sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Notícias sobre Dinossauros - depósitos de fósseis desafiam modelos não-bíblicos para a extinção!


O que aconteceu com os dinossauros?  Por muitos anos essa tem sido uma pergunta intrigante e muitas sugestões foram dadas para respondê-la. A mais popular dessas é a sugestão de que a queda de um asteróide não somente matou todos os dinossauros e muitas outras formas de vida, como também encerrou o período geológico denominado Cretáceo e a era Mesozóica. Mas essa não é a única resposta possível  e também não está tão fortemente estabelecida como alguns de seus defensores gostariam de crer.  Outras sugestões propostas na literatura científica incluem um aquecimento da Terra que matou todos os dinossauros, ou que os dinossauros morreram devido a um resfriamento da Terra, ou a Terra ficou muito seca, ou muito úmida e os dinossauros se extinguiram, ou o alimento disponível escasseou e os dinossauros morreram de fome, ou o alimento ficou abundante demais e os dinossauros  sufocaram, ou novos alimentos venenosos surgiram e os dinossauros morreram ao comê-los. Um cientista chegou a propor que os dinossauros morreram de constipação! A proliferação de teorias garantiu que haveria muitos cartoons sugerindo outras possibilidades. Vulcões foram considerados como um fator causativo, assim como outros eventos tectônicos.  A explicação que eu mais gosto é essa: os dinossauros foram destruídos por uma inundação global. Falaremos mais sobre isso depois.

Nosso projeto, iniciado em 1996, tem sido um esforço cooperativo envolvendo o Earth History Research Center (Centro de Pesquisa da História da Terra), o Hanson Research Center (Centro de Pesquisa Hanson) e a Southwestern Adventist University (Universidade Adventista do Sudoeste). Todos os anos passamos o mês de junho em Wyoming escavando fósseis e tentando entender o seu contexto geológico. Nos outros meses do ano, os fósseis, transportados para a Southwestern Adventist University, são preparados, limpados e catalogados na coleção do Hanson Ranch.

Nossa localização é no canto nordeste do estado de Wyoming,  no condado menos povoado do  estado menos povoado dos Estados Unidos. Nossa estação de campo é uma construção notável abrigando nosso laboratório de pesquisa, uma cozinha, sala de jantar e sala de aula, além de banheiros modernos e nossa rede de computadores. Cada participante leva seu quarto de dormir privativo (barraca). Durante o verão temos até 116 participantes. Num dado momento temos 30 ou mais pessoas trabalhando e vivendo no acampamento.

Os locais de escavação ficam a cerca de 1,5 km do acampamento.  É uma caminhada agradável do acampamento até os pontos de escavação e  a maioria dos participantes prefere andar até seu sítio. A razão da localização dos pontos de escavação se torna evidente quando analisamos um mapa da localização dos ossos na superfície. Os locais de escavação estão no meio de uma gigantesca bone-bed, uma das maiores do mundo.  

Os dinossauros encontrados são na maioria Edmontosaurus, o dinossauro com bico de pato. Outros dinossauros representados são os carnívoros Nanotyrannus e Dromaeosaurus,  os comedores de plantas  Nodosaurus  e Pachycephalosaurus,  o dinossauro  semelhante a avestruz Struthiomimus e outras  espécies como Thescelosaurus, Triceratops, Troodon e Tyrannosaurus rex.

O trabalho que estamos fazendo é de tafonomia. A tafonomia é o estudo de tudo o que acontece desde o momento em  que o organismo está vivo até  quando ele  é escavado. A tafonomia inclui estudar a causa da morte, a história post-mortem e todas as mudanças ocorridas após o soterramento. 

O sítio nos foi disponibilizado no fim da década de  1990, quando o cientista secular que tinha iniciado o trabalho no local se dirigiu ao proprietário da fazenda com um pedido de leasing por  99  anos  da área onde se encontravam os ossos.  O proprietário da fazenda estava disposto a conceder o leasing, mas por ser um
criacionista ele não  estava à vontade com a  idéia de o cientista usar os fósseis encontrados em sua fazenda para promover a evolução. Assim, ele disse que aprovaria a proposta se o cientista estivesse disposto a apresentar a criação como uma alternativa à evolução.  O cientista secular disse que ele não faria  isso  e deixou a fazenda desgostoso, gritando “Esse é o último dia em que foi feita pesquisa científica no Hanson Ranch!”

Com  esse  desafio soando em nossos ouvidos, abordamos o projeto com a intenção de fazer uma pesquisa excepcional sob a liderança de Deus. Descobrimos a existência de uma nova tecnologia que incorporamos em nossas técnicas de campo e que revolucionou o método de mapeamento de campo em paleontologia. Ela envolve o uso de  GPS  (Global Positioning Satellites) de alta resolução para mapear nossos ossos. O sistema consiste em uma base GPS que fica permanentemente fixa em um local conhecido,  com precisão de poucos milímetros. Esse instrumento recebe sinais de uma constelação de satélites e determina sua localização. Até aqui isso não é muito diferente do  GPS  no seu telefone  celular ou do seu carro. O que acontece a seguir justifica o custo de 50 mil dólares do sistema.  O computador do  GPS  compara a posição dos satélites com sua própria localização conhecida e calcula um fator de correção.  Assim, se os satélites indicam uma posição dois metros ao norte, a base corrige  isso  para a posição verdadeira e então transmite a correção pelo rádio. Na outra ponta está a unidade portátil.  A unidade móvel recebe sinais da mesma constelação de satélites no mesmo momento que a base e calcula sua posição.  A unidade móvel então recebe a correção da base  pelo rádio e corrige seu valor pelos dados da base. Usando esse método podemos rotineiramente obter precisão média de alguns milímetros, que é o suficiente para mapear ossos.

Quando encontramos  um osso, trazemos a unidade móvel e registramos um conjunto de pontos sobre o osso. Tiramos também uma foto digital do osso in situ. Mais tarde, usando o computador, podemos mostrar  os pontos registrados e uma foto modificada do osso com o entorno removido. A foto do osso pode ser superposta sobre os dados do GPS e ancorada ali,  de forma que o osso aparece na imagem do computador exatamente onde estava quando foi localizado em espaço real.  Usando essa tecnologia pudemos criar uma reconstrução fotográfica de nossas escavações com precisão de milímetros. Esses dados podem ser postados na internet e podem ser buscados para responder importantes questões tafonômicas.

Estamos fazendo essa análise por mais de 10 anos e acumulamos dados suficientes para ter uma boa visão do que parece ser nosso depósito de ossos. O Sítio Norte, nossa área de escavação principal, tem fornecido excelentes dados por 12 anos. Os ossos estão bem preservados e são muito representativos do sítio com um todo. O Sítio Sul, onde temos trabalhado por onze anos, produziu uma quantidade e qualidade
similar de ossos.  O Sítio Sudeste e o  Teague  têm uma densidade  e qualidade excepcional de ossos.  Todos  os  sítios em que trabalhamos deram resultados semelhantes.

O que aprendemos?  Antes de  responder a questão, deixe-me apresentar o modelo do cientista secular que trabalhou em Hanson Ranch antes de nós. Essa é a explicação mais usada para explicar a maioria dos depósitos de ossos:  dinossauros atravessando o rio numa época de cheia. Alguns se afogaram e foram arrastados até uma curva do rio onde suas carcaças encalharam. Durante vários anos isso aconteceu, talvez durante a migração anual, resultando no acúmulo de um grande depósito de ossos com milhares de animais. Agora vamos avaliar esse modelo com os dados que obtivemos no campo.

Os ossos não apresentam orientação devido à  corrente.  Se os ossos  se acumularam em um rio, eles deveriam refletir a direção da corrente desse rio. Entretanto, eles não apresentam nenhuma direção de corrente consistente. Isso não é o que seria esperado se os ossos tivessem sido depositados em um ambiente fluvial. 

A maioria dos ossos está desarticulada e a distribuição horizontal de ossos é aleatória. Se os animais tivessem se acumulado numa curva de um rio, seria esperado que as carcaças fossem preservadas mais ou menos intactas. Seria também esperado que os ossos formassem agrupamentos, por exemplo, de vértebras ou  de costelas em vez de se encontrarem dispersos aleatoriamente por toda  a  superfície. Mais uma vez descobrimos que nossos dados não se encaixam no modelo usual para camadas de ossos.

Os ossos apresentam gradação normal na camada. Somente essa observação é suficiente para desacreditar o modelo padrão. Para gerar uma camada com gradação o conjunto de ossos deve estar todo disponível ao mesmo tempo e então  os ossos e  os  sedimentos devem ser transportados  catastroficamente para águas mais profundas. À medida que o fluxo atinge sua velocidade crítica, as partículas maiores (nesse caso, ossos) são depositadas primeiro, seguidas das partículas menores. Isso só pode acontecer em águas mais profundas tais como um lago ou um oceano. Não se espera que aconteça num rio.

Os ossos estão bem preservados e mostram pouca evidência de ação do clima ou abrasão. O período entre a morte e soterramento não foi longo o suficiente para exposição a intempéries e o processo de transporte não mostra sinais de rolamento. Estes aspectos são consistentes com um processo deposicional em água profunda. 

Estimativa conservadora de milhares de animais soterrados na camada. A presença de tantas carcaças é inconsistente com um ambiente deposicional fluvial, mas não há um limite específico para o número de ossos que pode ser encontrado em um fluxo de detritos subaquático.  

Considerando um modelo com deposição rápida em um evento único, somando às informações que temos sobre a sedimentologia do depósito e a estrutura de tempo tafonômica, temos o seguinte cenário: uma grande quantidade de dinossauros morreu aproximadamente ao mesmo tempo, talvez num evento único. O evento pode ter sido uma explosão vulcânica ou afogamento ou talvez algo que ainda não tenhamos pensado. As carcaças ficaram reunidas no ambiente em que morreram ou podem ter flutuado na água por um período de tempo. As carcaças eventualmente foram lançadas numa área de costa onde apodreceram por semanas ou meses.  À medida que se desarticulavam, foram soterradas na lama em um ambiente deltaico de crescimento rápido.  Finalmente a massa de sedimentos finos, carne em putrefação e ossos foi ressuspendida por um evento tectônico (terremoto) e o fluido denso moveu-se por quilômetros para um ambiente mais profundo onde finalmente foi soterrado. Posteriormente ele foi recoberto por centenas de metros de sedimentos antes de ser soerguido formando a Bacia do Rio Powder onde agora se encontra.

Estamos estudando uma grande e incomum  bone-bed no leste de Wyoming e começando  a  desvendar sua história tafonômica.  Essa história  certamente envolve catástrofe,  mas isso é  comum em estudos de dinossauros, que frequentemente invocam explicações catastróficas. O mais importante é que nesse  estágio de nossa pesquisa encontramos evidências abundantes de morte catastrófica e soterramento de dinossauros, que cremos que pode ser acomodada num dilúvio global. A lição de casa é que, em ciência, é sempre bom ter os olhos abertos para explicações alternativas, de modo que, quando aparecerem dados anômalos, se possa reagir apropriadamente a eles.

Ah, e o que dizer sobre a pergunta original que foi feita: “O que aconteceu com os dinossauros?” Veja as referências: 

• Spiritual Gifts, Vol. 3, pag. 92, escrito por Ellen White.
• Spiritual Gifts, Vol. 4, pag. 121.

Websites:
Questões sobre Criação/Evolução: http://origins.swau.edu
Museu de Fósseis Online: http://fossil.swau.edu/fossil
Museu Educacional Online: http://dinosaur.swau.edu
Projeto de Pesquisa dos Dinossauros:  http://dinosaurproject.swau.edu

Fonte: Arthur V. Chadwick
Tradução: Urias Echterhoff Takatohi
Revisão: Marcia Oliveira de Paula

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