(A
versão bíblica usada é a Almeida Revista e Atualizada. Outras versões serão
indicadas).
“Mas,
a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a
saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da
vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1:12,13).
Como
criacionista bíblico posso perceber que o maior sonho de Deus, desde sempre, é ter
filhos! E João, o discípulo evangelista, descreve essa ideologia divina
comparando-a a um nascimento – um ser humano que se torna filho de Deus não
nasceu “do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. Sim, Deus deseja que nós
seres humanos sejamos deuses juniores,
filhos legítimos dEle, nascidos literalmente dEle, pelo Seu poder!
O
ser humano, pecador como todos somos, não nasce como filho de Deus, embora
todos venhamos à existência pela Sua criação e não espontaneamente ou
casualmente. Tornar-se filho de Deus é uma escolha de Deus para todos, mas não
aceita por todos! “Muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mt 22:14). “Isto é bom e aceitável diante de
Deus, nosso Salvador, o qual deseja que
todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,
homem, o qual a si mesmo se deu em
resgate por todos” (I Tm 2:3-6). “Assim como nos escolheu, Nele, antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de
filhos, por meio de Jesus Cristo” (Ef 1:4,5).
Deus
predestinou a humanidade desde Seu primeiro filho, Adão (cf. Lc 3:38), “para a
adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo”! Em outras palavras, é vontade
declarada e assumida da Divindade que todos os descendentes de Adão e Eva
fossem adotados por Deus através de Jesus Cristo, o “Filho único de Deus” (cf.
Jo 3:16). O Criador deu à luz o primeiro casal, mas os dois escolheram outro
pai e rejeitaram a paternidade de Deus sobre si, tirando filosoficamente sua
filiação divina. Uso o termo filosoficamente, pois a criatura pode negar o
Criador, mas não pode mudar, apagar, nem mesmo alterar o que o Criador fez, de
modo que é impossível para o ser humano impedir que Deus seja seu Criador, seu
Pai!
Entretanto,
educado e misericordioso como só Ele, Deus Se submete às filosofias humanas e
disse – “Ok! Vocês podem se convencer de que não são Meus filhos. Então, vou
tentar adotá-los como Meus filhos! Vou me tornar Criatura, vou ser humano,
porém como isso não afeta nem um pouquinho minha divindade, vou também
filiá-los a Mim ‘novamente’. Quero
dizer, pra Mim vocês ainda são Meus filhos, mas como vocês negam, Me tornarei
um filho de Mim mesmo e com o Meu poder dissuadirei alguns de vocês! E aqueles
que escolherem esse Meu filho (que Sou Eu mesmo) como seu único Mestre, seu único
Guia, seu único Deus, seu único Salvador, seu único Pai serão ‘adotados’ por Ele para Mim, ou
simplesmente por Mim!”
Assim,
tornar-se filho de Deus, por causa do pecado e todas as suas várias
implicações, por causa de nossas escolhas e preferências carnais, passou a ser
uma resposta positiva nossa à vontade de Deus, ao Seu plano de redenção da
humanidade caída. Mais que isso, “por meio da fé em Cristo Jesus, todos vocês
são filhos de Deus. Porque vocês foram batizados para ficarem unidos com Cristo
e assim se revestiram com as qualidades do próprio Cristo. Desse modo não
existe diferença entre judeus e não-judeus, entre escravos e pessoas livres,
entre homens e mulheres: todos vocês são um só por estarem unidos com Cristo
Jesus. E, já que vocês pertencem a Cristo, então são descendentes de Abraão e
receberão aquilo que Deus prometeu.” (Gl 3:26-29, NTLH). Já que nossa própria
natureza pecaminosa rejeita Deus como nosso Criador e Pai, já que nos tornamos
quase completamente diferentes de nosso Pai legítimo, Ele nos oferece uma
solução – um novo nascimento pela fé em Jesus!
O
batismo deve marcar essa transição. O batismo deve ser nossa resposta positiva
à solução divina para o problema das filosofias humanas ateístas. O próprio
Deus diz isso: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do
Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e
o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo 3:5,6).
Observe,
porém, que, o batismo não é a bênção maior, não é um fim em si mesmo, mas um
meio para a bênção maior. Não é o submergir na água por alguns segundos que gera
o novo nascimento. Também não é a crença que após o mergulho nos tornamos
filhos de Deus que faz com que sejamos filhos de Deus! Um bebê não está vivo só
por que sai do útero da mamãe. Após o parto, o recém-nascido estará vivo tão
somente se o fôlego estiver dentro dele! O parto não possui garantias
inerentes. Só Deus pode garantir alguma coisa quando o assunto é nascimento!
“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo
de Cristo vos revestistes” (Gl 3:27). Esse é o sinal de que o parto espiritual
foi bem sucedido! O batismo em si mesmo não necessariamente é sinal de novo nascimento. Ser revestido de Cristo é o mesmo que nascer do Espírito: “revesti-vos
do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas
concupiscências” (Rm 13:14). (“Revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem
premeditando como satisfazer os desejos da carne”, NVI). Hendrickson Rogers
Segunda parte desta pesquisa AQUI.
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