União legal de um homem e uma mulher para estabelecer um lar, gerar e criar filhos, e promover a interdependência, o apoio e o conforto mútuos. O casamento foi estabelecido por Deus no Éden, antes da entrada do pecado no mundo (Gênesis 2:20-25). Ao que tudo indica, o Criador planejou o matrimônio como o meio para enobrecer o casal e facilitar o desenvolvimento de caracteres maduros e abnegados, e isto deveria se refletir nos filhos! O casamento, assim como os Dez mandamentos e a vida de um ser, não recebeu carimbo de validade, isto é, deveria ser permanente (Mateus 19:6). Apenas a morte, como Paulo escreveu em Romanos 7:2 e 3, daria fim a essa relação. O divórcio foi estabelecido durante a liderança do grande Moisés (em torno de dois mil e quinhentos anos depois da criação do matrimônio!), e mesmo assim a legitimidade dessa interrupção do matrimônio dependeria do motivo declarado pelo cônjuge que desejava obtê-la!! (Deuteronômio 24:1-4 e Mateus 19:3-9). Assim, a monogamia foi sempre o ideal de Deus para os casamentos humanos, e a poligamia, onde a vemos na Bíblia, foi tolerada e não ignorada por Deus. As passagens bíblicas mais belas relacionadas ao casamento estão longe de dar indícios de pluralidade de esposas ou esposos (veja como exemplos Salmo 128, Provérbios 31:10-31 e Eclesiastes 9:9). As condições na época pré-diluviana (Gênesis 6:1-7) tinham como âmago a bagunça matrimonial; tais condições atraíram os terríveis juízos do Criador! Abraão quis cumprir a promessa de Deus através da poligamia (Gênesis 16:3-6); isto está na Bíblia não como um exemplo a imitar, mas como uma demonstração dos lamentáveis resultados que seguem um desvio do plano ideal de Deus! O casamento serve como um símbolo da singular relação entre o cristão e Deus. Os profetas do Antigo Testamento freqüentemente compararam a apostasia idólatra dos judeus com a conduta adúltera de uma pessoa casada. Já no Novo Testamento Jesus aparece representado como o noivo e o conjunto dos crentes como sua futura esposa. Ao usar assim a relação matrimonial para ilustrar a íntima união entre Ele e Sua igreja, nosso Senhor exaltou a instituição do matrimônio! Honrou o casamento, ainda, com sua presença nas bodas de Caná; o protegeu confirmando o desejo do Criador em que o par estabeleça seu próprio lar (Mateus 19:5) e também ao declarar que o casamento deve ser inseparável (veja os versos 3-6).
Perguntas&respostas sobre o Casamento
1 O casamento não só era um benefício para a humanidade antes do pecado? Quero dizer, uma vez que não existe mais o Éden aqui na Terra, Deus ainda mantém de pé essa instituição?
[Jesus] lhes chamou a atenção para os abençoados dias do Éden, quando Deus declarou tudo "muito bom". Gên. 1:31.Então tiveram origem o casamento e o sábado, instituições gêmeas para a glória de Deus no benefício da humanidade. Então, ao unir o Criador as mãos do santo par em matrimônio, dizendo: Um homem "deixará... o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gên. 2:24), enunciou a lei do matrimônio para todos os filhos de Adão, até ao fim do tempo. Aquilo que o próprio Pai Eterno declarou bom, era a lei da mais elevada bênção e desenvolvimento para o homem. (O Maior Discurso de Cristo, 63 e 64)
2 Embora o casamento seja uma instituição divina, pode acontecer de o inimigo de Deus estar por trás de alguma união matrimonial?
Não podemos deixar de ver que o fim do mundo está prestes a vir. Satanás está operando sobre a mente de homens e mulheres, e muitos parecem estar cheios do desejo de divertimentos e agitação. Como nos dias de Noé, toda espécie de mal está se multiplicando. O divórcio e o casamento estão na ordem do dia. (Vida no Campo, 21)
Satanás bem sabia os resultados que se seguiriam à obediência; e durante os primeiros anos do reinado de Salomão - anos gloriosos por causa da sabedoria, beneficência e retidão do rei - ele procurou introduzir influências que haviam de desarraigar traiçoeiramente a lealdade de Salomão aos princípios e fazê-lo separar-se de Deus. E que o inimigo foi bem-sucedido nesse esforço, sabemos pelo relato: "Salomão se aparentou com Faraó, rei do Egito, e tomou a filha de Faraó, e a trouxe à cidade de Davi" I Reis 3:1. Por algum tempo, em Sua compassiva misericórdia, Deus dominou esse terrível erro. A mulher de Salomão se converteu; e o rei, por uma sábia liderança, poderia ter feito muito para combater as forças do mal que sua imprudência pusera em operação. Salomão começou porém, a perder de vista a Fonte de seu poder e glória. A inclinação tomou ascendência sobre a razão. À medida que crescia sua confiança em si mesmo, ele procurou cumprir os desígnios do Senhor ao seu modo. (Fundamentos da Educação Cristã, 498)
3 Um casamento precipitado e por isso infeliz ou um matrimônio realizado depois de pecado cometido ou a incompatibilidade de temperamentos, ou mesmo a suspeita de que a união de ambos não foi do agrado do Senhor, não são motivos plausíveis para o fim de um casamento fracassado? Caso contrário, o que fazer?!
Eu diria que só há uma razão pela qual o marido pode legitimamente separar-se de sua esposa ou a esposa de seu marido: o adultério. Se não sois de temperamentos compatíveis, não seria uma glória para Deus mudardes tal disposição? Marido e mulher devem cultivar respeito e afeição um pelo outro. Devem guardar o espírito, as palavras e as ações a fim de que nada seja dito ou feito que irrite ou moleste. Deve cada um ter cuidado do outro, fazendo tudo em seu poder para fortalecer sua mútua afeição. Digo a ambos que busquem ao Senhor. Em amor e bondade cumpri vosso dever de um para com o outro. O marido deve cultivar hábitos industriosos, fazendo o melhor para sustentar a família. Isto levará sua esposa a ter respeito por ele. ... Minha irmã, não podes agradar a Deus mantendo tua presente atitude. Perdoa teu esposo. É teu marido e serás abençoada procurando ser uma esposa fiel, afetuosa. Deixa que a lei da bondade esteja em teus lábios. Podes e necessitas mudar de atitude. Necessitais ambos de estudar como vos assemelhareis, em vez de diferir, um com o outro. ... O uso de métodos brandos, delicados, fará surpreendente diferença em vossa vida. (O Lar Adventista, 346)
4 Você vai me dizer que Ellen White nunca aconselhou o fim de um casamento fracassado?
A um marido abandonado por sua esposa, a mensageira do Senhor chegou a dizer: Não vejo que mais se pode fazer neste caso, e penso que a única coisa que podes fazer é abandonar tua esposa. Se ela está assim determinada a não viver em tua companhia, sereis ambos muito infelizes se o tentardes. Visto que ela inteira e determinadamente escolheu sua sorte, a única coisa que podes fazer é tomar tua cruz e proceder como homem. (idem, 344). Sem dúvida, isto é diferente de um casamento fracassado. É bem pior! Outra coisa, Ellen não está autorizando o sujeito (mesmo ele parecendo ser a parte inocente) a contrair uma nova relação. “Tome a tua cruz”, foi o que ela aconselhou “e sê homem!”, veja I Reis 2:2.
Fonte: Perguntas & Respostas, v.3, pp. 5-11.
Continue estudando este tema em Definição Bíblica de Divórcio e Definição Bíblica de Adultério.
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