Século 5
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Agostinho, bispo de
Hipona (no norte da África) durante a parte inicial do quinto século e,
provavelmente, o mais influente filósofo teológico na história do mundo
ocidental, mudou o ponto focal do desenvolvimento da teologia trinitariana
depois do Concílio de Constantinopla, com descrições adicionais de
Jesus Cristo. (A história da igreja relembra esse fato como as controvérsias
cristológicas do quinto e sexto séculos.). O trinitarianismo como um todo
também começou a desenvolver-se em novas direções, avançando em linha
espirituais e teológicas! Agostinho aceitou a fórmula trinitária
basicamente conforme declarada pelo Concílio de Constantinopla,
concordou com o termo grego homoousios
– o mesmo que o Concílio de Nicéia utilizara mais de 50 anos atrás. No
início do quinto século o cristianismo já havia estabelecido uma fórmula em
termos gregos e seus correspondentes termos latinos a qual era bem aceita
pela maior parte da igreja (exemplos: homoousios
no grego, substancia em latim, o
mesmo que substância. Hypostasis no
grego, persona em latim, termos
usados para expressar a individualidade e a personalidade do Pai, do Filho e
do Espírito Santo dentro da unidade da Divindade.).
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“Sobre a Trindade”,
livro de Agostinho que descreve
sua própria busca de um conhecimento mais profundo de Deus. Ali ele apresenta
sua compreensão trina de Deus como resultado de seus estudos bíblicos e de
seu relacionamento com Ele – Três Pessoas diferentes compartilhando a mesma
natureza! Segundo Agostinho, conhecer a Deus não era uma questão de
apresentar a fórmula “três em um”, ou tentar compreender o mistério de Deus
nas características de Sua natureza compartilhada, Sua onisciência ou Sua
eternidade. Em vez disso, ele sugeriu que, conhecer a Deus também envolve
experimentar Seu amorável caráter, um caráter que permanece sendo mistério
mesmo depois de havermos apresentado cada descrição e interpretado cada
revelação das Escrituras! A mais completa descrição de Deus nem chega a ser um
conhecimento superficial dEle! No entanto, ainda assim, encontra-se à
disposição conhecimento suficiente para que o cristão consiga entender a
dinâmica básica da salvação, e saber como relacionar-se com Ele e com os
demais seres humanos, à vista de Deus. No final de sua obra, Agostinho
anunciou seu glorioso fracasso, pois embora houvesse descoberto muito,
aprendido muito e conhecido muito, ainda assim não fora capaz de apreender a
Deu. Tal compreensão, segundo ele, terá de esperar até que cheguemos ao Céu! “Sobre a Trindade” também foi o mais
meticulosamente elaborado e intricadamente definido tratado filosófico sobre
a Trindade até os seus dias, obviamente com base nas Escrituras. Com o tempo
muitas partes do livro tornaram-se parte do dogma trinitariano da Igreja
Católica medieval, mas a igreja organizou-o de acordo com a fórmula
trinitariana expressa pelo Concílio de
Constantinopla. Dentro do conjunto de livros que compõem a obra de
Agostinho, encontramos esclarecimentos adicionais dentro da Divindade aos
quais os concílios de Nicéia e Constantinopla fizeram alusão, mas
não definiram com precisão. São tentativas agostinianas no sentido de definir
com maior rigor o relacionamento entre as Três Pessoas de um só Deus, mas que
distorcem o entendimento escriturístico ao colocar o Pai como fonte geradora
do Filho e do Espírito!
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terça-feira, 13 de novembro de 2012
Cronologia da historicidade da doutrina bíblica da Trindade - 8ª parte
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