Século 4
|
Diversas circunstâncias na década que antecedeu o
Concílio de Constantinopla, em 381, prepararam o caminho para esse encontro,
no qual a fórmula trinitariana finalmente se tornou a teologia ortodoxa
oficial da igreja cristã. Um dos eventos com repercussão extremamente
importante sobre o concílio foi a coroação do imperador Teodósio, que se
achava comprometido com a fórmula homoousios.
Durante 50 anos, cada novo imperador havia assumido diferentes compromissos
com os vários grupos teológicos. O imperador Juliano, por exemplo, durante um
breve período até mesmo tentou levar o império de volta ao paganismo e
afastá-lo do cristianismo. O imperador Valêncio, que morreu em 378, foi o
último dos imperadores a abertamente favorecer o arianismo e dar apoio a
teólogos arianos. É duvidoso afirmar se o apoio ou a oposição do imperador,
por si só, haveria sido capaz de determinar o resultado final do Concílio de
Constantinopla, pois apenas 75 anos antes outro imperador – Diocleciano –
havia tentado manipular e destruir a igreja por meio da força e fracassara! O
cristianismo se expandira por séculos, a despeito da censura ou da aprovação
imperial!
|
Outro fator
a preparar o caminho para o concílio foram os escritos teológicos e a
liderança política de três teólogos da Capadócia: Basílio de Cesaréia, Gregório
de Nazianzo (amigo de Basílio) e o irmão mais novo de Basílio chamado Gregório de Nissa. Eles se tornaram a
força teológica e política por trás do trinitarianismo quando o velho Atanásio deixou o cenário. Basílio
comparou a situação de bispos e imperadores mudando de ideia e trocando de
lado com “uma batalha naval sendo
travada em meio a uma furiosa tempestade, na qual as duas esquadras se
encontram tão destruídas pela tormenta que as bandeiras não podem mais ser
vistas, os sinais não mais são reconhecidos, e a pessoa não mais consegue
distinguir entre seus aliados e seus inimigos” (de seu livro “On the Holy
Spirit”)! Os três teólogos da
Capadócia escreveram tratados e cartas, explorando e solidificando a
teologia trinitariana e criando uma terminologia padronizada. Falaram do Pai,
Filho e Espírito Santo como sendo simultaneamente três quanto à personalidade
(hypostasis), mas apenas um em
relação à natureza (ousia). Os
capadócios estenderam a natureza compartilhada do Pai e do Filho ao Espírito
Santo, clarificando assim este ponto vago do Credo de Nicéia. Em sua obra Sobre o Espírito Santo, Basílio
argumentou em favor do reconhecimento da relação entre Pai, Filho e Espírito
Santo como sendo de uma mesma substância e de igual status, portanto igualmente dignos de adoração!
|
Pesquisa baseada no livro "A Trindade" de Woodrow Whidden, Jerry Moon e John W. Reeve. Ela está em construção. Aguardem sua conclusão!
As demais partes da pesquisa: Primeira aqui. Segunda parte desta Cronologia aqui! A terceira parte aqui e a quarta, aqui! (Hendrickson Rogers)
As demais partes da pesquisa: Primeira aqui. Segunda parte desta Cronologia aqui! A terceira parte aqui e a quarta, aqui! (Hendrickson Rogers)
Nenhum comentário:
Postar um comentário