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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Contradição na Veja exemplifica as incoerências da mídia em geral


Com mais uma capa apelativamente calculada para atrair a atenção, Veja acaba exemplificando aquilo que condena no texto: na economia de mercado, o que mais importa é vender. Diz a matéria: “É evidentemente doentia uma sociedade em que seja natural vender o filho recém-nascido, anunciar o próprio rim nos classificados dos jornais, leiloar a virgindade ou comprar votos ou a cumplicidade de partidos políticos e parlamentares.” Também é indicador de doença o fato de as pautas das revistas (e dos telejornais, etc.) privilegiarem um estilo de vida, uma ideologia em detrimento de outros/outras. Conforme tenho escrito aqui inúmeras vezes, quando o assunto é cristianismo e/ou criacionismo, o enfoque quase sempre é negativo. Cientistas e pensadores que defendem visão contrária ao darwinismo naturalista reinante são simplesmente ignorados – haja vista as recentes passagens pelo Brasil dos famosos e polêmicos Michael Behe (bioquímico autor de A Caixa Preta de Darwin) e Willian Lane Craig (filósofo e teólogo autor de Em Guarda). Silêncio absoluto da grande imprensa; e não foi por falta de sugestão de pauta. O que a Veja desta semana queria, na verdade, era bater um pouco mais nos condenados no processo do mensalão, especialmente a gangue do PT, alvo predileto da revista. Não que esse pessoal não mereça o escárnio, mas a associação de assuntos (venda da virgindade com compra de votos) foi um tanto “forçada”, pelo menos no meu entender. A virgindade da catarinense (que vergonha!) já deu o que falar e, convenhamos, encheu a paciência. Mas Veja desconsidera temas muito mais importantes (como a situação em Gaza, por exemplo) para estampar o corpo seminu da moça, numa clara intenção de disputar o mercado com as outras semanais e atrair olhares e interesses ávidos por fofocas; para saber o que mais essa vendedora da honra teria aprontado por aí.

É lógico que comprar votos e vender a primeira vez são coisas deploráveis. Mas a imprensa (Veja incluída) e as produções televisivas/cinematográficas não saem ilesas nesse negócio. Elas ajudam a incentivar (vender) um estilo de vida libertino que prega a desvalorização da virgindade e do sexo. A moçada não vende, mas entrega de qualquer jeito, em troca de momentos irresponsáveis de prazer fugaz. “Detona” o futuro pelo prazer imediato, de graça.

A imprensa também ajuda a “vender” ideologias para uma massa desinformada e carente de visão crítica, que compra o pacote ideológico sem se dar conta da orquestração e dos interesses por trás de tudo.

“Será que estamos virando uma sociedade em que tudo se compra?”, pergunta a capa de Veja. Sim, porque tudo está à venda e o ganho é o principal objetivo. Na contramão disso tudo, Ellen White escreveu: “A maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, p. 57).

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Violência indígena amazônica amenizada com a colonização?

(OBS.: As desnecessárias e cientificamente irrelevantes referências à teoria da evolução presentes no texto original não são partilhadas pelo editor do blog. E o idioma abaixo é o de Portugal!)

Segundo um estudo recente levado a cabo pelo antropólogo da Universidade do Missouri (MU)  Robert Walker, antes do contacto com os Europeus os conflitos violentos nas sociedades tribais da floresta Amazónica eram responsáveis por 30% de todas as mortes. Entender os motivos por trás dessas altercações na Amazónia incide alguma luz nas motivações instintivas que continuam a empurrar os grupos humanos para a violência, bem como as formas como a cultura influencia a intensidade e frequência da violência. Walker, autor principal e professor-assistente de antropologia na “College of Arts and Science” da MU, afirmou:
Os mesmos motivos – vingança, honra, território e inveja centrada nas mulheres – que motivaram conflitos mortais na Amazónia, continuam fomentar a violência do mundo actual. A história evolutiva  humana em torno de conflitos violentos entre grupos rivais teve origem nos nossos ancestrais primatas. São necessárias doses maciças de treinamento social e controle institucional para resistir os nossos instintos e resolver as disputas verbalmente – e não com armas.
Felizmente, as pessoas desenvolveram formas de canalizar e desviar esses instintos para longe de conflitos mortíferos. Por exemplo, o desporto e os jogos de computador normalmente envolvem os mesmos impulsos de derrotar um grupo rival. Walker examinou os registos de 1,145 mortes violentas em 44 sociedades . . . . da América do Sul revendo 11 estudos antropológicos prévios. Ele analisou as mortes numa base caso-a-caso como forma de determinar quais os factores culturais influenciaram a contagem dos corpos. Ataques internos entre tribos com linguagens e culturas similares foram os motivos mais frequentes, mas com menos casualidades, quando comparados com os menos frequentes mas mais mortíferos  ataques externos provenientes de tribos com linguagem distinta.
Walker afirma:
A língua e outras diferenças culturais desempenham um papel no “choque de civilizações” que resultaram em actos violentos recentes, tais como o ataque à embaixada dos EUA na Líbia e a contínua guerra no Afeganistão. Trabalhar para desenvolver um sentido de humanidade para todas as pessoas da Terra pode ajudar a reduzir os episódios de violência mais significativos ao encorajar as pessoas a olhar umas para as outras como um grupo unificado que trabalha para os objectivos globais comuns.
Os ataques às vezes envolviam o rapto de mulheres e em média, um similar número de mulheres foram raptadas tanto nos conflitos internos como nos conflitos externos. Outro aspecto da guerrilha amazónica era a traição – tal como o acto de convidar um grupo rival para uma celebração e prosseguir com a chacina do mesmo depois deles estarem embriagados. Estes ataques resultaram em níveis elevados de mortalidade.
Walker diz:
A vingança era histórica guerra intertribal, tal como os modernos conflitos entre gangues, porque demonstrar fraqueza poderia resultar em mais ataques. O ciclo de violência poderia resultar na erradicação mútua das tribos. Depois do contactos com os Europeus, a dinâmica da vida tribal amazónica mudou de forma dramática. Embora a disseminação do Cristianismo e a imposição de estruturas legais nacionais tenham resultado numa enorme perda da identidade cultural, ela também resultou na redução dos mortíferos ataques. Hoje em dia, tal tipo de violência é raro. A doença e o conflito com lenhadores ilegais e mineiros é a causa de morte mais comum.
Estudo: “Body counts in lowland South American violence,” publicado no jornal científico Evolution & Human Behavior. (Provided by University of Missouri-Columbia)
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Aparentemente o Cristianismo, ao contrário do paganismo, é uma ideologia que motiva-nos a "resistir os nossos instintos e resolver as disputas verbalmente – e não com armas" para além de "canalizar e desviar esses instintos para longe de conflitos mortíferos". Para além disso, o Cristianismo fornece “um sentido de humanidade para todas as pessoas da Terra” e encoraja “as pessoas a olhar umas para as outras como um grupo unificado que trabalha para os objectivos globais comuns.” Por outro lado, como o Cristianismo não vê a mulher como propriedade mas como companheira e adjutora no plano de Deus, ataques (“raids”) que têm em vista o rapto de mulheres é algo condenado. Como a Bíblia proíbe o uso da mentira (Êxodo 20:16), “o acto de convidar um grupo rival para uma celebração e prosseguir com a chacina do mesmo” é uma práctica também proibida pela Palavra de Deus. Por fim, uma pergunta: a perda da “identidade cultural” duma cultura que era responsável pela morte de 30% dos seus próprios cidadãos é algo que deve ser lamentado?
Fonte: Darwinismo.

domingo, 30 de setembro de 2012

O sobrenatural e a ditadura do ceticismo (pseudo)científico!

O ceticismo é uma maneira de fugir do desconhecido. Assim também o é algum tipo de materialismo e racionalismo. Conheço várias pessoas que diante da mera menção de algo extraordinário, quando não sobrenatural, parecem que correm para se refugiar por detrás desses muros pretensamente racionais. Isso, para mim, não é nada menos do que medo. Sim, medo de ter que lidar com algo que não pode explicar em níveis lógicos, que tira seus pés do chão e os convidam para a abertura da perspectiva e, quem sabe, destruição de suas certezas. Nas pessoas comuns essa reação me parece até compreensível. O sobrenatural, em princípio, e analisado em si mesmo, é assustador. Nele, depara-se com o imponderável. Cercados de tantas certezas e tentativas de manter-se seguros, a "visita" de um fenômeno inexplicável e incompreensível é a destruição dos fundamentos do edifício da percepção. Aceitar o milagre é confessar que definitivamente não há controle sobre a própria existência.
Isso é assustador, convenhamos. Os homens passam a vida inteira procurando por soluções para curar as enfermidades, adiar a morte e evitar o perigo, que aceitar tranquilamente que há elementos externos que fogem de seu controle e desmontam os alicerces do previsível é improvável. Não que a reação de resistência ao milagre seja completamente consciente. Pelo contrário, como é próprio das reações de medo, esta também é quase instintiva. O homem que nega a sobrenaturalidade apenas está tentando preservar sua sanidade. No entanto, quando nos referimos aos homens pertencentes à comunidade científica, a análise deve ser muito mais rigorosa. O cientista digno dessa alcunha não é um justificador de crenças, nem um atestador de ideias concebidas com antecipação. Um verdadeiro cientista é um observador. Ele enxerga os fenômenos, seleciona-os e tenta explicá-los.
Ora, quando um cientista nega a existência do sobrenatural, obviamente está fechando os olhos para a abundância de manifestações e fenômenos inexplicados e inexplicáveis, como se eles simplesmente jamais tivessem ocorrido. São milhares, de relatos, experiências e testemunhos que estão registrados na literatura, inclusive científica. É impensável imaginar que todos essas descrições possam ser explicadas com base em transtornos psicológicos, individuais ou coletivos. Na verdade, um analisador honesto, alguém que tem como missão explicar o mundo e não justificá-lo, deveria afirmar que há muito mais coisas nesta vida do que podem contemplar seus métodos. E em qual categoria devem ser colocados esses fenômenos? Se não como milagres, ao menos como mistérios. Apesar disso, a atitude corrente dos scholars científicos varia entre a negação desses mistérios e a colocação deles em terrenos inexplorados (mas explicáveis), como os poderes da mente. Com essa metodologia, conseguem abranger dentro do ambiente passível de explicação simplesmente tudo. O que a ciência explica é fato, o que não explica está abrangido pela força da mente, o que acaba sendo, de alguma forma, uma explicação, e afasta, definitivamente, o sobrenatural.
Na verdade, esses cientistas agem como pregadores, não como estudiosos. São, nos dizeres do padre Fortea, como bruxos. Em suas palavras: "Um cientista que usa a razão para seu capricho, já não é um cientista, e sim uma espécie de bruxo ou mágico da razão. E assim, diante de determinados fatos, certas pessoas, apesar de suas qualificações, agem tão irracionalmente quanto um bruxo caribenho dançando ao redor do fogo. Dançam ao redor do fogo da razão, mas são as suas decisões tomadas de antemão que guiam seus movimentos nessa dança (Summa Daemoniaca, ed. Palavra e Prece)". A razão é um dom. Por ela, nos tornamos semelhantes a Deus. O que ela não pode ser é um delimitador da compreensão, negando a possibilidade da transcendência e da sobrenaturalidade. A inteligência dirige todas as coisas e, por isso mesmo, está acima e além das leis naturais conhecidas.
O que sabemos é tudo o que sabemos, mas, decididamente, não é tudo o que existe.
Fonte: Dr. Fábio Blanco.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O Plano da Redenção para os anjos - Apêndice


Apêndice Quais as opções dos anjos rebelados? Estariam eles destinados a vagar sem destino por um universo vazio de vida, sendo o Céu a única exceção? Ou senão permanecer na Terra “vazia” e possivelmente deformada por eles mesmos antes da criação? Ou existe vida em outros planetas e Satanás os alvejou tentando deformá-los também? Onde o originador do mal arrumou experiência para obter tamanho êxito na tentação que realizaria tempos depois no Éden? Só essas indagações já atiçam nosso raciocínio, não acha? E quando eu procuro as respectivas respostas bíblicas, aí é que meus pensamentos são conduzidos para fora de nossa realidade terrena sombria! Analise comigo. “Então, lhes propôs Jesus esta parábola: Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lc 15:3-7). Não querendo fundamentar uma crença numa ilustração (parábola) contada pelo Senhor, mas em nível de hipótese, poderia Jesus está Se referindo a outros mundos habitados, porém não caídos? Afinal, não foi apenas uma ovelha que se desviou, mas logo as duas ovelhas primitivas criadas – Adão e Eva! Perceba a ênfase de Cristo ao repetir essa ideia de que somente um, dentre alguns, que se perdeu e mais tarde foi achado: acontece com apenas uma dentre cem ovelhas, com a única dracma perdida e com o único filho pródigo (cf. Lc 15: 8-32)! É claro que a intenção de Jesus com essas três ilustrações também era enfatizar o “júbilo no céu por um pecador que se arrepende”. Mas, certamente os personagens não caídos de cada uma das parábolas representam “justos que não necessitam de arrependimento”, ou seja, que não pecaram! Sendo assim, como “não há justo, nem um sequer” (Rm 3:10) em nosso planeta (a não ser os que precisaram passar pelo arrependimento), esses justos das parábolas não são terráqueos e mais – são a maioria! Embora a última das três apresente uma proporção de meio a meio, as primeiras duas explicitam 99% e 90%, respectivamente, a quantidade de não perdidos ou não desviados. Talvez a parábola do Pai misericordioso, mais conhecida como a do filho pródigo, evidencie as duas únicas opções, os dois únicos caminhos que os filhos de Deus sempre possuíram, enquanto as duas primeiras exploram a ideia de que a minoria dos filhos de Deus espalhados pelo universo é que se desviou dEle, apesar de isso não fazer a menor diferença para o amante “Pastor” e a preocupada e incansável “Dona de casa”! Como eu escrevi, não quero me basear numa parábola para crer que há vida superior e justa em outros planetas, de modo que vou abordar textos mais literais na busca pelas respostas. Retornemos a Jo 1:6 - “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante JAVÉ, veio também Satanás entre eles”. Já analisamos uma possível linguagem metafórica presente no texto. Vamos avaliar agora se todo ele foi construído desse modo ou se há algo de literal nele. A expressão “os filhos de Deus” tem sido interpretada por alguns estudiosos das Escrituras como se referindo aos anjos de Deus. De fato, ainda no livro de Jó encontramos: “quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (38:7). As estrelas são um belo símbolo para os anjos conforme os profetas Judas (Jd 6 e 13) e João (Ap 1:20 e 12:4). No entanto, afirmar que “todos os filhos de Deus” se resumem aos anjos é um tremendo desconhecimento bíblico! Observe os textos seguintes e tente encontrar os anjos: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5:9). “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8:16); “vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram” (Gn 6:2). “Cainã, filho de Enos, Enos, filho de Sete, e este, filho de Adão, filho de Deus” (Lc 3:18). “E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor e disseram: Verdadeiramente, este era o Filho de Deus.” (Mt 27:54, ARC). Ora, se o Senhor Jesus, Paulo, Moisés e Lucas chamam seres humanos, e não apenas os anjos, de “filhos de Deus”, devemos investigar quem são aqueles que recebem esse título em Jó 1:6!

Alguns detalhes no texto que eu julgo reveladores: Talvez o que temos ali em Jó 1:6 e 7 seja o seguinte: a) representantes de mundos criados por Deus chegando até JAVÉ por meio de anjos não caídos; b) representantes de mundos criados por Deus chegando até JAVÉ por eles mesmos, exceto no caso de Satanás que perdera o privilégio de permanecer no Céu. Que o anjo rebelde representa nosso planeta em vez de um ser humano, isto se deduz de textos como: “Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra"” (Gn 1:28, NVI). “Tomou, pois, Deus Jeová ao homem, e pô-lo no jardim do Éden para o cultivar e guardar” (Gn 2:15, Sociedade Bíblica Britânica). “Eles, porém, como Adão, transgrediram o pacto” (Os 6:7, Imprensa Bíblica). “Chegou a hora de ser julgado este mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo” (Jo 12:3, NVI). “Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe do mundo; ele nada tem em mim” (Jo 14:30, SBBri). O próprio Deus encarnado reconheceu o principado de Satanás, o adversário que o usurpou do homem após derrota-lo no Éden. E o preocupado príncipe deste mundo levou a JAVÉ seu “dilema” a respeito de Jó (ou teve sua mensagem levada por um anjo não caído) confirmando inclusive sua área de atuação e jurisdição: “Perguntou Jeová a Satanás: Donde vens? Respondeu Satanás a Jeová: De rodear a terra, e de passear por ela” (Jó 1:7, idem). Se JAVÉ tiver feito a mesma pergunta receptiva aos “filhos de Deus”, o que será que Ele ouviu? A mesma resposta do anjo rebelde? Talvez cada um tenha mencionado sua área de atuação também, seu planeta, seu dilema legítimo ou seu louvor... Embora as Escrituras não esclareçam esse tema pra gente, elas deixam em evidência a possibilidade de que os “filhos de Deus” se refiram a outras criaturas além dos anjos! Aliás, se os seres humanos caídos e em seguida redimidos puderam viajar da Terra ao Céu, como por exemplo Enoque, Moisés, Elias e os 24 anciãos do Apocalipse, que dizer de seres tão perfeitos quanto os anjos não caídos que habitam esse vasto universo criado por Deus? A Bíblia me permite imaginar a liberdade dessas criaturas racionais e poderosas, desses “filhos de Deus” extraterrestres e extracelestes que certamente escolheram confiar em e obedecer a Deus, assim como o primeiro casal teve sua chance! Talvez a liberdade deles tenha sido provada e seu destino escolhido da mesma maneira que no jardim do Éden, aqui em nosso planeta. Deus pode ter permitido a viagem de Satanás até Seus outros planetas criados, após a expulsão dele do Céu e antes da criação na Terra. E esses “filhos de Deus”, em vez de comer do fruto proibido, decidiram escutar Seu Criador e submeter sua vontade a dEle! São possibilidades bíblicas. (Hendrickson Rogers)

Estude toda esta pesquisa em 1ª parte, 2ª parte, 3ª parte e 4ª parte.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Plano da Redenção para os anjos - 4ª parte


      h)      Fim permanente do diálogo entre os anjos não caídos e os caídos. Nova destruição das obras do diabo por parte do Senhor Jesus! Toda essa liberdade concedida a Satanás e seus anjos, de levar diante de Deus suas lorotas por meio dos anjos não caídos, segundo as Escrituras, teve um fim. “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (Jo 12:31). “Jesus respondeu: — De fato, eu vi Satanás cair do céu como um raio” (Lc 10:18, NTLH). “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:9,10 e 12). Você percebe que Jesus, João e a “grande voz do céu” estão falando de uma expulsão de Satanás do Céu posterior a primeira expulsão, a qual teve seu lugar antes mesmo da criação na Terra?! Vou lhe ajudar a enxergar este fato importantíssimo, a segunda expulsão do dragão, apresentado pelas Escrituras. O Senhor Jesus em João 12 afirmou que o mundo estava prestes a ser julgado e Satanás – o usurpador do principado de Adão e Eva – seria expulso. Mas, o julgamento dos habitantes de nosso planeta não se daria nos dias de Jesus, pois, caso assim ocorresse, todos estaríamos condenados, já que o Substituto do pecador arrependido não teria morrido em seu lugar e o próprio Juiz não estaria em Seu tribunal celestial para determinar as sentenças! Segundo o profeta Daniel o tribunal abriria suas portas e o julgamento no Céu começaria somente após a queda do império romano (cf. Dn 7), o que ocorreu mais de 400 anos depois da encarnação de Deus aqui na Terra (476 d.C.)! Se nosso Salvador não estava se referindo ao julgamento celestial dos pecadores terráqueos (cf. At 17:31), então que julgamento Ele tinha em mente? Algum tempo depois, Jesus asseverou: “o príncipe deste mundo já está julgado” (Jo 16:11) ou “condenado” (NVI). No tópico anterior (g) nós vimos a aparente liberdade que Satanás possuía ao conversar com os anjos não caídos e ter suas palavras levadas até Deus por aqueles seres não contaminados. No entanto, o Senhor Jesus, o Miguel, previu em João 12:31 que Satanás estava prestes a perder essa regalia e não somente isto – estaria julgado pelos anjos não caídos como não merecedor de nenhum tipo de favor por parte deles, ou seja, condenado à completa rejeição do Céu! Isto deve ter acontecido nalgum momento anterior à cruz, pois em João 12:32 o Senhor a mencionou e em João 16:11 Ele ainda não havia sido “levantado” ou crucificado! Possivelmente, desde a (primeira) expulsão do Céu, os anjos não caídos toleravam Satanás, ainda que minimamente, uma vez que eles observavam sua conduta cruel e destruidora aqui na Terra. Talvez eles pensassem que o ex-Lúcifer não trataria seu Criador assim quando Ele viesse revestido da humanidade. Quando observaram a maldade diabólica dos anjos maus contra Aquele que Se submetera às péssimas escolhas humanas e descera para sacrificar-Se de maneira máxima por eles, para dar-lhes certeza de que ainda existia esperança para sua situação, para revelar-lhes o caráter todo-amável da Trindade e Seu esforço divino em favor de todos os pecadores humanos, e mesmo assim, Satanás dirigir sua energia para atrapalhar esta obra de redenção e destruir a própria vida (humana) de Jesus, talvez, então, a partir dessas observações os anjos não caídos “julgaram” e “condenaram” seus ex-companheiros de perfeição e os “expulsaram” para sempre da posição dialogável tolerada por eles! Deus deu livre arbítrio para Seus filhos mais velhos que nós também, e Ele permitiu que eles tomassem essa decisão, realizassem esse julgamento a respeito de seu relacionamento com Satanás na Terra no tempo deles! Talvez isto explique muitos dos acontecimentos que envolvem dor e sofrimento em nosso planeta – o desdobramento do plano divino entre os anjos! Não enxergamos nada disso, mas talvez o que vemos sejam os resultados desse conflito angelical, claro, muito bem administrado pela Trindade. Assim sendo, uma vez que Satanás perdeu perante (alguns dos) os anjos não caídos o que ele nunca teve perante Deus – o direito de representar o planeta Terra nas reuniões interplanetárias (cf. Jó 1:6), de tê-lo como seu reino (cf. Mt 4:8,9) e de enviar recados para Deus por meio dos santos anjos – ele  “desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12)! Alguns detalhes esclarecedores: Apocalipse 12:7 e 8 se refere à guerra militar ocorrida no Céu e seu resultado, expulsão de Satanás e seus anjos. Apocalipse 12:9 também se refere à derrota de Satanás, mas já com o segundo sentido da expulsão de João 12:31, pois em Ap. 12:9 ele é chamado de títulos que até a primeira expulsão Satanás não possuía (“serpente”, “sedutor de todo o mundo”)! Talvez Lucas 10:18 seja uma referência direta à segunda expulsão de Satanás, onde Jesus diz tê-lo visto caindo do Céu dias antes da Cruz! E Apocalipse 12:10-12 menciona que houve uma ordem de festa no Céu devido a salvação garantida para o pecador que a desejasse por meio da morte substitutiva de Jesus na Terra e a segunda expulsão de Satanás do Céu. Talvez vários anjos já não tolerassem o diálogo com o mal e as mensagens trazidas ao Céu enviadas por ele, e quando houve um consenso angelical quanto a isso, em algum momento próximo a crucifixão do Messias, então todos eles se alegraram naquele instante! Por outro lado, lamentaram profundamente pelos habitantes da Terra, pois, se os anjos maus mesmo divididos em destruir a humanidade e enviar recados para Deus já causavam tanta desgraça na vida das famílias humanas, quanto maior desgraça fariam eles após perderem o direito da segunda atividade, de modo que teriam todo o tempo para se concentrarem numa só realização!! “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12). O “diabo” ou o acusador não mais teria espaço no Céu. No entanto, acusaria um pecador por meio de outros e causaria grandes estragos no corpo de Cristo, na Igreja, por meio de discórdias! O mal sabe que após a Cruz “pouco tempo lhe resta”. Mas, e eu, vivo consciente disso? De que não tenho mais tempo a perder com as coisas deste mundo que são exatamente armadilhas do derrotado, porém, bastante vivo inimigo de Cristo e de Sua obra redentora? Talvez Satanás tivesse o direito de chegar até os portões do Céu (cf. Sl 24:7-10). Mas os anjos unanimemente tomaram dele o passaporte que ele usava para sair do planeta Terra e o atiraram e o confinaram aqui, a ele e aos “seus anjos” (cf. Ap 12:9 e 13). A partir da Cruz, Satanás foi confinado ao único planeta, em todo o universo de Deus, que se desgarrou e se perdeu (cf. Lc 15:5-7), mas que em “pouco tempo” será redimido e elevado por Miguel, pelo Cristo, ao posto de capital do universo, o “novo céu” (cf. Ap 21:1)! “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (I Jo 3:8).

Conclusão Não é a toa que os anjos não caídos amam estudar o plano da redenção dos homens, “coisas essas que anjos anelam perscrutar” (I Pe 1:12)! A morte de JAVÉ encarnado na cruz além de salvar o planeta Terra do mal, salva a todo o universo de uma ressurreição do mal, pois revela de modo singular e inesgotável o compromisso do Criador com TODAS as Suas criaturas, em especial com as racionais e livres! Portanto, quem em são juízo pode afirmar que a Cruz é um assunto que se limita apenas a redenção dos homens? (Hendrickson Rogers)

Estude toda a pesquisa: 1ª parte, 2ª parte3ª parte, 4ª parte e Apêndice.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Plano da Redenção para os anjos - 3ª parte


        Samuel, após declarar ao povo um traslado dos direitos do rei Saul, “escreveu-o num livro e o pôs perante JAVÉ” (I Sm 10:25). Algo interessante ocorre neste e em vários outros textos bíblicos. Possivelmente os escritos do profeta Samuel foram colocados próximos ou dentro da arca da aliança (cf. Dt 31:26); ou seja, devemos entender que JAVÉ estava representado por aquele símbolo sacrossanto, e não que o livro escrito por Samuel foi arrebatado e colocado no Céu “perante JAVÉ”! Algo semelhante ocorreu com Salomão quando ele disse: “Bendito seja JAVÉ, o Deus de Israel, que falou pessoalmente a Davi, meu pai” (I Rs 8:15). Porém, quando se lê II Samuel 7: 4,5,17 e 27, chega-se a conclusão que, por meio de uma “visão” ou “revelação”, o profeta Natã recebeu de JAVÉ a incumbência de falar a Davi sobre a construção do Templo! Perceba que a expressão “pessoalmente”, lida isoladamente, dá um significado completamente diferente da realidade, donde vem a importância de termos uma visão geral da linguagem usada nas Escrituras para não darmos ao texto um significado não pretendido pelo seu autor! Satanás não foi ao Céu após sua expulsão de lá. Como representante da Terra, por usurpação (cf. Gn 2:15, 1:28 e Jo 14:30), ele levou sua questão a JAVÉ contra Jó num local onde a manifestação de Deus estava (lembre-se, Deus é onipresente!) ou, possivelmente, por meio dos anjos não caídos! Eu creio nesta última hipótese (embora ela não exclua necessariamente a primeira!) pelo fato de a Bíblia deixar muito claro que os anjos não caídos representarem muito bem ao próprio Deus! Alguns exemplos disso: JAVÉ disse a Abraão que desceria e veria o pecado de Sodoma e Gomorra que estava “vindo” até Ele (cf. Gn 18:21). Duas lições implícitas aqui – Ele não desceu e viu fisicamente como Ele estava conversando com Abraão (Gn 18), mas enviou os dois anjos que com Ele foram visitar fisicamente aquele patriarca! (Gn 18:21,22 e 19:1) Segundo ponto: o “clamor” vindo daquelas cidades que estava chegando até JAVÉ, no Céu, possivelmente era o registro feito pelos anjos não caídos da maldade de seus habitantes e enviados a Deus! Não estou anulando a onipresença divina, muito menos definindo-a através dos anjos, mas estou destacando essa linda relação que existe entre JAVÉ e Seus anjos presente na Bíblia! Outro exemplo: Apocalipse 12:10 afirma que Satanás é “o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”. Observe que, se entendermos o verso literalmente, cairemos em vários erros que a Bíblia não contém – Satanás praticamente vive no Céu ou ele é onipresente, pois vê nossos erros e ainda tem tempo de vomitá-los diante de Deus; o originador do pecado vê Deus face a face e permanece vivo! Talvez, o que o profeta ouviu “do céu” (Ap 12:10) signifique: Satanás acusava, até aquele momento, diariamente os redimidos por Jesus, proferindo aos anjos não caídos o que ele bem queria dizer, os quais registram as ocorrências terrestres e as levam até Deus! Portanto, entendendo assim, os ministros angelicais da Trindade tanto a representam como levam até o Céu o que se passa aqui em nosso planeta, não anulando, obviamente, a onipresença e onisciência divinas (cf. Gn 6:5,11, “à vista de Deus”).



h)   Fim permanente do diálogo entre os anjos não caídos e os caídos. Nova destruição das obras do diabo por parte do Senhor Jesus! Toda essa liberdade concedida a Satanás e seus anjos, de levar diante de Deus suas lorotas por meio dos anjos não caídos, segundo as Escrituras, teve um fim. “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (Jo 12:31). “Jesus respondeu: — De fato, eu vi Satanás cair do céu como um raio” (Lc 10:18, NTLH). “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:9,10 e 12). Continua... (Hendrickson Rogers)



Leiam também as partes 1 (clique) e 2 (clique), 4 (clique) e Apêndice desta pesquisa. Um abraço!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Plano da Redenção para os anjos - 2ª parte


g)  Diálogo semiaberto entre os anjos não caídos e os caídos. “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante JAVÉ, veio também Satanás entre eles” (Jó 1:6).  Vamos entender esse importante versículo! Satanás e seus anjos foram expulsos do Céu ao tentarem tomar o trono de Deus (Is 14:12-14) antes da criação na Terra (Gn 3:1 e Ap 12:9). Mas, onde eles ficaram nesse ínterim?   (Confira o Apêndice desta pesquisa.) “Com a cauda ele arrastou do céu a terça parte das estrelas e as jogou sobre a terra” (Ap 12:4, NTLH). “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera” (Ap 12:12). Ao que parece, os anjos maus escolheram voluntariamente residir no planeta que, futuramente, abrigaria a nova criação de Deus – os seres humanos, juntamente com animais e plantas. Talvez por isso, quando o Senhor Espírito começou a criação aqui, algum tempo depois, “a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1:2, ARC)! É como se o ex-Lúcifer tivesse algum sentimento de inveja e vingança com relação a futura criação na Terra, por algum motivo, como por exemplo, querer participar desse plano divino e ter sido impedido já que ele era criatura enquanto Miguel, o Pai e o Espírito eram o Criador, Aqueles que formam o único Deus soberano em todo o universo! Em verdade a rixa de Lúcifer pelo visto é com Miguel, o arcanjo (Jd 9), um dos chefes dos anjos ou um dos “primeiros príncipes” (Dn 10:13), em verdade o maior deles, “o grande príncipe” do exército de JAVÉ (cf. Dn 12:1 e Js 5:14), Aquele que recebe adoração, o “Anjo de JAVÉ” (cf. Êx 3:2-6)! As Escrituras insinuam que Lúcifer quis o lugar de Miguel, Um dos Três. Possivelmente pelo fato de Miguel além de ser Deus, como os versos acima afirmam, ter assumido a natureza angelical e viver como anjo entre os anjos! No entanto, na hora de criar, isso não era tarefa para quem não passava de uma criatura; isso era para quem era Deus, de modo que Miguel fora chamado para as reuniões da Trindade a respeito da criação do ser humano, enquanto que Lúcifer, como qualquer outro dos anjos, não recebeu tal convite! “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram” (Jo 1:1-5, NVI). Miguel é a Palavra. Miguel é Jesus – o “Deus único” (Jo 1:18) que possui outras duas naturezas, a angélica, desde muito tempo, e a humana, obviamente, a partir da encarnação (cf. Lc 1:35)! Miguel é a resposta da pergunta que compõe Seu Nome em hebraico: “Quem é como Deus é?” Lúcifer se tornou Satanás porque não Lhe foi permitido, por um motivo óbvio, ser Miguel! Então, ao usar a violência no Céu de Miguel (cf. Ap 12:7 e Ez 28:16) contra Ele, seu próprio Criador, Miguel o expulsou, e Satanás veio deformar a Terra, o novo projeto de Miguel! Foi ele quem arrastou com seu engano (cf. Ap 12:4 e Is 9:15) uma quantidade enorme de anjos para nosso planeta, não foi Miguel quem os confinou aqui (pelo menos até o momento desta narrativa). Como não havia anjos nem homens aqui, até então, Satanás estava sozinho e desempregado, e o máximo que ele pode fazer foi deixar a Terra “sem forma”, “escura” como um “abismo” (cf. Gn 1:2). Talvez Miguel tenha aproveitado para profetizar para os anjos rebelados o estado deles e da Terra exatamente igualzinho ao que eles estavam vivenciando naqueles dias, mostrando para eles o resultado de sua rebeldia após mais de 6000 anos da tirania satânica sobre o mundo habitado e aliado aos anjos caídos! Sim, João (Apocalipse 20:1-3), Isaías 24:21,22 e Jeremias 4:23-26 descreveram vividamente os demônios novamente desempregados e a terra novamente sem forma, vazia de sua criação e completamente destruída pelo mal e pela vinda do Senhor Jesus Cristo (cf. II Ts 2:8)! Mas, os anjos não estavam presos à Terra. Moisés, autor do livro de Jó, o viu na presença de JAVÉ conversando com Ele (Jó 1:6 e 2:1). Seria esse encontro no Céu, novamente? Raciocine com a Bíblia: JAVÉ ou Miguel havia lutado, vencido e expulsado Satanás do Céu (Ap 12:7-9). Como aquele anjo ousado, suicida e, portanto, muito perigoso para a harmonia do universo, poderia viajar e fazer visitas regulares exatamente onde ele havia começado o terrível conflito contra Deus?! O bom senso bíblico pede que sejamos cautelosos e procuremos uma explicação para essa aparente contradição entre João e Moisés, os profetas autores dos livros em questão. E se a linguagem mosaica for figurada? Vários autores bíblicos a usaram em diferentes contextos, com diferentes significados, mas todos não literais! O próprio Moisés, escritor do Gênesis, descrevendo a fidelidade de Abraão, escreveu: “JAVÉ, em cuja presença eu ando, enviará contigo o seu Anjo e levará a bom termo a tua jornada,” (Gn24:40). Paulo também fez uso desse método: “recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé” (I Ts 1:3 e 3:9). ... (Hendrickson Rogers)



Continue estudando:



"O Plano da Redenção para os anjos - 1ª parte", aqui
"O Plano da Redenção para os anjos - 3ª parte", aqui!
"O Plano da Redenção para os anjos - 4ª parte", aqui! 
"O Plano da Redenção para os anjos - Apêndice", aqui! 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Você assiste ao BBB?


Os críticos da televisão e do excesso de reality shows na programação ganharam um forte argumento a seu favor. Uma pesquisa feita por psicólogos da Universidade de Linz, na Áustria, chegou à conclusão de que o conteúdo que consumimos em livros, TV ou internet pode modificar nosso desempenho cognitivo de uma maneira muito mais poderosa do que imaginávamos.

No experimento, os voluntários leram um roteiro sobre um personagem fictício que leva uma vida extremamente fútil: ele arrumava em brigas por causa de esporte, ficava bêbado em bares todas as noites e não conseguia interpretar leituras simples. Já outro grupo de pessoas leu um texto sobre o mesmo personagem, mas todas as ações feitas por ele eram inteligentes e úteis.

Em seguida, todos responderam a um questionário de conhecimentos gerais com perguntas como “Qual a capital da Líbia?” e “Quem pintou o quadro Guernica?”, todas fáceis ou cujas respostas estão em telejornais ou programas culturais. O resultado, de acordo com o BodyOdd, foi surpreendente: quem leu a história do sujeito fútil saiu-se muito pior no quiz do que aqueles que acompanharam a história do personagem inteligente.

Os psicólogos explicam que ler ou ouvir sobre um personagem com um comportamento de sentimentos  negativos, como preguiça, violência, raiva ou até burrice, faz com que o espectador seja influenciado por eles e até reproduza algumas das ações da ficção na vida real. Desse modo, a decisão final é toda sua, já que o resultado depende do livro ou programa de TV escolhido.

Fonte: Tecmundo.

Nota: "Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte" (Pv 16:25). "Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras" (Ap 22:11,12). Hendrickson Rogers.



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Diálogo sobre a afirmação "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura"


por Carlos Bitencourt e Hendrickson Rogers

Carlos No subtítulo nº6 - "O que levou Satanás ao pecado, rebelião e queda?", é citado Ezequiel 28:17 - "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura!"


Eu me intrigo com a expressão "POR CAUSA DA TUA FORMOSURA". Ora, por causa é o motivo, e por tudo que estudei a respeito, não há motivo para o pecado; não há explicação; não há justificativa. O pecado é um intruso inexplicável. É um mistério! Agora, já em pecado e dando frutos do pecado, Lúcifer, que se tornou Satanás, passa a se orgulhar de sua formosura. Então, elevou-se o seu coração. O que Deus fez é perfeito. A beleza, a formosura, a simetria, a lindeza - essas coisas não dão motivo para rebelar-se, ou vangloriar-se, quando estamos falando do tempo em que não havia o mal. Deus não dá motivo algum para que alguém peque.



Hendrickson Deus e Sua criação nunca incentivaram ninguém a errar: "longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-Poderoso o cometer injustiça. Na verdade, Deus não procede maliciosamente; nem o Todo-Poderoso perverte o juízo" (Jó 34:10,12). Se tomarmos Ez 28:17 como o único texto bíblico para explicar a origem do mal cometemos, pelo menos, 2 erros: Não deixamos a Bíblia se explicar e construímos uma ideia em cima de um 1 dentre 31.102 versículos!


Lúcifer escolheu contemplar a si mesmo e isto elevou seu coração. O querubim (Ez 28:14) que vivia contemplando a glória da Trindade (lembre-se dos dois querubins do propiciatório; cf. Êx 25:22 e II Rs 19:15) escolheu olhar para a sua glória derivada! Ele escolheu dar livre curso aos seus pensamentos e manifestou-os em suas ações (Pv 23:7). Ora, Deus não muda. Logo, a paciente perseverança do Senhor Espírito tentou dissuadir Lúcifer (cf. Jo 16:8) de suas novas imaginações e ações maledicentes contra o seu próprio Criador e Mantenedor - Jesus (Jo 1:3). Contudo, aquela criatura super capaz escolheu usar as mesmas habilidades dadas por Deus para o bem do universo, de acordo com seus novos ideais diferentes, desarmônicos a tudo o que existia e por fim maldosos e venenosos! Lúcifer escolheu comercializar (Ez 28:18) seu novo produto no Céu e se tornou "acusador" (diabo) e "adversário" (satanás) de Jesus, seu Criador e companheiro angelical (Jesus já havia se tornado Anjo naqueles tempos remotos, cf. Ap 12:7 e Dn 10:13). Escolheu se achar capaz de tomar o lugar de seu próprio Pai (o Anjo JAVÉ; Os 12:4,5). Vejo o pecado de Lúcifer como uma escolha (ou uma sequência obstinada delas), não como um mistério (cf. Tg 4:17).



Diálogo sobre a imutabilidade de Deus e a punição do pecado!

por Carlos Bitencourt e Hendrickson Rogers 


Carlos - Professor, a Palavra de Deus é realmente fabulosa! Em seu artigo, no último parágrafo, está um fundamento, um pilar. Não pode ser usado para uma coisa e, depois, retirado para outra. Deus age de modo eterno, segundo Sua natureza eterna. Ele pode tudo, mas desde que seja em conformidade com o Seu imutável caráter. Eu sou pai. Eu posso tudo em relação ao meu filho. Mas esse tudo não é tudo. É "tudo" conforme se espera de um pai. Você fala sobre o divórcio. Se falasse sobre destruição (dilúvio, guerras e matanças), teria que usar o mesmo critério: Deus é Criador no Velho e no Novo Testamento. Essa conversa de que Ele em alguns momentos foi destruidor é conversa do inimigo, é a dureza do nosso coração em expressar a origem de coisas que ainda não tínhamos conhecimento. É por isso que o "Patriarcas e Profetas" [livro] inicia assim: "Deus é amor. Sua natureza, Sua lei, são amor. Assim sempre foi; assim sempre será. O Alto e o Sublime, que habita na eternidade, cujos caminhos são eternos, não muda. NEle não há mudança nem sombra de variação". O único trecho escrito por Ele na Bíblia diz "não matarás" - esse é o caráter dEle - então, Ele não mata também! Mas há mortes. Bem, essas mortes são salário do pecado. E assim será até o dia em que Satanás, o pai da morte, o homicida desde o início, finalmente morte [morrer]. E isso ocorrerá quando a glória da presença de Deus se manifestar. Pecado e pecadores não mais existirão. Não é o caso de seu artigo - estou apenas aproveitando a deixa do "princípio" por você declarado - mas, sinceridade, fico triste quando o nome de Deus é associado ao sofrimento, acidentes, tragédias. "Onde estava Deus...?"; "Deus é o responsável por...?" Louvado seja Deus porque Ele não muda. Ele tem um carinho enorme por todos nós! 

HendricksonÉ sempre um aprendizado ler e refletir sobre seus comentários! Se me permite, amigo, gostaria de destacar algo: 



1) As escolhas das criaturas racionais do Criador trino não O mudam, mas O afetam e fazem com que Ele também escolha dentre as opções que Seu perfeito e imaculado caráter (Seus "princípios eternos") possui. Exemplo: A escolha de Adão e Eva no jardim resultaram na morte do inocente cordeirinho (Gn 3:21 e Lv 7:8). Abel matou um cordeirinho. JAVÉ matou os descendentes de Caim por meio do Dilúvio. JAVÉ matou os de Sodoma e Gomorra, etc. Isto não evidencia mudança da parte de Deus, mas reação à ação humana dentro do mesmo caráter divino anterior a ação humana! Também não é contraditório afirmar que Deus mata e ordena não matar. Exemplo: O dilúvio não garantiu a ausência do mal, mas garantiu a possibilidade de escolha para as próximas gerações. Antes da escolha humana pelo mal, não há registro da escolha divina pela "punição". A escolha humana pelo mal demandou a escolha divina pela punição para que outros tivessem o direito de escolher também, ainda que escolhessem o mal! Assim, o matar de Deus não é infanticídio ou homicídio, mas sim a reação de um reto Juiz para com um réu culpado. Caso contrário, Satanás só morreria por "morte natural" e, portanto, o mal governaria por causa das brechas da Lei divina, o que nos leva a um absurdo! Deus não muda, Deus obedece Suas próprias leis (elas são Seu próprio "raciocínio"!) e é exatamente por isso que Deus pune a uns e simultaneamente agracia outros. "A Lei de JAVÉ é perfeita" (Sl 19:7) e exige a misericórdia e a justiça, ou seja, o perdão e a punição dentro de seus contextos.




2) As perguntas "Onde estava Deus...?"; "Deus é o responsável por...?" podem ser resultado de terrível angústia, exemplos: Jesus e Jó; podem revelar ignorância, exemplos: Jó, família Coré (Sl 42:3,10) e discípulos (Jo 9:1-3); e podem revelar ousadia e desrespeito, exemplos: família Coré (Sl 42:3,10) e amigos de Jó. Logo, podemos encarar todas as perguntas desse sabor como oportunidades para ensinarmos o que a Bíblia diz!




C - Professor, sei do seu respeito e entenda assim de minha parte também, pois estamos falando do grande conflito entre Cristo e Satanás.




1) Sendo Cristo o Cordeiro morto antes da fundação do Mundo, temos um Redentor antes mesmo de ter um Criador. Então, é básico que Deus já possuía um Plano para eliminar o pecado, caso o homem ainda a ser criado viesse a desobedecer. E, nesse caso, torna-se claro que a Criação está dentro da Redenção.


2) Deus não é culpado pela entrada do pecado e nem pela desobediência do homem, embora Ele já possuísse um Plano de resgate. Deus não é responsável pela morte, embora tenha dito "é certo que morrerás". Deus não é o causador do dilúvio, embora tenha antecipado o assunto para Adão e Enoque (conforme Patriarcas e Profetas), e para Noé (e isso 120 anos antes do acontecimento!). Mas Deus via o que iria acontecer como desdobramento da vida que levavam. Ele sabia do salário do pecado. "Quando, porém, os homens passam os limites da clemência divina, a restrição é removida. Deus não fica em relação ao pecador como executor da sentença contra a transgressão; mas deixa entregues a si mesmos os que rejeitam Sua misericórdia, para colherem aquilo que semearam" (O Grande Conflito, 33). 



3) Quando li que Deus anunciou a criação da Terra, e só depois ocorreu a rebelião de Lúcifer, e que mesmo assim Ele fez a Terra, então entendi que o Redentor e Criador não muda mesmo e não é afetado pelo pecado. Somente o Plano da Redenção daria resposta, se necessário fosse. 



4) Quando Satanás triunfou sobre Adão, Cristo Se colocou em nosso favor. Ele interviu. Segurou os ventos soprados pelo mal. "Aquilo que tem sido mantido sob controle será liberado. O anjo da misericórdia está dobrando suas asas, preparando-se para descer do áureo trono e deixar o mundo sob o controle de Satanás, o rei que escolheram, assassino e destruidor desde o princípio" (Cristo Triunfante, 369 - MM 28/12/2002). 



5) Quando tudo amadurecer, e em cumprimento ao estabelecido nas tarefas finais do santuário, Cristo virá, e acontecerá o milênio. Aí haverá um processo judicial. Ao final do milênio, a sentença "é certo que morrerás" será em fim permitida. "Em consequência de uma vida de pecados, colocaram-se tão fora de harmonia com Deus, sua natureza tornou-se tão aviltada com o mal, que a manifestação da glória divina é para eles um fogo consumidor" (GC, 34). 



Com a graça de Deus, estimulemos mais comentários, mesmo sabendo que isso é apenas um fiapo de um assunto tão mais profundo.


HBoa tarde amigo Carlos. Obrigado por nossa troca respeitosa de ideias e textos inspirados; penso que Deus está sendo honrado e pessoas estão sendo instruídas!  



Por favor, permita-me observar algumas de suas afirmações e da amiga Ellen: 



2)"Deus não é responsável pela morte"; "Deus não é o causador do dilúvio"; "Deus não fica em relação ao pecador como executor da sentença contra a transgressão". Vou deixar Deus falar por meio de Seus profetas como você fez citando Ellen! 



a) "Este [Jesus] te ferirá a cabeça [de Satanás]" (Gn 3:15; cf. Rm 16:20).

b) "Disse JAVÉ: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei" (Gn 6:7).

c) "No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu [a Herodes Antipas], por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou" (At 23).

Vejo nos profetas que, embora não seja tirania divina nem qualquer outra manifestação de falta de amor de Deus, é por causa dEle que o mal irá findar e não por causa do próprio mal! Assim como um juiz não está errado em "condenar" alguém culpado; assim como um policial não está errado em prender alguém culpado, Deus não esteve/está/estará errado ao destruir o mal, embora seja o Agente desse ato. É também fato nosso Deus ser a fonte da vida e os que dEle se afastam inevitavelmente encontram a morte. Contudo, após quanto tempo? Quem decide esse tempo? O mal? Não. Deus! A Bíblia me faz raciocinar que, se o mal se destruísse por si só, então, ele não seria completamente mal, posto que faria um bem ao universo, você me entende amigo?  



Por outro lado concordo com você em seu cuidado de isentar Deus das consequências das escolhas dos pecadores! Perdoe-me a minúcia Carlos; minha mente está habituada a calcular e resolver situações matemáticas e bíblicas; e isto na Matemática significa não deixar lacunas, brechas. É por isso que, além de não culpar Deus no lugar do pecador eu procuro mostrar que, mesmo sem culpa, o Juiz decide o tempo entre o erro e a punição, e também a própria punição final! Não é o pecador, não são os anjos maus que autodestroem, nem é algo aleatório, mas a autoridade e a misericórdia do Todo-poderoso que respeita as escolhas dos transgressores com suas consequências (as imediatas e as finais) e Ele não apenas permite como cria a destruição/punição do mal, como no Dilúvio, Sodoma, Herodes e Lago de fogo (Ap 20:10). 



Por fim, Carlos, quanto as fantásticas palavras de Ellen, confira o que ela diz algumas linhas depois:




"Jamais foi dado um testemunho mais decisivo do ódio ao pecado por parte de Deus, e do castigo certo que recairá sobre o culpado" (GC, 36). 


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