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sábado, 23 de novembro de 2013

A sede de sangue de Yahweh - má compreensão de textos do Antigo Testamento

Hélio Schwartsman, colunista da Folha de S. Paulo, é um ótimo escritor, mas deixa a desejar quando o assunto é uma leitura contextualizada das Escrituras Hebraicas. No último domingo (16/11/2013), ele citou Deuteronômio 7 como “evidência” da sede de sangue de Yahweh, nas páginas do Antigo Testamento. Na referida passagem, Deus ordena os israelitas destruir todas as nações que moravam em Canaã, a terra prometida aos patriarcas hebreus. O texto (v. 2) é explícito: “Destruam-nos completamente [...] não tenham misericórdia deles.” Permita-me fazer três considerações a respeito do assunto, que não encerram um tema tão amplo como esse, mas levantam alguns pontos ignorados por Schwartsman e outros:

1) O que Hélio e outros tantos críticos da Bíblia esquecem é que ela não foi escrita em português, muito menos no século 21. A linguagem de Deuteronômio é hiperbólica, e segue o estilo literário da época em que foi escrito, o segundo milênio a.C. O verbo hebraico hrm, traduzido como “destruir completamente” não deve ser tomado ao pé da letra. Por exemplo, o faraó Tutmoses III afimou que “derrubou o exército de Mitani em uma hora, e o aniquilou totalmente”. Mitani continuou no palco do Antigo Oriente Médio por mais uns 100 anos. Outro exemplo é a estela do faraó Merneptah (1200 a.C.), na qual ele afirma que “Israel estava destruído, e sua descendência não exista mais”. Um terceiro e último exemplo (de vários que poderiam ser dados) está na chamada Pedra Moabita do rei Mesha, mencionado no livro de 2 Reis. Nesse documento, ele se exalta ao dizer que destruiu o reino de Israel para sempre. Novamente, temos um exagero aqui. Esse documento foi escrito entre 840/830 a.C., e o reino de Israel foi destruído cem anos mais tarde pelos assírios. Um leitor atento do livro de Deuteronômio não levaria tais palavras ao pé da letra. Provavelmente, aqueles que seriam (e foram mortos) eram combatentes, não meros civis. Respeitados especialistas em literatura do Oriente Médio, como Kenneth Kitchen e James Hoffmeier, concordam com essa conclusão.

2) Hélio se esquece que no mesmo livro citado (Deuteronômio) encontramos uma recomendação no mínimo intrigante: ao chegar em uma cidade de Canaã, paz deveria ser oferecida àqueles habitantes (20:10). Esse texto e outros demonstram que a conquista de Canaã não se tratava de uma antiga versão da série “Desejo de Matar”, de Charles Bronson! Existia uma alternativa pacífica.

3) Por que matar os inocentes cananeus? Além de práticas como incesto e bestialismo, os cananeus tinham o estranho hábito de sacrificar crianças a um deus chamado Moloque (ou Qemosh, em Moabe). Existem diversos restos arqueológicos em vários pontos de Canaã que atestam a prática desse culto. Levítico 20:1-5 proíbe veementemente a adoração a esse deus por um israelita, inclusive sob pena de morte. Convenhamos, se você descobre que seu vizinho pratica sacrifícios humanos, queimando crianças em uma capelinha no quintal, você iria respeitar essa “opção cultural” dele? Francamente!

Troquei dois emails com o Hélio neste ano. Num deles, sugeri a ele a leitura da excelente obra de Paul Copan, Is God a Moral Monster? Making Sense the Old Testament God (Baker, 2011). Três capítulos da obra abordam a conquista de Canaã e a 'matança' dos seus habitantes. Até onde eu saiba, não existe previsão de esse livro ser traduzido para o português, o que é uma pena. Não sei se o Hélio foi atrás da obra, mas estou certo de que ela o ajudaria a corrigir algumas distorções populares a respeito do Deus do Antigo Testamento.

Fonte: Luiz Gustavo Assis via Criacionismo.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

"Sois deuses"?


O diálogo entre Jesus e os judeus narrado em João 10:22-42 ocorreu em Jerusalém por ocasião da Festa de Dedicação, instituída no período intertestamentário por Judas Macabeus (1 Macabeus 4:36-59). Indagado a respeito de quem Ele era, Jesus confirmou Sua messianidade, Sua capacidade de conceder “vida eterna” e Sua unidade essencial com o Pai (Jo 10:24-30). Mas os judeus, além de não aceitarem as prerrogativas de Cristo, planejavam apedrejá-Lo por blasfêmia (cf. Lv 24:16), pois para eles Jesus era um mero ser humano que alegava ser Deus (Jo 10:33). Em Sua defesa, Jesus declarou que se até mesmo “aqueles a quem foi dirigida a Palavra de Deus” no Antigo Testamento foram chamados de “deuses”, muito mais tinha Ele o direito de Se considerar “Filho de Deus” (Jo 10:34-38).

“Eu disse: sois deuses” (Jo 10:34) são as palavras iniciais do Salmo 82:6, onde lemos: “Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo.” No Antigo Testamento, o substantivo hebraico elohim é usado para designar tanto o verdadeiro “Deus” (Gn 1:1, 26, 27) como os falsos “deuses” (Êx 12:12; 18:11; Sl 97:7). Mas no Salmo 82:6 o termo “deuses” refere-se aos “filhos do Altíssimo”, não podendo, portanto, designar falsos deuses ou ser considerado simplesmente uma expressão irônica.

A tentativa de interpretar os “deuses” do Salmo 82:6 como anjos celestiais ou outro seres perfeitos não é sancionada pelo contexto, que os descreve como “homens” passivos de morte (Sl 82:7), atuando como juízes injustos na Terra (Sl 82:2-4). Também não podem ser anjos caídos, pois estes já estão destinados à condenação no Juízo Final (Jd 6), não podendo mais reverter sua condição depravada, em resposta ao apelo do Salmo 82:3 e 4: “Fazei justiça ao fraco e ao órfão, procedei retamente para com o aflito e o desamparado. Socorrei o fraco e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios”.

Não podendo ser falsos deuses, anjos celestiais, outros seres perfeitos ou mesmo anjos caídos, os “deuses” mencionados no Salmo 82:6 só podem ser seres humanos constituídos como juízes entre o povo de Deus, mas atuando de forma injusta nos dias de Asafe (autor do Sl 82). Essa interpretação é corroborada pelo próprio Cristo, ao identificá-los com “aqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus” (Jo 10:35). Ou seja, a eles haviam sido confiados os oráculos divinos, a fim de os transmitirem com imparcialidade e justiça aos seus contemporâneos.Além do Salmo 82:6, há no Antigo Testamento pelo menos duas outras ocasiões em que mensageiros de Deus foram descritos explicitamente como exercendo suas funções com prerrogativas divinas. Em Êxodo 4:16, Deus disse a Moisés: “Ele [Arão] falará por ti ao povo [de Israel]; ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus.” Em Êxodo 7:1, Deus disse novamente a Moisés: “Vê que te constituí como Deus sobre faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta.” Mas essas declarações jamais deveriam ser consideradas uma evidência da divinização de Moisés. A pessoa pode exercer uma função específica de Deus, sem com isso se tornar um deus em essência. Isso acontece em ambos os casos citados. Deus sempre continua soberano sobre os Seus mensageiros (Êx 4:15; Sl. 82:1), e não há outro Deus além dEle (Êx 20:3; Dt 6:4; 2Sm 7:22; Os 13:4).

Em João 10:34-38, Cristo argumenta que se “aqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus” podiam ser considerados como exercendo funções divinas na Terra, então muito mais Ele, que era funcional e essencialmente Deus, podia reivindicar para Si todas as prerrogativas divinas. As obras que Cristo fazia “em nome” do Pai testificavam de Sua unidade essencial com Ele (Jo 10:25, 32, 37, 38). Essa unidade não é compartilhada por nenhuma criatura em todo o vasto Universo (Cl 2:9; Hb 1:1-14).

                                                 Fonte: Alberto R. Timm, Revista Sinais dos Tempos, julho/agosto de 2002.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - conclusão


Devido a essa comparação do profeta Isaías com Vênus, “filho da alva”, helel ben shajar no hebraico, Tertuliano, Jerônimo e outros chamados pais da igreja usaram  helel do verbo halel, dar luz ou brilhar, lúcifer, em latim, para denominar o anjo rebelde que ambicionou assentar-se no “monte da congregação” (Is 14:13) ou “monte de Deus” (Ez 28:16). Não ignoro o fato de tanto o rei babilônico como o de Tiro serem pagãos e segundo seu folclore religioso os deuses se reuniam num monte alto, de onde decidiam os assuntos da Terra. Até porque essas culturas pagãs propagavam e muito a versão satânica do conflito entre o mal e Deus! Isso se repete com frequência nos achados arqueológicos – histórias semelhantes as da Bíblia sendo que exaltando o dragão em vez de Miguel. Para um estudioso das Escrituras, tal semelhança se explica assim, Satanás pregando seu evangelho, recontando a história de sua derrota na sua versão mentirosa de guerreiro vencedor! Se eu acreditasse no paganismo, então poderia concordar que as expressões bíblicas que envolvem o “monte de Deus” são simples referências as tradições pagãs. No entanto, as Escrituras me fazem enxergar que tais mitos são evidências da luta entre Satanás ou Lúcifer e Jesus também presente nas culturas pagãs, e o uso correto que o Espírito Santo e Seus profetas fizeram desses mitos, que foi exatamente corrigir a versão simplista e enganadora dos anjos maus ao apresentar a existência de um “monte da congregação” real, o “monte Sião” (Ap 14:1, Hb 12:22 e Sl 2:6) no Céu, de onde Lúcifer foi expulso juntamente com os outros rebeldes contaminados por ele e por suas heresias (comp. Ap 12:4 e Is 9:15).

Isso enfatiza a divindade de Miguel ou a de Jesus, pois, se Satanás estivesse guerreando com uma simples criatura de Deus, como entender Isaías, o qual afirmou que Lúcifer queria dominar o Céu e ser “semelhante ao Altíssimo” (Is 14:14)? Se sua luta era e é contra o Altíssimo, como entender que Miguel é só mais um anjo do bem? Na verdade, Miguel é o Altíssimo na forma de anjo, assim como Jesus é o Altíssimo na forma humana. Vamos às evidências bíblicas para essas afirmações poderosas. Acompanhe mais uma sequência de raciocínios bíblicos maravilhosos (arrumação por assuntos de textos espalhados nas Escrituras):

Então sonhou: estava posta sobre a terra uma escada, cujo topo chegava ao céu; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; por cima dela estava JAVÉ, que disse: Eu sou JAVÉ, o Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra em que estás deitado, eu a darei a ti e à tua descendência. Disse-me o anjo de Deus no sonho: Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui. Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto” (Gn 28:12, 13 e 31:11, 13, ARA).

Primeira conclusão: o Anjo de Deus ou de JAVÉ é o próprio JAVÉ, de modo que não é errado afirmar que em Gn 18 o Anjo de JAVÉ conversou com Abraão! Confira essa mesma verdade em Êx 3 e Zc 12:8. Deus não só criou os anjos, como assumiu essa posição. E como anjo, como Deus Se chama? “Anjo de JAVÉ” (Jz 13:19, 22), “Anjo de Deus” como lemos em Gênesis e em praticamente todo o Antigo Testamento, e também Miguel. Vamos para as evidências bíblicas desta última afirmação:

“Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis da Pérsia. Naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de tribulação, qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro” (Dn 10:13 e 12:1). “Respondeu ele: Não; mas venho agora como príncipe do exército de JAVÉ. Então Josué, prostrando-se com o rosto em terra, o adorou e perguntou-lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo? Então respondeu o príncipe do exército de JAVÉ a Josué: Tira os sapatos dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E Josué assim fez” (Js 5:14, 15). “E apareceu-lhe o anjo de JAVÉ em uma chama de fogo do meio duma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia; pelo que disse: Agora me virarei para lá e verei esta maravilha, e por que a sarça não se queima. E vendo JAVÉ que ele se virara para ver, chamou-o do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés! Respondeu ele: Eis-me aqui. Prosseguiu Deus: Não te chegues para cá; tira os sapatos dos pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Êx 3:2-4).

A Bíblia nos oferece vislumbres fantásticos de Miguel como príncipe-anjo de Deus, mesmo sendo o próprio Deus, pois exigiu adoração de Josué assim como Ele fizera décadas atrás com Moisés! Se parássemos por aqui já teríamos motivos suficientes para crer na divindade de Miguel. As Escrituras não pregam o politeísmo, mas ensinam sobre as Pessoas divinas – Pai, Jesus e Espírito Santo, a unidade da Trindade, assim como a unidade no casamento entre macho e fêmea (Gn 2:24) e a unidade do corpo místico de Cristo aqui na Terra, Sua Igreja (Jo 17). Ora, se Miguel (cf. Dn 12:1) é “o defensor” (ARA) ou protetor (NVI) ou “que se levanta a favor” (TB) do povo de Deus especialmente no “tempo de angústia” escatológico (comp. Dn 12:1 e I Jo 2:1), é digno da adoração recebida só por JAVÉ e o Anjo de JAVÉ (Js 5:15 e Êx 3:4, ou você encontra outro príncipe digno de adoração na Bíblia além de Miguel?), expulsou Satanás do Céu (Ap 12:7), veio ressuscitar Moisés (comp. Jd 9 e Mt 17:3), tem os Seus anjos e é maior e mais forte do que eles (cf. Dn 10:13 e Ap 12:7), Miguel só pode ser a mesma Pessoa divina de Jesus, ou melhor – uma das três naturezas de Jesus! Jesus é o Anjo de Deus, pois Ele se identificou com o “Eu Sou” de Êxodo 3, cf. Jo 8:58, o qual era o Anjo de JAVÉ. Jesus é Homem, pois morreu. Jesus é Deus, pois antes de possuir as duas outras naturezas, Ele já existia (Jo 1:1-5). Como Homem Ele é menor do que o Pai (Jo 14:28) e do que os anjos (Hb 2:9). Como Anjo Ele trata os anjos como Seus semelhantes, inclusive Satanás (comp. Jd 6 e Dn 10:13). Porém, como Deus é superior a tudo, é Salvador da humanidade, vindicador do caráter da Trindade e destruidor do mal (II Ts 2:8)!

Conclusão Se Miguel não é divino, então por que Gabriel não venceu o “príncipe da Pérsia” sozinho? Se Miguel não é divino, então por quê Ele venceu Satanás no Céu? Quem é o “descendente” da mulher de Gn 3:15? Se é Jesus, então como afirmar que Jesus é criatura apenas, uma vez que esse texto é uma autoafirmação divina de que Deus se tornaria um descendente de Eva ou da humanidade para esmagar um anjo ou todo o mal?! Eva em Gn 4:1 pensou que Caim já era JAVÉ em forma de gente! Perceba que essas perguntas são problemas eternos para aqueles que interpretam Jesus observando apenas umas de Suas três naturezas, uma interpretação simplista e completamente equivocada. Se Jesus não fosse o Anjo de JAVÉ (ou ainda Anjo JAVÉ), por que Ele não enviaria o Anjo de JAVÉ ou o Miguel liderando os demais anjos em Sua vinda (cf. Mt 24:30, 31)? Descrer que Miguel é Jesus faz com que existam 5 Pessoas divinas – o Pai, Jesus, o Espírito, o Anjo de JAVÉ e Miguel. Lúcifer, ou melhor, o ex-Lúcifer, guerreou contra Jesus porque achava que ao assumir Sua natureza angelical, Deus Se tornaria vulnerável! Ledo engano, pois foi precisamente Miguel quem o expulsou do Céu! Outros hoje acham que Deus fica vulnerável em Sua natureza humana, o Cristo, daí criam um politeísmo onde o Pai é JAVÉ e Jesus é Seu primeiro filho, mas digno de adoração, além de negarem a divindade do Senhor Espírito! Logo, como afirmei antes neste artigo, permitir que nossa natureza carnal interprete as Escrituras em vez de observar as ambiguidades originais e os vários pontos de vistas dos próprios profetas bíblicos a respeito do tópico, é facilitar o trabalho daquele que existe para mentir sobre o caráter de Deus e o seu próprio. O resultado é a existência de várias denominações religiosas, contraditoriamente cristãs, que ensinam apenas pedaços do que a Palavra de Deus diz ou então algo que ela não diz! Daí o estilo de muitos professos cristãos não se diferencia muito daqueles que decididamente não estão se preparando para a volta de Jesus. A hermenêutica bíblica é algo muito sério. Só o Senhor Espírito deve ter o direito de presidi-la e a verificação disso se dá no caráter do estudante das Escrituras que vive no Espírito! “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2:29). Hendrickson Rogers

Todo o artigo aqui: "Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - introdução"
                              "Diálogo sobre Miguel e Lúcifer - 2ª parte"

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

JAVÉ, o livro


As Escrituras, como nosso Mestre Jesus falava (Jo 5:39), ensinam que Ele “subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus” (Fp 2:6). Tomé Lhe respondeu: “Senhor meu e Deus meu” (Jo 20:26). Os líderes judeus O odiavam por Se colocar numa posiçãoigual a Deus” (Jo 5:18 e 10:33). O apóstolo Paulo, que O perseguiu, prendeu e matou Seus seguidores, tudo por achar que Jesus não era o Cristo, ou seja, o Deus encarnado, após sua conversão O chamou “grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2:13). Até os demônios O reconheciam comoFilho do Deus Altíssimo” (Mc 5: 6 e 7) e Lhe adoravam (a expressãoFilho de Deus” significava literalmenteDeus tanto quanto o Pai”! Abordaremos isto mais adiante).
                        É bem verdade que existem textos que aparentemente diminuem o real tamanho de Jesus. Todos eles, porém, possuem uma explicação via outros textos (claro, quando eles mesmos não se expliquem!) que confirmam a verdade de Jesus ser Deus, embora não seja Deus o Pai! O que passa disso não é bíblico. Ou é má interpretação da Palavra de Deus ou é “tradição dos homens” (Mc 7:8).
                        Por que Jesus permitiu a existência desses textos, que, tomados isoladamente, O tornam “criatura” ou, pelo menos, “menor que o Pai”?!


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sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Plano da Redenção para os anjos - 3ª parte


        Samuel, após declarar ao povo um traslado dos direitos do rei Saul, “escreveu-o num livro e o pôs perante JAVÉ” (I Sm 10:25). Algo interessante ocorre neste e em vários outros textos bíblicos. Possivelmente os escritos do profeta Samuel foram colocados próximos ou dentro da arca da aliança (cf. Dt 31:26); ou seja, devemos entender que JAVÉ estava representado por aquele símbolo sacrossanto, e não que o livro escrito por Samuel foi arrebatado e colocado no Céu “perante JAVÉ”! Algo semelhante ocorreu com Salomão quando ele disse: “Bendito seja JAVÉ, o Deus de Israel, que falou pessoalmente a Davi, meu pai” (I Rs 8:15). Porém, quando se lê II Samuel 7: 4,5,17 e 27, chega-se a conclusão que, por meio de uma “visão” ou “revelação”, o profeta Natã recebeu de JAVÉ a incumbência de falar a Davi sobre a construção do Templo! Perceba que a expressão “pessoalmente”, lida isoladamente, dá um significado completamente diferente da realidade, donde vem a importância de termos uma visão geral da linguagem usada nas Escrituras para não darmos ao texto um significado não pretendido pelo seu autor! Satanás não foi ao Céu após sua expulsão de lá. Como representante da Terra, por usurpação (cf. Gn 2:15, 1:28 e Jo 14:30), ele levou sua questão a JAVÉ contra Jó num local onde a manifestação de Deus estava (lembre-se, Deus é onipresente!) ou, possivelmente, por meio dos anjos não caídos! Eu creio nesta última hipótese (embora ela não exclua necessariamente a primeira!) pelo fato de a Bíblia deixar muito claro que os anjos não caídos representarem muito bem ao próprio Deus! Alguns exemplos disso: JAVÉ disse a Abraão que desceria e veria o pecado de Sodoma e Gomorra que estava “vindo” até Ele (cf. Gn 18:21). Duas lições implícitas aqui – Ele não desceu e viu fisicamente como Ele estava conversando com Abraão (Gn 18), mas enviou os dois anjos que com Ele foram visitar fisicamente aquele patriarca! (Gn 18:21,22 e 19:1) Segundo ponto: o “clamor” vindo daquelas cidades que estava chegando até JAVÉ, no Céu, possivelmente era o registro feito pelos anjos não caídos da maldade de seus habitantes e enviados a Deus! Não estou anulando a onipresença divina, muito menos definindo-a através dos anjos, mas estou destacando essa linda relação que existe entre JAVÉ e Seus anjos presente na Bíblia! Outro exemplo: Apocalipse 12:10 afirma que Satanás é “o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”. Observe que, se entendermos o verso literalmente, cairemos em vários erros que a Bíblia não contém – Satanás praticamente vive no Céu ou ele é onipresente, pois vê nossos erros e ainda tem tempo de vomitá-los diante de Deus; o originador do pecado vê Deus face a face e permanece vivo! Talvez, o que o profeta ouviu “do céu” (Ap 12:10) signifique: Satanás acusava, até aquele momento, diariamente os redimidos por Jesus, proferindo aos anjos não caídos o que ele bem queria dizer, os quais registram as ocorrências terrestres e as levam até Deus! Portanto, entendendo assim, os ministros angelicais da Trindade tanto a representam como levam até o Céu o que se passa aqui em nosso planeta, não anulando, obviamente, a onipresença e onisciência divinas (cf. Gn 6:5,11, “à vista de Deus”).



h)   Fim permanente do diálogo entre os anjos não caídos e os caídos. Nova destruição das obras do diabo por parte do Senhor Jesus! Toda essa liberdade concedida a Satanás e seus anjos, de levar diante de Deus suas lorotas por meio dos anjos não caídos, segundo as Escrituras, teve um fim. “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (Jo 12:31). “Jesus respondeu: — De fato, eu vi Satanás cair do céu como um raio” (Lc 10:18, NTLH). “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:9,10 e 12). Continua... (Hendrickson Rogers)



Leiam também as partes 1 (clique) e 2 (clique), 4 (clique) e Apêndice desta pesquisa. Um abraço!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Plano da Redenção para os anjos - 2ª parte


g)  Diálogo semiaberto entre os anjos não caídos e os caídos. “Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante JAVÉ, veio também Satanás entre eles” (Jó 1:6).  Vamos entender esse importante versículo! Satanás e seus anjos foram expulsos do Céu ao tentarem tomar o trono de Deus (Is 14:12-14) antes da criação na Terra (Gn 3:1 e Ap 12:9). Mas, onde eles ficaram nesse ínterim?   (Confira o Apêndice desta pesquisa.) “Com a cauda ele arrastou do céu a terça parte das estrelas e as jogou sobre a terra” (Ap 12:4, NTLH). “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera” (Ap 12:12). Ao que parece, os anjos maus escolheram voluntariamente residir no planeta que, futuramente, abrigaria a nova criação de Deus – os seres humanos, juntamente com animais e plantas. Talvez por isso, quando o Senhor Espírito começou a criação aqui, algum tempo depois, “a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gn 1:2, ARC)! É como se o ex-Lúcifer tivesse algum sentimento de inveja e vingança com relação a futura criação na Terra, por algum motivo, como por exemplo, querer participar desse plano divino e ter sido impedido já que ele era criatura enquanto Miguel, o Pai e o Espírito eram o Criador, Aqueles que formam o único Deus soberano em todo o universo! Em verdade a rixa de Lúcifer pelo visto é com Miguel, o arcanjo (Jd 9), um dos chefes dos anjos ou um dos “primeiros príncipes” (Dn 10:13), em verdade o maior deles, “o grande príncipe” do exército de JAVÉ (cf. Dn 12:1 e Js 5:14), Aquele que recebe adoração, o “Anjo de JAVÉ” (cf. Êx 3:2-6)! As Escrituras insinuam que Lúcifer quis o lugar de Miguel, Um dos Três. Possivelmente pelo fato de Miguel além de ser Deus, como os versos acima afirmam, ter assumido a natureza angelical e viver como anjo entre os anjos! No entanto, na hora de criar, isso não era tarefa para quem não passava de uma criatura; isso era para quem era Deus, de modo que Miguel fora chamado para as reuniões da Trindade a respeito da criação do ser humano, enquanto que Lúcifer, como qualquer outro dos anjos, não recebeu tal convite! “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram” (Jo 1:1-5, NVI). Miguel é a Palavra. Miguel é Jesus – o “Deus único” (Jo 1:18) que possui outras duas naturezas, a angélica, desde muito tempo, e a humana, obviamente, a partir da encarnação (cf. Lc 1:35)! Miguel é a resposta da pergunta que compõe Seu Nome em hebraico: “Quem é como Deus é?” Lúcifer se tornou Satanás porque não Lhe foi permitido, por um motivo óbvio, ser Miguel! Então, ao usar a violência no Céu de Miguel (cf. Ap 12:7 e Ez 28:16) contra Ele, seu próprio Criador, Miguel o expulsou, e Satanás veio deformar a Terra, o novo projeto de Miguel! Foi ele quem arrastou com seu engano (cf. Ap 12:4 e Is 9:15) uma quantidade enorme de anjos para nosso planeta, não foi Miguel quem os confinou aqui (pelo menos até o momento desta narrativa). Como não havia anjos nem homens aqui, até então, Satanás estava sozinho e desempregado, e o máximo que ele pode fazer foi deixar a Terra “sem forma”, “escura” como um “abismo” (cf. Gn 1:2). Talvez Miguel tenha aproveitado para profetizar para os anjos rebelados o estado deles e da Terra exatamente igualzinho ao que eles estavam vivenciando naqueles dias, mostrando para eles o resultado de sua rebeldia após mais de 6000 anos da tirania satânica sobre o mundo habitado e aliado aos anjos caídos! Sim, João (Apocalipse 20:1-3), Isaías 24:21,22 e Jeremias 4:23-26 descreveram vividamente os demônios novamente desempregados e a terra novamente sem forma, vazia de sua criação e completamente destruída pelo mal e pela vinda do Senhor Jesus Cristo (cf. II Ts 2:8)! Mas, os anjos não estavam presos à Terra. Moisés, autor do livro de Jó, o viu na presença de JAVÉ conversando com Ele (Jó 1:6 e 2:1). Seria esse encontro no Céu, novamente? Raciocine com a Bíblia: JAVÉ ou Miguel havia lutado, vencido e expulsado Satanás do Céu (Ap 12:7-9). Como aquele anjo ousado, suicida e, portanto, muito perigoso para a harmonia do universo, poderia viajar e fazer visitas regulares exatamente onde ele havia começado o terrível conflito contra Deus?! O bom senso bíblico pede que sejamos cautelosos e procuremos uma explicação para essa aparente contradição entre João e Moisés, os profetas autores dos livros em questão. E se a linguagem mosaica for figurada? Vários autores bíblicos a usaram em diferentes contextos, com diferentes significados, mas todos não literais! O próprio Moisés, escritor do Gênesis, descrevendo a fidelidade de Abraão, escreveu: “JAVÉ, em cuja presença eu ando, enviará contigo o seu Anjo e levará a bom termo a tua jornada,” (Gn24:40). Paulo também fez uso desse método: “recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé” (I Ts 1:3 e 3:9). ... (Hendrickson Rogers)



Continue estudando:



"O Plano da Redenção para os anjos - 1ª parte", aqui
"O Plano da Redenção para os anjos - 3ª parte", aqui!
"O Plano da Redenção para os anjos - 4ª parte", aqui! 
"O Plano da Redenção para os anjos - Apêndice", aqui! 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O ciclo semanal na Terra após os Mil anos de Apocalipse 20 - um paralelo revelador! (Parte 2)


Antes do término dos 3,5 anos de Seu ministério terrestre, o Cristo atraiu a todos na cruz. “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (Jo 12:32). E, talvez, faltando 36 horas para o fim dos primeiros três anos e meio pós-milenários (lembre-se, o Homem Jesus faleceu por volta das 15h de uma sexta-feira, Mt 27:46 e Mc 15:42 e ressuscitou na “alta madrugada”, Lc 24:1, “sendo ainda escuro”, Jo 20:1; talvez entre 3 e 6 horas!), aconteça o evento que levou Deus a esperar o tempo necessário para que esse momento chegasse – a vindicação de Jesus Cristo e, portanto, de toda a Trindade, o momento onde “todos” em todo o universo e especificamente na Terra, salvos e perdidos, bons e maus, anjos e demônios, terrestres e extra-terrestres, “todos” reconhecerão o caráter honesto e incomparavelmente misericordioso de Deus! O Rei dos reis e o Senhor dos senhores, JAVÉ Deus dirá: “Por mim mesmo tenho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará atrás”. E diante dEle “se dobrará todo joelho, e jurará toda língua” (Is 45:23)! “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2:9-11). “Benigno e misericordioso é JAVÉ, tardio em irar-se e de grande clemência. JAVÉ é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras. Todas as tuas obras te renderão graças, JAVÉ; e os teus santos te bendirão. Falarão da glória do teu reino e confessarão o teu poder, para que aos filhos dos homens se façam notórios os teus poderosos feitos e a glória da majestade do teu reino. O teu reino é o de todos os séculos, e o teu domínio subsiste por todas as gerações” (Sl 145:8-13). “Todas as nações lembrarão de Deus, JAVÉ, todos os povos da terra se voltarão para ele, e todas as raças o adorarão. Pois JAVÉ é Rei e governa as nações. Todos os orgulhosos se curvarão na sua presença, e o adorarão todos os mortais, todos os que um dia vão morrer. As pessoas dos tempos futuros o servirão e falarão às gerações seguintes a respeito de Deus, o Senhor. Os que ainda não nasceram ouvirão falar do que ele fez: ‘Deus salvou o seu povo!’” (Sl 22:27-31, NTLH); “por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos” (Ap 15:4).

Que evento universalmente espetacular este, não? Deus, o nosso precioso Pai do Céu, o nosso precioso Salvador e Consolador, merecem! Além do mais, antes da morte eterna do mal, assim como antes da morte do Cordeiro de Deus, todos precisam enxergar a justiça e a misericórdia de Deus em Suas ações para que todo o universo seja vacinado pela dose exata contra o mal para todo o sempre. “Nunca mais haverá qualquer maldição” (Ap 22:3)! Amém. O amor e a organização de Deus me fazem crer nessa vacina eterna!
Antes de Jesus afirmar que quando Ele fosse levantado da terra atrairia a todos, Ele afirmou algo revelador, tanto para aquela época, quanto para o período pós-milenário: “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (Jo 12:31).

Possível significado literal de João 12:31 Embora Satanás, o “príncipe deste mundo” (Jo 14:30 e 16:11, NVI) tenha sido expulso do Céu por Jesus Cristo, na função de arcanjo Miguel (Ap 12:7-9 e I Ts 4:16, ARC), antes mesmo de existir a humanidade (Gn 3:1), ele ainda tinha certa liberdade para acusar os que Deus estava salvando (Jó 1:6). Não creio que ele fazia isso entrando no Céu de onde fora expulso (Ap 12:8,9); mas, possivelmente, ele acusava diariamente os santos (Ap 12:10) para os anjos de Deus e estes, quando compareciam diante do Pai (Mt 18:10) relatavam suas acusações! (Compare a expressão “diante do nosso Deus” de Apocalipse 12:10, ARA, com I Tessalonicenses 1:3 e 3:9, e perceba como ela pode não ser literal! E em Gn 18:21,22 veja como os anjos de Deus são Seus representantes). Ao se aproximar o tempo da crucifixão de nosso Redentor (Jo 12:32), no entanto, Satanás perdeu a regalia de ser ouvido por aqueles anjos e também foi “expulso” da aparente relação existente entre eles. (Em Lucas 10:18 o Senhor Jesus disse: “Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago”. Se esta cena observada por Cristo for a mesma de Apocalipse 12:12 que diz: “Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta”, podemos até entender que, embora o arquiinimigo não tivesse mais acesso ao Céu, é como se ele conseguisse, por meio de alguma passagem no espaço-tempo, wormhole, fenda espacial, chegar aos portões celestiais (Sl 24:7), para realizar suas acusações diárias (Ap 12:10). Os anjos incontaminados devem ter decidido cortar permanentemente qualquer ligação amistosa com os demônios, se é que tal relação existia após a expulsão deles do Céu, quando o caráter irremediavelmente vil, corrupto e cruel dos ex-habitantes celestes se revelou completamente em seu trato com Jesus – o próprio Pai deles no formato encarnado (Cl 1:16), em algum momento anterior a cruz!).

Possível significado pós-milenário de João 12:31 Muito próximo do fim dos 1260 dias, quando o Senhor Jesus em Seu “trono branco” (Ap 20:11) concluir o julgamento individual/coletivo dos perdidos de todas as épocas (Ap 20:13), então “a serpente” dará continuidade a seu plano enganador de invadir a Cidade Santa com os perdidos. Ora, a Santa Cidade desceu do Céu e aterrissou, caso contrário o exército monstruoso sem asas não poderia tê-la sitiado nos primeiros 40 dias (Ap 20:9)! Então, ao assediar seus soldados para o ataque, Satanás se depara com uma generalizada não correspondência! O veredito de todos eles já foi dado e eles sabem que, por não terem recebido o sacrifício do Cordeiro de Deus no lugar deles, terão eles mesmos que sofrê-lo! Se cumprirá, agora, com precisão, a profecia dada por JAVÉ Deus a Isaías: “Como cessou o opressor! Como acabou a tirania! Quebrou JAVÉ a vara dos perversos e o cetro dos dominadores, que feriam os povos com furor, com golpes incessantes, e com ira dominavam as nações, com perseguição irreprimível. Já agora descansa e está sossegada toda a terra. Todos exultam de júbilo [os de dentro da Cidade Santa]. Até os ciprestes se alegram sobre ti, e os cedros do Líbano exclamam: Desde que tu caíste, ninguém já sobe contra nós para nos cortar. O além, desde o profundo, se turba por ti, para te sair ao encontro na tua chegada; ele, por tua causa, desperta as sombras e todos os príncipes da terra e faz levantar dos seus tronos a todos os reis das nações. [Isso há quase três anos e meio atrás! Porém, ao serem seduzidos e convocados por Satanás para a peleja após o juízo final, todos, me parece que até os outros anjos caídos...] Todos estes respondem e te dizem: Tu também, como nós, estás fraco? E és semelhante a nós? Derribada está na cova a tua soberba, e, também, o som da tua harpa; por baixo de ti, uma cama de gusanos, e os vermes são a tua coberta. Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, hão de fitar-te e dizer-te: É este o homem que fazia estremecer a terra e tremer os reinos? Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades? Que a seus cativos não deixava ir para casa?” (Is 14:4-17). “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso” (Jo 12:31)! “O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (Ap 20:10).

Talvez Deus fique em silêncio durante um dia e meio, apenas para o universo observar a última tentativa satânica de destruir o reino de Deus e a divindade de Jesus! Assim como o Homem Jesus silenciou por 1,5 dia, na tumba, talvez Ele silencie e assista a mal-sucedida obra de Satanás sobre toda a Terra e a recusa dos perdidos em serem seus soldados suicidas mais uma vez! O Senhor Espírito não estará atuando nos perdidos desde que eles pecaram contra Ele (Mc 3:29). Assim, possivelmente, Deus restringirá a feitiçaria satânica (Ap 18:23) sobre a mente dos não salvos ou a recusa dos anjos maus em auxiliar Satanás nessa última investida impossibilite sua sedução sobre “todo o mundo” (Ap 12:9). Também é possível que, a maravilhosa influência de Jesus, mesmo sobre almas inalcançáveis, as torne menos propensas ao dragão e seus anjos, ou uma combinação de todas essas possibilidades!

Outro detalhe: o que comerão os perdidos durante todos esses anos após sua ressurreição? Não encontrei nada nas Escrituras, ainda; senão o que sempre elas nos ensinaram – para cada bênção criada por Jesus, o inimigo constrói uma contrafação amaldiçoadora! Logo, assim como os refrigerantes (só no nome!) e pseudo-alimentos industrializados que tão alegremente são consumidos por muitas famílias há séculos (muitas das quais estarão reunidas dentro e fora das fileiras do exército do mal!), sem dúvida o gourmet maligno servirá para seu exército algo do tipo, ou não, pois, isto definharia muito mais rapidamente seus soldados! Além do mais, vários desses produtos demandam o natural fruto da terra e será que ela produzirá sua flora novamente após o retorno de Jesus? Seria o caso de, durante os mil anos, Satanás e seus anjos lavrarem a Terra com esse fim? É possível. Lembre-se de que, a multidão dos não redimidos possuirá idosos, mulheres e crianças, os quais podem preparar a alimentação dos soldados durante todo aquele tempo.

Mais um: o Todo-poderoso Deus cobrirá Sua destruidora glória para Se comunicar com os perdidos nos quase 3,5 anos de julgamento. Caso contrário, nenhum réu sobreviveria tempo suficiente para reconhecer a justiça de seu veredito! Talvez, JAVÉ em carne apareça no “trono branco” como Ele apareceu aos discípulos após Sua ressurreição (Lc 24:36-43). No entanto, mesmo velada, a presença de Deus amedronta e causa terror aos perdidos (cf. Lc 4:33,34)! 


O sistema solar e o Sábado “Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Ao que parece, os movimentos de rotação e translação da Terra não serão alterados mesmo após as 7 últimas pragas (Ap 16) e a terrível e maravilhosa volta do Senhor Jesus! O ciclo semanal culminando no sábado do sétimo dia ocorrerá ordinariamente, de modo que, quando os salvos com a Cidade Santa adentrarem a Terra, isso acontecerá mil anos (talvez um pouco mais) depois daquele dia em que voltará nosso Salvador Jesus, ou seja, os salvos seguirão a ordem original dos dias e no sétimo, o santo e abençoado sábado, descansarão com Seu Criador precioso (Is 66:23) lá dentro da Belíssima Cidade!


Mas, e quanto aos perdidos que estão fora da Cidade de Deus? Eles não santificarão nenhum dos sábados durante os três anos, sete meses e dez dias! Nos primeiros cinco sábados (dentre os 40 dias iniciais) eles estarão congregados com seu líder Satanás fortalecendo-se e sitiando a Nova Jerusalém (Ap 20:7). Nos próximos 175 sábados (três anos e meio menos os 40 dias iniciais) todos eles estarão congregados no Tribunal de Cristo até sua execução em massa. E nos últimos 5 sábados (40 dias após os 3,5 anos pós-milenários) da história do pecado, este estará sendo consumido e exterminado eternamente pelo (e juntamente com) o lago de fogo (Ap 20:14,15)! Hendrickson Rogers

Prezados leitores do blog, esta pesquisa está em construção desde 1°/2/2012. Aguardem seu desfecho, se Deus permitir! Bom estudo, bons comentários e críticas. Abraço. (Hendrickson Rogers)

1ª parte desta pesquisa AQUI.  

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O ciclo semanal na Terra após os Mil anos de Apocalipse 20 - um paralelo revelador!

O “lago de fogo” ocorrerá paralelamente às adorações sabáticas, por exemplo, de dentro da Cidade Santa “por muitos dias” (História da Redenção, 429)? Como harmonizar Ap 22 com Is 66: não haverá mais noite, nem sol, no entanto haverá o ciclo semanal e o sábado? Como será recriada a Terra? Em 7 dias? No caso em 6 dias, uma vez que o sábado já foi instituído desde o Éden?

Introdução
Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo [Gr. mikron cronon]” (Ap 20:3b, NVI). As Escrituras declaram que a duração entre o fim dos mil anos e o fim de Satanás (do mal como um todo) é de “um pouco de tempo” simbólica ou literalmente falando, já que existem elementos figurados e reais dentro do contexto do milênio (Ap 20:1-7).  João usou essa mesma expressão “mikron cronon” mais duas vezes após concluir o Apocalipse, no livro evangélico que leva o seu nome: “Disse-lhes Jesus: Ainda por um pouco de tempo estou convosco e depois irei para junto daquele que me enviou” (Jo 7:33). “Disse-lhes, pois, Jesus: A luz ainda está convosco por um pouco de tempo; andai enquanto tendes luz, para que as trevas vos não apanhem, pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai” (Jo 12:35, ARC). Talvez possamos entender com isto o seguinte: a luz do ministério terrestre de Jesus Cristo durou, exatamente, três anos, sete meses e dez dias; sendo 3,5 anos antes da cruz (Dn 9:25 e 27 – do “Ungido” até o cessar do “sacrifício”, “metade da semana”; ou seja, do batismo de Jesus até Sua morte sacrifical, 3,5 dias proféticos, isto é, três anos e meio! ) e 40 dias após a Sua ressurreição (At 1:3)! Sendo assim, o “pouco de tempo” entre a soltura de Satanás, no fim do milênio, e sua morte eterna, terá a duração de 3,5 anos mais 40 dias! Destaco o talvez. Avaliei as oito menções do período profético conhecido por “um tempo, tempos e metade de um tempo”, “três dias e meio”, “42 meses” ou ainda “1260 dias” (Dn 7:25; Ap 11:2,3,9,11; 12:6,14 e 13:5) e não consegui enxergar algum vínculo com o “mikron cronon”, nem mesmo algo que sugira o que escrevi acima.

Meu objetivo com esta pesquisa não é inventar algo inaudito ou obrigar a Palavra de nosso Deus a dizer algo que ela não afirmou. Procuro, sim, respostas para essas fabulosas indagações que naturalmente surgem durante o estudo atento e dedicado das Escrituras! 


Caso o raciocínio do “mikron cronon” esteja correto, podemos seguir em frente e organizar os eventos pós-milenários!



E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo [algo em torno de 3 anos, 7 meses e 10 dias]” (Ap 20:3, NVI). “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida” (Ap 20:7-9). Como o modelo “mikron cronon” é um paralelo com o tempo de ministério terrestre de Jesus e um outro possível exemplo de imitação do invejoso Satanás dos atos da Trindade, podemos supor que, assim como Cristo, logo após Seu batismo, passou 40 dias no deserto fortalecendo-Se com o Espírito e o Pai para a luta contra o mal em Seu ministério de três anos e meio, talvez, assim também Satanás gaste os primeiros 40 dias logo após a segunda ressurreição (a dos ímpios, Ap 20:5) buscando fortalecer-se arregimentando os perdidos no maior exército jamais visto em toda história da humanidade, cobrindo continentes inteiros (se é que ainda existirão após a 7ª praga e a vinda de Jesus)! Reconheça os termos militares usados por João para este conglomerado bélico super organizado: “Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida” (Ap 20:9). 

Certamente nesse mesmo período, os anjos rebeldes realizarão curas e capacitarão a muitos dos perdidos (ou a todos eles) que, embora recém-ressurretos, permanecem com o cheiro e a aparência da morte em seus corpos, pois, rejeitando a Cristo, o Autor da vida (At 3:15), não receberam o corpo glorificado, como os salvos (I Co 15:51-54), mas o mesmo “corpo de humilhação” (Fp 3:21) com o mesmo caráter perverso e não santificado que possuíam quando no instante de suas mortes (Ap 22:11)! “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt 24:24). Se isto vem acontecendo e deve se intensificar imediatamente antes da volta de Jesus, os anjos maus farão o mesmo sobre o mar dos perdidos sem que haja dificuldades com algum “eleito”, já que ninguém de seu público atual estará salvo! O “príncipe do mundo” (Jo 14:30) reivindicará seu reino perante seus seduzidos e os convencerá momentaneamente de que, por estarem em maior número do que os de dentro da Santa Cidade, poderão facilmente conquistá-la. Isto deverá fazer muito sentido para grandes guerreiros e conquistadores ante e pós-diluvianos, ao menos por alguns dias! (A Cidade Santa ocupa uma área de 302.500 km²; para fixarmos as ideias, saiba que a Itália possui 301.230 km² e mais de 60 milhões de habitantes já em 2009 segundo http://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia, acessado em 9 de fevereiro de 2012!).

Ao fim dos 40 dias de fortalecimento espiritual, mental e físico no deserto (sim, o jejum bíblico é uma fonte de saúde física!), João afirma que Jesus apareceu num casamento em Caná da Galiléia (Jo 2:1-12). É muito interessante notar que, o mesmo João viu “também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro” (Ap 21:2,9). “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos. Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19:7-9). Dentro de nossa correspondência biunívoca, portanto, ao fim dos 40 dias pós-milenários de marcha e sítio de Satanás com seu monstruoso exército, Jesus deveria aparecer; e João, novamente, registrou Sua aparição livrando os convidados da inigualável festa de dentro da Cidade Santa, dos intrusos rapineiros do lado de fora! “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Ap 20:11-13).


Depois dos 40 dias no deserto, Jesus, nos próximos dias de Seu ministério, até Sua morte substitutiva na cruz, julgou o mundo de Sua época: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus” (Jo 3:19-21). De igual modo, Ele julgará os “mortos”, os perdidos sem a Vida, “um por um, segundo as suas obras”! Até o final dos primeiros 1260 dias ou três anos e meio após o milênio, o Eterno JAVÉ, o Deus encarnado, dará o veredito, a recompensa dos perdidos, individualmente, bem como, coletivamente! “De mim se dirá: Tão-somente em JAVÉ há justiça e força; até ele virão e serão envergonhados todos os que se irritarem contra ele”! Ao mesmo tempo, para os que não O impediram de salvar, os de dentro da Cidade, “em JAVÉ será justificada toda a descendência de Israel e nele se gloriará” (Is 45:24,25). (Hendrickson Rogers)


Prezados leitores do blog, esta pesquisa está em construção desde 1°/2/2012. Aguardem seu desfecho, se Deus permitir! Bom estudo, bons comentários e críticas. Abraço. (Hendrickson Rogers)


2ª parte da pesquisa AQUI.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

"Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem"


“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5:43-48).

Encerro a série “Eu, porém, vos digo” com esta passagem bíblica que explicita ainda mais o significado das outra cinco vezes que o Mestre divino pronunciou essa antítese (em verdade, Mateus, Marcos 9:13 e João 4:35 apresentam um total de 9 dessas antíteses; a de Marcos coincide com a terceira de Mateus; e a de João reflete claramente que Jesus usava essas expressões para contradizer e corrigir a interpretação equivocada que os líderes judeus e demais religiosos tinham do Antigo Testamento e da realidade em geral! Em nenhum momento Ele contradisse o AT.).

Se procurarmos no AT o mandamento “amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo” não iremos achar nada parecido! No entanto, essa frase resumia muito bem a crença judaica com relação aos relacionamentos com os não judeus: “Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber... Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher” (Jo 4:7,27). “Responderam, pois, os judeus [a Jesus] e lhe disseram: Porventura, não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio?” (Jo 8:48).

O Senhor Jesus deixou muito claro como a interpretação errada do AT e o costume de acrescentar leis às de Deus geram perigosos tradicionalismos, responsáveis por sofrimentos e mortes, infelicidades e crimes hediondos praticados às custas do Nome e da Lei de Deus!

No Antigo Testamento encontramos o mandamento do amar o próximo, bem como o estrangeiro e até o inimigo. Jesus desenterrou este mandamento dos escombros do tradicionalismo judaico e chegou a chamá-lo de “novo mandamento” (Jo 13:34) também por causa dos preceitos humanos que suplantavam os divinos (cf. Mc 7:1-13) na religião de Israel. (Por outro lado, Deus chamou “novo” esse mandamento quando Ele o contextualizou dizendo “que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”!). Relembremos: “Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo. Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou JAVÉ. Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado. Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou JAVÉ” (Lv 19:15-18). “Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que JAVÉ não veja isso, e lhe desagrade, e desvie dele a sua ira” (Pv 24:17,18). “Se o que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber, porque assim amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça, e JAVÉ te retribuirá” (Pv 25:21,22). “Uma e a mesma lei havereis, tanto para o estrangeiro como para o natural; pois eu sou JAVÉ, vosso Deus” (Lv 24:22). “Se um estrangeiro habitar entre vós e também celebrar a Páscoa a JAVÉ, segundo o estatuto da Páscoa e segundo o seu rito, assim a celebrará; um só estatuto haverá para vós outros, tanto para o estrangeiro como para o natural da terra” (Nm 9:14). “Não fale o estrangeiro que se houver chegado a JAVÉ, dizendo: JAVÉ, com efeito, me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. Porque assim diz JAVÉ: Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, darei na minha casa e dentro dos meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. Aos estrangeiros que se chegam a JAVÉ, para o servirem e para amarem o nome de JAVÉ, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos” (Is 56:3-7).

“E orai pelos que vos perseguem”. A história de Davi, também contida no AT, parece nos dizer algo a esse respeito. Leia um salmo e a probabilidade de você ver Davi (e outros salmistas) cantando sobre a perseguição de seus inimigos, inclusive compatriotas (Sl 3:6)! Davi teve a chance de matar Saul, um de seus piores perseguidores, algumas vezes, mas ele não o fez porque considerava o ainda rei de Israel como “ungido de JAVÉ” (I Sm 24:6). Alguém com tamanha percepção espiritual mesmo na angústia, certamente colocava os nomes de seus inimigos em suas não raras orações, em seus clamores e gemidos (comp. Com Pv 24:10).

Sim, não havia desculpa para a existência do ditado judeu “amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo” e o Salvador Jesus, Aquele que nos dá a chance de abandonarmos ditados tronchos, conceitos equivocados de Deus e tradições ofensivas a Sua Palavra, oportunizou à cadente religião judaica a libertação de doutrinas humanas, bem como oferece a você, meu querido leitor, a chance de identificar seus costumes em desacordo com a Bíblia e abandoná-los pelo poder que há na Palavra de Jesus! Somente assim seremos reconhecidos como legítimos “filhos do Pai celeste”, pois estaremos imitando a conduta divina para com Seus próximos e Seus inimigos!



“Eu, porém, vos digo: sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”, é o que ensina cada um dos “Eu, porém, vos digo” de Jesus Cristo, o qual foi a Palavra do Antigo Testamento, a Palavra do Novo Testamento, e ainda é a Palavra eterna, imutável, sem contradições nem variações! Amor e obediência sejam oferecidos a Palavra de Deus. Amém! (Hendrickson Rogers)

Todo este estudo está disponível num pequeno livro em PDF AQUI (clique).
E ainda aqui no Blog na seguinte sequência de capítulos:

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Melquisedeque - uma evidência da divindade de Jesus

Paulo faz uma comparação entre Jesus e Melquisedeque, mencionando não tão sutilmente a eterna preexistência de Jesus e, portanto, Sua divindade: "sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus" (Hb 7:3). Ele usa a misteriosa ausência de informação sobre a origem e o fim daquele "rei-sacerdote" (Gn 14:18 e Hb 7:1) apontando-o como tipo ou sombra ou ilustração do Cristo. Mas, Melquisedeque e Jesus são pessoas distintas, pois, Abrão deu o dízimo àquele rei-sacerdote, mas não se prostrou perante ele; já quando JAVÉ (Jesus) foi visitá-lo com dois de Seus anjos, Abraão se prostrou (Gn 18:2)!

Tenho razões bíblicas suficientes para crer que:

a) Jesus era o JAVÉ que foi visitar Abraão;
b) Jesus era (e ainda é) o Anjo de JAVÉ ou de Deus mencionado ricamente no Antigo Testamento.

Prova:
"Disse mais JAVÉ: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito. Descerei e verei se, de fato, o que têm praticado corresponde a esse clamor que é vindo até mim; e, se assim não é, sabê-lo-ei" (Gn 18:20,21). Não é errado afirmar que a Trindade está sendo mencionada pelo Nome JAVÉ (YHWH) no verso 20, pois, onde está Uma Pessoa divina, Ela representa os Três, confira:

“porquanto, nele [Cristo], habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade [no grego theotes – expressa imagem ou transcrição]” (Cl 2:9).

“Então, disse JAVÉ Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal” (Gn 3:22).

“Então, disse JAVÉ: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal” (Gn 6:3).

“Depois disto, ouvi a voz de JAVÉ, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu [o profeta Isaías]: eis-me aqui, envia-me a mim. Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais” (Is 6:8,9). “Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse: Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis” (At 28:25,26). Ou seja, para Paulo, o JAVÉ de Isaías 6 é o Espírito Santo! Já para João, Ele é Jesus (Jo 12:41)!! A Pessoa divina específica nem sempre é o mais importante para o profeta, pois “Deus é Um só” (Tg 2:19)!   

Porém, a Trindade estava representada fisicamente, na forma humana, por uma única pessoa (Gn 18:1,2), ao visitar o pai da nação de Israel. Biblicamente, só Jesus, dos Três, apareceu em forma humana, tanto no AT como no Novo Testamento:
            I)         como “príncipe do exército de JAVÉ” para Josué (Js 5:13-15);
            II)        como “Anjo de JAVÉ” para Manoá e sua esposa (Jz 13:15,18,22);
            III)      como Miguel, “o grande príncipe”, “um dos primeiros príncipes”, para Daniel (Jz 10:13);
            IV)      como o “Cristo”, o “Filho de Deus”, o “Deus conosco”, o “Jesus” como ficou mais conhecido!
Vou demonstrar que as Escrituras se referem a todos os quatro personagens acima citados como uma e a mesma Pessoa divina – uma das Três Pessoas chamadas pelo mesmo Nome JAVÉ, concluindo assim, a prova das afirmações (a) e (b).

“Sou príncipe do exército de JAVÉ e acabo de chegar. Então, Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo? Respondeu o príncipe do exército de JAVÉ a Josué: Descalça as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é santo” (Js 5:14,15). Caso Este “príncipe” fosse (apenas) um anjo de Deus não permitiria que um ser humano se prostrasse perante ele: “Prostrei-me ante os seus pés [do anjo] para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus” (Ap 19:10). Por outro lado, quando Abraão se prostrou perante JAVÉ em forma humana, como lemos, ele não foi repreendido! De fato, Êxodo 3 deixa claro que o “príncipe” que apareceu a Josué era o Anjo de JAVÉ, ou seja, o próprio JAVÉ,  ou seja, o próprio Deus:  “Apareceu-lhe o Anjo de JAVÉ numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia. Então, disse consigo mesmo: Irei para lá e verei essa grande maravilha; por que a sarça não se queima? Vendo JAVÉ que ele se voltava para ver, Deus, do meio da sarça, o chamou e disse: Moisés! Moisés! Ele respondeu: Eis-me aqui! Deus continuou: Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus” (Êx 3:2-6). A Bíblia afirma que o “Anjo de JAVÉ” ou o “Anjo de Deus” (ou Anjo JAVÉ) é Deus em diversos lugares: “Naquele dia, JAVÉ protegerá os habitantes de Jerusalém; e o mais fraco dentre eles, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o Anjo de JAVÉ diante deles” (Zc 12:8). Manoá ao vê-Lo afirmou ter visto Deus (Jz 13:13,22) e o Anjo disse que Seu Nome era “maravilhoso”, um dos nomes do “menino” Deus que viria no futuro, segundo o profeta Isaías (9:6, rodapé da NVI e King James Version)!

Que o Arcanjo Miguel é Jesus podemos também ver facilmente: em Judas 9 o “grande príncipe” Miguel é descrito como um arcanjo (chefe dos anjos). Unindo este texto com: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (I Ts 4:16, Almeida Revista e Corrigida) e “em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão” (Jo 5:25), fica fácil vermos Jesus como Arcanjo Miguel! E o próprio Jesus, o “Emanuel”, afirmou várias vezes ser o Todo-poderoso “Eu Sou” que conversou com Moisés na sarça ardente (cf. Jo 6:35, 8:12,58, 10:7, 11:25, 13:19, 14:6 e 15:1). Sim, ao afirmar ser o Filho de Deus, Jesus Se colocava em pé de igualdade com o Pai, pois fazia as mesmas obras do Pai (cf. Jo 5:18 e 19)! E embora fosse “Filho” no sentido humano de Sua aparição, Jesus não tinha “pai” no sentido de Sua eterna divindade, como Paulo afirmou em Hebreus 7:3!

Conclusões:
 ü  Jesus apareceu a Abraão em Gn 18:1-3, pois Ele é o “EU SOU” (Jo 13:19), o JAVÉ “Deus de Abraão” (Êx 3:6).  
 ü  Jesus é o único que satisfaz as condições para ser o Anjo de JAVÉ ou Anjo de Deus (Gn 21:17), bem como o Arcanjo Miguel.
 ü  Nem o JAVÉ Pai, nem o JAVÉ Espírito Santo foram vistos com aparência humana na Bíblia, só o JAVÉ Jesus. Contudo, isto não quer dizer que, quando JAVÉ aparece no Antigo Testamento só uma Pessoa divina aparece! JAVÉ é Deus (Dt 6:4) e “Deus é um só” (Tg 2:19); Eles Três não concordam com a palavra Deuses, só com a palavra “deuses” (Êx 20:3), a qual, obviamente, nunca se refere a Eles!
 ü  Melquisedeque, um rei-sacerdote misterioso, anterior a Israel e ao sacerdócio levítico, contribuiu e muito para evidenciar a preexistência e divindade de Jesus Cristo! (Hendrickson Rogers)

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