Quer seja o macio tecido das maçãs ou o resistente tronco das árvores, os pesquisadores afirmam que as plantas “constroem” as suas partes usando apenas quatro ingredientes. Medições precisas da força do tecido das plantas demonstram que elas variam através de três ordens de magnitude. Como é que as plantas usam de modo tão eficaz os mesmos quatro blocos de construção de modo a criarem materiais com tal variação de força?
A professora de engenharia da MIT, Lorna Gibson, apurou cinco traços que as plantas “controlam e coordenam” quando estão a construir tecidos com vários níveis de força. Segundo a MIT news, “Aparentemente a abrangente variedade na rigidez e na força provém da intrincada combinação das micro-estruturas da planta.“1
Lorna Gibson publicou a sua análise no “Journal of the Royal Society Interface”, onde ela escreveu,
As maçãs e as batatas são exemplos de tecidos simples: parênquima com células poliédricas de parede finas, assemelhando-se a espumaartificialmente construída.
Os pesquisadores assumem que a madeira mais sólida contém tecido mais complexo uma vez que, em adição às células parênquimas, elas possuem vasos e fibras. “As fibras da célula fornecem suporte estrutural e possuem uma estrutura análoga à das colmeias”, similar àquelas usada em suportes estruturais hexagonais.2
Mas quer elas contenham células de fibra ou tecido parênquima, as plantas constroem as paredes das suas células usando celulose, lignina, hemicelulose e pectina. De forma engenhosa, as plantas organizam estes ingredientes de modo a formarem tecidos com os mais variados níveis de força. Gibson escreveu,
Estas amplas variações surgem a partir 1) da composição das paredes da célula, 2) do número de camadas nas paredes da célula e 3) do volume de fracção e arranjo das fibras de celulose dessas camadas – bem como a estrutura celular e tecidos das plantas.2
A MIT news acrescenta:
Gibson olha para a mecânica das plantas como uma fonte valiosa para os engenheiros preocupados em criar materiais. No entanto, os pesquisadores têm sido incapazes de fabricar o material celular composto com o nível de controle que as plantas aperfeiçoaram.
Gibson disse que as plantas “desenvolveram” as suas próprias micro-estruturas. Karl Nicklas, biólogo botânico da Univ. Cornell, disse à Mit news que, uma vez que as plantas evoluíram, “Nós podemos aprender coisas a partir do que existe na natureza, e aplicá-las na construção de melhores placas de painel, esferovite e fotovoltaica de modo a ajudar a sociedade.“1
A implicação subentendida é que, se tu não acreditas que as plantas construíram os seus próprios sistemas internos (“evoluíram”), então não queres “ajudar a sociedade”. Portanto, ou acreditas que as plantas evoluíram ou não queres o bem da sociedade. Qual das duas escolhes?
Mas que razão temos nós para aceitar a noção de que as plantas, ou a natureza, podem criar o que quer que seja, muito menos dispositivos e técnicas de construção que estão bem para além das capacidades humanas? As plantas não possuem cérebros ou mãos como os engenheiros humanos possuem.3 Aqueles que julgam que as plantas são peritas em engenharia não confiariam as mesmas para a construção dum simples garfo.
Quando se fala na ciência das origens, até engenheiros brilhantes estão a ladrar perto da árvore errada.
Referências
- Chu, J. Plants exhibit a wide range of mechanical properties, engineers find. MIT news. Posted on mit.edu August 14, 1012.
- Gibson, L.J. The hierarchical structure and mechanics of plant materials. Journal of the Royal Society Interface. Published online before print, August 8, 2012.
- According to Scripture, God did not necessarily use brains or hands to create either. However, He has something far more effective: audible commands spoken from beyond this universe. See Psalm 33.
Fonte: Darwinismo e ICR.
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