Se Saul desobedecesse à ordem estaria desobedecendo a, e portanto pecando contra, Deus. Mas, ao investir impiedosamente com um exército inteiro e matar centenas ou milhares de pessoas, inclusive bebês e crianças, ele não estaria pecando?!
Vamos rever a história de um homem extremamente sanguinário, mas que obedeceu às ordens divinas, antes de entendermos o caso de Saul.
“Agora, pois, assim dirás ao meu servo Davi: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Tomei-te da malhada, de detrás das ovelhas, para que fosses príncipe sobre o meu povo, sobre Israel. E fui contigo, por onde quer que andaste, eliminei os teus inimigos diante de ti e fiz grande o teu nome, como só os grandes têm na terra”, II Samuel 7:8 e 9.
“Disse Davi a Salomão: Filho meu, tive intenção de edificar uma casa ao nome do Senhor, meu Deus. Porém a mim me veio a palavra do Senhor, dizendo: Tu derramaste sangue em abundância e fizeste grandes guerras; não edificarás casa ao meu nome, porquanto muito sangue tens derramado na terra, na minha presença”, I Crônicas 22:7 e 8.
Davi, desde o menino-guerreiro que enfrentou o gigante-guerreiro Golias, até o rei de renome, matou muita gente e, segundo o sexto mandamento da Lei de Deus, pecou muito! Matar em nome de Deus é uma mentira, a não ser que o próprio Deus diga claramente que o assassino é Seu funcionário! No caso de Davi Deus não apenas admite que Davi trabalhou para Ele, mas afirmou “eliminei os teus inimigos diante de ti e fiz grande o teu nome”(II Sm 7:9), ou seja, o Senhor agiu por meio de Seu servo.
Então, por que Davi não foi autorizado por seu “Patrão” a construir o templo? A justificativa divina foi: “não edificarás casa ao meu nome, porquanto muito sangue tens derramado na terra, na minha presença” (II Cr 22:8).
Deus não erra nem mente. Assim sendo, as melhores explicações para o aparente paradoxo acima que eu encontro é: o Senhor Todo-poderoso tem objetivos a serem alcançados em prol de Seus filhinhos que envolve a “obra estranha” de matar e destruir (veja Isaías 28:21 ou primeira parte desta pesquisa) . Seus enviados não deixam de pecar ao participarem da execução dessa obra, entretanto, como estão fazendo a “obra estranha” de Deus, são perdoados e justificados, pois, Deus dá e pode tirar, seja com Suas próprias mãos onipotentes ou pelas mãos de Seus funcionários! Ele somente é Deus! Veja a iluminada Ellen comentando assuntos semelhantes a esse:
“Quando pais ou governadores negligenciam o dever de punir a iniqüidade, Deus mesmo tomará o caso em mãos. Seu poder repressor será até certo ponto removido, das forças do mal, de modo que surgirá um séquito de circunstâncias que castigará o pecado com o pecado”. (Patriarcas e Profetas, 782).
“Talvez seja feita a alegação de que um Pai amoroso não quereria ver Seus filhos sofrerem o castigo divino pelo fogo enquanto tivesse o poder de livrá-los. Mas Deus, para o bem de Seus súditos e para a segurança deles, punirá o transgressor. Deus não atua no mesmo nível que o homem. Ele pode fazer infinita justiça que o homem não tem o direito de fazer aos semelhantes. Noé teria desagradado a Deus se houvesse afogado um dos escarnecedores e zombadores que o importunavam, mas Deus submergiu o vasto mundo. Ló não teria o direito de impor alguma punição aos genros, mas Deus faria isso com toda a justiça. Quem dirá que Deus não fará o que Ele diz que irá fazer?” (Eventos Finais, 208).
Logo, o caso de Saul deve ser entendido usando-se os mesmos princípios presentes nessa parte da história de Davi, pois segundo Balaão, quem destruiu os amalequitas não foi Saul, mas o próprio Deus (Nm 24:20 e 23). Hendrickson Rogers
No Comentário Bíblico Adventista encontramos essa afirmação:
ResponderExcluir“Na linguagem bíblica, muitos atos são atribuídos a Deus, não com a ideia de que Deus os executa, mas de que, em Sua onipotência e onisciência, não os impede” [Comentário Bíblico Adventista (em espanhol), Vol. 4, Pág. 647, referente Ezequiel 20:25].
Essa norma é aceita pela Comissão de Métodos de Estudo da Bíblia, da Associação Geral, que reafirma:
“A cultura hebraica atribuía responsabilidade a um indivíduo por atos que ele não cometeu, mas permitiu que ocorressem. Portanto, os escritores inspirados da Bíblia apresentam a Deus como tendo executado ativamente o que em nosso pensamento ocidental diríamos que Ele permitiu ou não evitou que ocorressem” [Impresso na Adventist Review em 22.01.1987, págs. 18-20. Aqui, extraído do livro Compreendendo as Escrituras – uma Abordagem Adventista, de Georg W. Reid, Editora Unaspress, Engenheiro Coelho-SP, 1ª edição, 2007, Apêndice A – Métodos de Estudo da Bíblia, Pág. 335].
Muito bom! E o interessante é que o Grande JAVÉ escolheu essa cultura para dali chamar Abraão, hein? Deus é um Pai cuidadoso e responsável por tudo o que acontece no universo, mesmo sem ter a culpa, Ele chama para Si o caso e pede que confiemos nEle! Ele dá satisfações no Santuário celestial e um dia aos humanos.
ResponderExcluirRelendo, vi que o texto dá a resposta:
ResponderExcluir"Seu poder repressor será até certo ponto removido, das forças do mal, de modo que surgirá um séquito de circunstâncias que castigará o pecado com o pecado".
Deus deixa de segurar as forças do mal. Então, os resultados que estavam na fila aguardando a permissão, agora soltos, provocam castigo sobre castigo, pecado sobre pecado.
Se não fosse Deus segurando os ventos soprados pelo diabo, o que seria de nós, hein??!!!
Deus está demorando em fazer juízo, pois nem todos compreenderiam o porquê das coisas. Mas quando tudo amadurece, então Ele o faz.
mas lembrem-se jesus o filho de jeova.. morreu para pagar os nossos
ResponderExcluirpecado ele comprou do pai deus o nosso direito de escolha.. e nos libertou da
lei,, mas pagou um preço.. a vinda de jesus na terra foi para corregir erros
que os homems fizeram em nome de deus mas na verdade foi em nome do proprio,
homem. deus nao e religiao e nunca sera. a igreja de deus e o coraçao de paz,,,