Apêndice Quais as opções dos
anjos rebelados? Estariam eles destinados a vagar sem destino por um universo
vazio de vida, sendo o Céu a única exceção? Ou senão permanecer na Terra “vazia”
e possivelmente deformada por eles mesmos antes da criação? Ou existe vida em
outros planetas e Satanás os alvejou tentando deformá-los também? Onde o
originador do mal arrumou experiência para obter tamanho êxito na tentação que
realizaria tempos depois no Éden? Só essas indagações já atiçam nosso
raciocínio, não acha? E quando eu procuro as respectivas respostas bíblicas, aí
é que meus pensamentos são conduzidos para fora de nossa realidade terrena
sombria! Analise comigo. “Então, lhes propôs Jesus esta parábola: Qual, dentre
vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no
deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os
amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha
ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador
que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de
arrependimento” (Lc 15:3-7). Não querendo fundamentar uma crença numa
ilustração (parábola) contada pelo Senhor, mas em nível de hipótese, poderia
Jesus está Se referindo aqui também a outros mundos habitados, porém não
caídos? Afinal, não foi apenas uma ovelha que se desviou, mas logo as duas ovelhas
primitivas criadas – Adão e Eva! Perceba a ênfase de Cristo ao repetir essa
ideia de que somente um, dentre alguns, que se perdeu e mais tarde foi achado: acontece
com apenas uma dentre cem ovelhas,
com a única dracma perdida e com o
único filho pródigo (cf. Lc 15: 8-32)! É claro que a intenção de Jesus com
essas três ilustrações também era enfatizar o “júbilo no céu por um pecador que
se arrepende”. Mas, certamente os personagens não caídos de cada uma das
parábolas representam “justos que não necessitam de arrependimento”, ou seja,
que não pecaram! Sendo assim, como “não há justo, nem um sequer” (Rm 3:10) em
nosso planeta (a não ser os que passam pelo arrependimento), esses justos das
parábolas não são terráqueos e mais – são a maioria! Embora a última das três
apresente uma proporção de meio a meio, as primeiras duas explicitam 99% e 90%,
respectivamente, a quantidade de não perdidos ou não desviados. Talvez a
parábola do Pai misericordioso, mais conhecida como a do filho pródigo, evidencie
as duas únicas opções, os dois únicos caminhos que os filhos de Deus sempre
possuíram, enquanto as duas primeiras exploram a ideia de que a minoria dos
filhos de Deus espalhados pelo universo é que se desviou dEle, apesar de isso
não fazer a menor diferença para o amante “Pastor” e a preocupada e incansável “Dona
de casa”! Como eu escrevi, não quero me basear numa parábola para crer que há
vida superior e justa em outros planetas, de modo que vou abordar textos mais
literais na busca pelas respostas. Retornemos a Jo 1:6 - “Num dia em que os
filhos de Deus vieram apresentar-se perante JAVÉ, veio também Satanás entre
eles”. Já analisamos uma possível linguagem metafórica presente no texto. Vamos
avaliar agora se todo ele foi construído desse modo ou se há algo de literal
nele. A expressão “os filhos de Deus” tem sido interpretada por alguns
estudiosos das Escrituras como se referindo aos anjos de Deus. De fato, ainda
no livro de Jó encontramos: “quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam,
e rejubilavam todos os filhos de Deus” (38:7). As estrelas são um belo símbolo
para os anjos conforme os profetas Judas (Jd 6 e 13) e João (Ap 1:20 e 12:4).
No entanto, afirmar que “todos os filhos de Deus” se resumem aos anjos é um
tremendo desconhecimento bíblico! Observe os textos seguintes e tente encontrar
os anjos: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de
Deus” (Mt 5:9). “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos
filhos de Deus” (Rm 8:16); “vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens
eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes
agradaram” (Gn 6:2). “Cainã, filho de Enos, Enos, filho de Sete, e este, filho
de Adão, filho de Deus” (Lc 3:18). “E o centurião e os que com ele guardavam a
Jesus, vendo o terremoto e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor
e disseram: Verdadeiramente, este era o Filho de Deus.” (Mt 27:54, ARC). Ora,
se o Senhor Jesus, Paulo, Moisés e Lucas chamam seres humanos, e não apenas os anjos,
de “filhos de Deus”, devemos investigar quem eram aqueles que recebem esse
título em Jó 1:6! (Hendrickson Rogers)
Esta pesquisa está em fase de conclusão. Aguardem!
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