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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - conclusão


Devido a essa comparação do profeta Isaías com Vênus, “filho da alva”, helel ben shajar no hebraico, Tertuliano, Jerônimo e outros chamados pais da igreja usaram  helel do verbo halel, dar luz ou brilhar, lúcifer, em latim, para denominar o anjo rebelde que ambicionou assentar-se no “monte da congregação” (Is 14:13) ou “monte de Deus” (Ez 28:16). Não ignoro o fato de tanto o rei babilônico como o de Tiro serem pagãos e segundo seu folclore religioso os deuses se reuniam num monte alto, de onde decidiam os assuntos da Terra. Até porque essas culturas pagãs propagavam e muito a versão satânica do conflito entre o mal e Deus! Isso se repete com frequência nos achados arqueológicos – histórias semelhantes as da Bíblia sendo que exaltando o dragão em vez de Miguel. Para um estudioso das Escrituras, tal semelhança se explica assim, Satanás pregando seu evangelho, recontando a história de sua derrota na sua versão mentirosa de guerreiro vencedor! Se eu acreditasse no paganismo, então poderia concordar que as expressões bíblicas que envolvem o “monte de Deus” são simples referências as tradições pagãs. No entanto, as Escrituras me fazem enxergar que tais mitos são evidências da luta entre Satanás ou Lúcifer e Jesus também presente nas culturas pagãs, e o uso correto que o Espírito Santo e Seus profetas fizeram desses mitos, que foi exatamente corrigir a versão simplista e enganadora dos anjos maus ao apresentar a existência de um “monte da congregação” real, o “monte Sião” (Ap 14:1, Hb 12:22 e Sl 2:6) no Céu, de onde Lúcifer foi expulso juntamente com os outros rebeldes contaminados por ele e por suas heresias (comp. Ap 12:4 e Is 9:15).

Isso enfatiza a divindade de Miguel ou a de Jesus, pois, se Satanás estivesse guerreando com uma simples criatura de Deus, como entender Isaías, o qual afirmou que Lúcifer queria dominar o Céu e ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:14)? Se sua luta era e é contra o Altíssimo, como entender que Miguel é só mais um anjo do bem? Na verdade, Miguel é o Altíssimo na forma de anjo, assim como Jesus é o Altíssimo na forma humana. Vamos às evidências bíblicas para essas afirmações poderosas. Acompanhe mais uma sequência de raciocínios bíblicos maravilhosos (arrumação por assuntos de textos espalhados nas Escrituras):

Então sonhou: estava posta sobre a terra uma escada, cujo topo chegava ao céu; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; por cima dela estava JAVÉ, que disse: Eu sou JAVÉ, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra em que estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência. Disse-me o anjo de Deus no sonho: Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui. Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto” (Gn 28:12, 13 e 31:11, 13, ARA).

Primeira conclusão: o Anjo de Deus ou de JAVÉ é o próprio JAVÉ, de modo que não é errado afirmar que em Gn 18 o Anjo de JAVÉ conversou com Abraão! Confira essa mesma verdade em Êx 3 e Zc 12:8. Deus não só criou os anjos, como assumiu essa posição. E como anjo, como Deus Se chama? “Anjo de JAVÉ” (Jz 13:19, 22), “Anjo de Deus” como lemos em Gênesis e em praticamente todo o Antigo Testamento, e também Miguel. Vamos para as evidências bíblicas desta última afirmação:

“Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis da Pérsia. Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro” (Dn 10:13 e 12:1). “Respondeu ele: Não; mas venho agora como príncipe do exército de JAVÉ. Então Josué, prostrando-se com o rosto em terra, o adorou e perguntou-lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo? Então respondeu o príncipe do exército de JAVÉ a Josué: Tira os sapatos dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E Josué assim fez” (Js 5:14, 15). “E apareceu-lhe o anjo de JAVÉ em uma chama de fogo do meio duma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia; pelo que disse: Agora me virarei para lá e verei esta maravilha, e por que a sarça não se queima. E vendo JAVÉ que ele se virara para ver, chamou-o do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés! Respondeu ele: Eis-me aqui. Prosseguiu Deus: Não te chegues para cá; tira os sapatos dos pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Êx 3:2-4).

A Bíblia nos oferece vislumbres fantásticos de Miguel como príncipe-anjo de Deus, mesmo sendo o próprio Deus, pois exigiu adoração de Josué assim como Ele fizera décadas atrás com Moisés! Se parássemos por aqui já teríamos motivos suficientes para crer na divindade de Miguel. As Escrituras não pregam o politeísmo, mas ensinam sobre as Pessoas divinas – Pai, Jesus e Espírito Santo, a unidade da Trindade, assim como a unidade no casamento entre macho e fêmea (Gn 2:24) e a unidade do corpo místico de Cristo aqui na Terra, Sua Igreja (Jo 17). Ora, se Miguel (cf. Dn 12:1) é “o defensor” (ARA) ou protetor (NVI) ou “que se levanta a favor” (TB) do povo de Deus especialmente no “tempo de angústia” escatológico (comp. Dn 12:1 e I Jo 2:1), é digno da adoração recebida só por JAVÉ e o Anjo de JAVÉ (Js 5:15 e Êx 3:4, ou você encontra outro príncipe digno de adoração na Bíblia além de Miguel?), expulsou Satanás do Céu (Ap 12:7), veio ressuscitar Moisés (comp. Jd 9 e Mt 17:3), tem os Seus anjos e é maior e mais forte do que eles (cf. Dn 10:13 e Ap 12:7), Miguel só pode ser a mesma Pessoa divina de Jesus, ou melhor – uma das três naturezas de Jesus! Jesus é o Anjo de Deus, pois Ele se identificou com o “Eu Sou” de Êxodo 3, cf. Jo 8:58, o qual era o Anjo de JAVÉ. Jesus é Homem, pois morreu. Jesus é Deus, pois antes de possuir as duas outras naturezas, Ele já existia (Jo 1:1-5). Como Homem Ele é menor do que o Pai (Jo 14:28) e do que os anjos (Hb 2:9). Como Anjo Ele trata os anjos como Seus semelhantes, inclusive Satanás (comp. Jd 6 e Dn 10:13). Porém, como Deus é superior a tudo, é Salvador da humanidade, vindicador do caráter da Trindade e destruidor do mal (II Ts 2:8)!

Conclusão Se Miguel não é divino, então por que Gabriel não venceu o “príncipe da Pérsia” sozinho? Se Miguel não é divino, então por quê Ele venceu Satanás no Céu? Quem é o “descendente” da mulher de Gn 3:15? Se é Jesus, então como afirmar que Jesus é criatura apenas, uma vez que esse texto é uma autoafirmação divina de que Deus se tornaria um descendente de Eva ou da humanidade para esmagar um anjo ou todo o mal?! Eva em Gn 4:1 pensou que Caim já era JAVÉ em forma de gente! Perceba que essas perguntas são problemas eternos para aqueles que interpretam Jesus observando apenas umas de Suas três naturezas, uma interpretação simplista e completamente equivocada. Se Jesus não fosse o Anjo de JAVÉ (ou ainda Anjo JAVÉ), por que Ele não enviaria o Anjo de JAVÉ ou o Miguel liderando os demais anjos em Sua vinda (cf. Mt 24:30, 31)? Descrer que Miguel é Jesus faz com que existam 5 Pessoas divinas – o Pai, Jesus, o Espírito, o Anjo de JAVÉ e Miguel. Lúcifer, ou melhor, o ex-Lúcifer, guerreou contra Jesus porque achava que ao assumir Sua natureza angelical, Deus Se tornaria vulnerável! Ledo engano, pois foi precisamente Miguel quem o expulsou do Céu! Outros hoje acham que Deus fica vulnerável em Sua natureza humana, o Cristo, daí criam um politeísmo onde o Pai é JAVÉ e Jesus é Seu primeiro filho, mas digno de adoração, além de negarem a divindade do Senhor Espírito! Logo, como afirmei antes neste artigo, permitir que nossa natureza carnal interprete as Escrituras em vez de observar as ambiguidades originais e os vários pontos de vistas dos próprios profetas bíblicos a respeito do tópico, é facilitar o trabalho daquele que existe para mentir sobre o caráter de Deus e o seu próprio. O resultado é a existência de várias denominações religiosas, contraditoriamente cristãs, que ensinam apenas pedaços do que a Palavra de Deus diz ou então algo que ela não diz! Daí o estilo de muitos professos cristãos não se diferencia muito daqueles que decididamente não estão se preparando para a volta de Jesus. A hermenêutica bíblica é algo muito sério. Só o Senhor Espírito deve ter o direito de presidi-la e a verificação disso se dá no caráter do estudante das Escrituras que vive no Espírito! “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2:29). Hendrickson Rogers

Todo o artigo aqui: "Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - introdução"
                              "Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - 2ª parte"

Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - 2ª parte


Querido Alexandre, fico feliz em me comunicar com alguém que demonstra ter o costume de estudar as Escrituras, não somente lê-las ou ouvi-las! Parabéns e que o Senhor Espírito – o Autor da inspiração (II Pe 1:20, 21) e Dono do dom profético (I Co 12:7-11) e de sua interpretação – continue com sua mente e influenciando seu caráter!

Respondendo suas indagações e comentando suas colocações

“Por que Deus na sua infinita sabedoria faria um texto tão confuso que mistura em um momento uma lamentação contra a babilônia e em outro momento fala de um suposto anjo caído, como se Ele se importasse com a história de (com o perdão da palavra) idiotas como esses pra perder tempo falando algo para alguém que não tem mais volta, e depois voltar a falar da babilônia outra vez?” (Alexandre*)

Primeiramente sugiro a você que não chame Satanás ou qualquer um dos demais anjos caídos de “idiota”. Nem Deus, a maior autoridade do universo, faz isso. Fazer uso de armas carnais contra o autor delas é dar tiros no próprio pé, você me entende? Deus nos dá Suas próprias armas nesse grande conflito. “Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo” (II Co 10:3-5, ARA). E o que está registrado na Bíblia não é para quem quer se perder ou já se perdeu, mas “essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos” (I Co 10:11, NVI).

Segundo: o fato de você achar alguns textos de Isaías 14 confusos (bem como Ez 28) significa que eles de fato o são?! Você pode achar confusa a dupla abordagem – local e profética – na interpretação destes textos bíblicos, mas isso não é um argumento válido para invalidar a interpretação. Vou lhe apresentar como essa ambiguidade bíblica se repete frequentemente em ambos os testamentos e como o próprio Deus é o responsável por ela, ou seja, não se trata de uma escolha do profeta escritor dos textos ou de uma conveniência religiosa, mas do significado original do texto a tal ponto que, de outo modo, sua interpretação fica incompleta ou completamente errada!

Exemplo 1 “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17). Se usarmos o método que você usou para entender Is 14 e Ez 28 aqui nesta passagem, chegaremos a conclusão absurda de que Deus mentiu, já que Adão comeu do fruto, foi expulso do jardim vivo e só veio a falecer com 930 anos (Gn 5:5)! Por outro lado, evitando essa interpretação simplista que faz Deus errar, temos que procurar o significado original do texto. Paulo e o próprio Moisés, autor do Pentateuco, entre outros profetas, entenderam o raciocínio divino de Gn 2:17: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo” (Ef 2:1, 2, NVI). “O salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). “Hoje invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês, de que coloquei diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. Agora escolham a vida, para que vocês e os seus filhos vivam, e para que vocês amem o Senhor, o seu Deus, ouçam a sua voz e se apeguem firmemente a ele. Pois o Senhor é a sua vida, e ele lhes dará muitos anos na terra que jurou dar aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó” (Dt 30:19, 20, NVI). Ou seja, a morte profetizada por JAVÉ em Gn 2:17 era tanto a física quanto a espiritual, com ênfase nesta última, já que o casal não morreu fisicamente no dia em que comeram, muito embora tenham começado a morrer, tanto eles quanto o restante da criação de Deus!

Exemplo 2 As profecias preditas pelo próprio JAVÉ Deus em carne, o Senhor Jesus, em Mateus 24, são outro excelente exemplo da ambiguidade deliberada por Deus nalgumas passagens bíblicas! Os versinhos 4 – 29 tanto já tiveram seu cumprimento no contexto judaico (destruição de Jerusalém, 70 d.C.), como nos séculos de predominância católica no contexto político-religioso, bem como têm se cumprido em nossos dias e ainda se cumprirão imediatamente antes da vinda do Filho do homem, o v. 30 nos assegura! Ignorar isto e interpretar Mt 24:4-29 como cumprido ou como a se cumprir ainda revela desconhecimento bíblico profundo e interfere até mesmo na compreensão do que é a verdade segundo as Escrituras e seu impacto na vida diária, me refiro ao estilo de vida Deus espera de Seus filhos!

“Em nenhum momento Isaías foi incitado a citar nome de anjo, ou se referir a alguém que não fosse o reino babilônico” (Alexandre).

 Sério? Então, o referido homem “rei da babilônia” (Is 14:4) tinha poderes sobrenaturais e tinha ambições sobre-humanas, pois o profeta o descreveu assim: “Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à terra, você, que derrubava as nações! Você que dizia no seu coração: "Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembleia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo"” (Is 14:12-14, NVI). É bem verdade que Nabucodonosor, um dos reis babilônicos, passou por uma possível epifania como castigo por sua arrogância contra Deus (Dn 4), mas Isaías 13 e 14 e a cronologia bíblica-histórica deixam claro que a) o “rei da Babilônia” é uma referência ao reino babilônico em seu auge avassalador com suas várias sucessões reais e b) Nabucodonosor nem fraudas usava ainda quando a profecia de Isaías já existia e apontava para o passado de um ser que em sua arrogância caíra dos céus, embora almejasse ser maior do que JAVÉ!

Acompanhe a sequência de textos bíblicos numa ordem e contexto que realçam seu significado original, e apesar de fora de seus contextos bíblicos, não têm seu valor alterado e nos ajudam a entender Is 14 e Ez 28!

“Enquanto as estrelas matutinas juntas cantavam e todos os anjos se regozijavam” (Jó 38:7, NVI). “Sua cauda [do dragão] arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as na terra” (Ap 12:4). “Houve então uma guerra no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos revidaram. Mas estes não foram suficientemente fortes, e assim perderam o seu lugar no céu. O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançado à terra” (Ap 12:7-9). “Certamente, se Deus não se refreou de punir os anjos que pecaram, mas, lançando-os no Tártaro, entregou-os a covas de profunda escuridão, reservando-os para o julgamento” (II Pe 2:4, Tradução Novo Mundo).

(Não é errado trabalhar com sequências de textos bíblicos como a construída logo acima quando o significado de cada texto é mantido mesmo fora de seu contexto! A própria Bíblia é um conjunto de ensinamentos espalhados que podem ser organizados numa sequência razoável. Cf. Is 28:10, 13)

Isaías 14 e Ez 28 têm seus significados proféticos realçados pela sequência acima. Um certo anjo, brilhante como o Vênus, criado perfeito (algo que do rei de Tiro, por exemplo, nunca poderia se dizer já que nascemos em pecado, Sl 51:5; cf. Ez 28:15) e ocupando a posição de querubim como aqueles dois da tampa ou propiciatório da “arca do Testemunho” (Êx 25:16-22).

Aliás, vemos ali estátuas muito mais antigas do que a imagem que você me apresentou no link http://misteriosantigos.50webs.com/Ciro_o_Grande.jpg, as quais só evidenciam a existência desses seres angelicais majestosos! Sua própria figura no link não tem nada que ver com o rei de Tiro, mas nos ajuda a perceber como os antigos povos contemporâneos ao Antigo Testamento e até a ele anteriores já possuíam conhecimento sobre a existência dessa classe de anjos, uma vez que suas esculturas reflitem um ensinamento bíblico datado muito anterior a elas (Gn 3:24 cita querubins aqui na Terra na época do primeiro casal!); lembre-se que até Moisés nasceu, morreu, foi ressuscitado e trasladado (Jd 9 e Mt 17:3) muito antes das culturas dos povos mencionados, de modo que não se pode dizer que os querubins da arca sejam posteriores aos achados arqueológicos! (Hendrickson Rogers)


Estude todo o artigo: "Diálogo sobre Lúcifer e Miguel - introdução"
                                "Diálogo sobre Lúcifer e Miguel - conclusão"

* Alexandre é um leitor deste blog.

Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - introdução


"Olá, não querendo ser chato (mas com certeza vai soar assim)[,] [o]nde está escrito que Miguel é Deus? Onde está escrito sobre "Lúcifer"? Por que você acha que "Lúcifer" é alguém? a palavra lúcifer é adjetivo e não substantivo nominal, tanto que em alguns textos antigos em uma das cartas de pedro esta usado o mesmo termo se referindo a Cristo. E em nenhum lugar da bíblia se refere a uma entidade chamada Lúcifer e nem sobre uma descrição do "satanás" "diabo" "anti-cristo" ou coisa assim, nem como querubim nem como nada" (Alexandre*, comentando o artigo: O Plano da Redenção para os anjos - 2ª parte)

Obrigado por seu comentário e seu interesse num diálogo e parabéns por pensar em assuntos bíblicos tão importantes para nosso desenvolvimento espiritual.

Respondendo a sua primeira indagação, eu lhe sugiro os seguintes artigos:



Para as suas duas últimas perguntas: Isaías 14:12 (KJ) afirma:

"How art thou fallen from heaven, O Lucifer, son of the morning! {how} art thou cut down to the ground, which didst weaken the nations! {O Lucifer: or, O day star}".

Na NVI está escrito assim:

"Como você caiu dos céus, ó estrela da manhã, filho da alvorada! Como foi atirado à terra, você, que derrubava as nações!"

Na LXX aparece o termo "εωσφόρος", "estrela da manhã" ou "lúcifer" (filho da luz). Um adjetivo aplicado a um sujeito muito real, certo?

O mesmo adjetivo é aplicado ao Senhor Jesus em II Pe 1:19, confira:

"We have also a more sure word of prophecy; whereunto ye do well that ye take heed, as unto a light that shineth in a dark place, until the day dawn, and the day star arise in your hearts" (KJ).

"Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em seus corações" (NVI).

Pedro também usou o símbolo "leão" (I Pe 5:8) para representar a Satanás enquanto João (Ap 5:5) o usa para Jesus! A serpente representa tanto Satanás (Ap 12:9) quanto Jesus (Jo 3:14), e por aí vai! Esses paralelos evidenciam a existência do anjo caído, Satanás ou Lúcifer, já que Jesus é uma Pessoa bastante real!

Por fim, consultemos o profeta Ezequiel: "Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o determinei... Por meio do seu amplo comércio, você encheu-se de violência e pecou. Por isso eu o lancei em desgraça para longe do monte de Deus, e eu o expulsei, ó querubim guardião, do meio das pedras fulgurantes" (28:14 e 16).

Aquele que era como a Estrela da manhã, como Jesus; aquele que era um anjo querubim, como Jesus também possui a natureza angelical (cf. os dois artigos sugeridos acima), se tornou "diabo" ou acusador, "satanás" ou adversário! Jesus não. Ele nunca deixou de ser a Estrela da manhã e hoje Sua luz alcança a todos os que vivem na noite sombria das trevas do pecado! (Hendrickson Rogers)

O artigo continua: "Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - 2ª parte".
                            "Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - conclusão"

*Alexandre é um leitor do blog.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Livro: O Plano da Redenção para os anjos


Por que Jesus morreu pelos humanos caídos e não pelos anjos caídos? Por que estes não tiveram uma segunda chance? Ou eles tiveram até a cruz? Lúcifer conheceu o plano da Redenção antes da fundação do mundo? 

“Portanto, por meio do Filho, Deus resolveu trazer o Universo de volta para si mesmo. Ele trouxe a paz por meio da morte do seu Filho na cruz e assim trouxe de volta para si mesmo todas as coisas, tanto na terra como no céu.” (Cl 1:20, NTLH).

“E que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus” (ARA).

“Foi por meio do seu Filho que Deus reconciliou consigo todas as coisas, no céu e na terra, pois a morte de Cristo na cruz trouxe para todos a paz com Deus através de seu sangue” (NBV).

Esse texto paulino talvez sugira que Jesus morreu também para solucionar problemas celestiais, não somente terrenos, como a queda de anjos, por exemplo! Por outro lado, Paulo pode querer se referir aos pecados humanos registrados no Santuário celestial, como ele escreveu aos Hebreus (Hb 9:23).

No entanto, Paulo não foi o único a escrever sobre “problemas celestiais”. Judas, possível irmão do Homem Jesus, por parte do esposo de Sua mãe Maria (cf. Mt 13:55, Gl 1:19 e Jd 1), menciona em sua carta sobre anjos “que não guardaram o seu estado original” (verso 6)! Seria o caso de, alguns dentre esses, terem se arrependido e recebido o perdão de Deus sem haver a necessidade de serem expulsos do Céu com Lúcifer? João escreveu: “o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (I Jo 38). Poderíamos visualizar este princípio no contexto da sedição de Lúcifer no Céu? Claro que sim, pois “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13:8)! Vamos organizar cronologicamente, então, as ideias e os eventos pré-históricos (e históricos) para encontrarmos respostas.

Baixe o livro AQUI e continue lendo! 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Plano da Redenção para os anjos - 3ª parte


        Samuel, após declarar ao povo um traslado dos direitos do rei Saul, “escreveu-o num livro e o pôs perante JAVÉ” (I Sm 10:25). Algo interessante ocorre neste e em vários outros textos bíblicos. Possivelmente os escritos do profeta Samuel foram colocados próximos ou dentro da arca da aliança (cf. Dt 31:26); ou seja, devemos entender que JAVÉ estava representado por aquele símbolo sacrossanto, e não que o livro escrito por Samuel foi arrebatado e colocado no Céu “perante JAVÉ”! Algo semelhante ocorreu com Salomão quando ele disse: “Bendito seja JAVÉ, o Deus de Israel, que falou pessoalmente a Davi, meu pai” (I Rs 8:15). Porém, quando se lê II Samuel 7: 4,5,17 e 27, chega-se a conclusão que, por meio de uma “visão” ou “revelação”, o profeta Natã recebeu de JAVÉ a incumbência de falar a Davi sobre a construção do Templo! Perceba que a expressão “pessoalmente”, lida isoladamente, dá um significado completamente diferente da realidade, donde vem a importância de termos uma visão geral da linguagem usada nas Escrituras para não darmos ao texto um significado não pretendido pelo seu autor! Satanás não foi ao Céu após sua expulsão de lá. Como representante da Terra, por usurpação (cf. Gn 2:15, 1:28 e Jo 14:30), ele levou sua questão a JAVÉ contra Jó num local onde a manifestação de Deus estava (lembre-se, Deus é onipresente!) ou, possivelmente, por meio dos anjos não caídos! Eu creio nesta última hipótese (embora ela não exclua necessariamente a primeira!) pelo fato de a Bíblia deixar muito claro que os anjos não caídos representarem muito bem ao próprio Deus! Alguns exemplos disso: JAVÉ disse a Abraão que desceria e veria o pecado de Sodoma e Gomorra que estava “vindo” até Ele (cf. Gn 18:21). Duas lições implícitas aqui – Ele não desceu e viu fisicamente como Ele estava conversando com Abraão (Gn 18), mas enviou os dois anjos que com Ele foram visitar fisicamente aquele patriarca! (Gn 18:21,22 e 19:1) Segundo ponto: o “clamor” vindo daquelas cidades que estava chegando até JAVÉ, no Céu, possivelmente era o registro feito pelos anjos não caídos da maldade de seus habitantes e enviados a Deus! Não estou anulando a onipresença divina, muito menos definindo-a através dos anjos, mas estou destacando essa linda relação que existe entre JAVÉ e Seus anjos presente na Bíblia! Outro exemplo: Apocalipse 12:10 afirma que Satanás é “o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”. Observe que, se entendermos o verso literalmente, cairemos em vários erros que a Bíblia não contém – Satanás praticamente vive no Céu ou ele é onipresente, pois vê nossos erros e ainda tem tempo de vomitá-los diante de Deus; o originador do pecado vê Deus face a face e permanece vivo! Talvez, o que o profeta ouviu “do céu” (Ap 12:10) signifique: Satanás acusava, até aquele momento, diariamente os redimidos por Jesus, proferindo aos anjos não caídos o que ele bem queria dizer, os quais registram as ocorrências terrestres e as levam até Deus! Portanto, entendendo assim, os ministros angelicais da Trindade tanto a representam como levam até o Céu o que se passa aqui em nosso planeta, não anulando, obviamente, a onipresença e onisciência divinas (cf. Gn 6:5,11, “à vista de Deus”).



h)   Fim permanente do diálogo entre os anjos não caídos e os caídos. Nova destruição das obras do diabo por parte do Senhor Jesus! Toda essa liberdade concedida a Satanás e seus anjos, de levar diante de Deus suas lorotas por meio dos anjos não caídos, segundo as Escrituras, teve um fim. “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (Jo 12:31). “Jesus respondeu: — De fato, eu vi Satanás cair do céu como um raio” (Lc 10:18, NTLH). “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:9,10 e 12). Continua... (Hendrickson Rogers)



Leiam também as partes 1 (clique) e 2 (clique), 4 (clique) e Apêndice desta pesquisa. Um abraço!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Plano da Redenção para os anjos - 2ª parte


g)  Diálogo semiaberto entre os anjos não caídos e os caídos. “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante JAVÉ, veio também Satanás entre eles” (Jó 1:6).  Vamos entender esse importante versículo! Satanás e seus anjos foram expulsos do Céu ao tentarem tomar o trono de Deus (Is 14:12-14) antes da criação na Terra (Gn 3:1 e Ap 12:9). Mas, onde eles ficaram nesse ínterim?   (Confira o Apêndice desta pesquisa.) “Com a cauda ele arrastou do céu a terça parte das estrelas e as jogou sobre a terra” (Ap 12:4, NTLH). “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera” (Ap 12:12). Ao que parece, os anjos maus escolheram voluntariamente residir no planeta que, futuramente, abrigaria a nova criação de Deus – os seres humanos, juntamente com animais e plantas. Talvez por isso, quando o Senhor Espírito começou a criação aqui, algum tempo depois, “a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1:2, ARC)! É como se o ex-Lúcifer tivesse algum sentimento de inveja e vingança com relação a futura criação na Terra, por algum motivo, como por exemplo, querer participar desse plano divino e ter sido impedido já que ele era criatura enquanto Miguel, o Pai e o Espírito eram o Criador, Aqueles que formam o único Deus soberano em todo o universo! Em verdade a rixa de Lúcifer pelo visto é com Miguel, o arcanjo (Jd 9), um dos chefes dos anjos ou um dos “primeiros príncipes” (Dn 10:13), em verdade o maior deles, “o grande príncipe” do exército de JAVÉ (cf. Dn 12:1 e Js 5:14), Aquele que recebe adoração, o “Anjo de JAVÉ” (cf. Êx 3:2-6)! As Escrituras insinuam que Lúcifer quis o lugar de Miguel, Um dos Três. Possivelmente pelo fato de Miguel além de ser Deus, como os versos acima afirmam, ter assumido a natureza angelical e viver como anjo entre os anjos! No entanto, na hora de criar, isso não era tarefa para quem não passava de uma criatura; isso era para quem era Deus, de modo que Miguel fora chamado para as reuniões da Trindade a respeito da criação do ser humano, enquanto que Lúcifer, como qualquer outro dos anjos, não recebeu tal convite! “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram” (Jo 1:1-5, NVI). Miguel é a Palavra. Miguel é Jesus – o “Deus único” (Jo 1:18) que possui outras duas naturezas, a angélica, desde muito tempo, e a humana, obviamente, a partir da encarnação (cf. Lc 1:35)! Miguel é a resposta da pergunta que compõe Seu Nome em hebraico: “Quem é como Deus é?” Lúcifer se tornou Satanás porque não Lhe foi permitido, por um motivo óbvio, ser Miguel! Então, ao usar a violência no Céu de Miguel (cf. Ap 12:7 e Ez 28:16) contra Ele, seu próprio Criador, Miguel o expulsou, e Satanás veio deformar a Terra, o novo projeto de Miguel! Foi ele quem arrastou com seu engano (cf. Ap 12:4 e Is 9:15) uma quantidade enorme de anjos para nosso planeta, não foi Miguel quem os confinou aqui (pelo menos até o momento desta narrativa). Como não havia anjos nem homens aqui, até então, Satanás estava sozinho e desempregado, e o máximo que ele pode fazer foi deixar a Terra “sem forma”, “escura” como um “abismo” (cf. Gn 1:2). Talvez Miguel tenha aproveitado para profetizar para os anjos rebelados o estado deles e da Terra exatamente igualzinho ao que eles estavam vivenciando naqueles dias, mostrando para eles o resultado de sua rebeldia após mais de 6000 anos da tirania satânica sobre o mundo habitado e aliado aos anjos caídos! Sim, João (Apocalipse 20:1-3), Isaías 24:21,22 e Jeremias 4:23-26 descreveram vividamente os demônios novamente desempregados e a terra novamente sem forma, vazia de sua criação e completamente destruída pelo mal e pela vinda do Senhor Jesus Cristo (cf. II Ts 2:8)! Mas, os anjos não estavam presos à Terra. Moisés, autor do livro de Jó, o viu na presença de JAVÉ conversando com Ele (Jó 1:6 e 2:1). Seria esse encontro no Céu, novamente? Raciocine com a Bíblia: JAVÉ ou Miguel havia lutado, vencido e expulsado Satanás do Céu (Ap 12:7-9). Como aquele anjo ousado, suicida e, portanto, muito perigoso para a harmonia do universo, poderia viajar e fazer visitas regulares exatamente onde ele havia começado o terrível conflito contra Deus?! O bom senso bíblico pede que sejamos cautelosos e procuremos uma explicação para essa aparente contradição entre João e Moisés, os profetas autores dos livros em questão. E se a linguagem mosaica for figurada? Vários autores bíblicos a usaram em diferentes contextos, com diferentes significados, mas todos não literais! O próprio Moisés, escritor do Gênesis, descrevendo a fidelidade de Abraão, escreveu: “JAVÉ, em cuja presença eu ando, enviará contigo o seu Anjo e levará a bom termo a tua jornada,” (Gn24:40). Paulo também fez uso desse método: “recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé” (I Ts 1:3 e 3:9). ... (Hendrickson Rogers)



Continue estudando:



"O Plano da Redenção para os anjos - 1ª parte", aqui
"O Plano da Redenção para os anjos - 3ª parte", aqui!
"O Plano da Redenção para os anjos - 4ª parte", aqui! 
"O Plano da Redenção para os anjos - Apêndice", aqui! 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Plano da Redenção para os anjos!


Imagino Jesus, o Miguel, fazendo assim com um
 anjo contaminado por Lúcifer,
 mas arrependido pelo Espírito Santo!

Por que Jesus morreu pelos humanos caídos e não pelos anjos caídos? Por que estes não tiveram uma segunda chance? Ou eles tiveram até a cruz? Lúcifer conheceu o plano da Redenção antes da fundação do mundo? (Jammily Oliveira, Maceió-AL)

“Portanto, por meio do Filho, Deus resolveu trazer o Universo de volta para si mesmo. Ele trouxe a paz por meio da morte do seu Filho na cruz e assim trouxe de volta para si mesmo todas as coisas, tanto na terra como no céu.” (Cl 1:20, NTLH).

“E que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus” (ARA).

“Foi por meio do seu Filho que Deus reconciliou consigo todas as coisas, no céu e na terra, pois a morte de Cristo na cruz trouxe para todos a paz com Deus através de seu sangue” (NBV).

Esse texto paulino talvez sugira que Jesus morreu também para solucionar problemas celestiais, não somente terrenos, como a queda de anjos, por exemplo! Por outro lado, Paulo pode querer se referir aos pecados humanos registrados no Santuário celestial, como ele escreveu aos Hebreus (Hb 9:23).

No entanto, Paulo não foi o único a escrever sobre “problemas celestiais”. Judas, possível irmão do Homem Jesus, por parte do esposo de Sua mãe Maria (cf. Mt 13:55, Gl 1:19 e Jd 1), menciona em sua carta sobre anjos “que não guardaram o seu estado original” (verso 6)! Seria o caso de, alguns dentre esses, terem se arrependido e recebido o perdão de Deus sem haver a necessidade de serem expulsos do Céu com Lúcifer? João escreveu: “o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (I Jo 38). Poderíamos visualizar este princípio no contexto da sedição de Lúcifer no Céu? Claro que sim, pois “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13:8)! Vamos organizar cronologicamente, então, as ideias e os eventos pré-históricos (e históricos) para encontrarmos respostas:
  a)  Criação de Lúcifer. “No dia em que foste criado, foram eles preparados. Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus” (Ez 28:13,14).
  b)  Origem do pecado e do mal, ou seja, da transgressão da Lei de Deus (I Jo 3:4). Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se achou maldade em você” (Ez 28:15, NVI).
  c)  O Filho de Deus Se manifesta para destruir as obras do diabo (I Jo 3:8). “Onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Rm 5:20, ARC). Afirmar que isto só vale para pecadores humanos contradiz a imparcialidade e a imutabilidade do caráter de Deus!
  d)   Disseminação das ideias de Lúcifer no Céu e contaminação de outros anjos. “Pela abundância do teu tráfico, encheram de violência o teu interior, e pecaste” (Ez 28:16, Tradução Brasileira). “Anjos... pecaram” (II Pe 2:4). “Com a cauda ele [o dragão Satanás, cf. Ap 12:9] arrastou do céu a terça parte [talvez um número não literal devido o contexto simbólico] das estrelas [ou seja, dos anjos de Deus, cf. Jd 13 e Ap 1:20]” (Ap 12:4, NTLH).
  e)  O Senhor Jesus consegue destruir as obras do diabo na vida de alguns dos anjos contaminados. Evidências bíblicas:
i)                           Apenas os anjos que “não ficaram dentro dos limites da autoridade concedida a eles” (Jd 6, NBV) e “pecaram” (II Pe 2:4, ARC) que Deus não perdoou! Fazendo uma comparação com os pecadores humanos: “Tornou Moisés a JAVÉ e disse: Ora, o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste. Então, disse JAVÉ a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim” (Êx 32:31-33). Certamente JAVÉ agiu assim também para com os pecadores angélicos, para com aqueles que pecaram contra o Senhor Espírito Santo (cf. Mc 3:29).
ii)                         “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos?” (I Co 6:3). Ora, se os justos julgarão os próprios salvos e os perdidos, durante o milênio (I Co 6:2, Ap 20:4 e Mt 19:28), não é invenção dizer que os anjos a serem julgados pelos mesmos justos durante os mil anos, são os anjos salvos e os anjos perdidos! Afinal, os anjos que não precisaram da redenção de Jesus, necessitam do julgamento?!
iii)                       Paulo chama os anjos de “eleitos” (I Tm 5:21) ou “escolhidos” (TB). O mesmo ele faz com pecadores humanos que aceitaram o convite da graça e foram justificados por Jesus! “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Rm 8:33). A mesma palavra εκλεκτός aparece em Mt 22:14, “muitos são chamados, mas, poucos, escolhidos”. O sentido de muitos é todos os pecadores humanos, pois Jesus afirmou que veio salvar os perdidos (Lc 19:10); e Sua morte foi por “todos” (I Tm 2:6). Todos são muitas pessoas, obviamente, de modo que, os “escolhidos” são aqueles que foram chamados dentre todos e aceitaram o chamado! Aplique isto ao tráfico de informações mentirosas sobre o caráter de Jesus que Lúcifer espalhou no Céu, a consequente contaminação sobre uma quantidade de anjos não mencionada nas Escrituras, o trabalho de Jesus para destruir as obras do diabo na mente dos anjos, Seu êxito em alguns dos afetados e infectados, ou seja, Seu “chamado” a todos os anjos contaminados pelo veneno da serpente e a aceitação deste convite da graça por parte dos anjos “escolhidos”! Infelizmente, o autor do mal preferiu se tornar a serpente, em vez de aceitar o perdão divino.
  f) Pecado eterno por parte dos anjos rebeldes que não aceitaram o “chamado” de Deus e a eterna expulsão deles do Céu! “Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás,” (Ap 12:7-9). “Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno [tártaro no grego], os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo” (II Pe 2:4, ARC).
   g)   Diálogo semiaberto entre os anjos não caídos e os caídos. (Hendrickson Rogers)

   "O Plano da Redenção para os anjos - 2ª parte", aqui! Estude também: 3ª parte, 4ª parte e o Apêndice desta pesquisa, é só clicar!
       

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