Século 4
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A igreja gastou o tempo entre o Concílio de
Nicéia (325) e o Concílio de Constantinopla (381) em ardorosos
debates sobre a melhor forma de descrever o relacionamento entre Pai e Filho
e, na parte final desse período, o Espírito. Considerável número de facções e
fortes personalidades utilizaram meios políticos e teológicos, e mesmo a
força física, para promulgar seus pontos de vista. Três grupos principais
mantiveram-se em oposição teológica à formulação de Nicéia (rotulados por
Atanásio e Epifânio de arianos e semi-arianos, apesar de Ário não
existir mais): os que ensinavam o termo homoion,
os que ensinavam o termo homoiousios
e os que ensinavam o termo heteroousios,
ao descrever o Pai e o Filho.
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O primeiro
grupo discordava do termo niceano homoousios
e o substituía por homoion (“semelhante”),
um termo mais ambíguo. A facção preferia o termo em virtude de sua
simplicidade e porque ele aparece na Bíblia, embora nenhum dos 66 livros
atuais e dos livros analisados da época empregue o termo para descrever o
relacionamento entre Pai e Filho! Foi um verdadeiro retorno ao passado, antes
do Concílio de Nicéia, sem avanço algum.
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O segundo
grupo, também conhecidos como semi-ariano, tentou amenizar o termo niceano
com a expressão homoiousios (“de
natureza similar”), vendendo a ideia de que Eles eram similares, em vez de
iguais. Basílio de Ancira é
considerado o porta-voz desta visão. O imperador romano da época havia
destituído o bispo de Ancira, Marcelo, por ele crer na fórmula niceana, e colocou
Basílio em seu lugar! O termo proposto por Basílio buscou eliminar o potencial
para a unidade radical do modalismo e também para qualquer divisão da
natureza de Deus. Basílio argumentava que, se Pai e Filho fossem o mesmo,
então identifica-los como Pai e Filho rachava a essência única. Por outro
lado, sendo apenas semelhantes, não eram da mesma substância de modo que não
existia o perigo de se dividir a unidade de Deus. O Pai somente era Deus! Já
o Filho também era criatura, apesar da maquiagem feita por Basílio em sua
definição de Jesus. O problema é que os cristãos sempre haviam adorado a
Jesus como Deus!
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Aécio fundou o
terceiro grupo: Pai e Filho são de “diferente substância” (heteroousios). No quarto século esta
facção foi associada ao nome de Eunômio
e em tempos mais recentes, vieram a ser reconhecidos como neo-arianos. Foram denunciados por
vários concílios e rejeitados por numerosas igrejas, de modo que os
neo-arianos ordenaram deus próprios bispos e estabeleceram sua própria
igreja, uma prática não usual naqueles dias! Em vários sentidos eram mais
consistentes internamente do que as duas outras facções – consideravam o Pai
como não-gerado e o Filho como gerado pelo Pai, a partir de uma natureza (ousios) diferente da Sua própria; não existia Trindade, mas uma
hierarquia com o Deus verdadeiro como líder, e o Filho e o Espírito como
subordinados; mantinham o monoteísmo sem a necessidade de redefinir qualquer
terminologia ou categorias. Lamentavelmente, porém, para eles Jesus Cristo e
o Espírito Santo não são Deus, e o batismo deles não era feito em Nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas apenas na morte de Cristo.
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Um quarto
grupo poderia ser mencionado – “os lutadores contra o Espírito Santo”, sob o
termo pneumatamachoi! Uma vez que a
declaração de Nicéia havia sido extremamente sintética em sua menção ao
Espírito Santo, essa facção se sentia confortável com a descrição dada pela
fórmula niceana quanto à natureza do Pai e do Filho como sendo homoousios, mas argumentava que o
Espírito não podia ser da mesma substância do Pai e do Filho.
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Esta pesquisa está em construção. Aguardem por seu desfecho! A primeira parte da Cronologia aqui, a segunda,aqui e a terceira parte aqui! (Hendrickson Rogers)
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