combinações
de preposições comuns para descrever o Pai, o Filho e o Espírito Santo! Basílio
repassou literalmente dezenas de passagens escriturísticas demonstrando o
amplo uso de preposições aplicadas a todas as Três Pessoas divinas, anulando
a aparente subordinação existente na Divindade! (Para uma pequena amostra,
cf. Rm 11:36; Mt 1:20 e Gl 6:8).
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Basílio venceu
intelectualmente o argumento a partir das Escrituras, mas pragmaticamente foi
através da prática da adoração cristã que ele persuadiu os bispos cristãos a
reconhecerem o Espírito Santo como plenamente Deus! Ele demonstrou como no
batismo e na oração os cristãos haviam adorado igualmente o Pai, o Filho e o
Espírito Santo através dos séculos, a despeito de todos os argumentos
teológicos do quarto século. Todos os grupos, com a possível exceção do
partido defensor de heteroousios de
Eunômio, haviam continuado a
adorar o Pai e o Filho, a despeito de sua teologia. Basílio provou isso
poderosamente nos últimos capítulos de seu livro Sobre o Espírito Santo, e as reflexões que ele provocou
estabeleceram as bases para que o Concílio
de Constantinopla reconhecesse plenamente o Filho e o Espírito Santo como
pessoas da Divindade, ao lado do Pai!
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É verdade
que ambos os Concílios, de Nicéia e o de Constantinopla, fizeram algumas declarações que, comparadas com a
Bíblia, são rejeitáveis. Mesmo alguns aspectos da compreensão que Atanásio teve do Filho, como sua
descrição dEle como “eternamente gerado”, mais criam problemas do que os resolvem!
Embora os Concílios e os teólogos
cristãos não sejam autoridades proféticas, como seguidores da Palavra de Deus, temos a oportunidade
de reconhecer a validade de argumentos como os de Basílio, por exemplo, a partir da Bíblia! Como cristãos
bíblicos, não aceitaremos a fórmula trinitariana baseados na autoridade
dos dogmas do Catolicismo ou na
autoridade dos dogmas de nossa
denominação cristã, mas a aceitaremos pelo fato de que ela melhor representa
o que as Escrituras dizem a
respeito do Pai, do Filho e do Espírito Santo como sendo Deus!
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As demais partes da pesquisa: Primeira aqui. Segunda parte desta Cronologia aqui! A terceira parte aqui e a quarta, aqui! Quinta parte aqui. (Hendrickson Rogers)
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